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Toaru Majutsu no Index ~Brazilian Portuguese~:Volume1 Capitulo1
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===Parte 5=== “Ok, eu tenho uma apostila para vocês. Sigam por ela enquanto a gente participa dessas aulas de reforço.” Mesmo depois de passar um trimestre inteiro naquela turma, Kamijou ainda não conseguia acreditar. A professora da sala da Turma 7 do 1º Ano, Tsukuyomi Komoe, era um professora ridícula que era tão baixa que apenas sua cabeça podia ser vista quando ela ficava atrás da própria mesa.<ref>Em algumas escolas de países estrangeiros existe um conceito chamado “homeroom”, que é um breve período administrativo que acontece numa sala de aula designada para um grupo de alunos pela duração de suas vidas escolares. Cada homeroom tem o seu próprio “homeroom teacher”, ou “professor da sala”, que assume uma turma durante toda a sua vida escolar em determinada escola.</ref> A professora “criança” era um dos sete mistérios da escola, ela tinha 1,35m de altura, havia uma lenda sobre ela ter sido impedida de entrar numa montanha-russa por causa de regras de segurança, e ela era idêntica a uma garotinha de 12 anos que deveria carregar uma flauta doce, usar um capacete amarelo e se equipar com um randoseru<ref>ランドセル (Randoseru) é uma espécie de mochila rígida feita de couro ou de couro sintético, comumente usada por crianças do Ensino Fundamental, tradicionalmente sendo usadas por elas até o 6º ano.</ref> vermelho. “Eu não vou impedir que vocês conversem entre si, mas vocês precisam me ouvir também. Eu me esforcei muito pra fazer esse questionário, então quem se sair mal vai ter que passar por um teste de Pôquer Vendado.” “Sensei, esse não é aquele que você joga pôquer com uma venda!? Isso é parte do Curriculum pra Clairvoyance!<ref>Anteriormente, “clarividência” foi escrito como 千里眼 (Senrigan), mas aqui temos, em japonês, 透視能力 (''Toushi Nouryoku'', Habilidade de Enxergar Além) com a pronúncia estrangeira クレアボイアンス (Kureaboiansu), então manteremos o termo estrangeiro “Clairvoyance”.</ref> E eu ouvi dizer que você não pode ir embora a não ser que você vença dez vezes seguidas mesmo sem poder ver as cartas, então a gente não ficaria preso aqui até amanhã de manhã!?” protestou Kamijou Touma. “Ah, mas Kamijou-chan, você não tem pontos de desenvolvimento o suficiente, então você vai fazer o teste de Pôquer Vendado de todo jeito.” “Ugh,” Kamijou ficou sem palavras quando encarado com o sorriso de vendedor de sua professora. “...Mhh. Saquei. Komoe-chan te acha tão fofo que ela não pode se segurar, Kami-yan,” disse o representante de classe (masculino) de cabelo azul e com um brinco<ref>Em japonês, esse personagem é sempre referido como 青髪ピアス (''Aogami Piasu'', lit. Cabelo Azul e Brinco). Ficar escrevendo “rapaz de cabelo azul e brinco” seria muito trabalhoso e monótono, então usaremos “Azulão” enquanto um nome oficial não é revelado.</ref> que estava sentado ao lado de Kamijou. “...Você não sente a malícia vindo das costas daquela professora enquanto ela se estica pra alcançar o quadro-negro?” “Que foi? Qual o problema em ter uma professora tão fofa quanto ela te dando um esporro por errar todo o questionário? Ser abusado fisicamente por uma criancinha como ela te dá muitos pontos de experiência, Kami-yan.” “Eu sabia que você era um lolicon,<ref>Lolicon é uma abreviação de ''lolita complex'', complexo de lolita, e envolve a atração à garotas fictícias, geralmente de animes e mangás, na faixa de 6 à 14 anos (lolis).</ref> mas você também é um masoquista!? Você não tem salvação!!” “Ah hah! Não é que eu gosto de lolis! Eu ''também'' gosto de lolis!!” Kamijou quase gritou “Você é onívoro!?”, mas ele foi interrompido. “Vocês dois aí! Se vocês disserem mais uma palavra, vocês vão ter que jogar o Ovo de Colombo.” Como esperado, o Ovo de Colombo envolvia equilibrar um ovo de ponta-cabeça numa mesa sem usar suportes. Aqueles especializados em Telekinesis<ref>Em japonês, 念動力 (''Nendouryoku'', Habilidade de Telecinesia) é exibido com a pronúncia estrangeira テレキネシス (Terekineshisu), então manteremos o termo estrangeiro “Telekinesis”.</ref> podiam impedir que o ovo virasse quando eles se esforçavam ao ponto de quase romper os vasos sanguíneos em seus cérebros. (Era um desafio extremamente difícil porque o ovo podia quebrar se a Telekinesis fosse muito poderosa.) Como no exemplo anterior, você ficaria preso lá até a manhã do dia seguinte se não pudesse completar a tarefa. Kamijou e Azulão encararam Tsukuyomi Komoe enquanto se esqueciam como se respirava. “Ok?” Seu sorriso era bastante assustador. Enquanto Komoe-sensei amava ser chamada de “fofa”, ela ficava incrivelmente zangada quando chamada de “pequena”. Entretanto, ela não parecia se importar com alunos a olhando de cima para baixo. Parte disso era algo que ocorria naturalmente na Cidade Acadêmica. A cidade era uma verdadeira Terra do Nunca onde mais de oitenta por cento da população era composta de estudantes. A oposição aos professores era dura mesmo quando comparada com uma escola normal e, acima de tudo, a “força” de um aluno era baseada tanto em sua habilidade acadêmica quanto no seu poder. Os professores eram aqueles que desenvolviam os alunos, mas os próprios professores não tinham poderes. Alguns, como os professores de Educação Física e orientadores, pareciam fazer parte de uma equipe estrangeira por que eles tinham que treinar monstros do Level 3<ref>Em japonês, 強能力者 (''Kyounouryokusha'', Pessoa com Poderes Fortes) é exibido com a pronúncia estrangeira レベル3 (Reberu Surii), então manteremos o termo estrangeiro “Level 3”.</ref> com seus próprios punhos, mas seria cruel esperar isso de uma professora de química como Komoe. “...Ei, Kami-yan.” “Que é?” “Você ficaria excitado recebendo uma bronca da Komoe-sensei?” “Eu não sou você! Só cala a boca, seu idiota! Se a gente tiver que brincar com um ovo cru apesar de não ter Telekinesis, a gente vai ficar as férias de verão inteiras aqui! Se você entendeu, fica de bico fechado com esse teu dialeto de Kansai<ref>Semelhante aos sotaques regionais aqui no Brasil, algumas regiões do Japão usam dialetos próprios, “Olá” no japonês padrão é “こんにちは” (kon'nichiwa), mas alguém da região de Kansai diria “まいど” (maido); algumas pessoas que não são da região tentam imitar esse dialeto por n motivos. A região de Kansai é composta de Nara, Wakayama, Quioto, Osaka, Hyogo e Shiga, portanto, um morador da Cidade Acadêmica, situada em Tóquio, não usaria esse dialeto.</ref> falso!” “Falso... N-n-n-n-n-não chama ele de falso! Eu realmente sou de Osaka!” “Xiu. Eu sei que você é de uma região de arroz.<ref>Regiões de arroz são... Regiões do Japão notórias por produzirem arroz, geralmente no norte do país. O ponto feito por Kamijou aqui é que Azulão vem de uma região na direção oposta de Kansai, localizada mais ao sul do país.</ref> Eu tô mal-humorado, então não me faz ter que bancar o escada.” “E-e-eu não sou de uma região de arroz! Ah. A-ahhh! Como eu amo takoyaki.”<ref>Takoyaki é um lanche japonês feito de massa à base de farinha de trigo e cozido em uma panela moldada especial. Normalmente ele é recheado com polvo (tako) picado ou em cubos e algumas verduras. É um lanche típico de Osaka.</ref> “Para de se forçar nesse papel de morador da região de Kansai! Você vai ficar trazendo takoyaki pro lanche também?” “Do que você tá falando? Nem todo mundo de Osaka só come takoyaki, né?” “...” “Né? Eu acho que isso tá certo... Não! Pera! Mas...mas, é... mas... hein? Eu esqueci?” “Você tá saindo do personagem, Sr. Kansai Falso,” Kamijou disse antes de suspirar e olhar pela janela. Ele sentiu que deveria estar ao lado de Index neste momento, ao invés de lidar com essa aula de reforço sem sentido. A Igreja Ambulante que a freira vestia realmente tinha reagido à mão direita de Kamijou (apesar de que “reagir” possa ser um eufemismo), mas isso não significava que ele acreditava em mágica. Provavelmente, a maioria das coisas que Index contou era mentira, e mesmo que ela não estivesse mentindo, ela podia ter simplesmente se pensado que alguns fenômenos naturais eram na verdade parte do oculto. Mesmo assim... (Eu acho que o peixe que escapa sempre parece grande.) Kamijou suspirou mais uma vez. Se a alternativa era ficar preso nessa mesa numa sala de aula que mais parecia uma sauna sem ar-condicionado, se aventurar numa fantasia de espadas e mágica parecia melhor. E ele até tinha uma heroína fofa (ele estava um pouco hesitante em chamá-la de linda) pra o acompanhar. “...” Kamijou lembrou-se do capuz que Index havia esquecido em seu quarto. No fim das contas, ele não o devolveu. ''Ele não viu aquela situação como ele sendo incapaz de devolver o capuz.'' Mesmo que Index tivesse desaparecido, ele provavelmente a encontraria se ele começasse a procurar. E mesmo que ele não tivesse devolvido o capuz, ele ainda podia correr pela cidade procurando por ela com ele em uma das mãos. Pensando nisso, ele percebeu que ele queria algum tipo de conexão. Ele sentiu que ela podia voltar um dia. Por que aquela garota branca havia lhe mostrado um sorriso tão perfeito... Ele sentia que ela poderia desaparecer como uma ilusão se ele não criasse um tipo de conexão. Ele teve medo. (...Ah, então era isso.) Após passar por aqueles pensamentos levemente poéticos, Kamijou finalmente percebeu algo. No fim das contas, ele não havia odiado a garota que havia caído em sua varanda. Ele tinha gostado dela o suficiente pra a ideia de nunca mais vê-la deixá-lo com uma leve pontada de arrependimento. “...Ah, droga.” Ele estalou a língua. Com o tanto que ela estava pesando em sua mente, ele desejou ter impedido que ela fosse embora. (Parando pra pensar, o que foi aquilo sobre 103.000 grimórios?) Index havia dito que a cabalá mágica que estava perseguindo ela (cabalá era algum tipo de corporação?) parecia estar a caçando porque eles queriam aqueles 103.000 grimórios. E aparentemente, Index estava fugindo com aqueles 103.000 grimórios em sua posse. Não era uma chave ou um mapa para o local de armazenamento de todos esses livros. Quando Kamijou havia perguntado onde estavam todos aqueles livros, ela simplesmente respondeu: “Eu tenho cada um deles comigo.” Entretanto, depois de tudo que Kamijou viu, ela não carregava um único livro. De qualquer forma, o quarto de Kamijou não era grande o suficiente para guardar cem mil livros. “...O que é que foi tudo aquilo?” Kamijou inclinou a cabeça para o lado em indagação. Já que a Igreja Ambulante de Index havia reagido ao Imagine Breaker, o que ela estava falando não era puramente um delírio. Mas... “Sensei? Kamijou-kun tá observando as saias das garotas do time de tênis pela janela.” O dialeto de Kansai forçado de Azulão imediatamente trouxe o foco de Kamijou de volta para a sala de aula. “...” Komoe-sensei se calou. Ela parecia ter ficado bastante chocada pelo fato de que Kamijou Touma-kun não estava focado na aula. Ela tinha a mesma expressão que uma garotinha de doze anos que acabou de descobrir a verdade sobre o Papai Noel. Assim que esse pensamento o atingiu, Kamijou Touma foi perfurado pelos olhares hostis de seus colegas de classe que desejavam proteger os direitos humanos daquela “criança”. ::::::::::::::::::::::::::::::♦ Apesar de elas serem chamadas de aulas de reforço, eles ficaram presos lá até o horário em que todos os estudantes deveriam ir para casa. “...Que azar,” murmurou Kamijou ao olhar para as três pás de uma turbina de vento brilhando no por do sol. Qualquer tipo de vida noturna na cidade era proibida, então os últimos ônibus e trens da Cidade Acadêmica estavam programados para sair quando os alunos estivessem saindo de suas escolas. Kamijou havia perdido o último ônibus, então ele estava caminhando penosamente ao longo do escaldante distrito comercial que parecia nunca acabar. Um robô de segurança passou por ele enquanto isso. Ele também era um tambor com rodas e ele funcionava como uma espécie de câmera de segurança móvel. Originalmente eles eram como cães robôs melhorados, mas crianças costumavam fazer aglomerações ao redor deles, bloqueando seu caminho. Por esse motivo, todos os robôs de trabalho haviam sido transformados em tambores de todos os tamanhos. “Ah, maldito, aí está você! Espera aí...pera! Você! Eu tô falando com você! Para!!” O calor do verão havia fritado Kamijou, então ele apenas encarou o lento robô de segurança e pensou sobre como Index havia corrido atrás de um robô de limpeza. Finalmente, ele percebeu que aquela voz estava chamando-o. Ele se virou para entender o que estava acontecendo. Era a garota do ensino fundamental. Seu cabelo castanho na altura dos ombros brilhava como vermelho-fogo no por do sol e seu rosto estava ainda mais vermelho. Ela vestia uma saia plissada cinza, uma blusa de manga curta e um suéter de verão... Aí, ele repentinamente percebeu quem ela era. “...Ah, é você de novo, Biribiri<ref>Biribiri é uma onomatopeia japonesa para eletricidade. A alternativa aqui era chamar ela de “zapzap”, mas pra conservar o legado desse apelido, manteremos “Biribiri”.</ref> do fundamental.” “Não me chama de Biribiri! Eu tenho um nome! É Misaka Mikoto! Por que você não aprende isso de uma vez!? Você tá me chamando de Biribiri desde que a gente se conheceu!” [[Image:Index v01 071.jpg|thumb]] (Desde que a gente se conheceu...?) Kamijou tentou se lembrar. (Ah, sim.) Quando eles se conheceram, ela estava cercada de delinquentes assim como ontem. Enquanto os rapazes aproximavam-se dela, ele pensou que eles estavam tentando roubá-la e então resolveu dar uma de Urashima Tarou.<ref>Urashima Tarou (浦島 太郎) é o protagonista de uma lenda japonesa. Ele é um pescador que salva uma tartaruga de agressores e é levado até o Ryuuguu-jou (竜吾城 ou 龍宮城, Palácio do Dragão) debaixo do mar. Lá ele é entretido pela princesa Otohime, a segunda filha de Ryuujin (龍神, Deus Dragão), como recompensa. Ele passa alguns dias com a princesa e então decide voltar para sua vila. Otohime lhe entrega tamatebako, uma caixa adornada com jóias que ele não deve abrir, como presente de despedida. Quando ele retorna para sua vila, ele descobre que passou 300 anos no Palácio. Quando ele abre tamatebako ele se transforma num velho e a voz de Otohime ecoa dizendo que a abertura da caixa era proibida, pois nela estavam contidos todos os seus anos de vida.</ref> Entretanto, por algum motivo, foi a garota que se irritou, dizendo, “Cala a boca! Não vai se metendo nas brigas dos outros! Biribiri!” Quando Kamijou bloqueou o Biribiri dela com sua mão direita e ela respondeu com um “Hein? Por que isso não funcionou? E que tal isso? Hein?” uma coisa levou à outra, e as coisas terminaram no estado atual. “...Hã? Quê? Eu não tô triste, então por que estou chorando, mãe?” “Por que você tá com esse olhar distante?” Kamijou estava exausto por causa da aula de reforço, então ele decidiu não pensar muito em como lidar com a garota Biribiri. “A garota encarando Kamijou com uma expressão atordoada é a garota Railgun de ontem. Ela ficou tão frustrada por perder uma lutinha que ela continuou aparecendo de novo e de novo, chamando Kamijou para uma revanche.” “...Pra quem você tá explicando isso?” “Ela é obstinada e odeia perder, mas na verdade ela é uma pessoa solitária que está encarregada em cuidar da mascote da turma.” “Não vai colocando coisas estranhas no cenário!!” A garota, Misaka Mikoto, sacudiu seus braços e todo foco na rua foi atraído para ela. Isso não era tão surpreendente. O uniforme de verão completamente normal que ela vestia era o uniforme da Escola Tokiwadai de Ensino Fundamental,<ref> Tokiwadai Chuugaku (常盤台中学, Escola Média Tokiwadai) no original. Estabelecemos anteriormente que “Escola Média” (e “Escola Primária”) é o equivalente do nosso Fundamental, portanto ficamos com “Escola Tokiwadai de Ensino Fundamental”, ou “Escola Tokiwadai” pra facilitar o ritmo de leitura.</ref> uma das cinco escolas de elite mais prestigiadas da Cidade Acadêmica. Por algum motivo, as garotas explosivamente refinadas de Tokiwadai pareciam se destacar até mesmo numa estação de trem na hora do rush, então qualquer um ficaria surpreso ao ver uma delas sentada no chão mexendo no celular como uma pessoa normal. “E o que você quer, Biribiri? Na verdade, por que você tá usando seu uniforme durante as férias de verão? Você tem aulas de reforço?” “Gh...Ca-cala a boca.” “Você ficou preocupada com o coelho da turma?” “Eu disse pra você parar de colocar essas coisas de animais! Aliás, hoje eu vou fazer você se contorcer como pernas de sapos ligados em eletrodos, então vai preparando seu testamento e sua herança!” “Acho que não vai rolar.” “Por que não!?” “Por que eu não tô encarregado em cuidar da mascote da minha turma.” “Ora seu... Para de tirar onda com a minha cara!!” A garota do fundamental pisou forte nos ladrilhos da calçada. Ao mesmo tempo, um barulho imenso saiu dos celulares das pessoas andando na área. Além disso, a transmissão dos telões do distrito comercial também foi cortada e um barulho terrível veio dos robôs de segurança. O som crepitante de estática elétrica veio do cabelo da garota. Aquela garota Level 5 que podia usar uma Railgun com nada além de seu próprio corpo sorriu tanto que seus caninos ficaram a mostra como se ela fosse uma fera. “Hmf. O que achou? Isso mudou sua opinião covarde? ...Mgh!” Numa tentativa desesperada de cobrir a boca dela, a mão de Kamijou cobriu o rosto inteiro de Misaka Mikoto. (Si-silêncio. Por favor, cala a boca! Os celulares de todo mundo foram fritados e eles não parecem felizes!! Se ele descobrirem que foi a gente, eles vão fazer a gente pagar e eu não faço ideia do quanto custa um telão!!) Devido seu encontro recente com aquela freira de cabelo prateado, Kamijou rezou com todas as suas forças ao deus em quem ele normalmente só pensava na época do Natal. Suas preces devem ter chegado ao céu, pois ninguém se aproximou de Kamijou e Mikoto. (Graças a deus.) Kamijou deu um suspiro de alívio (enquanto continuava a sufocar Mikoto). “Mensagem, mensagem. Erro Nº 100231-YF. Ondas eletromagnéticas ofensivas em violação às leis de rádio detectadas. Mau funcionamento do sistema detectado. Como isso é um possível terrorismo cibernético, evite usar aparelhos eletrônicos.” Imagine Breaker e Railgun se viraram hesitantemente. Um tambor estava virado de lado na calçada, esfumaçando enquanto falava para si mesmo de maneira incoerente. Logo em seguida, o robô de segurança começou a soar um alarme agudo. Naturalmente, eles correram. Eles entraram num beco, chutaram um balde de plástico e assustaram um gato preto enquanto continuavam sua corrida. (Parando pra pensar, eu nem fiz nada errado. Por que eu tô fugindo com ela?) Mesmo depois de pensar isso, ele continuou correndo. Afinal, ele havia visto num talk show que esses robôs de segurança custavam 1,2 milhões de ienes<ref>R$32.520,00 em Abril de 2004.</ref> cada. “Uuhh...Mas que azar. Por que eu sempre me envolvo nos problemas ''dela''?” “O que você tá querendo dizer!? E meu nome é Misaka Mikoto!” Os dois finalmente tinham parado num beco de um beco de um beco. Um dos prédios enfileirados devia ter sido demolido pois uma área retangular havia aparecido ali. Parecia um lugar bom para jogar basquete. “Ah, cala essa boca, Biribiri! Você já destruiu todos os meus aparelhos eletrônicos com aquele raio de ontem! O que mais você quer!?” “É culpa sua por me irritar!” “Eu nem sei do que você tá com raiva! Eu nunca nem toquei em você!” Depois daquilo, Mikoto havia atacado Kamijou com tudo que ela tinha, e Kamijou havia bloqueado tudo com sua mão direita. O arsenal dela não acabava com aquela Railgun. Ela podia manipular pó de ferro para criar uma espada de metal que também funcionava como um chicote, mandar poderosas ondas eletromagnéticas para bagunçar seus órgãos internos, e ela podia acabar com tudo puxando um verdadeiro raio diretamente dos céus. Mas nada disso era páreo para Kamijou Touma. Contanto que fosse um poder sobrenatural, Kamijou Touma podia negar. “Você continuou vindo com tudo pra cima de mim e se cansou! Não use seus poderes demais e depois me culpe quando não tiver força o suficiente pra continuar, Biribiri!” “~~!!” Mikoto rangeu os dentes. “A-aquilo não valeu. Não pode valer! Você nunca me atacou! Foi um empate!!” “Ah...Tá, tá. Você venceu. Te socar não vai consertar meu ar-condicionado.” “Gah...! P-pera! Leva isso a sério!!” Mikoto gritou enquanto sacudia os braços. Kamijou suspirou. “''Você tem certeza que quer que eu leve isso a sério''?” “Ah...” Mikoto se interrompeu. Kamijou cerrou levemente o punho direito e então o abriu novamente. Um suor frio começou a escorrer pelo corpo de Misaka Mikoto por causa daquela simples ação. Ela congelou, incapaz de sequer recuar. Mikoto não sabia qual era o verdadeiro poder de Kamijou, então Kamijou era verdadeiramente um terror desconhecido para ela por ter selado todos os seus trunfos sem nem mesmo suar a camisa. Não era tão surpreendente. Kamijou Touma havia recebido os ataques de Misaka Mikoto por mais de duas horas seguidas sem receber um único arranhão. Era natural da parte dela questionar o que aconteceria se ele levasse as coisas a sério. Kamijou suspirou e desviou o olhar. Como se as cordas prendendo-a tivessem sido cortadas, Mikoto finalmente deu alguns passos tortos para trás. “...Do que mais eu posso chamar isso além de azar?” Kamijou estava chocado com o quão assustada ela estava. “Primeiro os meus eletrodomésticos foram fritados, depois apareceu aquela suposta maga, e agora eu encontro a usuária de habilidade Biribiri de tarde.” “Maga? Hein?” “...” Kamijou parou por um momento. “É... É isso que eu quero saber.” Normalmente, Mikoto teria gritado “Você tá me zoando!? Sua cabeça é tão confusa quanto seu poder!?” e então feito Biribiri. No entanto, ela estava pulando de susto toda vez que ele olhava em sua direção. Tinha sido um blefe para enganar ela, mas ele havia se sentido mal com o quão efetivo ele tinha sido. (Afinal, o que era aquela história de magos?) Kamijou havia se lembrado dos eventos daquela manhã. Aquela freira branca havia usado aquela palavra com naturalidade, mas agora que ele pensava nisso, o termo era definitivamente algo removido da realidade. (Eu me pergunto por que não pareceu tão estranho quando Index estava por perto.) Havia algo misterioso ali que havia feito aquilo parecer mais crível? “...Pera, no que eu tô pensando?” murmurou Kamijou ignorando completamente aquela Biribiri chamada Misaka Mikoto que estava tremendo de medo como um cachorrinho. Ele tinha cortado laços com Index e o mundo em que ela vivia. O mundo era um lugar grande, então era improvável que ele esbarrasse com ela de novo por mera coincidência. Pensar sobre magos não tinha sentido. Apesar disso, ele não conseguia tirar aquilo da cabeça. Ele ainda tinha aquele capuz branco que ela havia esquecido em seu quarto. Aquela conexão restante continuou a cutucar irritantemente os cantos de sua mente. Nem mesmo Kamijou Touma sabia por que ele estava pensando tanto nisso. Afinal, ele tinha o poder para matar até mesmo Deus.
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