Risou no himo seikatsu:Volume 2: Capítulo 7

From Baka-Tsuki
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Capítulo 07: O contrato secreto é assinado[edit]

Um mês depois.

Na sala de estar do palácio interior, Zenjirou encarava seu computador e digitava o conteúdo do contrato secreto que sua esposa Aura estava lendo para ele. A estação agora mudara para o que seria a primavera no Japão. No continente sul, esse período era comumente chamado de “estação chuvosa”. Assim como o nome indicava, não era tão incomum que nuvens de chuva cobrissem o céu por mais da metade do mês e chovesse por mais de dez dias seguidos.

Chuvas torrenciais do nível de pequenos tufões continuavam sem parar, o que faz com que a estação chuvosa do Japão, com sua chuva de garoa, parecesse adorável.

É claro que este clima traz consigo o problema de muitas inundações, mas a chuva desta estação alimenta a vegetação do Reino de Carpa e deixa o solo com a rica bênção da água, por isso não era de todo ruim.

E hoje, também, a chuva caia pesadamente desde a manhã, fiel a esta temporada. As persianas das janelas estavam fechadas firmemente, pois o vento era forte enquanto a chuva continuava.

Devido a isso, o interior da sala estava tão escuro que ele teria dificuldade em ver o teclado em suas mãos sem lâmpadas, embora ainda fosse meio-dia. Nem precisaria dizer que as seis lâmpadas de pé estavam ligadas agora, fazendo luz o suficiente, contudo facilitava a ilusão de que já era noite.


“… O Reino Gémeo terá que pagar ao Reino Carpa três mil moedas de ouro como penalidade. Esse é o fim. Você conseguiu pegar tudo isso? Se quiser, posso ler mais uma vez.”


Sentada no sofá vestida com roupas de maternidade vermelhas, Aura chamou o marido para si depois de ler o pergaminho de pele de dragão em suas mãos. Zenjirou digitava no teclado ainda de costas para a esposa e respondeu um momento depois.


“…Não, está tudo bem. Eu tenho tudo aqui, eu acho. Só por precaução, eu vou ler em voz alta novamente, então você pode checar se alguma coisa está errada?”

“Ok.”


Ouvindo a resposta de sua esposa por trás, Zenjirou corrigiu sua postura em sua cadeira e leu o texto que ele havia digitado agora, da tela do computador.


“Bom, aqui vou eu."

1) Zenjioru Carpa [doravante Z] não terá um filho com ninguém a não ser Aura Carpa [doravante A] a partir de agora.

2) O Reino Gémeo nunca interferirá com os descendentes diretos de [A].

3) Quando o Reino de Carpa rompe o termo 1), ou seja, [Z] tem um filho com outra pessoa além de [A], o Reino Gêmeo tem o direito de examinar a criança [doravante C] sobre sua aptidão de linhagem.

4) Quando o elemento 'Magia de Outorga' for confirmado em [C], [C] estudará no estrangeiro no Reino Gémeo durante três anos, começando aos seus quinze anos de idade.

5) Quando o Reino Gêmeo forçar [C] a emigrar para a sua estada de estudo, o Reino de Carpa poderá enviar [C] para seu país antes do previsto.

6) Quando [C] deseja emigrar para o Reino Gêmeo por vontade própria após os três anos no estrangeiro, o Reino de Carpa não terá o direito de impedir.

7) [C] tem o direito de espalhar o conhecimento que aprendeu no Reino Gémeo apenas entre a Família Real de Carpa depois de regressar ao lar.

8) Quando o Reino Gêmeo (quebra o termo 2), ou seja, tenta se intrometer com a descendência de [A], ...”


Zenjirou leu em voz alta o texto em japonês mostrado no monitor.

Simplificando, este tratado lida com as condições adicionais dos respectivos países no que diz respeito à “restrição à reprodução de Zenjirou” e à “restrição à interferência do Reino Gêmeo com o Reino de Carpa”.

Pelo que ele poderia ver de relance, Aura parecia ter trabalhado duro para forçar esses detalhes.

Estava claramente especificado que Zenjirou não tinha permissão para fazer um filho com alguém além de Aura, mas considerando que uma quebra desse termo foi minuciosamente escrita, parecia que o Reino Gêmeo também considerava improvável que essa condição fosse mantida na realidade. De fato, a maioria das condições dizia respeito ao tratamento de “uma criança, nascida entre Zenjirou e uma mulher além de Aura, que poderia usar 'Magia de Outorga”.

Nesse ponto, ele não tinha nenhuma intenção de fazer um filho com outra mulher e não havia restrições para filhos com Aura, então não havia nada a reclamar no que dizia respeito a ele.

No entanto, isso não significava que ele não tinha dúvidas. Zenjirou estava acostumado com os contratos detalhados da era moderna, de modo que esse contrato secreto com apenas uma dúzia de termos parecia bastante superficial para ele.[1]

Com isso em mente, ele de a volta da cadeira para olhar para trás.


“Mh? Qual é o problema, Zenjirou? Alguma coisa te incomodou?"


Levantando seu corpo um pouco do encosto do sofá, sua esposa olhou-o com um sorriso, e então ele se convenceu, por nenhuma razão logica.

(Ok, Aura e o Reino Gémeo devem ter intencionalmente deixado algum espaço para “interpretações convenientes”)

Zenjirou tinha percebido as falhas do contrato a partir de um único olhar, por isso era impensável que Aura e o diplomata do Reino Gémeo não conseguiram observar isso em suas negociações que duraram mais de meio ano.

Ele chegou a tal conclusão por sua própria conta, mas na verdade estava dando à realeza deste mundo diferente um pouco de crédito demais.

Era um fato inegável que Aura e o intermediário do Reino Gêmeo eram pessoas espertas, muito mais acostumadas às negociações do que Zenjirou, mas a cultura deste mundo não tinha o costume, onde os contratos eram concluídos até o último detalhe como nas nações desenvolvidas da era moderna, de início.

Sua linha de pensamento, acostumada a considerar todas as possibilidades futuras e prever quaisquer inconvenientes para o próprio lado, era basicamente nada ortodoxo.

(Oh, bem. Aura ou o secretário Fábio certamente irão intervir na certa quando der errado)


“Hmm, me dê um segundo. Há algo que eu gostaria de falar um pouco mais.”


Com isso em mente, Zenjirou disse isso com antecedência, e depois checou se a impressora tinha papel de cópia em tamanho A4 e imprimiu o contrato secreto que havia acabado de ler.


“Oof.”


Com a versão japonesa do contrato em mãos, ele disse junto de Aura. A medida que seu ventre estava ficando maior, Aura ficou proibida de se inclinar para frente.

Zenjirou ergueu o pergaminho de pele de dragão com a escrita local e o papel que imprimira naquele instante, diante de Aura, de tal modo que ela não precisou mudar sua postura de assento, e afirmou sua própria opinião.


"Olhe aqui. Essa é a primeira coisa que me incomodou. Quando: 2) fica inconsistente com 3) no futuro…”


A esposa grávida ficou um pouco surpresa com o ponto levantado por seu atento marido, mas ela respondeu educadamente.


"Mhm. Então, 2) será obviamente…”


No entanto, Zenjirou não estava convencido pela explicação de Aura e retorquiu.


“Mas como não foi claramente escrito lá, eles poderiam insistir ...”

“Você certamente tem razão, mas ...”


Então os dois se juntaram e continuaram a discutir o conteúdo do contrato secreto até que uma das empregadas veio para anunciar que o jantar estava pronto.


* * *


No início da tarde do dia seguinte.

Depois do almoço, Zenjirou estava andando pelo corredor do palácio ao lado de Aura.

Ele usava sapatos de pano com sola de couro de um dragão pesado, contudo ele ainda não tinha se acostumado com eles, era como se estivesse andando sobre esponjas.

Sob o pretexto de apoiar sua esposa grávida, Zenjirou andava de mãos dadas com Aura, mas o toque de sua mão na verdade o ajudava a manter a compostura de alguma forma.

Aura deve ter compreendido o estado mental de seu marido, e o encorajou-o, retornando de vez em quando um aperto em sua mão. Ele estava grato por isso, mas, ao mesmo tempo, ele se sentia um pouco patético.

(No entanto, seria mais absurdo não ficar nervoso aqui. Eu não tenho estado tão nervoso desde que meu veterano me disse para ser responsável por um contrato sozinho pela primeira vez).

Zenjirou, inconscientemente, se dava tal desculpa no coração.

A tarefa atribuída naquela época tinha sido bastante insignificante, mas o objetivo em torno dela estava em uma dimensão totalmente diferente.

Ele ficaria feliz em respirar fundo agora para aliviar seu nervosismo, se pudesse. E ele, sem dúvida, teria feito isso se fosse apenas Aura e ele aqui. Para sua tristeza, no entanto, eles não estavam sozinhos agora.

Mesmo dentro do palácio, a rainha e o príncipe consorte estando andando juntos, eram escoltados por um total de oito soldados enquanto caminhavam um ao lado do outro: quatro na frente e quatro nas costas.

O armamento dos soldados consistia em uma armadura de couro branco e uma esplêndida lança curta, que parecia mais adequada para cerimônias, mas as defesas da armadura e a agudeza da lança curta eram algo real.

Zenjirou tinha um calafrio na espinha quando via o brilho na ponta da lança.

Em sua cabeça ele sabia que eles eram seus guardas, mas se sentia desconfortável por estar cercado de pessoas que estavam armadas com ferramentas de matar.

(Bem, considerando nossas posições, a escolta é extremamente pequena)

Se Zenjirou operasse “fora” em vez do interior do palácio como agora, então pelo menos dez vezes mais guardas deveriam acompanhá-lo. De fato, mais de cinco vezes mais guardas o protegeram quando participou de um evento oficial no palácio em lugar de Aura.

Enquanto tais pensamentos cruzaram sua mente, a vanguarda parou na frente de uma porta. Os soldados tomaram posição em ambos os lados da porta em pé e segurando suas lanças verticalmente. Aura e Zenjirou também pararam em frente à porta.

O enviado do Reino Gêmeo de Sharrow e Jilbell estava esperando do outro lado desta porta.


"..."


Zenjirou naturalmente encarou Aura, de pé ao lado dele. No momento em que seus olhos se encontraram, sua esposa assentiu com a cabeça, com o qual Zenjirou assentiu com a cabeça também e logo ordenou que os soldados fossem para a esquerda e para a direita, reprimindo seu reflexo de abrir a porta.


"Abra-o."

"Como você ordena!"


Após a sua ordem, um soldado abriu lentamente a porta.

Zenjirou respirou fundo, de modo que ninguém ao redor percebeu e passou pela porta em passos lentos e deliberados.


“É um prazer conhecê-lo, Zenjirou-sama. Meu nome é Moreno Militello, um diplomata do Reino Gêmeo de Sharrow e Jilbell. Sinto-me tremendamente honrado em ter a chance de conhecê-lo pessoalmente.”


O homem de meia-idade baixou a cabeça de forma respeitosa do outro lado da mesa, enquanto Zenjirou assentiu com a cabeça na cadeira e respondeu brevemente.


“Eu sou Zenjirou, o marido de Sua Alteza Aura, a Rainha do Reino de Carpa.”


Quando ele se apresentava internacionalmente, ele sempre dizia isso. Uma declaração de intenção de que ele estiva presente como o Príncipe Consorte da Rainha Aura, não como um membro da família real.[2]

Se o diplomata ao seu lado entendeu seu objetivo ou não, ele abaixou a cabeça mais uma vez com uma expressão respeitosa, dizendo “muito bem”.


“Agora que meu marido se apresentou, vamos ao assunto em questão. Não temos muito tempo depois de tudo.”


A única a abordar a questão foi Aura, sentada ao lado de Zenjirou.

Ela sentou-se um pouco desleixada na cadeira, encostando-se ao encosto para que seu ventre avantajado não fosse um obstáculo. Mas mesmo nessa postura, suas palavras transbordavam com a forte impressão de uma pessoa que costumava dar ordens arbitrárias.


"Sim, muito bem."


O diplomata baixou a cabeça novamente com palavras educadas, ao que Aura colocou a mão contra o queixo, cuja redondeza recente a preocupou um pouco.[3]


"Mhm, ok então, com qual assunto você quer começar? O oficial ou o real?” perguntou.

“Sim, por favor, permita-me resolver o assunto simples e oficial primeiro. Os 'anéis' que você pediu chegaram.”


O diplomata de meia-idade respondeu às palavras da Rainha assim e colocou dois anéis embrulhados em um grosso pano roxo sobre a mesa.

Eram o par de anéis com três diamantes brilhantes embutidos em um soquete de ouro. Não havia dúvida de que esses eram os anéis de casamento que Zenjirou havia comprado na Terra.

Para o “olho normal”, eles pareciam completamente inalterados, mas Zenjirou tinha despertado sua capacidade de detectar poder mágico mais ou menos através das lições contínuas com Lady Octavia no último ano, assim ele agora via a resplendor do poder mágico emitindo dos anéis.

Comparado ao poder mágico que vinha do seu corpo ou de Aura, era bastante fraco, mas era a primeira vez que ele via um objeto simples e inorgânico com poder mágico.

A entrega das alianças de casamento, que eles pediram para ser transformadas em ferramentas mágicas. Esse era o assunto “oficial” pelo qual o diplomata do Reino Gêmeo recebeu uma audiência tanto com Aura quanto com Zenjirou. Ele geralmente só deixava o palácio interior para “substituir Aura”, então uma razão oficial como essa era necessária para ele acompanhar Aura sem levantar suspeitas.

Como Zenjirou viu os anéis com curiosidade, o diplomata explicou com eloquência os efeitos mágicos dos anéis.


“O anel de Sua Alteza Aura tem a mágica 'Ignição' e o anel de Zenjirou-sama tem a mágica 'Fonte da Água' trabalhada nela. O Ignição é um belo artesanato do "Príncipe Francesco", enquanto a Fonte da Água é o delicado trabalho da "Princesa Margarita".


Quem reagiu a esses nomes foi Aura.


“Oho, é uma honra ter o príncipe Francesco e a princesa Margarita lidando com isso. Vou preparar uma carta de agradecimento mais tarde, então, por favor, passe para eles.”


Príncipe Francesco, e a Princesa Margarita. Ambos eram descendentes diretos da Família Sharrow e famosos praticantes da “magia de outorga”. Aparentemente, eles não eram tão tolos em ser avarentos em um pedido de ferramentas mágicas, mesmo que estivessem discutindo com o parceiro de negócios sobre um assunto secreto.


"Sim, eu vou ter certeza de entregá-los."


Com estas palavras do diplomata, o assunto oficial, ou seja, a entrega dos anéis, foi concluído.

Agora o verdadeiro problema em questão prosseguiu.


“Bem, então, eu gostaria de abordar o assunto real, visto que estamos pressionados pelo tempo. Este é o documento oficial do "contrato" desta vez. Por favor, leia uma vez e assine aqui quando ao você concordar com isso.”


Dizendo isso, o diplomata espalhou um pergaminho de pele de dragão verde sobre a mesa.

Embora fosse um contrato secreto, o documento oficial ainda estava escrito em pergaminho muito requintado. Letras pretas em pergaminho verde claro, próximo da cor branca.

A habilidade de leitura de Zenjirou dos caracteres deste mundo ainda estava no nível de uma 7ª série de inglês, mas até ele sabia que as letras no pergaminho eram escritas de forma extremamente clara, digna de ser chamada de “caligrafia limpa”.

Confrontado com o documento do tratado, Aura falou primeiro.


“Receio que meu marido ainda não possa ler nossos nomes. Por favor, leia tudo em voz alta.”

“Oh, certo. Me perdoe. Permita-me lê-lo então.”


O diplomata apontou para as linhas no pergaminho diante deles, uma a uma, enquanto as lias em voz alta.


“Eu vou começar agora.

1) Zenjioru Carpa [doravante Z] não fará um filho com ninguém a não ser Aura Carpa [doravante A] a partir de agora.

2) O Reino Gémeo nunca interferirá com os descendentes diretos de [A].

3) Quando o Reino de Carpa rompe o termo 1), ou seja, [Z] tem um filho com alguém diferente de [A], o Reino Gêmeo tem o direito de examinar a criança [doravante C] sobre sua aptidão de linhagem ... ”


Zenjirou atentou sua ouvidos para não perder nada, mantendo um rosto inexpressivo com todas as suas forças, mas até agora nada parecia estar fora do conteúdo.

A voz do diplomata, lendo o documento, só mostrou uma pequena mudança no final.


"... terá que pagar três mil moedas de ouro como punição."


E com isso findou o conteúdo que Aura leu para Zenjirou na noite passada. No entanto, o pergaminho de pele de dragão, que o diplomata estava lendo linha por linha enquanto apontava para eles, tinha outro parágrafo abaixo.

Após um momento de silêncio, o diplomata deixou sua bochecha se contorcer e leu a linha seguinte apontando para ela.


“Parágrafo adicional: quando o termo 2) se tornar inconsistente com o termo 3) no futuro, o termo 2) terá prioridade. … isso é tudo.”


Esse parágrafo foi proposto por Zenjirou para Aura na noite passada.

O termo 2) tornou-se inconsistente com o termo 3). Simplificando: A questão de saber se o Reino do Gêmeo tinha o direito de se intrometer em um futuro filho que nasça em seu casamento direto com Aura, ou de um casamento secundário de Zenjirou e uma concubina, ou não.

De acordo com o termo 2), o Reino Gémeo não tinha o direito de se intrometer com essa criança, uma vez que teria descido da linha direta de Aura. No entanto, de acordo com o termo 3), o Reino Gémeo tinha o direito de se intrometer, uma vez que essa criança descendesse de uma concubina, o que era uma violação do contrato.

Isso não dizia respeito à geração dos filhos de Zenjirou, mas seria um problema real para a geração de seus netos, no mínimo, ou de seus bisnetos, no máximo.

Zenjirou olhou surpreso para Aura, no qual ela sorriu um pouco e assentiu levemente.

Ontem à noite, ele apontou várias deficiências do contrato secreto, mas ele tinha ouvido que o contrato seria assinado como previsto hoje, então ele tinha chegado à conclusão de que sua opinião não havia sido considerada.

(Ela acrescentou o parágrafo em uma reunião antes da manhã? ... Eu simplesmente não consigo segurar uma vela para minha esposa)

Ele mais uma vez se sentiu tocado pelo esforço de sua esposa, mas da mesma forma, Aura tinha um sentimento similar para seu marido, também.

Em conformidade com o senso comum, era normal que o termo 2) tivesse prioridade sobre o termo 3). No entanto, era possível que eles argumentassem contra isso quando não foi colocado por escrito, assim como Zenjirou temeu na noite passada.

Na atualidade, o Reino Gêmeo dificilmente poderia discutir sobre isso, já que o equilíbrio de poder entre os dois países era quase igual, mas o futuro era incerto. Não era uma perspectiva agradável, mas se o Reino de Carpa decaísse mais que o Reino Gêmeo um dia, era pensável que um descendente direto da família real no futuro fosse manipulado sob o pretexto do termo 3).

Para exagerar: Zenjirou arrancou uma ameaça futura ao Reino de Carpa pela raiz, com sua sugestão. Isso realmente pode ser uma conquista incrível.[4]

Como o assunto era confidencial, o acréscimo foi considerado principalmente feito a critério da Aura, então não era uma conquista oficial para Zenjirou.

(Assim, pelo menos vou manter sua conquista e acalmar seus temores para o futuro do nosso país, da mente)

Aura colocou seu nome sob o contrato secreto com a pena de osso de dragão depois que ela mergulhou no pote de tinta enquanto prometia isso em seu coração.


* * *


Zenjirou e Aura retornaram ao palácio interior no final da noite, depois de assinar o contrato secreto sem problemas. De volta à sala de estar, eles rapidamente tiraram o traje formal e vestiram suas roupas casuais confortáveis.


"Permita-me dar-lhe uma mão."

"Sim, vão em frente."


Como se poderia esperar em seu estado atual, Aura deixou as empregadas de espera ajudá-la com quase toda a sua troca de roupa. Duas empregadas ajudaram-na a tirar o vestido que usava e trocaram-no por apenas um vestido fino que mais parecia um roupão do que uma roupa para gestante. Então Aura imediatamente se sentou no sofá enquanto seu ventre avantajado para ela já tinha crescido demais.


"Fuh ..."


Com o corpo enterrado no sofá, Aura deixou escapar um suspiro da boca. Até ela estava exausta hoje. De manhã, ela fizera os ajustes finais no contrato secreto e, à noite, assinara o contrato.

Aura foi abençoada com um bom porte físico e até treinou como soldado, por isso sua resistência era claramente diferente de uma mulher mediana, mas mesmo assim, deve ter sido um grande fardo para ela ajustar e assinar um contrato secreto, que determinava o futuro. do país, durante sua gestação.

Por outro lado, Zenjirou vestia uma camiseta e calça jeans sozinho no quarto, pois ainda se sentia desconfortável em trocar de roupa na frente das empregadas de espera, depois voltava para a sala de estar.


“Bom trabalho, Aura. Aqui, um chocolate.”


Zenjirou colocou o chocolate quente recém-preparado que havia feito derramando água quente da chaleira em uma caneca com duas colheres de sopa de cacau em pó, na frente de Aura, ele tinha feito um chá preto para si. Depois de deixar o saquinho de chá de molho na água quente da caneca, ele colocou bastante açúcar mascavo no chá, acrescentando uma fatia de uma fruta amarga como limão como toque final.

Embora ele frequentemente bebesse chá preto direto, ele apenas ansiava por um chá muito agridoce quando estava exausto, como hoje.


"Oh, obrigada."


Tomando a caneca com o chocolate, Aura tomou um gole do líquido doce e espumante e suspirou aliviada. Normalmente, Zenjirou se sentava ao lado dela, mas hoje ele se sentou no sofá do outro lado da mesa, já que queria discutir algo cara a cara.

Ao mesmo tempo, as empregadas de espera até então, ao lado, curvaram-se e saíram todas juntas.

Eles fizeram isso em consideração a Zenjirou, que ainda não conseguia relaxar quando as empregadas estavam no mesmo quarto.


"Por enquanto, o problema com o Reino Gêmeo se acalmou, eu acho?"


Depois de confirmar que as criadas tinham saído, Zenjirou abordou o assunto, enquanto Aura colocava sua caneca de volta na mesa e acenou com a cabeça uma vez.


"Sim. Agora eles não devem mais poder dizer nada, pelo menos enquanto você não ter uma concubina.”


Zenjirou mostrou um rosto ligeiramente sombrio em resposta às suas palavras.


"OK. Eu estive pensando sobre isso desde que li o contrato secreto, mas a minha concubina ainda prevalece?”


Ele passou por grandes irritações para suportar a vergonha de ter que dar a impressão de que "ele estava de com a cabeça nas nuvens por Aura" no banquete noturno, mas será que o sacrifício foi em vão?

Aura sorriu um pouco para a Zenjirou e balançou a cabeça.


“Não, esse assunto também morreu agora. Parece que suas atividades foram bem-sucedidas. O número de pessoas tentando promover-lhe uma concubina diminuiu. Agora, toda a atenção é voltada para a pergunta de a quem enviar como ama de leite para o nosso filho.”


Dizendo isso, ela carinhosamente acariciou sua barriga avantajada.


“Então…”


Determinado, Zenjirou começou a dizer algo, mas Aura sacudiu a cabeça mais uma vez antes disso.


"Não. Eu sei o que você quer dizer, mas isso não é possível. É melhor não confiar em qualquer otimismo irreal. Claro, em circunstâncias normais, você poderia ter parado de se preocupar com o futuro quando tenha três ou quatro filhos comigo. No entanto, a atual família real consiste de apenas você e eu, como você sabe. Esta situação é extremamente anormal para uma grande potência. Para lhe dar um exemplo concreto: no Reino Gémeo, a Família Real de Sharrow tem 23 membros e a Familia Papal Jilbell tem dezanove membros.”


Uma realeza neste mundo era automaticamente praticante de uma magia de linhagem de sangue. Quanto menor a família real, menor a força nacional. É simples assim. Com os sentimentos pessoais à parte, Aura também concorda plenamente com o ponto de vista dos nobres, que consideraram necessário expandir a família real, a um nível racional.

Mesmo agora, Zenjirou afirmava teimosamente sua opinião, já que provavelmente ainda não conseguia desprender isso da cabeça, apesar de entender esse raciocínio.[5]


"Ehm, então ... nós dois devemos dar o nosso melhor?[6]"


Em resposta ao seu ponto de vista, que só poderia ser considerado irrefletido, Aura mostrou um sorriso irônico sem surpresa e respondeu de forma brincalhona e afetada de ansiedade.


"Você quer me matar!? Quantos filhos você quer que eu carregue enquanto gerencio um reino?”

“Bem, no meu mundo, havia uma mulher no passado, que era chamada Imperatriz e teve uma dúzia de filhos com o marido enquanto ela governava um grande país em guerra como grã-duquesa, perceba.”

“… ela é realmente humana? Talvez ela tivesse algum sangue da antiga raça de draconica nela?”


Aura franziu a testa e inclinou a cabeça confusa como se tivesse ouvido uma história sombria. Como esperado, a anedota da soberana austríaca Maria Teresa soava irrealista para a rainha Aura.[7]


“Não, isso não pode ser. Tenho certeza que ela era uma simples humana.”


O conhecimento de Zenjirou sobre a história da Europa estava limitado ao que ele havia aprendido nas aulas de história no ensino médio, então ele não poderia explanar mais e o tópico morreu.


“… ..”

“… ..”


Tentando pensar em um novo tópico, ele de repente lembrou os anéis no bolso de sua calça.


"Oh, certo. Ei, Aura, você pode me dar sua mão esquerda?”


A mudança de tópico não poderia ter sido mais óbvia, mas Aura sabia que ele carregava uma profunda aversão à questão da concubina, então ela se atreveu a concordar com essa pobre tentativa de mudança. A questão certamente se resolveria de uma maneira desfavorável para ele de qualquer forma, então não deveria doer se adiasse por mais algum tempo agora.


“Mh? Ok, mas me dê seu anel primeiro. Se vamos fazer isso, podemos repetir ‘aquilo’."


Aura estendeu a palma da mão direita com um sorriso.


"Sim, tudo bem."


Zenjirou colocou o seu próprio anel de casamento na mão, levantou-se do sofá e deu um passo à frente dela.


"Ah, você pode permanecer sentada."


Ele a parou levantando a mão, quando ela estava prestes a se levantar, e se ajoelhou diante dela enquanto ela se sentava no sofá. Então ele pegou sua mão esquerda e tentou colocar o anel em seu dedo anelar.


"Isso não vai funcionar. Meus dedos estão inchados agora. Pegue meu mindinho.”

“Ah, claro, desculpe.”


Durante a gravidez, suas mãos inteiras ficaram inchadas, aumentando o tamanho de seus dedos. O anel era na verdade ficava perfeito no dedo anelar, mas agora era improvável que se encaixasse.

Parecia um pouco frouxo, mas Zenjirou tentou colocar a aliança no dedo mindinho de sua esposa enquanto ele se ajoelhava na sua frente, e então ela sussurrou em seu ouvido.


“Oh, você não vai dizer nada? E aqui eu estava esperando que você dissesse as palavras daquela noite novamente.”


Após essas palavras, Zenjirou se encolheu e parou de se mover.

‘Daquela’ noite está se referindo a nossa primeira noite juntos. Depois da cerimônia de casamento de dia, eles tiveram sua noite nupcial, depois ele a presenteara com aquele anel no quarto.

Naquela ocasião, ele havia feito o seu “voto de casamento”, que em geral era pedido durante a cerimônia pelo padre.


"Zenjirou ...?"

"Não, bem, isso foi uma coisa única na vida ..."


Aura bufou uma risadinha em direção ao seu marido tímido e confuso e lançou lhe um olhar triste e afetado.


“Oh, que maldade. A chance rara se apresentou novamente, mas você não vai dizê-la. Hmm…”

“….Aw, céus. Tudo bem!”


Enquanto sua esposa cerrou firmemente seu punho esquerdo, para que ele não pudesse colocar o anel, Zenjirou percebeu que não tinha outra escolha a não ser desistir.


“Hah… Fuh ...”


Ele respirou fundo e depois temporariamente esquecendo sua vergonha, começou a recitar com a voz tão digna quanto possível.


“Prometo lhe amar e respeitar, consolar e ajudá-la nos bons e maus momentos, na doença e na saúde, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. Eu tomo este juramento por este anel.”

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“… ..”


Aura mostrou um sorriso sem dizer nada e abriu o punho.

O amplo anel dourado amarelo com os três diamantes inseridos no seu dedo mindinho. Uma prova de amor. Um voto simbólico. Aura certamente podia sentir o calor do marido pelo metal frio ao redor do dedo mindinho.

Por um tempo, Aura ficou olhando para a aliança no dedo mindinho de sua mão esquerda e sorriu docemente, mas em pouco tempo, ela encarou o marido na frente dela novamente e disse em voz baixa.


"Levante-se, Zenjirou."

"Eh?"

"Levante-se."

"O- Ok."


Zenjirou estava olhando para ela enquanto ele estava de joelho na frente do sofá, e agora obedientemente se levantou, embora inclinando sua cabeça intrigado.

Desta vez, Aura estava olhando para Zenjirou.

Ainda sentada no sofá, ela gentilmente pegou a mão esquerda do marido na sua frente, depois repetiu o voto.


“Prometo lhe amar e respeitar, consolar e ajudá-lo nos bons e maus momentos, na doença e na saúde, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. Eu tomo este juramento por este anel.”


Depois de recitar isso, ela colocou o anel, que era um par em torno de seu dedo anelar esquerdo.


"Aura ..."


Surpreso, Zenjirou olhou estupefato para sua esposa, que estava olhando para ele.

Ele a encarou para baixo. Ela o olhou para cima. Seus olhos se encontraram.

Na primeira noite, Aura não retornou o voto quando recebeu o anel. Zenjirou acreditava que não pode responder devido à surpresa de experimentar aquele costume pela primeira vez, mas o motivo real era algo diferente. Em vez de ser incapaz de responder, ela optou por não responder.

Ela sabia que o voto não passava de uma formalidade, mas, como rainha, não podia se permitir "amar um único homem até a morte deles o separar".

Ela havia se esforçado em lidar com ele com sinceridade. Ela esteve preparada para desenvolver amor por ele. E ela estava preparada para atender ao desejo do marido o máximo possível. No entanto, o país, e a família real sempre teriam prioridade.

Se Zenjirou tornar-se uma desvantagem para o reino em um momento crucial, ela o abandonaria. O casamento deveria ser concluído com esse tipo de resolução. Contudo.

(Isso não é mais possível. Pelo menos eu não serei capaz de abandoná-lo enquanto ele permaneça como está agora)

Aura falava isso para si mesma.

Claro que isso não se aplicaria, quando Zenjirou almejasse poder ou status e se tornar uma pessoa completamente diferente, mas enquanto isso não fosse o caso, Aura estava convencida de que ela não faria uma decisão com o “coração frio”. ".

Depois de colocar o anel no dedo anelar, Aura abriu os braços para receber o marido à sua frente.

Discernindo sua intenção, Zenjirou lentamente abaixou seu corpo, de modo que ele se inclinou sobre sua esposa, sentada no sofá, acima.


“….Mm.”

“… Mm.”


Seus lábios se sobrepuseram silenciosamente. Para Zenjirou, foi o segundo “beijo de casamento”, para Aura o primeiro.[8]

Embora o beijo tenha durado um pouco além para ser chamado de beijo de casamento.



Referências[edit]

  1. Zenjirou tem medo das letras miúdas. Sempre tem no final, escondido.
  2. Lembrando sempre, ele não é da Realeza por nascimento, só é por casamento. Ou seja, de certa forma ele “entrou” na família da esposa.
  3. Está ficando rechonchuda no rosto em!!
  4. E é nesses pequenos detalhes que vemos o nosso protagonista brilha.
  5. Desprender aqui, é no sentido de não conseguir se desfazer do seu senso monogâmico, mesmo sabendo que é necessário um pouquinho de poligamia agora.
  6. ( ͡° ͜ʖ ͡°),( ͡° ͜ʖ ͡°),( ͡° ͜ʖ ͡°),( ͡° ͜ʖ ͡°)
  7. Maria Teresa foi a primeira e única mulher a governar sobre os domínios Habsburgos e a última chefe da Casa de Habsburgo (a partir de seu casamento a Casa Real passou a denominar-se Casa de Habsburgo-Lorena). Foi soberana da Áustria, Hungria, Boêmia, Croácia, Mântua, Milão, Galícia e Lodomeria, Parma e Países Baixos Austríacos, de 1740 até a sua morte, em 1780. Pelo casamento, tornou-se duquesa da Lorena, grã-duquesa da Toscana e imperatriz consorte do Sacro Império Romano-Germânico, Francisco Estevão de Lorena. Foi considerada uma das déspotas esclarecidas como Catarina, a Grande da Rússia. Teve 16 filhos entre eles a rainha Maria Antonieta.
  8. Que bunitinho!!!


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