Kikou Shoujo wa Kizutsukanai:Volume1 Capítulo 6

From Baka-Tsuki
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Capítulo 6 – Verdadeiro Ser[edit]

(1)

Na noite anterior.

Depois de inspecionar o autômato devorado, Lisette chamou por Raishin justamente quando ele estava prestes a sair.

Ela informou-o dos perigos de associar-se com Tyrant Rex e avisou-o para ser cuidadoso. Ela também falou-lhe que Sigmund era uma Bandoll.

Logo depois disso.

“Você tem quaisquer perguntas até agora?”

“É, eu—”

O jovem na frente dela falou levemente— mas seus olhos haviam um brilho afiado conforme ele falou.

“Por que você estava lá quando Cannibal Candy estava devorando sua presa?”

Seus olhares colidiram um com o outro. Ela podia sentir sua sobrancelha começar a estremecer. Lisette empurrou seus óculos até a ponte de seu nariz, respondendo-o com seu rosto escondido.

“Você está tentando dizer que eu sou Cannibal Candy?”

“Mas você estava lá, não estava?”

“Não. Eu apenas recebi o relatório e arranquei-me rapidamente para a cena. Embora pela hora que eu cheguei, Cannibal Candy já havia desaparecido.”

“Oh? Eu estava sob a impressão que você havia visto o momento do ataque.”

“… Por que você pensaria isso?”

“Hm. É assim então? Entendo.”

“Por favor pare com suas insinuações. É extremamente perturbador.”

Raishin deu-lhe um olhar de lado. Era um olhar forte, o qual o peso causou um calafrio de medo percorrer sua espinha o qual ela não pôde suprimir.

“Você identificou uma das marionetes devoradas como o usuário de estrela-d'alva, não é?”

“… Identifiquei.”

“Como você sabia disso? O rosto estava esmagado; você não deveria ser capaz de identificá-lo de qualquer modo.”

“Qualquer um que viu chegaria a mesma conclusão. Havia essa bola de ferro única—”

“A qual estava esmagada nas pernas da marionete devorada, não estava?”

Lisette foi surpreendida. Ela finalmente compreendeu o que Raishin estava implicando.

“Sim, parece que você entendeu agora. Qualquer um que viu essa situação normalmente assumiria que o usuário de estrela-d'alva foi aquele quem atacou. Para qualquer um concluir que a arma havia sido virada contra o próprio usuário, você teria que ter alguma forma de conhecimento avançado. Como— se você já soubesse que a marionete devorada era o usuário de estrela-d'alva desde o princípio… por exemplo.”

“… Isso é, se você pensar sobre isso normalmente.”

Desesperadamente tentando manter sua voz de tremer, Lisette fez seu contra-argumento.

“Eu não acho que o perpetrador deixaria para trás evidências específicas que o incriminariam. Se Cannibal Candy estava usando algo, ele certamente teria levado com ele quando ele saiu.”

“É assim então? Ele parece mais do tipo o qual deixaria seus restos espalhados em volta como eles estavam.”

“— Isso em si não é algo considerado único a seu M.O.”

“Então essa era a lógica por trás de sua conclusão.”

“Pare de tentar achar faltas onde elas não existem! Eu sou totalmente inocente!”

Raishin riu ironicamente e levantou ambas as mãos em um gesto de paz.

“Não fique tão agitada. É apenas uma dúvida que esteve me incomodando por um tempo.”

Virando-se para longe, ele começou a caminhar em uma maneira desprotegida.

“Isso era tudo que eu queria perguntá-la. Bem então— oh, certo.”

Ele parou. Virando sua cabeça sobre seu ombro,

“Eu acho que você mal-entendeu algo. Em nenhum ponto jamais eu disse que você era Cannibal Candy.”

“—!”

“Eu apenas perguntei se você esteve lá.”

“… Parece que eu estava enganada.”

Com uma risada irritante, Raishin deixou a sala.

Lisette mordeu seu lábio fortemente— e no próximo instante, ela açoitou o atril[1] do professor.

O atril desintegrou-se facilmente, os destroços espalhando-se sobre o chão.


(2)

A luz da lua falhou em chegar aqui, as trevas profundas e impenetráveis.

‘Aqui’ era um túnel formado por árvores que eram um pouco fora da rua principal. Mesmo durante o dia era escuro como breu.

Em meio as trevas, Charl estava caminhando em um ritmo acelerado.

Seu corpo inclinou-se adiante, ela estava tomando grandes passos com ombros quadrados.

Atrás dela, Sigmund estava batendo suas asas para alcançar.

“Vamos voltar, Charl.”

Charl ignorou-o e continuou pressionando adiante.

“Quanto tempo você planeja em continuar assim?”

“Você está sendo muito barulhento. Fique quieto.”

“Pare de somar para sua lista de crimes cometidos. Retorne para sua cama.”

“Hmph. Não é um crime contanto que eu não seja pega.”

“Cesse essa tolice, Charl.”

Sigmund voou em frente de Charl e arreganhou suas presas. Enquanto habilmente voava para trás, ele começou a palestrar para ela como um velho homem ranzinza.

“Você já deveria saber por agora, mesmo que você consiga por fazer as coisas desse jeito, não irá lhe trazer felicidade. Você planeja em viver sua vida inteira como uma exilada social? O que você precisa neste momento é o reconhecimento de outras pessoas. Pare de tentar arcar com todos os fardos por si mesma. Não há ninguém no mundo o qual não precise de um amigo para andar de mãos dadas.”

“Eu já falei para você ficar quieto, não falei!?”

Ela esbofeteou Sigmund para longe.

“Se você manter isso, eu mudarei sua dieta diária para amendoins.”

Sigmund teimosamente reganhou sua postura, voando na frente de Charl mais uma vez.

“Por que você está tão agitada? Felix disse algo para você?”

Os lábios de Charl estalaram fechados.

Sigmund suspirou em resignação.

“Demonstrasse em seu rosto. Você é muito fácil de ler as vezes.”

“Quieto. Se você entende, então apenas cale-se e ajude-me.”

“Mais razão ainda para recusar, Charl. Se você realmente deseja ser reconhecida por esse homem, cesse essa imprudência. Pare de ser tão impaciente. Lute e vença dentro da Festa Noturna justo e quadrado e você silenciará toda a fofoca circundando você.”

Charl de repente chegou a uma parada.

Talvez as palavras de Sigmund haviam-na perfurado, mas havia uma expressão angustiada em seu rosto.

“Mas eu não posso perdoar isso… Como você pode esperar que eu sente-me calmamente pelo lado e assista…!?”

“Você não é uma representante da lei, nem você é um membro do comitê disciplinar. Esse vigilantismo é meramente seu próprio egoísmo.”

“Essa é apenas a lógica de um covarde! Obrigação nobre—”

O fogo em seus olhos morreu quase que imediatamente conforme ele havia aparecido.

Sem Sigmund ter de apontá-lo, ela já havia notado seu erro.

Charl estava usando a pretensão de indignação pública como um substituto para sua própria raiva e ódio.

Sigmund gentilmente pousou em seus cabisbaixos ombros.

“Você tem um sonho precioso. Não manche-o lutando batalhas sem sentido. Você tem sua família para pensar sobre—”

“… Isso é suficiente, Sigmund.”

Sua voz estava anormalmente tensa. Sigmund imediatamente caiu em silêncio, levantando sua cabeça e varrendo as trevas circundantes.

Finalmente, ele notou algo.

Cinquenta metros adiante, a direita do local atual deles, havia um objeto alienígena acerca contorcendo-se!

A sombra estava rastejando em volta de quatro na base de uma árvore, oculto dentro das trevas impenetráveis.

Não demonstrou sinais de respirar, e movia-se silenciosamente— não era humano.

Considerando a hora e o lugar, não havia nenhum humano o qual rastejaria em volta de quatro agora.

Então, era um autômato.

Os cantos dos lábios de Charl contorceram-se. Por um breve momento, seu rosto aristocrático metamorfoseou-se em uma máscara medonha de ferocidade como uma besta selvagem.

“Finalmente, parece que nós encontramos nossa presa.”

“Espere, Charl. Nós devemos averiguar quem ou o que isso é primeiro.”

“Todos os bons meninos e meninas devem estar na cama por agora. O único tipo de pessoa o qual estaria esgueirando-se em volta a essa hora da noite…”

Charl começou a irradiar energia mágica de seu cabelo até seus ombros. Dentro das trevas, a azulada luz branca que brilhava cintilou como luz lunar. Estendendo sua mão para Sigmund, sua energia mágica coalesceu em um feixe de luz o qual fluiu até Sigmund.

O corpo de Sigmund começou a reagir, mas ele não cresceu nenhum pouco maior.

“Não é nada bom, Charl. Não há luz suficiente aqui.”

“Está bem mesmo que você esteja deste jeito. Tenha certeza de mantê-lo vivo, Luster Flare!”

O pequeno dragão abriu sua mandíbula. Incontáveis agulhas de luz ofuscante verteram adiante da boca de Sigmund, voando em direção a sombra, empalando-a. Como seu nome implicou, não era a explosão de um canhão, mas continha o pequeno poder explosivo de uma labareda.

O autômato quadrupede desabou sob o ataque.

Todos os quatro membros foram perfurados com as agulhas de luz, alfinetando-o ao chão.

“Consegui!”

Charl regojizou-se. Exatamente conforme ela correu para confirmar o que ela havia acertado,

“Não mova-se!”

Vozes intensas e zangadas aproximaram-se dela em todos os quatro lados.

Escondidas nas copas das árvores e sombras, incontáveis presenças humanas revelaram-se.

Charl percebeu que ela estava completamente cercada. Haviam oito— dez indivíduos.

Todos eles haviam suas lâmpadas viradas em direção a ela. Para chamar suas atitudes de hostis seria um eufemismo.

Também, todos eles haviam uma braçadeira em volta de seus braços.

(O comitê disciplinar…!?)

Seu liso cabelo dourado flutuando, alguém caminhou em frente de uma desconcertada Charl.

“Sincronismo perfeito, Charl. Ou melhor, eu devo dizer que esse sincronismo é melhor que perfeito.”

“Felix—”

Felix virou-se melancolicamente em direção ao autômato quadrupede, apontando para ele.

“Esse é um dos meus autômatos reserva. Eu pensei que veria se eu conseguia fisgar Cannibal Candy, então eu soltei três iscas no aberto.”

Charl estava confusa. Ela não podia compreender o significado atrás das palavras de Felix. Estava ele chateado que ela havia interferido com suas buscas?

“Charl. Você sabe porque eu estou aqui?”

“… Essa é uma operação de infiltração.”

Felix assentiu.

“Eu ouvi que você esgueirou-se para fora de seu quarto. Na possibilidade remota que algo pudesse acontecer, eu ordenei que a área fosse isolada.”

Ela estava sendo suspeita de ser…?

Tão logo quanto ela percebeu isso, ela foi apertada por um medo indescritível.

“Não! Eu pensei que esse autômato era Cannibal Candy!”

“Então você está tentando capturá-lo, isso está correto?”

Seu olhar era cheio de suspeita. Sendo olhada desse jeito, Charl sentiu sua explicação deslizar de volta sua garganta abaixo.

“Você é uma candidata programada na Festa Noturna. Mesmo assim, Cannibal Candy ainda seria uma ameaça. Contudo, certamente ele não era essa grande ameaça para que você precise caçá-lo proativamente, ele era?”

“Eu apenas… eu pensei… que era imperdoável…”

“A ama recepcionista já testificou que você esteve esgueirando-se para fora do dormitório regularmente.”

Charl recuou em surpresa.

Isso certamente era verdade.

Tão trivial quanto podia ser, Charl quebrou as regras, e ela havia feito assim repetidamente.

“Você pensou que sua ausência teria passado despercebida?”

“Mas eu não estou fazendo nada para sentir-me culpada sobre! Eu escapei do dormitório —”

“Para procurar por Cannibal Candy.”

“… Isso está certo!”

“Oh, Charl… Você não acha que é hora de deixar cair o ato?”

“—!”

Felix balançou sua cabeça. Ele havia uma expressão amarga em seu rosto que era uma mistura de resignação e traição. O olhar em seus olhos não era mais suave ou gentil.

“Agora que eu penso sobre isso, suas ações têm sido incompreensíveis como de tarde. Você manteve-se falando sobre Cannibal Candy com indignação em sua voz— mas isso também era estranho.”

Felix suspirou. Quando ele começou a falar novamente, o calor em seu tom havia desaparecido.

“Você odeia pessoas, e você não mistura-se em torno muito com outros. Como eu podia esperar você sentir qualquer simpatia por aqueles estudantes os quais foram atacados? Também—”

Não havia emoção em sua voz conforme ele continuou em uma monotonia.

“Você aproximou-se de Raishin Akabane. Alguém que odeia pessoas tanto quanto você aproximou-se a alguém tão caloso como ele.”

“Não—!”

“Em outras palavras, seu ódio de Cannibal Candy— era meramente uma amostra que você colocava.”

“Não! Eu realmente—!”

“Se nós assumirmos que tudo que você fez foi para evitar suspeita, então todas as peças caem no lugar.”

“Por que!? Como você pode dizer isso!? Que evidência há!?”

“Há evidência. Nós a encontramos em seu quarto.”

Os olhos de Charl alargaram-se. Eles não podiam ter— eles encontraram isso!?

“Espere, eu posso explicar! Esses circuitos mágicos—”

Os membros do comitê disciplinar agitaram-se. Charl compreendeu seu engano.

“Charl… então, esses foram realmente escondidos por você.”

Felix havia uma expressão triste em seu rosto. Em uma mão, havia a possibilidade de um terceiro escondê-los— Alguém o qual tinha um rancor contra Charl, ou mesmo o próprio Cannibal Candy podia ter colocado-os ali para enquadrar outro alguém. Porém, Charl havia mencionado circuitos mágicos ela mesma, e então esses circuitos eram agora evidência incriminatória.

Contudo, não podia ser ajudado e ela não podia defender a si mesma. A verdade era que a própria Charl havia escondido uma grande quantidade de circuitos mágicos em seu quarto.

“Você machucou um grande número de estudantes até agora.”

Uma vez mais, ela não podia dizer nada porque era a verdade.

“Você sempre foi distante e solitária, e seus arredores eram cheios com nada além de inimigos. Sob essas circunstâncias, seu ódio não acumular-se-ia?”

“O que você está implicando?”

Felix falou lentamente, como se ele estivesse tentando confirmar algo.

“O motivo do porquê nossa investigação jamais pôde obter uma preensão de Cannibal Candy era que ele era um solitário, e então ninguém havia uma pista como para seus movimentos.”

“…”

“Depois de descobrir que Raishin Akabane havia aceitado auxiliar o comitê disciplinar, você sentiu um senso de perigo. Por que? Porque ele não estava com medo de você e persistentemente tentou aproximar-se de você apesar de suas rejeições. Se qualquer um estivesse para aproximar-se de você, eles cheirariam um rato.”

“…”

“E isso é o porquê você ter saído com ele; para criar um álibi e então lançar suspeita fora de você. Ou talvez, você estava tentando levá-lo para seu lado? Fortunadamente para você, você possui grande beleza.”

Seus ombros tremeram. Isso era mortificante. Para ser pensada como alguém a qual destruía autômatos por nenhum bom motivo e usar sedução como um meio para um fim.

“Você deve entender o que eu estou tentando dizer, não?”

Felix deu um longo, profundo suspiro, como se ele estivesse tentando esvaziar seus pulmões.

Olhando para Charl com amargo desgosto, Felix finalmente falou.

“Em outras palavras, Charlotte Belew. Você é Cannibal Candy.”


(3)

Raishin foi enviado voando do violento golpe doloroso que ele recebeu em suas costas.

Colidindo no armário, o vidro quebrou conforme ambos eles esmagaram-se na parede, causando o violento barulho alto a ecoar através do prédio.

Lentamente, sangue começou a espalhar-se através do piso.

Depois que a poeira havia sossegado, Raishin foi deixado enterrado sob o armário, completamente imóvel.

Lisette assistiu sem emoção sobre o caos.

Tendo ouvido todos os sons, os guardas logo vieram voando. Dois guardas estouraram na sala sem fazer muito barulho, seus autômatos a tiracolo.

Eles estavam em alto alerta e em posições de batalha. Seus autômatos na frente, eles haviam Lisette em suas miras. As vozes dos marionetistas eram excessivamente frias conforme eles perguntaram,

“… O que aconteceu aqui?”

Lisette ofegava violentamente e sua voz estava levantada conforme ela respondeu.

“C… Chame o comitê executivo por favor.”

“O que aconteceu? Você está ok?”

“Ele… Ele estava prestes a destruir os autômatos aqui, então lamentavelmente eu tive de atacá-lo.”

Ainda mantendo-se em alto alerta, um deles moveu-se dentro da sala para confirmar a história de Lisette.

“Entendo. Wow, isso é muito ruim.”

O marionetista fez uma careta conforme sua lâmpada iluminou a poça de sangue no piso.

“Você fez isso por si mesma?”

“Felizmente, meu autômato estava aqui.”

Ela apontou para o armário. O guarda estava um pouco desconfiado, mas não pressionou ainda mais e virou-se de costas para o corpo de Raishin.

“Ele ainda está respirando, embora fracamente.”

“Eu tentei evitar seus pontos vitais. Porém, seria melhor se nós o levássemos para o escritório do doutor imediatamente.”

“Nós providenciaremos isso. Deixe isso conosco.”

Sinalizando seu parceiro, eles começaram a virar-se e caminhar para longe, mas Lisette chamou eles.

“Por favor espere. Há uma possibilidade que ele— Raishin Akabane está trabalhando com Cannibal Candy.”

“O que você quer dizer?”

“Ele pode ter tentado criar um distúrbio aqui de forma a cobrir os movimentos de Cannibal Candy. Algo que ele disse insinuou tanto. Então apenas para ter certeza, vocês podem fazer algo sobre o autômato na frente…?”

“Certo. Nós iremos restringi-lo.”

“Por favor.”

“E sobre você?”

“Eu tenho de me encontrar com o resto do comitê disciplinar e relatar isso para eles. Há uma chance que Cannibal Candy irá mover-se— não, há uma possibilidade que ele já tenha feito seu movimento.”

“Hm… Você é a testemunha ocular para essa comoção. Eu preferiria que você permanecesse aqui.”

“Nesse caso eu retornarei tão breve quanto possível. Meu nome é Lisette Norden, uma terceiranista na classe F.”

Ela entregou-lhes seu cartão de identificação de estudante. Com isso, o guarda pareceu ter alguma fé nela. Sua afiliação estava claramente afirmada, e ela também era a assistente do presidente do comitê disciplinar. Alguém do calibre dela… com isso em mente, ele decidiu que podia permitir Lisette a deixar a cena.

Lisette selou seu armário antes de sair da sala a um passo rápido.


(4)

Em frente do prédio em forma de lápide— O Armário, havia um pouco de comoção acontecendo.

A pessoa no meio da comoção era nenhum outro senão Raishin. Ele estava atualmente recebendo primeiros socorros— Ele estava sendo enfaixado em ataduras grosseiramente e indiscriminadamente.

Circundando-o estava os guardas e alguns membros do comitê disciplinar. Enquanto tratavam-no, alguns deles foram checar no dano feito internamente.

Raishin estava completamente flexível conforme eles faziam como eles quisessem ao seu corpo. Seus olhos estavam meio abertos, mas não havia luz em suas pupilas. Depois que eles terminaram os primeiros socorros ele foi carregado em uma maca, tudo enquanto seu corpo nem mesmo dava a menor contração.

“Essa é uma algazarra bastante horrível acontecendo por aqui. Há algum tipo de festival acontecendo que eu não saiba sobre?”

Suas intenções assassinas imediatamente afiaram-se na voz. Ignorando seus olhares como se fosse nada de sua preocupação, uma mulher casualmente passeou até eles de um pequeno caminho. Vestindo o uniforme de educadora, ela era uma dama alta com um jaleco branco.

“Professora Kimberly… por que você está aqui?”

Alguém falou. Kimberly havia um ar de indiferença sobre ela.

“Eu ocasionalmente saio para caminhadas em volta da área.”

“Eh? Você sai para caminhadas… a essa hora?”

“Eu fui forçada a oferecer minha opinião experiente em algo incômodo, então eu pensei em fazer um passeio no vento da noite para refrescar-me como uma mudança de ritmo. É apenas lógico, certo?”

“Uh… eu acho…”

Forçadamente inserindo-se dentro do anel de pessoas, ela começou a rir ao Raishin amarrado à maca.

“Quão sem graça, Penúltimo. Você parece terrível com esses machucados.”

Porém, Raishin não respondeu aos seus insultos.

“… Huh? Ele perdeu a consciência ou algo assim?”

“Sim. Ele foi nocauteado.”

“Para desmaiar com seus olhos meio abertos… esse camarada assustador. Hm… sua respiração é rasa, e sua temperatura corporal é baixa.”

Tocando a pele de Raishin, ela imediatamente percebeu o perigo que ele estava.

“Se eu não estou enganada, suas costelas foram quebradas. Seus pulmões também foram perfurados. Apressem-se e movam-no.”

Tendo sido alertados, as pessoas manuseando a maca tornaram-se um pouco menos grosseiras com seus manuseios. Embora eles definitivamente não trataram-no como um objeto frágil. Com Raishin bamboleando de lado a lado na maca, eles começaram a transportá-lo para o escritório do doutor.

Assistindo-os partirem com um rosto sombrio, Kimberly dirigiu sua pergunta a ninguém em particular.

“Ele foi linchado ou algo do tipo? Seu corpo inteiro foi golpeado.”

“Não, quem fez isso foi uma terceiranista chamada Lisette Norden. Aparentemente, ele estava prestes a causar estragos dentro dos armários.”

“Uma luta um contra um… e ele foi espancado de uma maneira tão ruim?”

Seus olhos alargaram-se em surpresa. Kimberly começou a ficar inquieta conforme ela perguntou,

“Onde está seu autômato? Ela é uma garota baixa com cabelo preto.”

“Ah, ela está logo ali.”

“O guarda apontou sobre onde uma garota estava sendo transportada para longe, cercada pelos autômatos dos guardas.

Suas mãos estavam amarradas atrás de suas costas, e ela estava sendo levantada pelos seus tornozelos. A nuca de seu pescoço até suas costas estavam cobertas em feridas de corte, expondo sua carne vermelha abaixo. Havia uma grande quantidade de sangue, e seu corpo inteiro estava coberto em hematomas. Kimberly estava chocada pelo fato que havia sangue e que sua pele podia sangrar. Ela era exatamente como um humano.

Enquanto olhava para Yaya, Kimberly franziu.

“… Hmph. Parece que essa aqui está meia morta também.”

“Ah, não, eu quero dizer… ela estava em uma agitação, então nós tivemos que…”

Sentindo-se um pouco culpado, o guarda tentou explicar-se.

“Agitação? Hmph… você diz isso, mas eu não vejo nenhuns machucados que sejam consistentes com autodefesa.”

Ao contrário, parecia que ela não havia resistido ao todo. O dano infligido era limitado a suas costas, com seus braços e seu rosto mostrando nenhuma ferida de qualquer natureza. Parecia como se eles haviam atacado-a furtivamente de repente a fim de evitar qualquer trabalheira.

“Vocês não acham que você exageraram um pouco? Dois anéis de captura nível E, e três códigos de isolamento mágico— vocês acham que estão lutando contra um dragão lendário?”

“Mas nós ouvimos que esse autômato derrotou dez Esquenta Bancos.”

Enquanto internamente amaldiçoava-os por jogar seguro, Kimberly perguntou.

“O que você planeja em fazer com ela?”

“Nós a levaremos ao comitê executivo. Raishin Akabane pode estar relacionado a Cannibal Candy de alguma maneira. Ele terá de ser levado para questionamento.”

“Vocês acham que ele está em conivências com Cannibal Candy?”

Uma perigosa presença preencheu o ar. Havia um olhar perfurante nos olhos de Kimberly conforme ela falou,

“Isso era supostamente para ser uma piada? Esse tipo de piada está em voga hoje em dia?”

“Não, eu quero dizer, eu não estou tão certo nos detalhes eu mesmo…”

“—!?”

De repente, Kimberly colocou sua guarda elevada. Contorcendo seu corpo superior, ela alcançou no bolso de seu peito. Suas ações eram quase mecânicas em natureza, como se ela fosse um soldado no exército e houvessem sido rigorosamente perfuradas nela.

“… Professora? Qual o problema?”

“Justamente agora— essa autômato moveu, não moveu?”

O guarda virou-se em volta para olhar a Yaya, a qual estava tão sem vida como um peixe morto em uma tábua de corte, antes de inquietamente contestá-la.

“Não podia ser. Não havia jeito que ela seria capaz de. Seu ego foi selado afinal.”

“Não, eu posso jurar que ela moveu-se.”

“Você deve estar vendo coisas, professora. Sua energia mágica foi completamente cortada dela. Em seu estado atual, ela não é nem capaz de falar. Em primeiro lugar, sua estrutura já tomou uma quantidade considerável de dano—”

“Afaste-se! Abaixe-se no chão agora!”

Conforme ela gritou, Kimberly já havia saltado para trás.

O guarda não pôde reagir. Mal havia ele virado sua cabeça em volta, quando ele foi enviado voando.

Houve um som alto de uma explosão, e uma luz branca azulada disparou.

Energia mágica colossal estava vazando dela. Algo similar a ar quente estava sendo expelido para fora do corpo inteiro de Yaya na atmosfera ao redor.

(Que diabos…? Isso… isso é como algum tipo de… monstro…?)

Em meio ao ar quente, Kimberly podia ver Yaya rompendo suas restrições de metal tão facilmente como se elas fossem feitas de papel.

Sua silhueta estava distorcida devido ao efeito cintilante do ar quente.

A combustão de energia mágica era intensa. Como um bico de gás, chama branca azulada estava sendo disparada para cima.

(Isso é… um chifre…?)

A luz lunar ricocheteou-o, dando-o um brilho branco puro. Ele estava em sua sobrancelha, cintilando como se fosse feito de diamante. Sem parar para checar seu corpo, a atmosfera em volta de Yaya começou a romper conforme ela moveu-se.

Sua figura era a imagem viva de um yaksha[2].

Um instante depois, a sombra de Yaya havia desaparecido completamente—

Deixando para trás os guardas que estavam parados de pé, estupefatos, e uma Kimberly aturdida.


(5)

O som da alta explosão alcançou todo o caminho para onde Charl estava.

O chão retumbou, então houve um vento violento. Inquietação começou a se espalhar entre os membros do comitê disciplinar.

“O que foi isso?” “Soou como se viesse do Armário.” “Algo aconteceu a assistente do presidente…?”

Felix levantou sua mão para reprimir a inquietação.

“Times C e D dirijam-se até essa direção. Mais provavelmente, há algum problema acontecendo onde Lisette esta. Ela definitivamente precisará de backup. O resto de vocês recuem e formem um cordão cinquenta metros de distância a partir daqui.”

Um dos membros do comitê disciplinar estava surpreso pela ordem, e falou.

“Presidente, esse é um movimento arriscado. Seu oponente é a T-Rex!”

“Eu ficarei bem. Eu sou um membro dos Rounds afinal—”

Felix sorriu, seu sorriso usual em seu rosto.

“E meu autômato acabou de chegar.”

Bem na hora, algo apareceu atrás de Felix. Ou melhor, seria mais preciso em dizer que algo estava descendo atrás dele. Era uma silhueta feminina, e pousou com um suave baque.

Era um autômato vestindo armadura— se ele tivesse de ser resumido em uma única palavra, ele seria uma Valquíria[3]. Havia uma armadura antiquada e estava carregando uma montante[4]. O elmo cobria seu rosto completamente, então parecia com algum tipo de máscara demoníaca.

(Esse é… o autômato de Felix?)

Era a primeira vez de Charl vendo-o em pessoa. Parecia que também era a primeira vez para os membros do comitê disciplinar, conforme eles olharam para ele fascinadamente.

Sigmund ficou cauteloso, dando um rugido baixo.

“Agora então todos, por favor retrocedam.”

Os membros do comitê disciplinar olharam uns aos outros, hesitantes.

“Presidente, essa é uma ordem que nós não podemos seguir. O inimigo não apenas é a T-Rex, ela é também Cannibal Candy—”

“Vocês ainda não entenderam?”

A voz de Felix congelou de repente.

Inimaginável do Felix normal, sua voz estava agora tão fria como gelo.

“Vocês ficarão no caminho, é o que eu estou tentando dizer.”

Todo mundo ficou de pé frio. Era claro para eles o que estava prestes a acontecer.

Seguindo as ordens de Felix, eles espalharam-se em um círculo, movendo-se para longe em todas as quatro direções.

Suas presenças rapidamente desapareceram na distância. Eventualmente, a área cercando Charl e Felix ficou silenciosa, e Felix falou quietamente, seu sorriso habitual de volta em seu rosto.

“Vamos ter uma boa, longa conversa, Charl.”

O coração dela ficou frio. Esse sorriso habitual agora instilou medo dentro dela ao invés, e ela perguntou-o,

“… Você honestamente acredita que eu sou Cannibal Candy?”

“É claro, eu estou sério sobre isso. Seria um problema se eu não estivesse.”

—O que ele quer dizer por isso?

Contudo, antes que ela pudesse dar voz as suas dúvidas, Felix continuou a falar.

“Honestamente, o plano original era para ele— Raishin Akabane derrotar você. Eu fui capaz de atraí-lo com êxito no pretexto que você havia desaparecido… ao menos essa parte saiu sem nenhum impedimento. Bem, não importa mais. Eu diria que ele fez o suficiente por mim.”

“… Raishin?”

Ela tinha um sentimento desagradável. Ela sentiu sua garganta rapidamente secar conforme ela perguntou,

“… Você fez algo para ele também?”

“Eu apenas tomei conta dele. Meus camaradas tomarão conta do resto.”

“Você o matou!?”

“Não o fiz. Eu apenas quebrei-o, e sua boneca.”

“Por que…!?”

“Ele estava realizando atividades subversivas dentro do Armário.”

“—!”

“Em primeiro lugar, ter de fazer isso era apenas uma leve modificação para o plano. Ele ainda tinha algum valor para mim, então era uma pena que eu tive que fazê-lo. Se ele houvesse aberto meu armário, então tudo ficaria bem, mas ele justamente tinha que ir e abrir o único armário que eu não queria que ninguém abrisse— então eu não pude deixar mais ele vaguear em volta livremente.”

Valor? Armário?

Charl não havia ideia sobre o que ele estava falando.

O cérebro de Charl estava repetindo uma linha diferente que Felix havia falado mais cedo. Raishin foi atraído— porquê ele estava procurando por mim?

“Por que!? Eu não entendo! Em primeiro lugar, você é quem arrastou-o no caso todo!”

“… Oh, Charl. Em pensar que eu a valorizei tão altamente. Você não é muito rápida na cabeça, você é?”

Felix suspirou. Dando-a um olhar de desprezo, ele encolheu seus ombros.

Nesse momento, como uma lâmpada saindo de sua cabeça, Charl finalmente compreendeu.

Ela finalmente viu a figura inteira. Tanto quanto ela não queria acreditar nisso, era o pior cenário possível.

Ela mordeu seus lábios. Seus joelhos tremeram. Falando lentamente, como se ela estivesse emergindo de um estado de confusão,

“Você… usou… a mim…?”

“Era uma oportunidade muito importante para passar, Charl. Se você deseja odiar algo, odeie o fato que nós estávamos destinados a encontrar-nos. Amaldiçoe os céus por colocar ambos você e eu na academia nesse ano.”

Não… Felix balançou sua cabeça como se para dizer.

Como uma rachadura gigante na terra, um sorriso seco surgiu no rosto de Felix.

“Amaldiçoe o fato que seu Luster Cannon é similar ao meu Predator.”

Finalmente, Charl entendeu tudo.

A situação havia sido assim durante todo o tempo.

Tudo que ela pensou que ela sabia era efetivamente invertido.

Felix não mostrou gentileza para Charl porque suas artes mágicas eram similares.

Era porque suas artes mágicas eram similares que ele tentou aproximar-se dela.

Tudo havia sido cuidadosamente calculado.

Ele fingiu interesse sobre Charl para aproximar-se dela.

Tudo que ele disse para ela estava meticulosamente preparado também. Sua gentileza havia sido uma farsa.

Ele estava prestes a enquadrar Charl com todos os seus pecados, e matá-la como Cannibal Candy— Esse era seu plano traiçoeiro durante todo esse tempo.

Em resumo, Felix foi o inimigo todo esse tempo.

Felix era Cannibal Candy!

Nesse momento, o mundo literalmente desabou em trevas.

Não havia som, nem luz; tudo havia desaparecido. Seus músculos pareciam como se houvessem sido substituídos com chumbo, carga morta a qual pesou fortemente nela.

Quem acreditaria na versão de Charl dos eventos?

Seria a palavra dela contra a do presidente do comitê disciplinar. Toda a evidência convenientemente apontava para ela. De fato, poderia até haver algumas fabricadas para ajudar o caso.

Não havia uma única pessoa que acreditaria, entenderia, ou a defenderia. Mesmo agora ela lembrou do conselho de Sigmund em fazer amigos, mas era tudo muito tarde.

Algo quente começou a pingar em suas bochechas.

Suas emoções enfureceram-se dentro dela. Porém, não havia nada que ela pudesse fazer, e ela sentiu um senso extraordinário de desamparo. Soluçando como um pequeno bebê, tudo que Charl podia fazer era deixar suas lágrimas fluírem.

“Isso… é muito cruel…”

“É lamentável. Se for alguma consolação, eu estou contando para você sobre tudo pelo menos.”

“Mas por quê…? Por que você faria…?”

“Não seja estúpida. Que outro motivo pode haver para matricular-se nessa academia?”

O tom de Felix era leve e refrescante.

“Para tornar-se o Sábio, é claro. Eu estou rumo a virar o rei do mundo mágico.”

Charl sentiu como se um punho havia sido enterrado nela. Ela sentiu seu cérebro adormecer e seus sentidos embaçarem.

Felix havia um sorriso em seu rosto, e seu tom gentil era como seu eu normal.

“A Festa Noturna é uma batalha impiedosa por sobrevivência, onde a pessoa a qual elimina todos os outros obstáculos no caminho dele ou dela ganha tudo— isso era o que você sempre gostava de dizer.”

“…”

“Eu gostei dessa parte de você. De fato, eu concordei com você de todo coração. É apenas—”

Seus olhos ficaram frios conforme ele terminou sua sentença.

“—que há algo sobre você que eu não posso aguentar. — Sua ingenuidade.”

Ele estendeu sua mão para a autômato ao lado dele.

Energia mágica estendeu-se da palma de sua mão, ligando-o a ela e abastecendo a marionete.

O circuito mágico começou a ativar. Com o autômato como uma conduta, a energia mágica de Felix foi expressada como um fenômeno de alteração física.

A energia invisível começou a acumular-se, antes de ser solta.

Em um clarão, uma torrente de luz disparou-se adiante da espada da marionete.

Na realidade— era o brilho de água.

Como uma flecha, a feroz torrente de água voou reto até ela. A água tomou a forma de uma afiada lança, mirando reto a sobrancelhas de Charl.

Sigmund saltou em ação, usando seu pequeno corpo como um escudo para proteger Charl.

A torrente arrancou pele, causando sangue fresco a estirar-se e acertar o piso. O pequeno dragão foi forçadamente enviado voando de ré, colidindo no chão.

“O que você está fazendo, Charl…!? Apresse-se e apoie-me..!”

Sigmund chamou por ela. Porém, sua voz não alcançou seus ouvidos.

Felix preparou seu próximo ataque, focando sua energia mágica. Mesmo isso não entrou seu campo de visão.

Charl permaneceu afundada no piso, incapaz de fazer qualquer outra coisa exceto chorar.

Sua mente era um borrão, mas uma coisa destacou-se mais.

Como é que eu vou desculpar-me?

Se fosse apenas ela, então estaria bem. Isso era punição por sua própria tolice.

Contudo, os esquemas de Felix haviam também envolvido outro alguém além de Charl.

Por causa da minha estupidez, esses dois—

Ele era uma pessoa rude, mas bem-intencionado.

Seu autômato também, foram arrastados nesse caso bagunçado.

Agora eles sofreriam por causa dela.

“Raishin… me desculpe—”

Exatamente conforme a desculpa de Charl deixou sua boca, o brilho de água indicou que algo havia cortado através do ar.

Transformando-se a si mesma em uma forma letal, a ponta afiada estava prestes a perfurar asseadamente ambos Sigmund e ela—

Contudo.

Com um tinido, um som metálico assaltou seus tímpanos.

Ela estalou-se de volta a realidade. Repuxando para cima sua cabeça reflexivamente, uma mais bela visão entrou em seus olhos.

A luz da lua brilhou deslumbrante, refletida através das gotas de água.

O jato de água similar a uma lança foi bloqueado por eles, dispersando-se inofensivamente.

Duas sombras apareceram em frente de Charl.

Aquela que parou a lança de água era uma pequena e esbelta garota.

Diretamente atrás dela, com sua mão em suas costas, havia um jovem.

Suas ataduras tremularam no vento, e o cabelo da garota fê-lo da mesma forma. Seu corpo inteiro estava umedecido em sangue, a severidade de seus machucados óbvio mesmo nas trevas da noite.

“Não desculpe-se, sua idiota.”

Com suas costas manchadas de sangue para ela, sua voz foi brusca, mas havia um estranho calor nela.

“Não há nada que você tenha feito que precise desculpar-se por.”

Ele virou-se para encarar o inimigo.

Para proteger Charl, ele estava prestes a lutar.

Referências e Notas de tradução[edit]

  1. Pequena estante onde se coloca um livro aberto para leitura. Wikipédia
  2. Uma classe de espíritos da natureza que aparecem na mitologia Hindu, Jainista e Budista. Eles são responsáveis por manter e guardar os tesouros naturais escondidos na terra e das raízes das árvores. Geralmente são benevolentes, mas tem a sua versão sombria que assombram desertos e armam emboscadas para viajantes. Wikipédia
  3. As valquírias são deidades menores que serviam Odin, eram responsáveis por escolher os mais heróicos guerreiros mortos em batalha para conduzi-los ao salão dos mortos, Valhalla, regido por Odin, onde os guerreiros eram preparados para lutar no Ragnarök. Wikipédia
  4. Espada longa medieval, feita para ser utilizada com as duas mãos. Wikipédia
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