Monogatari Series:Hanamonogatari/Demônio Suruga 003

From Baka-Tsuki
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“Bom dia.”

Quando eu cheguei à sala, o café da manhã estava pronto.

Eu era completamente inútil com trabalhos domésticos, catastrófica em cozinhar e limpar, nenhuma folha de grama cresceria novamente, mas eu acho que isso dependia solenemente do fato que meus responsáveis, meu avô e minha avó, eram personagens extraordinariamente metódicos, e cuidavam bem demais de mim.

Eu posso não ter sido abençoada com bons pais em muitos jeitos, se não de todos os jeitos, mas com os avós eu fui.

Apesar disso, apenas a refeição estava pronta, vovó estava lá fora na lavanderia e vovô estava cuidando do jardim. Nesse mundo uma família que se junta para o café da manhã seria o ideal, mas nós não.

Não porque eles levantavam mais cedo.

Era eu que acordava primeiro pela manhã, porque toda manhã, eu tinha o hábito de correr dez quilômetros na ida e volta.

Mesmo hoje, a pouco, eu estava correndo e correndo.

E enquanto corria num bom ritmo, vovô e vovó terminaram de comer. Toda manhã e eu poderia aumentar o meu passo e então poderia comer junto com eles, mas a menos que eu dobrasse minha velocidade seria impossível.

De fato é impossível.

“É pretensão dizer que se vocês não jantarem juntos vocês não são uma família – olhe para a casa daquela garota Hanekawa, eles tomam café da manhã juntos, e mesmo assim não são unidos, não é? Mais do que estar junto, eles se aglomeram. De fato, mesmo no meu caso, eu tomava café junto de você, mas você pensava em nós como uma família? Eu era sua mãe, mas, diga, eu era realmente sua família?”

Enquanto ouvia essa voz na minha cabeça, eu terminei de comer. Eu recuperei as calorias que havia gasto correndo, uma deliciosa refeição.

De qualquer forma, hoje minhas alucinações auditivas hoje estavam mesmo ruins.

Como se fossem o presságio de algo.

Ou talvez algo estivesse tendo um pós-efeito.

... Eu acho que para simplificar, na minha nova vida a partir de agora, meu equilíbrio mental ficará um pouco deficiente, é só.

Realmente.

Sozinha eu sou incorrigível.

Sozinha eu sou completamente incorrigível.

Enquanto pensava nisso, eu estiquei a mão para o jornal de hoje, que vovô e vovó já haviam lido, e que estava com alguns vincos, e o estendi sobre a mesa.

E abri meus olhos, e percorri os artigos de capa a capa – eu passei pelo que havia acontecido a redor do mundo. Já que era um jornal local, os artigos sobre essa cidade e seus arredores eram muito detalhados – esses artigos eram o foco do meu olhar.

Esfaqueamentos e incidentes violentos.

A hora em que ocorreu, o lugar onde ocorreu.

E então eu os comparava mentalmente com o meu horário e cronograma de ontem. E lembrava se tinha um álibi ou não.

“... Whew!”

Quando eu terminei de ler o jornal, eu me senti aliviada.

Tudo certo.

Parece que ontem eu não cometi nenhum crime.