Koyomimonogatari ~Brazilian Portuguese~/Koyomi Vento/002

From Baka-Tsuki
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002[edit]

“D-desculpe-me por me intrometer, Koyomi-onii-chan.”

“Oh, você está aqui, Sengoku. Entre.”

“Um, agora que penso nisso, eu não deveria me intrometer, então vou voltar pra casa.”

“Não volte no segundo em que fez uma visita!”

“T-t-tchau. Me diverti hoje.”

“Não há como você ter se divertido?!”

“Fo… foi o melhor dia da minha vida.”

“Você — O que exatamente é engraçado sobre a entrada da casa dos Araragi?! E era pra você ser uma mestre da vida?!”

Era início de Agosto — um dia nas férias de verão.

No dia em que o incidente de um certo vigarista foi resolvido, uma amiga de minha irmã mais nova, Sengoku Nadeko, veio visitar minha casa — assim como prometemos.

O pretexto para isso era que eu primeiro ouvi informações em relação àquele vigarista por meio de Sengoku, então era um relatório de acompanhamento em relação a isso junto com algo como um agradecimento.

Em termos de etiqueta socialmente correta, senti que fazia mais sentido para eu ser aquele que ia para a casa dela dizer meus agradecimentos, mas mês passado, quando eu visitei a casa dela para brincar, passamos uma ótima hora jogando o Jogo da Vida e por quê não, mas bem no final, houve um estranho desenvolvimento onde eu fui forçado a ir embora como se estivesse fugindo da mãe da Sengoku, então eu estava meio relutante em visitá-la uma segunda vez.

Pode ter sido meu instinto animal.


Ou talvez até mesmo meu instinto de esquisitice.

Então ao longo dessas linhas, eu chamei Sengoku e a convidei para minha casa — eu pensei que poderíamos nos encontrar em algum outro lugar para eu então pegá-la, mas ela disse.

“Está tudo bem,”

e foi isso.

Bem, no mês antepassado, ela tinha vindo para minha casa junto de Kanbaru antes, então ela sabia como era — e talvez, mesmo antes disso, ela frequentemente vinha para visitar minhas irmãs durante seus dias de escola primária.

Então em vez de ser que ela não precisasse ser pega, poderia ser que eu estivesse indo me causar problemas demais — dizem que avôs mimam seus netos, mas isso não se compara a maneira como irmãos mais velhos mimam os mais novos.

Mesmo assim, eu sabia que Sengoku era o tipo de pessoa que não era muito confiável, então eu estava preocupado quanto a se ela chegaria na hora esperada ou não, e eu estava planejando em ir para fora procurá-la se ela não viesse, mas a campainha da casa dos Araragi tocou bem na hora.

Foi uma precisão comparável a de um relógio de rádio, quase como se ela estivesse escutando um relatório do tempo do lado de fora da porta de entrada quando ela pressionou o botão — mas Sengoku não seria capaz de escutar nada disso, já que ela não tinha celular.

Mas se esse fosse o caso, talvez ela sincronizou o segundo ponteiro do seu relógio ou algo assim — mas ninguém poderia ser tão sensitivo quanto ao tempo assim.

É óbvio que as chamadas de Sengoku vindo exatamente em minutos zero e zero é só uma coincidência comumente corriqueira.

“Mas de qualquer maneira, entre. Está tudo bem, fiz questão de limpar meu quarto adequadamente.”

“Ah, um, é…”

“Eu fiz todas as preparações para o entretenimento. Hoje, será uma festa que durará a noite toda!”

“Ee-eek!”

Já que Sengoku parecia estar nervosa na casa de alguém embora fosse a casa de uma amiga de infância, pensei em acalmá-la com uma piada, mas ela a levou a sério e ficou assustada.

No entanto, eu não acho que vi Sengoku alguma vez não estar hesitante assim desde que nos encontramos em Junho. Sengoku = hesitante.

Já que era um problema de personalidade dela, não acho que havia algo que eu poderia fazer sobre isso — então o melhor que eu podia fazer era vigiá-la cuidadosamente.

Na última vez, quando eu fui visitar a casa dela, ela usou uma tiara para puxar sua franja para trás, mas provavelmente porque ela andou saindo, ela havia voltado para seu estado padrão — isto é, ela deixou sua franja para baixo.

Eu não podia ver a expressão dela.

Por isso que, para ser honesto, eu não poderia dizer o que ela estava pensando.

Ela parecia como se estivesse sendo tímida, ou sendo reservada, mas também era possível que ela apenas não queria estar aqui.

Se ela estava aturdida porque era incapaz de recusar o convite rude do irmão de sua amiga e teve de ir para uma casa em que ela nem mesmo queria estar, então isso seria indesculpável, ou talvez seria melhor ter apenas negado…

Eu quero acreditar que aquele não era o caso.

Mesmo que, após o incidente com o vigarista, uma nuvem tenha sido lançada na língua afiada de Senjougahara, ou na eloquência dela — talvez, um sinal de que a reabilitação dela poderia ser finalmente vista — eu não queria pensar no que aconteceria caso fosse sabido que eu era, na verdade, odiado por uma amiga da minha irmã.

Seria muito ruim para os meus estudos.

“Como eu disse, tire seus sapatos e entre logo.”

“S-sim. Entendido. Eu os tirarei. Eu vou fazer como você diz, eu vou!”

“......”

Sengoku parecia ainda mais assustada que o habitual…

Mesmo que ela me odiasse, não havia nada com isso até esse ponto, mas seria legal se ela realmente não se comportasse como se estivesse suspeitosa de mim.

De todo jeito, Sengoku, mostrando contenção ou talvez irreflexão, ou para ser preciso, continuando a demonstrar hesitação, de alguma forma procedeu a passar pelo corredor no fim das contas — e eu a levei dessa mesma maneira para subir a escadas.

“Para ser honesto, Tsukihi-chan também deveria estar conosco… Mas parece que ela tem algum trabalho de limpeza a ser feito de novo.”

“Ah, trabalho de limpeza? Qual tipo?”

“Limpar atrás daquele vigarista — apesar de que, eu realmente não sei o que ela está fazendo especificamente. Eu honestamente não tenho ideia do que se passa nas cabeças da Karen-chan e da Tsukihi-chan —“

Quanto a isso, também não tinha ideia do que se passava na cabeça da Sengoku.

É possível que eu simplesmente não entendesse as mentes das garotas do fundamental — mas, se eu começasse a dizer isso, não é como se eu soubesse o que qualquer um estivesse pensando em primeiro lugar.

Mesmo Shinobu, a quem estou ligado.

Não posso dizer que a entendo também.

“W-waah. É verdade. É uma festa, você preparou uma festa!”

Enquanto empilhava hesitação sobre hesitação, quando finalmente chegamos — levando o que parecia ter sido trinta minutos, embora fosse uma distância curta que não levaria sequer trinta segundos — adentramos meu quarto, Sengoku procedeu em falar numa voz feliz.

Ou, talvez quando adentramos meu quarto, era mais como se ela tivesse visto os lanches e suco que eu preparei no chão do meu quarto.

Era realmente uma festa um pouco modesta, e não havia nenhum tipo de surpresa planejada — e a maneira como ela me recebeu em sua casa noutro dia parecia muito mais luxuosa — mas se ela estava feliz com aquilo, então aquilo me fez feliz também.

Apesar de que, não fui eu quem planejou essa “festa”, mas minha irmã… Foi depois dela ter gentilmente preparado isso para mim que ela saiu para aquela "limpeza do vigarista".

Bem, eu realmente não gostava dessa perspicácia dela, mas acho que é por isso que ela era um grande nome no mundo das garotas do fundamental desta cidade.

Apenas entretenha Nadeko-chan como se você fosse eu, ela me disse — o que exatamente ela está me ordenando a fazer, essa minha irmã?

“U, uwaah. É pipoca, tudo bem. Pipoca, eu adoraria estufar minha cara com isso… Eu gostaria de me entupir disso até não poder respirar. Então eu gostaria de engolir isso sem mastigar!”

“Você vai morrer!”

“Oof…”

Sengoku, falando como se estivesse intoxicada, se agachou.

Era surpreendente que ela estava tão feliz em ver lanches… Poderia ser que ela não era permitida comer coisas doces assim em casa?

Ela parecia ser tão mimada, mas acho que isso não tem nada a ver com ser entregue doces…

Estou meio surpreso.

“E, ufa.”

Ela disse.

Depois de sentar num coxim, ela começou a retirar suas meias, ambas. Eu acho que ela queria ficar descalça — ou talvez, ela já estava descalça enquanto eu olhava.

Ela educadamente dobrou suas meias e as dispôs de lado.

“.....”

Ela retirou suas meias quase como se estivesse tirando seu chapéu quando no interior, mas… hein? Não entendi. Havia alguma maneira desse tipo de tirar suas meias quando dentro do quarto de outra pessoa?

Já que não houve muitas vezes em que eu entrei no quarto de outra pessoa, acho que eu não tinha experiência o bastante para verificar isso, então eu não sabia…

Se pensar sobre os quartos em que eu já estive, então eles seriam apenas os quartos da Senjougahara e da Kanbaru… No caso do quarto da Kanbaru, em vez de tirar minhas meias, eu tinha precisado vestir meus sapatos com solas muito grossas ou meus pés ficariam machucados.

“E-então, Tsukihi-chan está fora agora…”

Sengoku disse, parecendo que ela estava se coçando para por suas mãos nos lanches em sua frente, mas estava controlando-se para permanecer paciente.

“Karen-san também?”

“É. Essas duas são um conjunto, afinal. Elas são vendidas como um pacote.”

Bem, o tamanho delas podem ser diferentes demais para serem colocados num pacote… Mesmo se você quisesse recebê-las como um conjunto, você não seria capaz de empacotá-las direito o suficiente. Elas são irmãs difíceis de serem tratadas.

Apesar de que alguns possam dizer para não tratar irmãs desse jeito.

“E… seus pais?”

“Meus pais estão fora, também — isto é, eles estão trabalhando. Já que dias de folga ou férias de verão não são nada para os meus pais. Ou em vez disso, eles não tem nada disso.”

“H, huh… En-então, hoje é só a Nadeko e o Koyomi-onii-chan, só nós dois.”

“Hm? Bem, acho que somos só nós dois. Tem algo sobre isso?”

“Claro que não tem problema nisso. Ehehehehehe.”

Sengoku riu de uma maneira fofa.

Ela finalmente riu, hein.

Então ela estava nervosa porque estava pensando sobre meus pais, hein? Isso fazia sentido — não era incomum ficar nervoso por causa dos pais de alguma pessoa.

Eu tive um tempo bem difícil com o pai da Senjougahara, e mesmo sem levar esse exemplo em consideração, eu fugi da mãe da Sengoku também. E mesmo que eu esteja acostumado com isso agora, e ir visitá-los mesmo quando a Kanbaru não está lá, no começo eu estava nervoso sobre encontrar os avôs da Kanbaru também.

“Bem, primeiro de tudo. Bem-vinda, Sengoku!”

Eu derramei suco em duas taças que estavam dispostas ali antecipadamente, e entreguei uma para Sengoku para um brinde.

“S-sim! Obrigada, Koyomi-onii-chan! Viva! Feliz aniversário!”

“......”

Meu aniversário era em Abril.


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