Mushoku Tensei:Web Chapter 46 (Brazilian Portuguese)

Capitulo 3 – Pai e Filho lutam

Parte 1

A pousada que Paul estava hospedado era a「Porta do Amanhecer]. Ela ficava ao lado do armazém que estávamos, ela é um pouco maior do que as pousadas habituais por aqui. Dentro possuía uma mesa de madeira circular com dez assentos. Sento-me num deles. Paul está sentado de frente de mim.

Embora ainda seja dia, todos os assentos foram preenchidos. Os caras que eu nocauteei foram curados por alguns aliados que tenham habilidade de cura de Paul, e eles estavam sentados ao redor também. Escusado será dizer, mas os olhares que eles estavam me dando não foram lá muito amigáveis. Parece que todo mundo aqui é companheiro de Paul.

O que eu noto em particular é a pessoa por trás de Paul. Lá estava uma mulher guerreira. Seu cabelo era curto de cor castanho curvado para fora. Seus lábios são parecidos como uma boca de pato, ela dava uma impressão encantadora. Era digna de menção especial a sua figura. Seios grandes, cintura fina e uma bunda cheia, coberta pela chamada armadura em forma de biquíni. Aparentava ser uma garota no final da adolescência. Na verdade, parece que Paul a chamou de Vera. Mesmo num olhar rápido, posso dizer que ela é o tipo que Paul gosta.

Essa armadura de biquíni não é muito incomum neste mundo. É um mundo onde uma pequena ferida pode ser facilmente resolvida com magia de cura. Assumindo que elas possam facilmente desviar e bloquear ataques, se prefere armaduras leves. Coisas como, cota de malha, ficariam no caminho. Há um monte de espadachins que pensam desta maneira. É provável que ela seja um deles.

Ainda assim, é a primeira vez que vi alguém tão escassamente vestido. Normalmente se colocam roupas finas por cima dessas armaduras para que a pele não fique irritada nas articulações, bem como ombros e cotovelos. Mesmo que ela está vestida desse jeito, estamos em um bar, ela poderia estar colocando algo por cima. As mulheres jovens que eu vi no Continente Demoníaco eram assim. Ela não sente fria ou algo assim?

Ouvi dizer que por causa das 7 torres em Milis, o clima é sempre estável por aqui. Eu me pergunto se é por isso que ela está bem assim? Bem, vamos apenas supor que é isso por enquanto. E ter um belo espetáculo visual.

Enquanto eu estou olhando para ela, nossos olhos de repente se encontram. Ela piscou para mim. E eu voltei a piscadela.

"Oi, Rudi... Rudi?"

Quando Paul fala comigo, a guerreira e eu desviamos nossos olhares.

"Pai, há quanto tempo."

"Aah, Rudi... você sobreviveu, hein?"

Paul falava com uma voz cansada. Como posso dizer isso... Ele estava realmente mudado. Ele estava com a barba por fazer, seu cabelo ficou uma bagunça, seu hálito cheirava a álcool, e todo o seu corpo me passava uma impressão desleixada. Ele não me recordava em nada com o Paul das minhas memórias.

"Bem, sim..."

De qualquer forma, minha mente não estava raciocinando bem. Porque é que Paul está aqui?

Aqui é Milishion.

É tão longe de Asura como África é da Mongólia. Ele está aqui para procurar-me? Não, ele não deveria ter sabido que eu fui teletransportado para o Continente Demônio. Nesse caso, por uma questão diferente, né? E sobre o seu trabalho protegendo a vila Buena?

"E assim, por que está aqui, Pai?"

Meu raciocínio faz com que eu pergunte isso em primeiro lugar, em resposta Paul pareceu ficar surpreso.

"O que você está dizendo. você viu a mensagem, não é?"

"Mensagem...?"

Mensagem. Que é mensagem?

Eu não me lembro de ter visto nada parecido. Vendo-me, obviamente, confuso, Paul fez uma careta estranha. Poderia ser que eu disse algo o chateou?

"Oi, Rudeus. O que você tem feito até agora?"

"Mesmo se você perguntar assim, as coisas foram difíceis, você sabe."

Eu sou o único que quer saber o que está acontecendo aqui! Apesar de pensar assim, contei a minha viagem até agora.

Sobre como eu tinha sido transportado para o continente mágico, como eu tinha sido salvo por uma pessoa da raça mágica, sem entrar em detalhes, como eu me tornei um aventureiro, e o ano que eu passei com Eris no Continente Demoníaco.

Pensando nisso, tinha sido uma viagem muito divertida. Apesar dos problemas que tivemos no início, bem como o meio ano que tivemos vivido como aventureiros; foi uma experiência unica.

Por causa disso, eu gradualmente tornei-me mais falante, e comecei a falar mais animadamente sobre os eventos que ocorreram enquanto eu estive viajando. Tudo o que eu estava dizendo era completamente uma meia verdade; digno de um grande espetáculo.

Eu acabei separado minha jornada em três partes:

A primeira foi de minha reunião com Ruijerd e nos tornando amigos dele, e, em seguida, o caos na cidade Rikarisu.

A segunda foi sobre o grande mágico Rudeus ajudando Ruijerd, em sua jornada para reformar o mundo.

O terceiro era sobre como alguns covardes da raça bestial tinham me capturado, e as minhas lutas desesperadas dentro do cativeiro.

Embora eu estivesse dramatizando algumas partes, comecei a falar mais rápido e alegremente, gradualmente fazia gestos e até comecei a contar a história com efeitos sonoros exagerados.

Contudo, eu tinha deixado de fora tudo sobre o Hitogami.

"E então quando chegamos ao Porto Vento, o que vimos foi..."

"..."

Mais ou menos quando eu já tinha acabado de contar a segunda parte, da 「 Viagem de 3 pessoas na lista negra através do Continente Demoníaco - Arco Empatia」, de repente parei de falar.

Paul estava taciturno. Seu rosto estava distorcido numa expressão irritada, e ele estava batendo o dedo sobre a mesa. Eu poderia tê-lo perturbado de alguma forma? Sem entender, eu estava prestes a continuar a minha história.

"Depois disso, nós fomos para a Grande Floresta."

"É o bastante."

Numa voz irritada, Paul me cortou.

"Que você passou o último ano vagabundeando, eu entendi muito bem agora."

Eu fiquei um pouco irritado com as palavras de Paul.

"Eu passei um momento difícil como você percebeu."

"Apenas o que foi difícil sobre tudo isso?"

"Eh?"

Quando ele me retorquiu com essa pergunta, minha voz engasgou.

"Pelo seu tom, eu não senti como se você tivesse passado sequer um pingo de sofrimento."

Isso é porque eu disse tudo de forma despreocupada. Embora, certamente eu possa ter começado a ter me levado pelo clima que criei.

"Ei, Rudi. Há uma coisa que eu gostaria de te perguntar."

"O que é?"

"Você, por que não reuniu informações sobre as outras pessoas que tinham sido teletransportadas enquanto estava no Continente Demoníaco?"

Eu caí em silêncio. Não tinha escolha, a não ser ficar em silêncio. Mesmo se ele me perguntasse [Por quê?] Eu não tinha como responder. Havia apenas uma maneira de responder. Havia apenas uma razão. Foi porque eu tinha esquecido.

No principio, estávamos lutando com todas as nossas forças. No entanto, mesmo quando tivemos espaço para respirar, eu sequer uma vez pensei que poderia haver pessoas além de nós na mesma situação no Continente Demoníaco.

"Eu, eu tinha esquecido... Nós não tivemos tempo para, e..."

"Não teve tempo? Mesmo que você tivesse tido tempo para ajudar algum demônio que você nem conhecia, você não teve tempo para preocupar-se sobre outros que pudessem ter sido teletransportados?"

Eu fiquei em silêncio. Eu talvez tenha começado com minhas prioridades corretamente. Agora que ele mencionou, certamente, posso ter feito errado as coisas. Ainda assim, não me pergunte isso depois do que já aconteceu até agora.

Eu tinha realmente esquecido naquele momento. O que eu poderia ter feito?

"Hah! Sem ter de procurar pelos outros, sem escrever uma única carta, juntinho com uma bela senhorita como se estivesse em um piquenique, vivendo como aventureiro. Não só isso, você teve um forte guarda-costas para acompanhá-lo. E então, quando chegou pela primeira vez em Milishion você viu um sequestro, e colocou uma calcinha na cabeça e brincou de herói?"

Paul ao terminar sua fala me ridicularizando suspira para mim, e estende a mão para o jarro de álcool na mesa ao lado. Ele bebe metade dela de um gole, depois cuspiu olhando para mim. Esse gesto foi descaradamente para tirar sarro de mim e fiquei irritado. Embora eu não vá lhe mandar parar de beber, não estamos no meio de uma discussão importante?

"Mesmo eu estando por lidar com situações uma mais difícil que a outra, eu tinha decidido que em uma situação de vida ou morte, eu gostaria priorizaria apenas a Eris... Várias coisas tinham acontecido, por isso não eu não tinha como fazer muita coisa, certo?"

"Não é como se eu estivesse culpando você ou qualquer coisa do tipo."

Ele estava falando num tom de ironia. Finalmente, comecei a levantar a minha voz.

"Nesse caso, por que você está querendo comprar uma briga comigo!?"

Eu atingi o limite do que eu podia suportar. Eu não entendia por que Paul está falando assim comigo.

"Por que você pergunta?"

Mais uma vez, Paul responde com sarcasmo.

“Sou eu que não estou entendendo nada aqui"

"E você que não entende?"

Eu não consigo compreendê-lo. O que ele está tentando dizer?

"Você está falando de Eris, a filha de Phillip?"

"Ah, é claro que tinha que ser sobre ela. Eu nunca a vi, mas ela definitivamente deve ser uma bela dama, hein? Não enviou cartas, porque pensou que o número de guardas em torno dela poderia aumentar, e assim ficariam no caminho da sua paquera?"

"Eu não acabei de dizer que eu tinha me esquecido?"

Eu não tinha pensado em nada disso. Certamente, Eris possui boa situação na sociedade. A família Greyrat é enorme. Possivelmente, se tivéssemos falado com o Lorde de Porto Santo, poderíamos ter obtido um ou dois guardas.

Mas eu tinha explicado que naquela época eu tinha sido pego pelos homens da Raça Bestial... Ou, eu não tinha explicado? Eu não tinha chegado até essa parte ainda? Mesmo assim.

Eu tinha em mente fazer as coisas que eu conseguiria fazer, com minhas próprias forças. Embora eu não conseguisse fazer tudo da melhor maneira possível, isso não lhe dá o direito de jogar culpas em mim assim.

"Líder. Que tal deixá-lo quieto? Ele é jovem ainda, mesmo ele tendo falado um pouco demais, o que está feito está feito, certo?"

Quando eu fiquei em silêncio, a guerreira de biquíni de antes tinha se aproximado e coloca a mão nos ombros de Paul. Vendo isso, eu começo a rir com desprezo.

No final, é isso que está acontecendo.

Embora este homem esteja falando com autoridade e cheio de prepotência, ele é um homem que não é muito exigente quando se trata de mulheres.

Ele é esse tipo de homem. Ele não está em posição de falar nada sobre mim. Eu não coloquei minhas mãos em Eris uma só vez. Certamente teve uma que foi por um triz. E houve momentos em que eu acabei sendo governado por meus desejos também. Mas eu nunca tinha colocquei minhas mãos nela.

"Quando se trata de mulheres, você não tem direito de exigir nada de mim, Papai."

“... Hã?"

Os olhos de Paul ficaram vidrados de irritação e raiva. Eu não notei.

"E quem é essa mulher aí?"

"E a Vera, e daí?"

"Acaso Mamãe e Lilia sabem que você tem ficado com uma mulher tão bonita por perto?"

"... Elas não sabem. Não há nenhuma maneira que elas poderiam saber."

A expressão de Paul se deforma numa cara de pesar, mas eu não a notei. Eu estava enganado pensando que estava ganhando na argumentação.

"Você está enganando e traindo até dizer chega, então? E você a pedi para ficar desfilando nessa roupa erótica. Parece que o dia em que eu conseguirei um novo irmãozinho ou irmãzinha está quase lá, né?"

Antes de eu perceber.

Antes de eu perceber, tinha já sido atingido, e estava no chão. Paul estava com uma expressão cruel no rosto e me encarando.

"Vai se foder, Rudi."

Eu tinha sido atingido. Por quê? Merda.

"Oi, Rudi. Já que está aqui, isso significa que você passou por Porto Santo, não é?"

"E por que você pergunta isso agora?"

"Então você já deve saber, certo!?"

Eu não sei o que está acontecendo. Eu só entendo que Paul está escondendo alguma coisa, e que embora eu não saiba sobre isso, ele está me culpando, porque acha que é natural que eu deva saber.

Não vem que não tem. Até eu tenho coisas que eu não sei. Há um monte de coisas que eu gostaria de conhecer.

"Eu não sei!"

Eu levantei meu punho e bati para Paul. Que é evitado. Ao mesmo tempo, eu ativo meu olho demoníaco.

<Minha perna fica presa, e eu estou sendo derrubado>

Eu dou uma pisada na perna de Paul com todas as minhas forças. Eu, então, giro e miro no queixo de Paul.

<Ele o evita e me contra-ataca>

Ele se move muito bem para uma pessoa bêbada.

Eu reúno mana em meu braço direito. Ainda não consigo me igualar a Paul em combate em curta distancia. No entanto, se eu usar magia não será um problema. Eu crio um tornado em minha mão direita, e Paul é arremessado.

"Uau!?"

Paul vai girando pelo ar, e é jogado atrás do balcão. Com um estrondo, ele joga para cima as garrafas de álcool, e cai em seus cacos.

"Merda! Você me fez agora me enfurecer!"

Ele imediatamente se levanta, mas as pernas estão bambas. Esse idiota bebeu demais. No passado, Paul era mais forte do que isto. É provável que, mesmo nessa situação, ele teria evitou o meu tornado.

"Rudi, seu bastardo..."

Outra mulher corre para onde tropeçou o Paul. Mesmo ele todo envolvido com mulheres, ele realmente ousa ficar falando essas coisas sobre mim e Eris.

"Não me toque!"

Paul a afasta violentamente e caminha a minha frente.

"Paul, apenas com quantas mulheres você ficou paquerando enquanto eu estive fora?"

"Cale a boca!"

<Ele vai me dar um soco com seu punho direito>

É realmente um soco ridículo e descuidado, praticamente um soco telégrafo. Este é realmente o mesmo Paul que eu conheci? Este é um ataque que pode ser evitado, mesmo sem meu olho demoníaco.

Eu pego seu punho, jogo por cima de meu ombro e uso sua força para lança-lo com minhas costas no chão. É claro que eu não possuo nenhum conhecimento de Judô. Eu só tinha usado a magia de vento para poder levantá-lo, e com isso joga-lhe no chão.

"Guhah ..."

Parece que ele nem sequer realizar uma ukemi corretamente. Eu realmente não sei se essa técnica existe neste mundo, apesar de tudo. Eu fiquei em cima de Paul que ficou estatelado desajeitado no chão. Da mesma forma que Eris normalmente faz, eu prendo os seus dois braços com os meus joelhos, e neutralizo qualquer resistência possível.

"Eu tenho tentado o meu melhor, também!"

Eu bati nele. Eu bati nele. Eu bati nele.

Paul continuava a me olha com ódio.

Merda.

O que há com esses olhos. Por que ele continua a me olhar assim.

"eu não tive nenhuma ajuda!? Eu estava num lugar que eu não sabia nem onde era! Não havia ninguém que eu conhecia! Mesmo assim, eu de alguma forma consegui chegar até aqui! Por que eu venho a ser censurado continuamente!?"

"... Por ser você, eu sabia que poderia fazer as coisas melhor!"

"Eu não podia!"

Depois disso, eu continuei a bater em Paul novamente e novamente já mudo. Paul não dizia mais uma palavra, enquanto sangrava pela boca, apenas continuava a me encarar.

De um modo furioso. Como se ele estivesse olhando para alguém que não conseguiria perdoar. Por quê? Ele não é uma pessoa que iria olhar para mim assim. Não com tudo o que vivemos.

Merda... Merda.

"Pare!!!!!"

Pare!!!!

Naquele momento, algo voou para cima de mim e me deu um esbarrão de lado. Devido ao impacto que eu cambaleei, e nesse instante Paul empurrou-me para longe e se levantou.

Eu me prepararei para um novo ataque.

No entanto, Paul não se mexia. No espaço entre nós havia uma pequena menina.

"Pare com isso já!"

Ela tinha um nariz muito parecido com o de Paul, e os cabelos dourados de Zenith.

Eu entendi tudo com apenas um olhar.

Era Norn. A minha irmã mais nova. Ela tinha crescido tanto. Se bem me lembro, ela já tem cinco anos agora, correto? Não, será que ela já completou seis anos?

Por que ela está de frente para mim, com os braços levantados assim?

"Não intimide meu papai!"

Eu recebo essas palavras, atordoado.

Bully?

Não, não é possível...

Eh?

Norn está olhando para mim com olhos de quem está prestes a chorar. De repente eu olho ao meu redor, e por algum motivo... Olhares de crítica estão me cercando.

"... O que há com isso?"

Meu coração de repente congelou. Lembro-me do incidente que me ocorreu décadas atrás. Foi na época em que eu sofria Bullying. Naquele tempo, também me lançaram esse olhar de críticas por todos da sala de aula.

Ahh, isso é correto? Eu disse algo errado?

Desisto.

Meu coração está destroçado.

Eu não me importo mais. Vou para casa. Eu não vi nada. Eu não sei nada.

Eu vou voltar para a pousada e esperar por Eris e Ruijerd. Então eu vou partir imediatamente.

Amanhã ou depois de amanhã.

Mesmo que não seja na capital, ainda poderemos ganhar dinheiro. Então quem se importa. Deve haver uma Guilda de Aventureiros em Porto Oeste também.

"Rudi. Não foi só você que foi teletransportado. Todos da vila Buena foram envolvidos no desastre teletransporte também."

Paul diz algo que eu mal consigo acreditar.

...

Eh? O que, mas, o que você disse?

"Tínhamos deixado mensagens em Porto Santo e, em Porto Santo também. Na Guilda dos Aventureiros. Você se tornou um aventureiro, não é? Por que você não as viu...?"

Mesmo você dizendo isso, não havia nada na... Não, é verdade. Eu nunca fui a Guilda de Aventureiros em Porto Santo. Depois que eu fui buscar o Ruijerd, Eu terminei parando na vila do Clã Dorudia.

"Enquanto você estava feliz viajando, inúmeras pessoas morreram."

Inúmeras pessoas. Nessa escala.

Foi um desastre mágico. Um desastre de teletransporte. Por que eu não percebi isso? Mais o Hitogami tinha falado em um「Desastre Mágico em Larga Escala. Por que eu achei que vila Buena teria ficado bem?

Compreendo. Todo mundo está desaparecido...

"Em outras palavras... até Sylphy também?"

Quando eu disse isso, Paul mais uma vez me retornou uma cara irritada.

"Rudi. Você está mais preocupado com uma mulher do que com sua própria mãe?"

Engulo em seco.

"Ma.mamãe ainda está desaparecida!?"

"Sim. Eu não consegui encontrá-la! E Lilia nem Aisha também!"

As palavras amargas de Paul me atingiram como uma tapa na cara. Eu cambaleei como se tivesse sido golpeado.

Minhas pernas ficaram instáveis. Eu senti que entraria em colapso. Na minha frente estava uma cadeira. Eu de alguma forma gerenciar e inclinei-me sobre ela.

"Para procurar as pessoas desaparecidas, formamos um Grupo de Busca."

Um grupo de busca. Entendo. Em outras palavras, as pessoas daqui são do grupo de busca?

"M..mas por que um grupo de busca rapta pessoas?"

"Há aqueles que acabaram se tornando escravos também."

Escravos.

Ter sido teletransportado, sem saber onde estava, poderiam ter sido enganados, e depois transformado em escravos... E, aparentemente, há um grande número de pessoas neste estado.

Paul e seu grupo parecem ter comparados vários escravos, um por um com os da lista de pessoas desaparecidas. E francamente pediram ao proprietário por sua liberdade. No entanto, entre eles muitos não quiseram libertar os escravos que eles tinham obtido. Segundo a lei de Milis, não importasse as circunstâncias, quando uma pessoa é feita uma escrava eles são de propriedade de seu mestre.

É por isso que Paul decidiu pegar a força esses escravos. Roubar escravos é, naturalmente, um crime. Havia uma brecha na lei vigente. Usando isso, Paul libertou inúmeros escravos. Claro que, se tudo fosse de acordo com seus desejos, teria averiguado que os escravos estavam bem e iriam se esforçar em procurar mais pessoas.

No entanto, a maioria dos escravos pedia com lágrimas no rosto para serem libertados. O menino que salvou desta vez foi um caso desses.

Eu pensei que tinha visto seu rosto em algum lugar, e reconheci que era um dos que tinham intimidado a Sylphy no passado, Somar.

Durante todo o ano passado, ele tinha sido forçado a se prostituir. Ouvindo os gritos amargos daqueles que foram transformados em escravos, e se arrependendo por aqueles que não puderam ser salvos. Ganhou-se muito o ódio e o rancor de alguns dos nobres, que não tentavam compreender o porque do Grupo de Busca de fazer tais coisas e a situação que seus escravos tinham caido.

Com tudo isso, eles acabaram por ser criticados por todos os lados. Embora os nervos de Paul a cada dia estivessem por um fio, ele nunca desistiu e continuou a dar o seu melhor. Tudo para salvar aqueles que foram teletransportado forçadamente devido à calamidade mágica.

"Rudi. Eu pensei que você já tinha notado a situação há muito tempo, e já tinha tomado medidas."

Ao ouvir as palavras de Paul, eu começo a ficar tonto.

Não diga algo tão irracional... Como exatamente eu deveria perceber?

Ahh, mas... Entendo.

É possível que durante a minha viagem no Continente Demôniaco, posso ter visto pessoas da região Fedoa em uma das cidades que passei. Se eu tivesse perguntando a alguém por noticias ou historias, eu poderia ter percebido a gravidade da situação.

Eu fui negligente em não confirmar a situação que estávamos. Eu deveria ter dado prioridade em descobrir mais sobre o desastre do que o caso do Ruijerd.

Eu falhei.

"Mais não, você preferiu viver uma aventura despreocupada não é..."

Estou completamente sem chão.

Ahh, isso é correto. É isso mesmo, não é?

Enquanto eu estava lascivamente espiando as calcinhas de Eris. Enquanto eu esticava o olho para os corpos das jovens da Guilda de Aventureiros. Enquanto eu estava lambendo as coxas da Grande Imperatriz do Mundo dos Demônios. Enquanto eu passava a mão nos corpos das meninas bestiais com orelhas de animal...

Paul estava arriscando sua vida para encontrar a nossa família.

É claro que ele está com raiva.

"..."

Só que eu não consigo me desculpar. Porque não tem remédio isso, certo? Como devo dizer? Eu sempre pensei que estava tentando o meu melhor naquele momento em nossa jornada.

"..."

Paul não falava nada. Norn estava silenciosa também. No entanto, eu conseguia sentir de seus olhares um forte sentimento de rejeição.

Esse sentimento cravou em mim. Se cravou no meu coração. E cravou em minha alma. Quando olhei em volta, todos os companheiros de Paul estavam olhando para mim com olhares de reprovação.

Pensamentos de meu passado passaram por minha cabeça.

Quando no dia depois, quando as minhas fotos pelado sofrendo bullying, foram coladas ao redor da escola. Os olhares de todos, quando entrei na sala de aula...

Com isso a minha mente escureceu completamente.

Parte 2

Antes que me apercebesse, eu tinha retornado a nossa pousada. Eu tinha desabado sobre a cama. Eu não tinha nada em pensamento. Minha mente estava completamente branca sobre qualquer coisa.

Eu não pensava em nada.

Percebi um barulho de dentro das minhas roupas.

Quando eu fui dar uma olhada, achei o papel para escrever. Eu o esmaguei e joguei fora.

Eu não quero fazer nada.

Pensando nisso, foi a primeira vez que fui tratado com frieza pelos meus pais. Tanto na minha vida anterior, e minha vida atual. Tanto os da anterior como os de agora, parece que me estragaram um pouco de mimo.

Só que agora Paul me rejeitou completamente. Essa atitude era... É verdade. Era a atitude com que os meus irmãos haviam demonstrado quando eles me jogaram para fora da casa.

O que eu fiz errado?

Não estou entendendo nada.

Eu tinha planejado fazer todas as coisas certas agora. Mesmo quando eu olho para trás, eu não fiz quaisquer erros fatais de julgamento. Se eu fosse arriscar um palpite, seria ter contado tanto com Ruijerd no início. Mesmo quando duvidei de Hitogami, eu acabava seguido o seu conselho e ajudei Ruijerd.

Eu tentei falar de forma grandiosa sobre minha viagem também. Embora eu tenha feito isso por que não queria preocupar Paul também. Mais é fato de que acabei por me levar e inflar um pouco o meu ego. Do tipo “Eu consegui fazer tudo isso”, satisfeito comigo.

Para Paul, é possível que isso não tenha sido nada divertido. Para os companheiros de Paul, como esperado, não deveriam ter achado nada engraçado.

Eu realmente fiz uma trapalhada sem tamanho.

Eu não tinha a intenção de dar prioridade a Sylphy sobre minha mãe. Quer dizer, Paul e Norn estavam lá. Eu imaginei que Zenith estaria bem, certo? Não. isso acaba sendo uma desculpa, não é? Naquela hora, eu não tinha pensado Zenith em nenhum momento.

E quando Paul trouxe à tona o tema das mulheres... Eu não coloquei minhas mãos em Eris de nenhuma forma. E como Paul tinha um histórico de fazer essas besteiras. Com todo o direito eu tinha de... Ahh, mais pode ser aquilo, né? Poderia ser que Paul não colocou suas mãos sobre aquelas? Entendo. Se for esse o caso, então é claro que ele ficaria furioso.

OK. Sinto-me como se eu estivesse mais calmo agora.

Bem. Amanhã, eu vou falar com ele mais uma vez. De qualquer forma, até mesmo Paul ficou um pouco temperamental. Não houve um caso como este antes, também?

Se conversarmos, ele vai entender tudo. Certo, vai ficar tudo bem, até mesmo eu me preocupo com a minha família. Não é como se eu não me importasse. Eu não investiguei foi porque não me ocorreu buscar informação sobre isso. Certamente, é aflitivo pensar que neste ano e meio eu poderia ter procurado por algo no Continente Demoníaco, e não fiz nada.

Ainda assim, eu ainda estou vivo. Vou resolver as coisas de alguma forma.

Exatamente.

Vai ficar tudo bem se eu corretamente procurá-las. Paul irá entender isso é certo. Neste mundo inteiro, só porque você não encontra alguém imediatamente, não significa que eles não vão nunca ser encontrados.

É por isso que eu tentarei acalmar o Paul, e trabalharemos um plano desde já. Vamos nos concentrar em lugares que eles ainda não buscaram ainda. Eu vou dar uma mão também. Se eu entregar Eris em Asura, posso continuar para o norte nestas regiões do Continente Central.

Certo. Eu primeiro eu vou ver o Paul... Eu vou voltar naquele bar, e tentar conversar com Paul...

"... Oopp."

De repente, eu comecei a sentir náuseas, e corri ao banheiro. E acabei jogando para fora tudo que tinha no estômago

Mesmo que eu tenha chegado a essa conclusão logica, o meu coração não está tão certo disso tudo. Já se passou um longo tempo desde que eu enfrentei a rejeição da minha família, e agora essa situação. Meu coração ainda está muito ferido.

Parte 3

Ruijerd tinha voltado um pouco depois do meio-dia. Ele tinha uma expressão mais alegre do que a habitual, e parecia que ele tinha obtido só de olhar para o envelope com ele. Mas quando me viu sentado na cama, ele franziu a testa.

"Aconteceu alguma coisa?"

"Meu pai está nesta cidade."

Quando respondi desalentado, a expressão de Ruijerd pareceu ficar mais séria.

"... Foi algo desagradável que disse para você?"

"Sim."

"Já faz um longo tempo desde que você se encontrou com ele, certo?"

"Sim."

"Diga-me os detalhes."

Sem esconder nada, eu disse a ele tudo que aconteceu. No fim ele me respondeu brevemente "Entendo?".

A conversa foi interrompida ai. Ele me deixou por um tempo.

Parte 4

À noite, Eris tinha retornado. Algo pode ter acontecido, porque ela parecia muito animada. Ela tinha folhas presas no corpo, e com muita sujeira em suas bochechas. No entanto, ela aparentava estar muito feliz.

Considerando só pela aparência, parece que ela teve um momento bem divertido caçando goblins.

Estou feliz por ela.

"Bem vindo de volta."

"Estou de volta, Rudeus. Você sabe! Ah..."

Quando eu sorri para ela, ela fez uma expressão de espanto. E com isso, ela correu para mim.

"Quem foi!? Quem fez isso com você !?"

Com uma expressão frenética, ela começou a me sacudir pelos ombros.

"Não foi nada, é serio."

"Deixa de besteira, o que aconteceu!"

Ela continuou a me encher de perguntas repetidas vezes. Por ela ter sido persistente, sem esconder nada, e de forma indiferente, eu disse a ela sobre a minha conversa com Paul. Eu falei para ela sobre o que eu tinha dito a ele, sobre o tipo de reação que ele teve, e sobre o que aconteceu.

"Mais o que há com essa situação? Em!?"

Ao ouvir minha história, Eris acabou ficando extremamente irritada.

"Para te dizer algo tão egoísta e unilateral como isso, é imperdoável! Quão difícil ele acha que você se esforçou tanto!? Para ele cuspir essas coisas para você ...! Absolutamente imperdoável! Ele está desqualificado como um pai! Eu vou lhe espancar até a morte! "

Ao dizer algo perigoso, ela correu até a porta do quarto com a espada na mão. Eu não tinha ânimo para impedi-la, e deixei por isso mesmo.

Parte 5

Poucos minutos depois, Eris acabou retornado. Ela tinha sido pega por Ruijerd pela nuca, e carregada como um gato.

"Me deixar ir!"

"Não se envolva na luta de pai e filho."

Ruijerd declarado assim, e jogou Eris sobre a cama. Eris imediatamente virou a cabeça e o encarou.

"Mesmo que seja uma luta entre pai e filho, ainda existem coisas que você pode dizer e coisas que você não pode!"

"Sim. Mas eu posso entender os sentimentos do pai de Rudeus."

"Então o que acontece com os sentimentos de Rudeus!? É o Rudeus! Aquele que está sempre feliz e sempre quem tenta manter a calma, mesmo quando está no meio de uma luta. Olha como ele se tornou este trapo de gente!"

"Se ele está deprimido, você deve consolá-lo. Se você é uma mulher, você pode fazer isso bem, certo?"

" O QUÊ!!!!"

Eris ficou em choque com essas palavras, e Ruijerd saiu.

Eris que foi deixado na sala parece que não conseguia se acalmar, e perambulava por aqui e ali. Ficava esgueirando olhares na minha direção, às vezes cruzava os braços na sua postura imponente. A partir dai ela tentava abrir a boca para dizer algo, mas parava e novamente continuava vagando pelo quarto.

Ela não podia se acalmar. Ela era como um urso num jardim zoológico.

No final, Eris sentou-se ao meu lado. E humildemente. Sem dizer uma palavra. Ela se se aproximava. Ela delicadamente encurtava a distância. Eu me pergunto que tipo de rosto Eris está fazendo? Eu não consigo vê-la. Eu não tinha a vontade nenhuma de olhar para a cara de outra pessoa.

Um pouco de tempo se passou.

De repente percebi que Eris não estava mais meu lado. Quando eu comecei a me perguntar onde ela tinha ido, ela estava me abraçando com força por trás.

"Vai ficar tudo bem. Eu estou do seu lado..."

Dizendo isso, Eris tocou minha cabeça com a sua. Era macio, quente, e cheirava um pouco a suor. Tudo isso era algo que eu vinha experimentado ao longo deste último ano: O cheiro de Eris.

Senti uma sensação de segurança. O sentimento de ansiedade que eu tinha de ser rejeitado por minha família, o meu medo... Eu senti como se tudo isso estava sendo arrastado de mim. Eris já poderia ser considerada parte da minha família.

Se Eris tivesse estado em minha vida passada, eu poderia ter sido salvo um pouco mais cedo.

Foi um abraço que me fez refletir assim.

"Obrigado, Eris."

"Sinto muito, Rudeus. Eu sou. Não muito boa neste tipo de coisa depois de tudo."

Eu tinha me virado e peguei sua mão. Elas estavam calejadas pelo o uso de sua espada. Eram fortes, não eram mãos que você poderia acreditar que pertenciam à filha de uma família aristocrática.

Eram mãos que mostraram o seu grande esforço.

"Não, você realmente me ajudou."

"... Mmmn."

Os pedaços do meu coração estavam se ligando, e só um pouquinho, minha compostura voltou a mim

“Quero ficar só mais um pouco assim com ela.”.

Apesar de pensar isto, e sentindo-se aliviado por isso, relaxei um pouco meu peso. E me deixei inclinar-se sobre ela apenas um pouco mais.

noinclude>

Notas de Tradução e Referências

Voltar para Capitulo 2

Retornar para Página Principal

Avançar para Capitulo 4