Mondaiji-tachi ga isekai kara kuru soudesu yo:Volume 3 Prólogo

Era bem raro se ter um dia bem ensolarado em uma temporada de chuvas. Sakamaki Izayoi, enquanto aproveitava a manhã de verão, olhou para o sol e disse:

— Oh? Manchas solares? Então o sol está entrando na era glacial novamente?

Sua filosofia era “os céus não criaram alguém acima de mim” e parecia preferir o aquecimento global do que o esfriamento global. Izayoi, já não tinha mais obrigações com a escola , estava ponderando se deitaria virado em direção ao rio enquanto tinha seus flashes de contemplação. Mas aos olhos dos outros, isso era um ato vergonhoso. Se alguém que ele conhecesse soubesse que ele estava desse jeito, ele seria motivo de risada.

— Ahhh... me pergunto se há algo interessante...

Izayoi tirou seus fones e ouviu uns barulhos do outro lado. Um grupo de delinquentes, vestindo casacos longos com os dizeres “Espírito de Luta” escrito neles e estavam sendo barulhentos, cercando um garoto aos prantos forçando-o a ajoelhar-se como se estivesse pedindo desculpas.

— Ei, Eei, isso não é bom. O moleque tá chorando! Que nojo, por que não o jogamos no rio para ele se lavar?

— Heh, já que ele vai se lavar, melhor tirar a roupa dele então!

— Eeeeeeeeeeeeek......!

O garoto tremia tanto de medo que ele se encolheu igual uma bola. Sakamaki Izayoi então se levantou lentamente e direcionou seus olhares para os delinquentes que agora estavam chutando e socando o garoto.

— Ahhhh...Tédio...tão entediado QUE EU QUERO EXPLODIR!! SE EU VENDESSE MEU TÉDIO EU TERIA UMA PEQUENA FORTUNA! EI, SEUS IDIOTAS DESCEREBRADOS! O QUE ACHAM DE ME ENTRETER E ENTÃO RECEBER UMA LONGA VIAGEM PRO HOSPITAL COMO PRESENTE?!

— Vamos lá, tira logo essa roupa e pula na água, pode ser?

— Amarra as mãos dele! Se as pernas estiverem livres ele não vai afundar!

Era de se esperar que nenhum dos delinquentes havia lhe escutado pois ele estava falando em um volume que somente seria audível a uma pessoa que estivesse a seu lado. Obviamente foram palavras jogadas ao vento. Agora, o garoto já estava todo batido, cheio de lama, lagrimas e catarro no rosto. Um cenário não muito agradável.

—..................

Izayoi se levantou lentamente. Pegou duas, três pedras que estavam próximas dele e as jogou enquanto gritava.

— DEIXEM EU ME JUNTAR TAMBEEEEEEEEEEÉM!!!!!

A beirada do rio explodiu no momento em que a rocha entrou em contato com o solo. Não é uma metáfora, e não há a necessidade de corrigir. Do jeito que foi descrito, a pedra foi lançada com a velocidade absurda da Terceira Velocidade Cósmica, e com um estrondo e uma grande nuvem de poeira, os delinquentes, o garoto e a beirada do rio, foram todos mandados pelos ares.

— Waaaaaaa!

— É o Sakamaki Izayoi! Corram!

— Me...Me ajudem...

— Eeeei, eu vou jogar outra!

Enquanto Izayoi sorria, toda vez que uma pedra era jogada, uma pequena cratera se abria no chão. Seria um acontecimento semelhante a uma bomba de ar. Encarando um adversário muito superior, todos só podiam sair correndo de medo. Para evitar uma confusão, Izayoi não fez isso para ajudar o garoto que esta sofrendo bullying. Era uma de suas filosofias pessoais, que era “ Suprimir e controlar os fortes e os fracos”.

—Ahahahaha! Patéticos! Muito patéticos! Vocês só ladram e não mordem!

Sakamaki Izayoi segurava seu estomago de tanto rir das pessoas que fugiam dele, horrorizadas. Ele gargalhava, rolava e batia no chão. Apenas sua risada tomava conta do espaço, e quando decidiu parar de rir, a área ficou em silencio de imediato. Rapidamente o silencio envolveu ao rio e não havia movimento algum. Neste momento, garotas da idade de Izayoi estavam em intervalo de almoço, enquanto ele estava lá, quieto.

—...Isso é realmente chato!

Finalmente, Izayoi liberou seus verdadeiros sentimentos. Mesmo que a reação dos delinquentes tenha sido divertidamente irônicas, não chegou a ser tão interessante.

—...Hm?

Woosh. Na mesma hora em que decidiu se mexer, um forte vento bateu. Uma carta selada estava caindo de uma forma não muito natural, e acabou repousando na mochila de Izayoi com a mesma precisão de uma linha colocada na cabeça de uma agulha.

— O que diabos foi isso...?

Ele pegou a carta misteriosa. O nome da pessoa estava escrito de forma clara no envelope desta forma: “Para Sakamaki Izayoi-dono” Olhou ao redor, mas não encontrou ninguém.

— Impressionante. Será que isso faz dele um mestre entregador de cartas?

Izayoi sorriu e decidiu ler o conteúdo da carta. Mas no momento em que ia abri-la, seu celular tocou e por fim colocou a carta na bolsa e atendeu o celular.

— Yaho! Iza-niichan, matando aula de novo? Pelo menos ligue para a Casa Familiar Canaria, os professores estão todos bravos com isso.

— Sério? Me desculpe por isso. Talvez na próxima eles me expulsem de uma vez.

— Tudo bem com isso?

— Ah, a Canário Dourado morreu. Então não tenho mais razão para ir para a escola mais.

— Mesmo? Bom, se não tem jeito... apesar de que se o Iza-niichan fosse para a escola por vontade própria, isso sim seria chocante.

— Oh, verdade?

Izayoi riu.

— Ah, na verdade, alguém vestido como um advogado veio aqui e deixou o testamento da Canário Dourado.

— Testamento? O testamento da Canário Dourado?

Izayoi estranhou. Mesmo tendo vivido todo aquele tempo enquanto internada, Izayoi nunca ouviu falar sobre um testamento.

— Sim, eu também estranhei, mas a assinatura era realmente da Canário-sensei! E o advogado disse que ele precisa entregar para você, então, vamos fazer uma visita a Casa Familiar Canaria juntos?

— Hmmmm... Bem, acho que irei lá dar uma olhada. E diga ao Homura que o headset está bom.

Pi---- a chamada terminou.

Izayoi se espreguiçou enquanto observava o céu.

---- A partir de amanha começava a Golden Week. Como não havia mais motivo para ir a escola, então não havia feriados consecutivos. De um ponto de vista, esse era mais um dos hábitos relaxados dos japoneses.