Risou no himo seikatsu:Volume 5: Prólogo

From Baka-Tsuki
Revision as of 20:30, 22 December 2019 by Donn (talk | contribs) (Created page with "'''Prologo : Sinal de um navio no porto.''' Valentia tem o maior porto do Reino Carpa. Esta famosa cidade grande era tecnicamente governada pelo "duque de Valentia", mas...")
(diff) ← Older revision | Latest revision (diff) | Newer revision → (diff)
Jump to navigation Jump to search

Prologo : Sinal de um navio no porto.



Valentia tem o maior porto do Reino Carpa.

Esta famosa cidade grande era tecnicamente governada pelo "duque de Valentia", mas na maioria das vezes era na verdade regida sob o controle direto do monarca.

E nesse caso à Aura, a atual rainha.

Ela era a rainha e o duque de Valentia ao mesmo tempo.

Afinal, Valentia era o maior porto comercial do Reino, além de uma importante fonte de sal. Dependendo da estação, às vezes havia uma circulação maior de pessoas, bens e dinheiro do que na capital real.

Era lógico que os monarcas anteriores entendessem que apenas alguém extremamente confiável, com habilidade e personalidade adequadas se poderia confia essa região. Dito isto, Aura na verdade não tinha ninguém quem nomear mesmo que quisesse, já que todos os membros da família real além dela morreram na guerra anterior.

De qualquer forma, a cidade de Valentia estava atualmente sob o controle nominal da rainha Aura, devido a essas circunstâncias. Nem é necessário dizer que ela estava extremamente ocupada com seus deveres na capital, portanto, obviamente não teria tempo de tomar suas questões de governança nas suas mãos. Todos os assuntos em Valentia eram gerenciados pelo "governador" nomeado.

Normalmente, os governadores de terras isoladas usavam suas nomeações para acumular ilegalmente uma fortuna e construir um exército privado e nada mais. Mas o Reino Carpa estava relativamente livre dessa preocupação.

Afinal, a magia de linhagem da família Real Carpa era a “Magia de Espaço-Tempo”. Isso significava que eles poderiam usar o "Teletransporte".

Como tal, o governador naturalmente hesitaria em fazer algo ilegal nessas circunstâncias, nas quais um vassalo de confiança da rainha poderia aparecer de repente a qualquer momento.

Em Valentia, a maior parte do dinheiro e mão-de-obra era obviamente gasto no porto.

Numerosos cais estendiam-se de uma bela costa aterrada. Cada um deles foi solidamente construído em pedra e era largo o suficiente para permitir que grandes carruagens de dragões passassem um pelo outro sem problemas.

Além disso, a água era tão profunda que mesmo os grandes navios do Continente Norte, com um calado muito grande, pudessem atracar sem problemas.

E, além disso, os quebra-mares foram construídos ao largo da costa, atrás de si, em três camadas, de modo que se sobrepunham em curvas. Isso impedia que as ondas avançassem para o porto, mas, ao mesmo tempo, permitia uma fácil entrada e saída de navios.

Graças a isso, nenhum único navio abrigado afundou nas docas de Valentia nas últimas décadas, nem mesmo durante os tufões da estação das chuvas. O grande farol na beira de um promontório iluminava a tudo e todos. Era um edifício em forma de coluna, parecendo uma vela, com uma altura que seria esquecível entre os edifícios de uma metrópole moderna, mas dominante aqui, pois não havia nada a par com ele. Os cais, os quebra-mares e o farol.

Todos eles foram belamente construídos de pedra a tal ponto que qualquer um que visse o orçamento e a mão-de-obra gastos se sentiria tonto. Não é à toa que era o maior porto da parte ocidental do continente sul.

Mesmo agora, Valentia estava transbordando de atividade.

Acompanhados por um céu azul claro e uma agradável brisa marítima, muitos marinheiros e estivadores gritavam e corriam sedentos no porto.


“Por favor, deixe-me passar, eu recebi uma entrega urgente!”

“Ei, esses são realmente os barris com a carne seca? São bastante leves…”

“Você aí, sem brigas no píer! Caso contrário, você ficará em cana. ”


Um passo errado nessa atmosfera agitada poderia levar a uma briga e soldados armados com lanças curtas estavam mediando em voz alta.

Os guardas da capital também usavam armaduras de couro mas, considerando o mar próximo, os soldados usavam camisas e calças finas demais para ter uma proteção.

E, olhando mais de perto, era claro que as pontas de lança equipadas não estavam refletindo a luz do sol forte. Muito provavelmente, as lanças utilizavam ossos de dragão afiadas em vez de ferro.

Quando vigiavam um porto, elas eram naturalmente expostas à brisa do mar, mas também não era incomum que eles às vezes se arremessassem na água do mar. Portanto, o ferro começaria a se enferrujar em pouco tempo, a menos que fosse cuidada com esforço.

A Grosso modo, este um equipamento específico para áreas costeiras.

Outra coisa que vale a pena mencionar é que entre os trabalhadores das docas, que carregavam coisas pelos cais, havia alguns que usavam um "carrinho de mão".

Recentemente à venda pelos comerciantes da capital, esse utensílio de madeira era bastante valioso no porto, onde grandes quantidades de mercadorias tinham que ser movimentadas diariamente. O terreno tinha que ser pelo menos um pouco uniforme para usar o carrinho de mão, que tinha pequenas rodas de madeira, mas felizmente, o Porto de Valentia cumpria completamente esse requisito.

O carrinho de mão ainda era escasso agora, por causa de seu alto preço, mas a esse ritmo poderia ser apenas uma questão de tempo até que se tornasse um equipamento regular no porto.

De fato, sua utilidade era dolorosamente óbvia quando você o usava. A maioria dos trabalhadores das docas suava bastante, carregando caixas de madeira ou sacos de cânhamo. Por outro lado, os trabalhadores das docas com um carrinho de mão empurraram facilmente várias vezes esse peso, de modo que sua utilidade estava além de qualquer dúvida.

Quando os trabalhadores das docas carregavam uma carga pesada, suavam por todo o corpo e só podiam olhar para frente deles. Os trabalhadores das docas com carrinhos de mão, por outro lado, podiam relaxar e olhar em volta enquanto empurravam o carrinho.

Portanto, era provável que alguém empurrando um carrinho de mão notasse uma certa coisa primeiro.


“Hum? O que é isso?”


O jovem estivador olhou além do horizonte e parou seu caminho.


“Ei, o que você está fazendo? Não pare de andar assim, é perigoso.”


Atrás dele, um trabalhador de meia-idade, carregando uma carga grande por cima dos ombros, gritou para ele, no que o jovem estivador começou a andar novamente enquanto respondia ao homem que passava atrás dele.


“Ah, desculpe. É que vi um navio desconhecido por lá.”

"Hã? Um navio desconhecido?”


Sem parar, o trabalhador de meia-idade, incitado por essas palavras, olhou na mesma direção. Infelizmente, porém, ele só via o mar aberto como sempre.


“Hun? Vejo nada.”

“Não, está lá. Porém, era apenas um mastro aparecendo acima do horizonte.”


Nesse momento, o trabalhador de meia-idade concordou com a cabeça uma vez, ainda carregando a grande bolsa de cânhamo sobre o ombro direito.


“Oh, certo, você tem uma boa visão.”

“Sim, é minha única virtude redentora. De qualquer forma, deve ser um pedaço de um grande navio já que eu posso distinguir sua forma com tanta clareza, mesmo que mal esteja acima do horizonte. Eu nunca vi um navio tão grande antes. ”

“Oho, entendo. Então provavelmente é um grande barco a vela do continente norte.”

"Grande? Você quer dizer que é ainda maior do que os barcos ancorados aqui?”

“Sim. Seja vela frontal, traseira ou vela quadrada, os navios aqui têm apenas um mastro. Mas, veja bem, o continente norte tem navios grandes com três mastros. ”


Para impedir que o suor da testa escorresse para seus olhos, o estivador de meia-idade enxugou o suor com as costas da mão esquerda enquanto dizia isso. Então ele estreitou os olhos nas fendas e olhou para o mar cintilante para confirmar com seus próprios olhos.

Com sua visão, no entanto, ele mal conseguia ver um pequeno ponto no mar distante.

Deixado sem outra escolha, ele perguntou a seu jovem colega de trabalho com uma visão superior.


"Você pode vê-lo já?"

“Hmm, daqui é um pouco difícil ... espere, o vejo! Ah! Realmente tem mais mastros. Um dois três quatro? O que? São quatro, não três."


Risou5 01.png

O jovem estivador inclinou a cabeça, intrigado, enquanto falava, e o estivador de meia-idade ficou perplexo.


"QUATRO!? Você tem certeza!? ”


Surpreso com a pergunta chocada de seu veterano, o jovem olhou atentamente para o navio novamente, mas o número de mastros contáveis era ainda o mesmo.


"Sim eu estou. Com certeza tem quatro mastros. ”


O estivador da meia-idade agiu rapidamente ao ouvir sua resposta.


“Aqui, pegue isso!”


Assim que ele disse isso, ele jogou a bolsa de cânhamo do ombro nos caixotes de madeira carregados no carrinho de mão do jovem estivador.


"Ei! Não faça isso! As rodas quebram quando estão sobrecarregadas! Você sabe quantos dias terei que trabalhar de graça se o carrinho quebrar?"


O jovem protestou desesperadamente, mas o velho estivador estava muito perturbado para se importar.


“Oi, não há tempo para isso! Eu tenho que anunciar isso ao governador! Se quebrar, você pode culpar-me depois! ”

“O governador? Ele não tem vigias no farol? Eu diria que eles perceberam isso muito antes de mim.”

“Apenas por segurança. Nos vemos!”


Depois de dizer isso, o estivador de meia-idade fugiu a toda velocidade.

Ele passou pelo píer lotado rapidamente e repetia sempre: "Por favor, deixe-me passar!".

Deixado para trás, o jovem estivador estava em frente ao seu carrinho agora pesado, com a boca escancarada e nenhuma pista sobre o que estava acontecendo. Quem poderia culpá-lo? Sem saber das circunstâncias, parecia-lhe apenas que o homem de meia-idade havia abandonado seu trabalho de forma espalhafatosa.

No entanto, qualquer pessoa que soubesse o que significa um "grande veleiro com quatro mastros" simpatizaria com sua ação.

A construção naval era meio inferior no continente sul, então navios pequenos com um mastro eram a norma.

Basicamente, todos os grandes navios com três mastros poderiam ser considerados navios de carga intercontinentais do Continente Norte. E mesmo lá, os navios eram algo como um produto de ponta e, consequentemente, caro. Se alguém da plebe pudesse comprá-lo, era porque era um comerciante rico e com influência em todo o país.

Com isto em mente, era fácil imaginar o quão significativo era um navio com um mastro a mais. Seria de fato a nata da nata, e uma propriedade estatal que não estava disponível ao setor privado. Além disso, mesmo no continente norte os únicos países que poderiam construir e manter esses navios eram grandes potências com um desenvolvimento acima da média.

E agora, um de quatro mastros havia aparecido no porto de Valentia, do Reino Carpa.

Ao mesmo tempo, isso significava que havia chegado uma figura-chave de uma grande potência no continente norte.


* * *


O nome oficial do navio quatro mastros que aparecera em Valentia era "Folhas Amarelas".

Era um navio de ponta do Reino de Uppsala, um país ao norte do continente norte. Embora o reino fosse conhecido por sua tecnologia avançada, ele tinha apenas mais um navio de quatro mastros além do “Folhas Amarelas”: O “Garras do Soldado Morto” era o navio-capitania de sua força naval.

De pé no convés daquele grande navio, Freya Uppsala parecia emocionada e aliviada ao ver a terra finalmente depois de aproximadamente cento e vinte dias no mar.


“Parece que finalmente podemos desembarcar em terra.”

“Sim, Milady. É um porto magnífico. Nosso navio poderá atracar lá sem problemas. ”

"De fato. Mas você sabe, Skathi, eu sou o capitão agora, não uma princesa. Por favor, não confunda.”


A garota chamada Freya Uppsala tinha o cabelo azul-prateado até ao redor do pescoço e mantinha os olhos no porto de Valentia diante dela, enquanto respondia à alta soldado de pé atrás dela de lado. .


“Sim, minhas desculpas, capitão.”


A alta soldado conhecida como Skathi deu um sorriso suave e curvou-se um pouco.

Assim como o nome dela indica, Freya Uppsala era uma princesa do Reino de Uppsala. Ela por tabela não tinha direito ao trono, porque as mulheres não tinham permissão de subir ao trono no Reino de Uppsala, mas, no entanto, ela era uma figura única no país.

Seus cabelos lisos tinham uma cor azul-prateada, seus olhos azuis-gelo tendiam a dar uma impressão fria e sua pele era irrealmente branca.

Essa beleza misteriosa corroborava sua dignidade como uma "princesa de um país ao norte". Ela certamente seria uma bela visão se vestisse um vestido e joias. Mas agora, a princesa Freya usava roupas masculinas, que eram maravilhosas, mas priorizavam a funcionalidade acima de qualquer outra coisa. E seu cabelo bonito, que originalmente se estendia até a cintura, havia sido cortado drasticamente em torno do pescoço.

Ela estava “se travestindo” para atuar como capitã do “Folhas Amarelas”.

De acordo com a tradição, o povo do Reino de Uppsala, também conhecido como svenskar[1], considerava seus navios como mulheres. Tornar-se capitão poderia, ser comparado a um casamento, o que tornava necessário que o capitão fosse homem. Consequentemente, uma mulher sempre teria que “se travestir” no navio, se quisesse ser sua capitã.

Desnecessário dizer que a roupa não passava de uma formalidade e elas não precisavam se disfarçar totalmente de homem de verdade. Por esse motivo, a princesa Freya simplesmente aparentava ser uma "garota bonita em roupas masculinas" agora. De certa forma, ela acabava revelando suas formas femininas de cima a baixo, vestindo roupas masculinas tão casualmente.

Quando a princesa Freya se virou, ela chamou sua guarda de confiança atrás dela.


“Então, nós sabemos a que lugar pertence esse porto?”

“Sim. A julgar pela distância que percorremos hoje e pela constelação de estrelas na noite passada, provavelmente chegamos ao Reino Carpa. ”

“O Reino Carpa ...?”


A princesa Freya inclinou a pequena cabeça intrigada, procurando em sua mente.

As informações do continente sul mal chegavam ao reino de Uppsala, pois estavam situados no extremo norte do continente norte. A título de comparação: era o mesmo que perguntar a um europeu sobre a Ásia durante a Era das Navegações.

Dito isto, a princesa Freya se tornara capitã deste navio por sua própria vontade e conhecia melhor o continente sul do que a pessoa comum do continente norte.


“Se bem me lembro, é um país na parte ocidental do continente sul? Parece que nos afastamos do curso mais do que pensávamos.”


Tendo recordado essa lembrança no fundo de sua mente, a princesa Freya percebeu que, quando a alta soldado concordou com um breve aceno de cabeça.


"Sim. Ouvi dizer que é uma potência proeminente aqui. É um pouco inconveniente que nossos países não tenham relações diplomáticas diretas, mas não ouvi nada de ruim sobre eles. Pelo menos, podemos supor que eles honrem o 'Código do Mar.”


O “Código do Mar” era a concepção de que aqueles que viviam no mar se apoiavam. O conteúdo não era nada de especial, em resumo, englobava coisas como permitir que navios desconhecidos atracassem e embarcassem em um porto, desde que houvesse espaço livre.

Afinal, a marinharia[2] neste mundo era irremediavelmente inferior à da Terra moderna. Eles tecnicamente planejaram um percurso antes de partir, mas era fato improvável que viajassem conforme o planejado.

Às vezes, ficavam sem provisões porque a viagem demorava mais que o esperado. Às vezes, eles perdiam membros da tripulação devido a uma doença no mar. Às vezes eles entravam em uma tempestade imprevista e se desviavam completamente do curso. Coisas assim aconteciam o tempo todo.

Por isso, o mais importante era entrar no porto durante uma emergência. Desnecessário dizer que isso não se aplicava a navios piratas reconhecíveis ou a navios de nações claramente hostis.


“Parece que poderei conceder à minha tripulação uma licença em terra há muito esperada. Definitivamente, eles mereceram, já que eu os fiz passar por muita coisa. ”


Como a princesa considerava sua tripulação, a soldado consentiu, mas também a contradiz.


"Sim, de fato. No entanto, capitão, por favor, aplique a mesma atenção a si mesmo. Se assim posso dizer, sua resistência está no limite entre todos os membros da tripulação.”

“Obrigado, Skathi. Mas eu estou bem. Afinal, não há quase nada que eu possa fazer no navio.”

“Isso é desnecessário. O navio estaria preparado se algo acontecesse ao seu capitão.”


Sua resposta não pretendia ser exagerada ou simbólica.

A construção naval no continente norte era em comparação do mesmo nível da Terra durante a Idade Média, mas variava em dois pontos: tinha uma vantagem sobre a Terra, mas também uma desvantagem.

A vantagem era obviamente a existência de "magia" neste mundo.

Especialmente a magia "Tratamento de água potável", que revolucionou as viagens marítimas. Ao longo da história da Terra, o maior problema para as viagens marítimas sempre foi o fornecimento de água potável.

Neste mundo, no entanto, a água potável podia ser obtida tratando a água salgada com magia, de modo que eles eram realmente mundos separados um do outro em relação a questões de água.

No caso do "Folhas Amarelas", a Princesa Freya era a que lançava a magia "Tratamento de Água Potável" para fornecer água.

Considerando esse fato, ficou claro que a soldado não estava brincando ou nada quando ela disse que o navio estaria preparado se algo acontecesse ao capitão.

É claro que havia outros praticantes de “Tratamento de Água Potável” além da Princesa Freya a bordo, mas mesmo que todos eles reunissem suas forças, eles mal tratariam água salgada suficiente para mantê-los vivos com restrições.

Se algo acontecesse consigo, toda a equipe morreria de sede em pouco tempo. A princesa Freya reconheceu de forma apropriada essa pesada responsabilidade, por isso prestou atenção ao aviso dos marinheiros veteranos e da soldado e ficou fora de perigo durante a viagem de mais de 120 dias.

Devido a isso, ela não estava fisicamente, mas mentalmente exausta.


“De qualquer forma, o mar e o céu são realmente azuis no continente sul.”


Estreitando os olhos azuis, a princesa Freya olhou para as cores azuis que se fundiam no horizonte.


"Certamente. Talvez seja um pouco brilhante demais para nós, já que estamos acostumados com o mar do norte. ”


Como sugerido por ela, o céu em sua terra natal, o Reino de Uppsala, estava coberto por enormes nuvens cinzentas e o mar também raramente parecia azul. E o calor era estranho para eles também, mesmo que o povo do Reino de Carpa não o considerasse muito quente, já que a estação mais quente do ano havia passado.

Sem falar em como eles pareciam ficar tontos com o calor e a força dos raios solares, ao se exporem diretamente a ele no topo do convés do navio. A brisa refrescante do mar era pelo menos um vislumbre de esperança, para que não tivessem dificuldade em respirar.

Exceto pela intensidade, a alta soldado e os marinheiros bem constituídos que cuidavam das velas tinham a pele bronzeada vermelha escura, mas, olhando mais de perto, você via braços e pescoços brancos sob as mangas e os colarinhos.

No meio disso, a princesa Freya revelava uma pele tão branca que parecia fora de lugar. Talvez ela raramente saísse de sua própria cabine ou não se bronzeasse tão facilmente?

Seu rosto branco e natural nada bronzeado enquanto ela mantinha o olhar fixo no porto próximo de Valentia o tempo todo.


"Surpreendente. Nem o continente norte tem muitos portos tão imponentes quanto este. Também nunca imaginei que o continente sul tivesse um porto tão impressionante.”


A princesa Freya assentiu bruscamente a fala de Skathi sem desviar os olhos do mar à sua frente.

As relações ao Continente Norte e Continente Sul poderiam ser descritas como “Sul-Magia e Norte-Tecnologia”. Isso significava que o continente sul tinha países mágicos bem desenvolvidos, enquanto o continente norte possuía países desenvolvidos em tecnologia.

No continente sul, uma “magia de linhagem” única e praticamente essencial para a realeza, mas no continente norte, a realeza com uma “mágica da linhagem” era realmente assustadora.

Como parte da Família Real de Uppsala, a Princesa Freya havia herdado uma grande quantidade de poder mágico, mas não havia poder especial no sangue deles, então sua família só podia usar a "Magia dos Quatro Elementos" comum.

Mas, por outro lado, o continente norte tinha vantagem na tecnologia. Seja na construção naval, metalurgia ou arquitetura, eles estavam um passo à frente em todos esses campos.

Orgulhar-se disso implicava "arrogância", após o que você começaria a menosprezar os outros.

A princesa Freya percebeu que seus pensamentos haviam se desviado do caminho certo e respirou fundo para mudar de ideia. Naquele momento:


“Uma grande sombra se aproximando por trás! É um dragão do mar!”


O jovem marinheiro no posto de vigia relatou uma emergência em uma voz alta.


“Milady!”


A reviravolta repentina levou a soldado a chamar seu mestre errado novamente, mas a princesa Freya simplesmente ignorou, pois sabia o quão tolo seria corrigi-la em tal situação.


“A tempestade da noite passada nos levou para o seu território, por isso deve ter nos perseguido.”


Um dragão do mar. Era um grande distúrbio para a navegação marítima que não existia na Terra.

Mesmo nos velhos tempos na Terra, alguns navios afundavam ao colidir com grandes baleias ou pessoas eram comidas por tubarões depois de caírem do navio durante uma tempestade, mas estes não eram páreo para o risco de um dragão do mar deste mundo.

Primeiro de tudo, seu tamanho era diferente. É claro que ele seria considerado pequeno quando comparado com os grandes navios-tanque ou porta-aviões movidos a energia nuclear da Terra moderna, mas pelo menos neste mundo, não havia navio maior que o maior Dragão do Mar de todos os tempos.

Além disso, o dragão do mar tinha um comportamento distinto territorial, por isso era terrivelmente hostil a algo mais ou menos do seu tamanho que entrava em seu território. A tal ponto que muitas vezes ficava exasperado e perseguia sua presa mesmo fora de seu território.

Dito isto, certamente era uma exceção que ele continuasse sua perseguição até o dia seguinte como dessa vez.


“Milady, ainda não podemos usar a grande besta no convés da popa, por causa da tempestade da noite passada.”


A princesa Freya tomou uma decisão imediata quando a soldado se preparou para a batalha.


"Sim eu sei. As forças de defesa do porto certamente teriam um trabalho fácil ao lidar com um dragão do mar desse tamanho, mas seria tudo, menos desejável causar-lhes problemas desde o início. Você não precisa finalizá-lo, basta persegui-lo. Não seja imprudente, Skathi. –“

“Como quiser.”


Permitida, a soldado cumprimentou com o punho direito erguido diante do peito esquerdo e depois correu rapidamente para o convés.

O navio estava balançando um pouco, porque eles estavam do lado de fora dos quebra-mares, onde as ondas ainda estavam altas, mas ela se moveu no convés como se estivesse no chão.


“Traga-me minha lança!”


A mulher soldado deixou o ar salgado vibrar através de sua voz e os marinheiros responderam imediatamente.


“Sim, Victoria-sama. Aqui está! ”

“ Bom! ”


Ela pegou a lança oferecida por um marinheiro barbudo enquanto passava por ele.

A lança tinha um pouco mais de um metro, na melhor das hipóteses, e tinha uma cor branco-leite deslumbrante. Por seu tamanho pequeno, era realmente bastante pesada.

Sua cor e peso eram a prova de que essa lança era feita de uma presa polida de um elefante-marinho.

Uma lança de madeira com uma cabeça de ferro, como a usada em terra, era extremamente inadequada para um ataque de arremesso contra elefantes marinhos ou dragões marinhos que viviam no mar.

É claro que havia o problema de sua fugacidade, porque ela enferrujaria na água salgada ou apodreceria, mas o problema crucial era que a trajetória da lança lançada curvava-se na água, porque as gravidades específicas do “eixo de madeira flutuante” e a “ponta de lança de ferro afundando” era muito diferente.


"Mova-se. Eu vou lidar com ele. ”

“ Sim! ”

“ Por favor, faça. ”


A mulher soldado alcançou o convés dos fundos em pouco tempo e declarou isso, quando os marinheiros reunidos abriram caminho.

Sem desacelerar em velocidade máxima, ela chutou o chão e pulou no convés da popa.

Ela olhou para o dragão do mar enquanto estava lá com a lança na mão direita e murmurou.


"Então é isso. Acho que tenho sorte. Eu deveria ser capaz de lidar com esse.”


O Dragão do Mar levantou as costas largas e verdes e o pescoço grande para fora do mar azul, mostrando suas presas.

Seu tipo era chamado de "Dragão de Pescoço Comprido". Como uma bênção disfarçada, era um espécime relativamente pequeno de seu tipo. Considerando que alguém teria que “olhar para cima” com a cabeça do convés se estivesse lidando com um grande dragão de pescoço comprido, eles com certeza tiveram um golpe de sorte aqui.

De qualquer forma, o dragão se aproximou rapidamente, fazendo uso de suas quatro barbatanas na água. Era uma visão tão avassaladora que até os marítimos experientes, familiarizados com a perigosa viagem marítima, estremeceram.


"Fuh ..."


De pé no convés da popa, a soldado manteve o olhar fixo no Dragão do Mar abaixo dela, enquanto ela segurava a lança perto da cabeça e colocava seu extremo na ponta do pé direito.

Em um olhar mais atento, ficou claro que o sapato de couro dela tinha um amassado grosso, no qual a ponta da lança se encaixava perfeitamente. A soldado, então, usou a mão direita para equilibrar a lança, para que não caísse. Em pouco tempo, ela tirou a mão e a lança ficou em pé na ponta do pé direito, sem cair.

Parecia uma performance de rua por si só, mas nem é preciso dizer que dificilmente era hora de fazer um truque.


"Puh ... Hah ..."


Depois de controlar a respiração com algumas respirações profundas, a soldado abriu os olhos e levantou o pé direito em um único movimento contínuo.

Para cima, para frente e para baixo. Se você preferir, parecia o movimento de um chute alto frontal ou de roundhouse do Caratê ou Kickboxing.

Essa sequência de movimentos levantou a lança, parada na ponta do pé, inclinou-a para a posição horizontal e depois a lançou. Era uma técnica de lançamento de lança, transmitida de geração em geração ao norte do continente norte.

Algumas pessoas dizem que a técnica surgiu quando as pessoas do norte tentaram atirar uma lança com o pé, em vez da mão, porque usavam luvas tão grossas que não conseguiam mais mover os dedos individualmente. Alguns outros afirmam que ele foi planejado para compensar as deficiências de alcance de soldados mulheres fisicamente mais fracas.

De qualquer forma, não é preciso dizer que não era uma técnica comum.

Lançar a lança deliberadamente com o pé era ineficaz e impraticável.

No entanto, as técnicas herdadas juntamente com a prática de pessoas talentosas melhoraram a eficiência e tornaram o impraticável em praticável.

A lança de presa de elefante marinho, lançada a partir do pé direito desta mulher soldado voou reta e mais rápida que uma flecha, perfurando a cabeça do dragão do mar.


“GRAAAR!”


Depois de um pequeno grito, o Dragão do Mar relaxou o pescoço comprido e o deixou cair na superfície da água.

Um tiro, uma morte. Ela realmente finalizou o Dragão do Mar com uma só lança.

O dragão do mar de pescoço comprido era uma criatura grande, mas sua cabeça era relativamente pequena e estava longe dali.

Atingir a cabeça com uma lança chutada por um pé e até dar um golpe fatal no crânio foi realmente uma façanha brilhante. A tripulação do navio enlouqueceu ao testemunhar as habilidades da mulher soldado.


"Uau!"

"Essa é a nossa Victoria-sama!"

“Não é de admirar que ela tenha herdado o nome da Feiticeira Skathi!”


Batendo no convés com os pés, os marinheiros aplaudiram quando a soldado se virou, e sorriu um pouco e acenou com a mão brevemente, depois pulou agilmente do convés. .


“Muito bem, Skathi. Uma façanha impressionante. –“

“Você me honra, Milady.”


Risou5 02.png

Quando a princesa Freya se aproximou dela através da multidão de marinheiros, a soldado abaixou a cabeça um pouco com essas palavras, agora que seu trabalho estava feito.


“Skathi, eu disse para você me chamar de 'capitão' no navio.”


Desde que a emergência terminou, a princesa Freya a repreendeu com um sorriso amargo e a alta soldado, percebendo seu erro tarde demais, manteve a cabeça baixa.


"Oh, minhas desculpas, capitão."

“Eu não vou ter esse título por muito mais tempo, então, por favor, deixe-me tirar o máximo proveito dele.”


Quando a princesa, também conhecida como capitão, disse isso com uma expressão relaxada, até mesmo alguns dos membros da equipe começaram a rir.

Combinando com isso, a soldado riu também enquanto ela assentia.


“Eu entendo, capitão. A propósito, o que vamos fazer com o Dragão do Mar? Eu diria que estamos autorizados a reivindicar, porque o finalizamos. ”


Dizendo isso, ela olhou para trás encarando o mar, onde flutuava o cadáver do Dragão do Mar.

O cadáver de um dragão do mar era uma montanha de tesouros:


o couro era robusto e repeli a água, seus ossos eram fortes, porém flexíveis e a carne era comestível, embora não muito saborosa. Além disso, sua gordura era vendida a preços insanos, por causa de sua bela fragrância quando queimada.

No entanto, a princesa Freya balançou a cabeça sem hesitar.


“Não, é melhor não fazermos isso. Quase causamos problemas ao porto, e não desejo desperdiçar a sorte no primeiro porto em que atracamos.”

“Sim, capitão.”


Embora ela tenha respondido obedientemente, a soldado olhou com pesar para os restos de o dragão do mar. A princesa Freya sabia o significado por trás desse olhar, então ela sorriu com uma mão sobre a boca.


“Não fique tão preocupada com isso. Vou conversar com eles, para que eles devolvam sua lança.”

“Sim, muito obrigada!”


A soldado expressou sua gratidão ao seu mestre com um rosto vermelho.



Referências

  1. Svenskar também pode se referir a suecos em inglês.
  2. é o conjunto das técnicas utilizadas na construção, operação e manutenção de embarcações.


Voltar para Ilustrações Retornar para Risou no himo Seikatsu Ir para Capítulo 1