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Wazamonogatari ~Brazilian Portuguese~/Bom Apetite, Acerola 007
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===007=== De uma maneira ou de outra, parece que eu morri novamente. Assim que eu abri os meus olhos, ela estava ali. Eu estava olhando para o rosto dela. Eu desabei no chão sujo, e de todas as coisas, ela escorara minha cabeça em seu colo como um travesseiro — essa mulher tão bela a ponto de destruir uma nação. Cabelo dourado — eu não pude negar que brilhava mais claramente do que o meu. Um olho direito prateado, e um olho esquerdo bronzeado. Olhando de frente (ou, nesse caso, olhando de debaixo), a beleza daquele rosto era ainda mais aparente — bem, isso é certamente verdade para a qualidade de suas características, mas a coragem de colocar a minha cabeça em seu colo era apenas inexpressivamente bela. Por quê? Porque somente um momento atrás eu estava morto — é preciso ter-se nervo para se usar o colo como um travesseiro para um corpo desconhecido. “Tu estás bem?” Mesmo essa voz inquisitiva não faltava com a gentileza. Um tom de voz que eu mesmo não emiti sequer uma vez. “......” Já que eu não derivava de nenhum prazer particular ao usar o colo de uma bela mulher como um travesseiro, eu abruptamente me sentei — então, coçando a minha frescamente revivida e confusa cabeça, eu perguntei a princesa: “Por quanto tempo eu estive morto?” Eu realmente estava confuso. Eu não devia ter perguntado por quanto tempo eu estivera morto, mas sim ''como'' eu morrera — de fome novamente? Não, essa sensação de ressurreição parecia-se como se o meu corpo fora reformado após ser esmagado em pedaços. Quem me atacou, e como? Não há como essa princesa esguia ser aquele que me atacou, porém — “Tu só esteves morto por um tempo muito curto. E a tua morte foi causada pelas tuas próprias mãos.” Como se ela tivesse compreendido o intento da minha questão sem sequer ser perguntada, a Princesa Beleza respondeu. Porém eu não entendo. Fui eu? “Tu cometeste suicídio após tentar me matar.” Eu não entendo nem um pouco. Do que ela está falando? Vendo a minha reação obviamente confusa, Princesa Beleza continuou. “Quanto a por que tu tentaste me matar... Eu suponho que tu devas ter os teus próprios motivos para fazer tal, mas, por favor, reconsidera. Por favor, não desperdiça a vida que acabou de retornar a ti a grande custo.” Ela ainda falava enigmaticamente até onde eu sabia, mas, estranhamente, eu podia ver que essa mulher não estava mentindo para mim. Se ela diz que foi assim, não há dúvidas de que eu me matei — eu não me lembro disso muito bem, mas tenho certeza de que assim que encontrei Princesa Beleza, tentei caçá-la e comê-la imediatamente. Auto-suficiência. Eu como o que mato. Eu não deveria ficar com tanta fome tão rápido após voltar à vida, mas ficar ganancioso dessa maneira certamente é um impulso de vampiros como eu... entretanto, essas minhas habilidades ofensivas se voltaram diretamente contra mim. Explodido aos pedaços. No geral, eu me despedacei. “Ka ka!” Eu ri. Pergunto-me quantos anos faz desde que eu ri tão alto. “Então tu estás a dizer, basicamente — que eu não pude permitir-me danificar essa tua beleza, a sem nem mesmo hesitar cometer tal violento ato, eu tentei me matar?” “Isso está correto.” Então, assentindo, a princesa ficou de pé de maneira indiferente, e saiu em direção à lareira — como se dissesse que atender ao pote no fogo era mais importante que estar comigo. “Ei. Eu sou um monstro, sabes.” “Foi o que eu entendi.” “Eu sou um vampiro.” “É mesmo? Eles realmente existem, então...” “Eu sou um monstro que mata pessoas e as come.” “Então é esse o motivo pelo seu comportamento, entendo. Eu sinto muito por não ter sido de serviço.” “......” “O que foi?” “......” “Se tu estás com fome, gostaria de juntar-se a mim? O ''pot-au-feu'' está prestes a ficar pronto.”<ref>''Pot-au-feu'' é um guisado de carne francês que existe há centenas de anos.</ref> Dizendo isso, a princesa removeu o pote da lareira com ambas as mãos e começou a entrar mais a fundo na cabana. “Eu só como criaturas que eu mesmo matei.” Após fazer tal clara declaração a um alimento que acabara de me convidar para comer, eu contemplei que essa provavelmente não era uma fala que eu haveria de dizer para uma comida cujo eu falhara em matar em primeiro lugar. Para mim, distribuir falas de mau-gosto como essa era um pecado terrível — claro, não o bastante para fazer-me sucumbir ao suicídio novamente. Não era como se eu estivesse expiando-me desse pecado, mas, de qualquer maneira, eu segui a princesa ao passo em que ela ia mais fundo na cabana. (É sequer possível expiar-se do pecado de destruir um país inteiro?) Eu participarei da refeição (embora eu não vá comer nada). Vendo-me a seguir, ela perguntou: “Posso inquirir quanto ao teu nome?” Existem alguns vampiros que têm uma política do tipo “Eu não necessito dar o meu nome a coisas como humanos”, porém, já que eu não desgosto de usar o meu nome, eu responderei. A vanglória de um nome. Se não for uma vanglória, é uma mentira. “Eu sou o vampiro preparado para a morte, a inevitável morte, a certa morte — Deathtopia Virtuoso Suicide-Master.” “Lorde Suicide-Master, então?” “Nada de ‘lorde’. O nome por si só é honorífico o bastante. Não importa do que eu me chame, não use quaisquer títulos comigo.” “Entendo.” Deixando o pote em um bloco de madeira que poderia possivelmente ter sido uma mesa, dentro do que poderia ser, por alguma chance, uma sala de jantar, ela me deu o seu nome. “Eu sou Acerola.” Agarrando as beiras de sua saia, ela curvou-se elegantemente — era um gesto refinado, o que quase encantou-me em minha grosseria, mas deixando isso de lado... Acerola? “Não é ‘Princesa Beleza’?” “Esse é um termo de zombaria, não um de honra, com o qual eu era chamada quando era criança. Todos que usavam esse nome faleceram.” Faleceram. Isso significa que todos eles ofereceram suas vidas para a Princesa Beleza, certo? Neste caso, parecia que a informação de Tropicalesque estava um pouco ultrapassada. Acerola, hein? Um nome saboroso. “Acerola é o seu primeiro nome? Ou é o seu nome de família?” “Não é nenhum dos dois. Eu não mais tenho o direito de carregar o nome de minha família — eu nem mesmo posso usar o nome que o meu pai deu-me agora, Laura.” “......” De acordo com o conto de fadas, a família da princesa foram os primeiros a encontrar a beleza da filha deles, e os primeiros a morrerem. Eu não sei quanta verdade há nesse conto de fadas, porém... bem, eu fico certamente contente de que posso evitar chamá-la de um nome pretensioso como “Princesa Beleza”. “Neste caso, eu a chamarei de Princesa Acerola, então.” “Como desejares... Embora eu nunca tenha sido uma princesa de verdade, para começo.” Por que teve de acabar assim? — disse ela, com um toque de tristeza, gentilmente inclinando sua cabeça para um lado. Esses gestos inocentes aumentavam o meu apetite infinitamente, e eu instintivamente estiquei minhas garras e — ===Notas do Tradutor=== <references/> <noinclude> {| border="1" cellpadding="5" cellspacing="0" style="margin: 1em 1em 1em 0; background: #f9f9f9; border: 1px #aaaaaa solid; padding: 0.2em; border-collapse: collapse;" |- | Retornar para [[Wazamonogatari ~Brazilian Portuguese~/Bom Apetite, Acerola 006|Bom Apetite, Acerola 006]] | Voltar para a [[Monogatari_~Brazilian Portuguese~|Página Monogatari - Português Brasileiro]] | Continuar para [[Wazamonogatari ~Brazilian Portuguese~/Bom Apetite, Acerola 008|Bom Apetite, Acerola 008]] |- |} </noinclude>
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