Koten-bu Volume 5: Prólogo (Parte 3)

From Baka-Tsuki
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PRÓLOGO: Um caminho longo demais para ser percorrido apenas correndo

3. Presente: 1,2 km


Enquanto existem toneladas de clubes, há apenas alguns poucos novos estudantes. A corrida para recrutá-los alcança sempre o seu máximo de ferocidade em abril. No ano passado não tive nenhuma razão para ingressar em qualquer outro clube que seja então dessa vez esperava poder ignorar isso tudo novamente. Entretanto, acabei no olho do furacão. Foi a primeira vez que passei por algo desse tipo. Foi o meu primeiro banho de sangue.

Novos alunos – gente que eu nunca tinha visto antes na vida – estavam sendo abordados constantemente por formulários de recrutamento e de repente, problemas começaram a surgir por todos os lados. Enquanto provavelmente deva ser verdade que eles não conseguiam simplesmente evitar as incessantes solicitações dos clubes dos quais eles não tinham interesse – não podemos culpá-los por isso – porém, parece que certos clubes estavam conseguindo reunir uma grande quantidade de novos membros ao pressionar o pessoal do primeiro ano.

De qualquer modo, o uso de táticas antiquadas como essas simplesmente não funcionavam. A razão por trás desse processo em duas etapas que requeria aos estudantes submeterem ambos os formulários provisórios e definitivos era uma maneira de se ter certeza se estavam desejando participar por sua própria vontade. Se um aluno não submetesse seu formulário definitivo após algum tempo no clube, ele era automaticamente removido dos membros.

O prazo final para ingresso nos clubes é esse fim de semana, ou seja, hoje.

Antes de qualquer coisa, existe algo que preciso confirmar.

— Somente porque você não deu entrada no formulário definitivo, não significa que não possa participar do clube depois, não é?

— Claro. Você pode entrar ou sair de qualquer clube que quiser do Colégio Kamiyama a qualquer momento. Isso depende completamente de você.

Contudo, depois de ter dito isso, Satoshi passou a ter uma expressão estranha no rosto e continuou o que dizia anteriormente.

— Na verdade, o problema é que o orçamento do clube é baseado na quantidade de membros depois do fim do período de entrega de formulários provisórios, então qualquer modificação na quantidade de membros após esse período é realmente complicada. De qualquer forma, o mais importante...

— Eu sei.

O problema não era a burocracia.

Na realidade, no momento quando percebemos que havia ocorrido algum tipo de problema ontem, deveríamos ter tentado resolvê-lo logo. No entanto, acredito que nada de relevante pudesse ter sido feito naquele instante, considerando que tanto Ouhinata quanto Chitanda já haviam ido embora. Mesmo tendo se passado apenas um dia após o acontecimento, temos a impressão de como já fosse tarde demais. Se isso permanecer sem solução até o momento no qual nos separarmos para o fim de semana, o fato de Ouhinata não ingressar no clube se tornará realidade e tentar mudar a decisão dela será impossível.

Não ocorrerão aulas após o término do Evento Hoshigaya. As turmas só precisam se reunir por um pequeno período e depois disso, todos podem ir se encontrar em seus clubes.

Em outras palavras, mesmo hoje sendo o único dia do qual poderemos fazer Ouhinata ingressar no clube, dificilmente nós teremos tempo ou chance para conseguir entrar em contato com ela.

— Então, não sei exatamente o que aconteceu — disse Satoshi, com a voz baixa. — Parece que ontem depois das aulas alguma coisa a deixou extremamente zangada ou chateada, mas não temos ideia do que pode ter sido, não é?

— Sim, eu estava lendo o tempo todo.

— Se é assim, Chitanda deve ser a causa. Ou seja, isso contradiz o que Mayaka disse.

A ladeira ainda não havia se tornado fisicamente desgastante. Haviam casas enfileiradas em ambos os lados da rua e a estrada levemente íngreme seguia adiante. Alguém agilmente me ultrapassou enquanto continuava em meu passo lento. Ele era provavelmente um estudante da Classe 2-B, que começou a correr depois da nossa. Espero que as pernas dele possam conseguir se manter nesse ritmo até o final da maratona.

— O que ela disse? — Sussurrei.

Satoshi me olhou rapidamente e parecia estar desapontado.

— Qual é, vai dizer que não sabe?

— Ela não me disse nada.

— Talvez ela não tenha tido tempo pra te falar. Eu não estava lá, então os detalhes estão meio confusos.

Satoshi rapidamente olhou os arredores e disse de maneira esquisita.

— Se lembro direito, Ouhinata disse que Chitanda era “como um deus Buda*” ou algo desse tipo. Só lembro que não era algo que pudesse insinuar alguma coisa ruim.

N.T: Isso significaria que Ouhinata estaria se referindo a Chitanda como alguém que fosse amável, compreensiva, ou algo do gênero, levando Satoshi a ter essa compreensão.

Não ouvi falar de nada disso. Não sabia de nada, a não ser do fato que Ouhinata disse que desejava não participar mais do clube.

— Isso realmente aconteceu ontem?

— Talvez o que eu te disse não esteja 100% correto, mas sem dúvida aconteceu ontem.

Então Ouhinata disse ambas as frases: “Não vou mais participar do clube” e “Chitanda é como se fosse um deus Buda”? Se esse for o caso, isso honestamente me leva a concluir que ela estava essencialmente dizendo “Eu não vou mais participar do clube, mas isso não é culpa da Chitanda”. O que significa que eu sou a razão pelo qual Ouhinata decidiu sair do clube. Ainda assim, realmente não fiz nada contra ela ontem. É claro, estaria mentindo ao dizer que não lembro ou não ouvi nada. Conversei um pouco com ela antes de entrar na sala do clube e ouvi coisas normais enquanto estava lendo, mas foi apenas isso.

— No fim das contas, parece que isso não vai ser algo simples de se resolver.

Entretanto, Satoshi murmurou após um suspiro.

— Me pergunto se é esse o caso.

Em seguida, ele continuou.

— Eu penso que é algo bem simples. Uma nova aluna ingressou no clube. Mudou de ideia. Decidiu sair. Foi tudo o que aconteceu.

Enquanto eu continuava mais ou menos correndo, Satoshi permaneceu me seguindo empurrando sua mountain bike. Como esperado de alguém que possuía o ciclismo como hobby, seu ritmo era muito bom.

Satoshi deixou escapar um suspiro e finalmente voltou a falar.

— Ei Houtarou. Sei que isso pode soar um pouco cruel, mas se a Ouhinata realmente decidiu sair do clube, acho que nós deveríamos desistir dela. Quero dizer, sem dúvida ela é alguém interessante e a Mayaka realmente parece gostar dela, mas se ela está decidida, não acho que há nada que possamos fazer. — Ele olhou para mim e acrescentou. — Embora eu pense que deveria ser você a estar dizendo isso ao invés de mim.

Essa não é uma premissa sem fundamento. Na verdade, quando Mayaka chegou ontem parecendo preocupada, realmente cheguei a pensar que seja lá o que pudesse ter ocorrido, não era algo tão importante assim.

Tenho certeza que Ouhinata tem os seus motivos. No Colégio Kamiyama, é permitido participar em até dois clubes ao mesmo tempo, então se existissem três do qual ela desejasse participar, seria totalmente compreensível se decidisse não se juntar ao Clube de Literatura Clássica. Mesmo assim, as intenções dela não são claras. Possivelmente, pode ter encontrado um esporte no qual queira praticar, ou então decidiu participar das atividades do Comitê Executivo. Pode ter decidido se concentrar nos estudos. Existem incontáveis motivos pelo qual ela poderia sair e o Clube de Literatura Clássica não tem sequer um bom motivo para entrar em conflito com elas. É triste, mas talvez seja como as coisas são. A essa altura, esses pensamentos cruzaram a minha mente.

Eu havia mudado de ideia sobre o assunto por algumas razões, porém, não me sentia muito à vontade em ficar explicando para o Satoshi uma a uma enquanto estivéssemos correndo. Além disso, ele pode usar sua bicicleta para percorrer o resto do percurso, enquanto eu somente posso usar minhas pernas. Só me desgastaria mais rápido ao tentar ficar conversando enquanto estou correndo, então vou limitar minhas conversas o máximo possível.

Provavelmente ao perceber que não pretendia responder, Satoshi casualmente voltou a falar.

— Você sabe como as coisas estão prosseguindo. Se decidiu tentar a dissuadir, não tenho motivos para tentar te impedir. Por acaso planeja a encontrar e implorar para que ela não saia?

Imediatamente, fui pego desprevenido.

— Implorar?

— Isso. Se encurve assim e diga a ela: sei que você passou por experiências desagradáveis, mas eu te imploro, tente só mais dessa vez!

Satoshi disse enquanto gesticulava e então continuou, assumindo uma expressão confusa.

— Você não vai fazer isso?

Sequer imaginei uma coisa dessas. Suponho que seja uma possibilidade, mas no fim das contas...

— Ouhinata disse que tinha um motivo para estar saindo, não foi? Será que é possível tentarmos resolver esse problema sem saber o que aconteceu ontem?

Ele respondeu com um lamento.

— Você realmente vai tentar resolver esse problema, não é? Hum. Suponho que implorar não seja algo do qual você de fato gostaria de fazer, embora se desculpar rapidamente e implorar a ela seja sem dúvida o modo mais rápido de se tentar resolver o problema. Isso com certeza vai acabar se tornando algo maior do que esperamos.

Gostaria de saber se as coisas realmente precisam ser desse modo, mas não consigo aceitar isso. No mínimo, acho que ficar prostrado em frente a ela não vai resolver nada.

Em primeiro lugar, não estou fazendo isso por pretender fazê-la desistir da ideia de sair do clube. Não posso simplesmente ignorar o problema, implorar para que ela assine o formulário definitivo e então começar agir como se nada tivesse acontecido. Tudo isso apenas faria com que outro aborrecimento desse tipo voltasse a ocorrer mais cedo ou mais tarde. É verdade que prefiro evitar essas situações trabalhosas e prefiro ainda mais conseguir me livrar totalmente delas, mas não suporto ter de ficar deixando as coisas para depois. Se você lida com uma situação que possa vir a se tornar incômoda, fingir que a situação não esta ali para ter de lidar com ela mais tarde, apenas a transformará em uma situação ainda mais incômoda no futuro.

— Não acho que vou implorar a ela.

— E que tal tentar a persuadir?

— Isso seria um saco. Aliás, você realmente acha que eu conseguiria fazer uma coisa dessas?

— Não. Ao invés de alguém que gentilmente tentaria convencer o outro, você é mais do tipo que resolveria a conversa simplesmente com sagacidade.

Satoshi disse isso e então permaneceu quieto. Ele estava observando minha expressão cuidadosamente.

— Mais cedo, você disse que resolver esse problema não seria algo simples. Você pretende solucionar isso tentando descobrir o exato motivo que fez Ouhinata decidir sair do clube?

Chamar isso de “solucionar” é um exagero.

— Estou apenas tentando lembrar do que aconteceu até agora. Enquanto faço apenas isso, posso me poupar do esforço.

Satoshi refletiu por um momento.

— Lembrar? Hum. Entendi. Em outras palavras, você acha que seja lá o que deixou Ouhinata zangada, talvez possa não necessariamente ter ocorrido ontem à tarde, depois das aulas. A causa, ou melhor, a origem, a fonte do problema, pode ser algo que aconteceu em um momento diferente.

Isso foi bastante astuto da parte dele.

Sei que não fiz nada que possa a ter magoado ontem e mesmo se você levar em consideração o que Ibara disse sobre “Chitanda ser como um deus Buda”, a ideia de que Ouhinata poderia ter se chateado ou ficado zangada por culpa da Chitanda me faz pensar que talvez Ibara possa estar exagerando um pouco.

Me sinto mal em dizer isso, porém, considerando que estamos falando da Ibara, consigo compreender a situação. Ela é o tipo de pessoa que poderia bater em alguém só por a pessoa ter dito algo que ela interpretou de maneira errada, não importa quão insignificante fosse. Porém, se considerarmos Chitanda, ela apenas inclinaria a cabeça, mostrando que não entendeu.

Se eu parar para pensar sobre, a razão deve estar relacionada com algo que aconteceu anteriormente. Possivelmente, em algum ponto quando Ouhinata entrou no clube como integrante provisória, pensamentos fora do controle começaram a progressivamente se acumular na mente dela. Talvez ontem, Ouhinata apenas tenha alcançado seu limite.

— Eu disse que não pretendo impedir você, mas... Isso é um tanto complicado demais, não é?

— Nem me fale.

— Não importa o quanto você tente relembrar, Houtarou. Não existem garantias de que você tenha toda a informação necessária para conseguir resolver isso.

— Isso é verdade.

Não é como se os membros do Clube de Literatura Clássica estivessem sempre juntos. Eu mesmo não vou à sala do clube todos os dias. Deve ter toneladas de coisas que eu não devo ter visto ou ouvido falar. Talvez tudo isso tenha começado e terminado enquanto eu não estava sequer ciente do que acontecia. Então ficar pensando sobre isso pode acabar sendo inútil.

Entretanto - ainda não falei nada ao Satoshi sobre isso – tenho algumas ideias a respeito. Desde que Ouhinata se tornou parte provisória do clube, existem coisas das quais considerei como “incomuns”. Talvez se eu focar minha atenção nesses detalhes, as coisas comecem a se tornar claras. Pode ser que eu esteja completamente errado, mas, ao menos, é um ponto de partida. Além do mais, tenho 20 km. Um caminho longo demais para ser percorrido apenas correndo.

Então falei.

— Se houver qualquer coisa do qual eu precise saber, perguntarei a você.

Satoshi franziu suas sobrancelhas, mostrando suspeita.

— Me perguntar? Só para você ficar sabendo, mas acho que vou estar pedalando em trechos mais a frente.

— Eu sei, mas nós vamos acabar nos encontrando de novo em algum momento, não é? Encontro você por aí. — Sorri para ele e continuei. — Afinal, Ibara e Chitanda estão em algum lugar ai atrás.

Por um segundo, Satoshi olhou para mim, pasmo.

— Credo! Então é isso que você estava planejando! Como pôde? Pense em todo o sangue e suor que o Comitê Executivo teve para organizar o Evento Hoshigaya.

— Você quis dizer a “maratona”?

Sem dúvidas, preciso conversar com Ibara e Chitanda.

Além disso, também preciso entrar em contato com Ouhinata antes do fim do dia.

Existe apenas uma maneira de eu conseguir lidar com ambas as coisas.

Em busca de evitar congestionamento nas ruas, cada classe começa a correr em determinados horários estabelecidos. Se estiver lembrando direito, Ibara está na Classe 2-C e Chitanda na última, a 2-H. Se eu correr devagar, em algum momento devo encontrar com a Ibara e se correr mais lentamente ainda, devo conseguir encontrar com Chitanda também.

— Em que classe a Ouhinata está?

— Classe 1-B. Sem dúvidas você vai ter que seguir bem devagar. Não, me sinto aliviado. Na verdade, muito aliviado. Isso mesmo, não teria como você correr seriamente até o final da maratona.

Satoshi riu ao dizer isso. Que grosseria da parte dele. No ano passado eu segui o percurso direitinho, mesmo que tenha parado no meio do caminho e seguido andando por mais ou menos uns 10 km.

— Agora que conheço seu plano diabólico, acho que tá na hora de eu ir andando. Procrastinação tem seus limites.

Ele subiu na mountain bike. Pensei que ele colocaria os pés nos pedais e seguiria adiante, todavia, ele repentinamente hesitou por um segundo. Satoshi se voltou de costas para mim.

— Só vou te dizer isso porque somos amigos. Houtarou, tenha certeza de não levar isso tudo para o lado pessoal. Você é o tipo de pessoa que normalmente não se importa com os problemas dos outros, então não esqueça que você não é responsável por nada, não importa o que vier a acontecer com a Ouhinata.

Essa foi uma forma egoísta de se expressar, mas entendi o que ele estava tentando dizer. Queria me dizer que não importa o que eu venha a pensar ou o que possa vir a descobrir, no final de tudo, será a decisão de Ouhinata que definirá a situação. É como dizem: você pode conduzir um cavalo dentro d’água, mas não pode forçá-lo a bebê-la. Imagino que seja uma boa ideia manter isso em mente.

— Estou indo agora. Vejo você por aí no percurso.

— Ok.

Satoshi finalmente começou a pedalar. Mesmo a ladeira se tornando cada vez mais íngreme, a mountain bike tomava velocidade sem problemas. Ele nem mesmo precisou pedalar muito. Mesmo estando firmemente sentado no banco e seu corpo inclinado para frente, Satoshi pedalava cada vez mais.

Com pequenos passos e correndo vagarosamente, observei ele partir.



Embora tenha dito que conversaria com Ibara e Chitanda, isso não vai ser tão simples assim de se fazer.

Mesmo que as encontre, não serei capaz de conversar com elas por muito tempo. Especialmente Ibara, considerando que não acho que ela vá simplesmente diminuir seu ritmo por minha causa. Provavelmente só poderei fazer uma ou duas perguntas a ela no momento no qual ela passar por mim.

Não tenho tempo suficiente para perguntar tudo o que gostaria de saber. Se não decidir o que devo perguntar antes de encontrá-la, posso acabar arruinando minha chance.

Para fazer as perguntas certas, preciso entender corretamente a situação. Especialmente, o que preciso entender exatamente é que tipo de pessoa é Ouhinata Tomoko, aluna do primeiro ano do ensino médio do Colégio Kamiyama.

...Então comecei a tentar lembrar.

Depois de Chitanda ter saído ontem, Ibara fez uma pergunta a única pessoa restante, eu.

— Então... o que foi que aconteceu?

Como não pude responder, ela disse algo mais.

— Você não sabe? Eu deveria ter imaginado. Afinal, você não é do tipo que presta atenção nos outros.

Um frio e único comentário.

No entanto, ela me pareceu um pouco surpresa.

Não é como se eu não tivesse percebido por estar lendo meu livro ontem, após as aulas. Ao invés disso, simplesmente não estava muito interessado em qualquer coisa que Ouhinata tivesse a dizer. Provavelmente é devido a esse tipo de comportamento que Satoshi sempre me chama de antissocial. Não é como se isso explicasse completamente minha atitude, mas também não posso dizer que está muito distante disso. Talvez da perspectiva de alguém de fora, parecesse que eu estava me distanciando cada vez mais dela.

Sendo franco, realmente não me importava sobre a vida pessoal dela, o que a fazia feliz ou o que possa tê-la machucado no passado. Eu, sobretudo, estava a ignorando. Quero saber se ainda há tempo para poder passar por cima de toda essa indiferença. Poderei fazer isso durante esses 20 km de distância? Um caminho longo demais para ser percorrido apenas correndo, porém, me pergunto se é tempo o suficiente para se tentar compreender alguém. Pensarei e tentarei lidar com isso, não importa o que seja preciso fazer.

A ladeira tornou-se ainda mais íngreme e em certo ponto, a paisagem de ambos os lados da estrada havia sido substituída pelo cenário de uma floresta de cedros.

Outra pessoa me ultrapassou e comecei a ficar cada vez mais atrás.

Conheci Ouhinata em abril. Durante a semana de recrutamento de novos estudantes.


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