Editing Saijaku Muhai no Bahamut:Volume 19 Capítulo 2 (section)

===Parte 6===

Fugil pilotou seu <EX Wyvern> para voar pelo céu que amanhecia.

Ele cortou a nuvem que estava tingida pelo brilho da manhã, indo em direção à Floresta Antiga sem prestar atenção à neve que caía.

O equilíbrio entre os fortes e os fracos. Quando se julgava que a balança pendia completamente para um lado e não podia ser consertada com mãos humanas, o herói se movia.

Havia vidas com seu destino decidido desde que nasciam e só seriam exploradas pelos fortes com interesses adquiridos.

O herói agiria para derrubar o estadista a fim de salvar essas vidas de seu destino infeliz, mas seria inútil se ele simplesmente matasse aquele único estadista.

Mesmo que um líder desaparecesse, ele só seria substituído por um novo líder. Não haveria nenhuma mudança no sistema.

Por isso que era necessário criar um herói. Ele selecionaria alguém com excelente talento e o nutriria enquanto lhe dava sua assistência.

Além de encontrar uma boa pessoa, também houve muitas pessoas que foram enterradas para suavizar a transição que ocorreria.

Nesse caso, usaria apenas o fato de que ocorreu uma rebelião ao usar o <Endless> para tornar a história coerente.

No entanto, mesmo que a pessoa que ele encontrou e nutriu conseguisse derrotar o Rei com segurança, a autoridade apodreceria o coração dos governantes do país, mais cedo ou mais tarde. Às vezes isso aconteceria dentro de três gerações e às vezes poderia acontecer já dentro da mesma geração.

Eram refrões da visão que ele viu no Sacro-Império Arcadia.

Muitas pessoas eram iguais às pessoas do Clã dos Traidores que tratavam a bondade de Arshalia com desdém. Eles perderiam para sua própria ganância e se tornariam iguais aos governantes que odiavam.

E assim o equilíbrio desmoronaria em pouco tempo e ficaria distorcido.

Caso o Eclipse Sagrado os possuísse diretamente, esse imenso poder e o peso em suas mentes os fariam cair ainda mais rápido, mas era apenas uma questão de tempo.

Singlen Shelbrit, que ele encontrou em outro país, possuía qualificação suficiente para se tornar Rei, além de sua ideologia e força, mas Lux possuía algo diferente disso.

Ele foi arrastado para conflitos políticos, menosprezado, odiado pelo povo e eles até abandonaram sua mãe para morrer.

Mesmo assim, não escolheu vingar-se.

“Nii-san, você acha que existe uma maneira de mudar este país?”

Era a voz de alguém que estava acima dos outros com todas as suas emoções deixadas de lado.

Naquela época, nem mesmo Fugil conseguia ler completamente o que havia no coração de Lux Arcadia, que ainda tinha doze anos.

Aquela figura que ainda tentou trazer a verdadeira paz depois de vencer o ódio que enfrentou.

Fugil nunca tinha visto ninguém que pudesse tomar tal atitude depois de ter alguém querido tirado deles.

“Há. Se for você… será possível mudar este país.”

Herói.

A existência que Arshalia desejava. A existência que ele pretendia se tornar.

Um descendente do Clã dos Traidores, que foi colocado na posição de seu irmão mais novo, Lux.

Se fosse esse jovem, então talvez Fugil alimentasse essa esperança.

Que talvez Lux fosse capaz de se tornar um tipo de governante que ele nunca tinha visto antes, mesmo depois de continuar observando a história humana por milhares de anos.

E então, agora mesmo, ele estava indo em direção ao lugar onde ouviria a resposta da pergunta de sete anos atrás.