Editing Saijaku Muhai no Bahamut:Volume 3 Capítulo 2 (section)

===Parte 4===

Naquela noite em que a lua estava envolta em nuvens finas.

Uma sombra se estendia na prisão da Capital Real, longe da Cidade Fortaleza.

O dono da sombra era uma figura parecida com uma boneca que vestia um robe preto azeviche e usava um capuz sobre os olhos.

Seus passos ressoaram no corredor de pedra iluminado por chamas de tochas e ele continuou caminhando em um ritmo regular.

A prisão da Capital era dividida em três níveis, combinando com o tipo e peso do crime, e administrava criminosos.

A sombra alcançou facilmente o nível mais estrito e profundo entre eles.

“...Boa noite, meu querido amigo jurado. Como você está?”

A figura vestida, que parou em frente à cela, falou com o homem lá dentro com uma voz calma.

“......!? Você é—!”

No momento seguinte, o homem loiro – Balzeride que estava lendo um livro dentro da prisão, percebeu e ergueu a cabeça.

Embora ele fosse um criminoso acusado de conspirar em vários negócios nos bastidores, talvez relacionados à sua posição de herdeiro de um dos Quatro Grandes Nobres, ele usava roupas finas como prisioneiro.

Talvez porque sua aparição foi bastante inesperada, mesmo depois de reconhecer a identidade da figura vestida – que era o “Mercador Negro” com quem ele havia feito negócios antes, ele não foi capaz de proferir suas próximas palavras.

“Nossa? Você está tão emocionado que está sem palavras? É bom saber. Parece que valeu a pena enfrentar o perigo e vir aqui encontrá-lo.”

A figura de túnica, com seus olhos ainda escondidos por uma sombra profunda, proferiu uma voz extremamente brilhante.

Sua atitude era completamente diferente de quando eles estavam fazendo negócios antes.

Tinha um traço de inocência infantil, mas Balzeride foi tomado por uma estranha inquietação.

“V-Você veio me salvar? Desculpe.”

Quando ele perguntou para adivinhar os sentimentos da outra parte, os lábios da figura vestida se curvaram em forma de lua crescente.

“Não há necessidade de se desculpar, ’Titular do Reino’. Eu valorizo muito o talento que você tem. Essa é a razão número um pela qual vim aqui assim.”

“É-É assim...”

Balzeride deu um suspiro de alívio à resposta da figura vestida.

Se esse “Mercador Negro” ainda o valorizava muito assim, a conversa seria fácil.

“Como esperado do meu amigo jurado, que discernimento.”

Balzeride, que o disse com um sorriso calmo, levantou-se.

“Na verdade, eu ainda tenho alguma autoridade sobrando. Também há um santuário escondido em meu território. Depois, vou pedir para você me procurar novos mercenários e Drag-Rides. Que, se eu sair daqui, tudo vai funcionar de qualquer maneira. Tudo ficará bem se simplesmente atribuirmos o crime relacionado a esse assunto ao exército rebelde. Vou falar com os conselheiros que a Casa Kreutzer conquistou, e quando selecionarmos um criminoso substituto—”

Balzeride fez um discurso como se precisasse de uma resposta.

Ele considerou esta uma oportunidade de ouro e começou a persuadir a figura de túnica.

“Gohah....!? Gu-Guaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!?”

Sangue fresco de repente espirrou diante dos olhos de Balzeride.

Uma protuberância vermelha escura semelhante a um chifre perfurou-se e brotou de dentro de seu peito.

A figura de manto pisou na cabeça de Balzeride, que deu um grito estridente e rolou no chão, com o sapato que inseriu entre a treliça.

“Ei, ei, fique quieto, sim? Está de noite, você vai causar problemas para os guardas da prisão, sabia?”

A figura de túnica colocou o dedo indicador nos lábios e disse com uma voz travessa.

Ele estava olhando para o “Titular do Reino” não com surpresa ou medo em sua expressão onde seus olhos estavam cobertos, mas sim com um sorriso que poderia ser chamado de frio.

“O-O que você fez!? S-Seu bastardo! Guh, Gaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah......!”

Enquanto abria fortemente os olhos e retorcia o corpo de dor, ele continuou a chorar.

O chifre vermelho escuro, que brotou do peito de Balzeride aumentou em número e espessura, quebrou várias barras da cela e se espalhou como se estivesse comendo por dentro.

Cada vez que a erosão avançava, os vasos sanguíneos e a pele se rompiam e o interior da prisão ficava tingido de vermelho.

“Você não ouviu o que eu disse? Que pessoa irritante, nossa. ──Eu disse isso antes, certo? Que valorizo muito o seu talento.”

“Gahah! Guaaaaaah! Ugaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!”

Balzeride, que se contorcia enquanto expelia um vômito de sangue, a figura de túnica encolheu os ombros enquanto dizia “boa sorte”.

E então, ele abriu amplamente os olhos cobertos pelo capuz e riu maliciosamente como um demônio.

“Você é um gênio que me deixa com raiva! Para fazer com que esse meu ser gentil venha até aqui; realmente, você é um gênio incrível. Nossa, seu lixo. Lixo. Verme. Morra. Apenas morra desse jeito. Morra depois de sofrer totalmente. Morra enquanto é comido por dentro. Torne-se um cadáver com vermes rastejando por toda parte enquanto continua vivendo...”

A figura vestida continuou a repreendê-lo com uma voz sombria, mas com um olhar alegre.

Mas talvez ele não tenha se contentado apenas com isso, ao colocar os pés dentro da prisão, pisou no peito, que estava prestes a desmoronar, com o salto do sapato.

“Ouça! <Aži Dahāka> foi meu Drag-Ride Divino também. Mesmo assim, tem um limite de energia. Se você copiar várias outras Vestes Divinas e usá-los ao mesmo tempo, tanto o poder quanto a precisão diminuirão naturalmente. Eu te ensinei isso, certo? Se você não ficasse arrogante – ah, nossa; além do mais, ele foi magnificamente destruído até esse ponto, então mesmo restaurá-lo já é impossível.”

“............”

Sob a figura de túnica, que não parava de proferir palavras de ressentimento, Balzeride já estava morto.

Mas, nem mesmo se importando com tal coisa, a figura vestida dançou como uma criança brincando em uma poça d'água.

“Ah, caramba. Mostre um pouco de firmeza. Então, foi inútil até a última dosagem? Bem, considerando a idade desse cara, a possibilidade de compatibilidade parecia ser zero, para começar... Veja você, jovem mestre rico e inútil.”

Quando a figura vestida de cuspiu e se virou, ele tirou um chifre do bolso da camisa e o colocou nos lábios.

“...Agora, então. Sem delongas, vamos nos vingar desse sujeito patético que morreu.”

Um sorriso perverso inocente e sem fundo saiu de dentro do capuz.

Após o intervalo de um instante, uma violenta dissonância ecoou.