Difference between revisions of "User:Vinioil"
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+ | Caso alguém queira entrar em contato comigo: |
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− | [Doce Pesadelo] |
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− | ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ |
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− | Na sala dos funcionários, depois de fecharmos: |
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+ | @SHUSSAN_DESU (Twitter) |
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− | — Eu gostaria que você me acompanhasse até em casa — pediu Tsukimori depois de ter vestido |
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− | seu uniforme escolar. |
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− | |||
− | — Acompanhá-la até sua casa...? — Repeti cuidadosamente que nem um papagaio. |
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− | |||
− | — Sabe, eu sempre sinto o olhar de alguém sobre mim no caminho do café até a estação de |
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− | trem... |
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− | Ela tremeu um pouco. |
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− | — Você não está sendo meio paranoica? — Pensei em dizer isso, mas reconsiderei por que era |
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− | perfeitamente possível em seu caso. Afinal, não haviam dúvidas de que ela era atraente. Ao |
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− | invés disso, sugeri: |
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− | — Então você deveria consultar a polícia e não eu. |
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− | — Fraco, Nonomiya! Que fraco! Vamos lá, seja homem e a proteja! |
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− | Mirai-san, que aparentemente se trocara ao mesmo tempo que nós, esmurrou uma mesa |
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− | próxima. Os funcionários por perto, surpresos, viraram-se para ver o que estava acontecendo. |
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− | — Eu não quero me gabar, mas não tenho confiança em minha força. Mesmo que ela seja |
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− | atacada por um maníaco, o melhor que posso fazer é ser espancado. |
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− | |||
− | — Você não está mesmo se gabando, afinal! E se você é homem, você deveria lutar bravamente |
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− | do mesmo jeito, nem que para isso tiver que arriscar seu pescoço! |
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− | — Tenho a impressão de que você seria uma guarda-costas melhor que eu, Mirai-san. |
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− | |||
− | — Idiota! Eu sou uma mocinha delicada, sabia? Também preciso ser protegida. |
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− | |||
− | Eu contraí os ombros exageradamente e dei uma olhada no rosto do resto do pessoal. Eles |
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− | podiam apenas responder ao meu olhar com sorrisos tortos, pois a temiam, mas seus reais |
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− | pensamentos evidentemente eram iguais ao meu. |
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− | — Muito divertido, sem dúvidas. |
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− | — Hum, você está com cara de quem vai reclamar? Nonomiya? |
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− | Mirai-san aproximou-se com um olhar intenso. |
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− | |||
− | — Mirai-san, deixe assim. Se o Nonomiya-kun se recusa tão inflexivelmente, não há a nada que |
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− | se possa fazer a respeito. Farei meu melhor para voltar para casa sozinha… — Tsukimori suspirou |
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− | e caminhou pesadamente em direção à entrada. |
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− | No exato momento antes de fechar a porta: |
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− | — ...Haah... |
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− | Ela soltou um profundo suspiro que ressoou através de toda a sala. |
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− | Todos os olhares se focaram em mim como um só, cada um deles repreensivo. Um amigo |
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− | próximo pode se tornar um inimigo próximo<ref>1 Um amigo próximo...: Em inglês “A close friend can become a close enemy”, provérbio Etiópio. Refere-se a como aqueles que são chegados a você podem mudar de posição facilmente. </ref>, de fato. |
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− | — Acompanhe-a, Nonomiya-kun — disse finalmente o gerente, aliando-se a Tsukimori que nem |
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− | os outros. |
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− | Incentivados por isso, todo o pessoal começou a me criticar. Eu estava sendo atacado por todos |
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− | os lados. Em desvantagem. Fui completamente pintado de “o mau rapaz”. |
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− | — Tudo bem, tudo bem, já entendi! Vou acompanhá-la até em casa, tá bom? — berrei e sai |
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− | daquela desconfortável sala para alcançar Tsukimori. |
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− | Para minha surpresa, esbarrei com ela logo após deixar o café. |
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− | Tsukimori estava encostada em um poste telefônico em frente à loja, esperando sob um poste |
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− | de luz como a rainha da noite. |
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− | — Eu sabia que você viria. |
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− | Ela olhou para mim e sorriu como uma flor desabrochando; me mostrando que minhas ações |
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− | não era mais que o previsto, afinal. |
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− | Olhei para o céu noturno tentando conter minhas emoções ferventes. A lua crescente sorria |
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− | para mim esta noite. |
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− | — Você não joga limpo. |
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− | — O que quer dizer? |
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− | — O que você está planejando? |
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− | — Isso não é legal, tá bom? Como uma garota, eu estou bastante assustada para andar sozinha |
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− | a noite, sabia? |
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− | — Então por que você não pediu para sua mãe vir lhe buscar, ou pediu para outro alguém do |
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− | café acompanhá-la, ou contatou a polícia? |
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− | — Como sempre, você não faz ideia de como o coração de uma garota funciona. Eu queria que |
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− | você me acompanhasse até em casa. |
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− | Ela riu como se cantarolasse e enlaçou seu braço ao meu. “Xampu?” Me perguntei |
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− | silenciosamente quando percebi a doce fragrância de flores dela. |
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− | — Vamos. |
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− | Pelas minhas experiências até agora, aprendi que ninguém consegue escapar facilmente uma |
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− | vez que Tsukimori toma a liderança; mas o fato era que eu, que tinha involuntariamente aceito |
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− | seu comando, certamente não tinha natureza submissa. |
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− | Então, os poucos metros durante os quais meu braço estava pressionado contra seu farto peito |
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− | foram pura humilhação para mim. |
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− | Porém, eu estava perdido, pois, só por um segundo, me passou pela cabeça que mesmo se |
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− | Youko Tsukimori fosse realmente a mulher mais perversa da terra, seu macio busto era inocente. |
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− | — Eu não vou fugir, então, por favor, pare com isso — supliquei-lhe em meio a um suspiro, e |
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− | finalmente ela se afastou. |
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− | — Que pena. Logo quando nós finalmente criamos um clima tão bom. |
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− | Tsukimori estava chateada, mas seus passos continuavam leves. |
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− | Enquanto assistia seu cabelo preto dançar atrás dela, soltei um pesado suspiro. |
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− | Talvez nem seja preciso dizer, mas meus passos estavam pesados. |
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− | Nós pegamos um trem para fora da cidade e passamos por quarto estações enquanto levávamos |
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− | uma boa sacudida. Quando descemos em nossa parada, estávamos em uma zona residencial no |
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− | subúrbio. |
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− | — Eu moro bem ali. Poucos minutos a pé a partir daqui. |
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− | Tsukimori apontou para uma colina. Percebi imediatamente que nós teríamos uma difícil subida, |
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− | reparando todas as ladeiras e escadas que podiam ser vistas daqui. Só aquela visão já me |
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− | desanimou. |
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− | — Não feche a cara assim. Sair comigo quer dizer fazer esse percurso o tempo todo, sabia? |
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− | — Meus pêsames ao seu namorado. |
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− | — Não se preocupe. Você vai se acostumar rapidinho. |
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− | Tsukimori começou a caminhar sem se importar com meu caído estado de espírito. |
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− | — Olhe, as estrelas estão lindas esta noite. — Disse, fazendo pouco do percurso. |
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− | Já que eu não queria dar meia volta depois de ter chegado tão longe, a segui relutante. |
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− | Aquela era uma tranquila área residencial um tanto quanto “refinada”. |
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− | A rua era iluminada em intervalos relativamente curtos, mas ainda estava assustadoramente |
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− | escuro ao nosso redor. Tenho de admitir que o temor que ela apresentara mais cedo poderia |
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− | ser mais que mera atuação. |
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− | Como era de se esperar, eu estava completamente exausto quando nós chegamos ao local. |
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− | Tsukimori, plenamente acostumada, não mostrava nenhum sinal de esforço, o que a fez parecer |
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− | mais irritante que nunca para mim. |
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− | — Aqui estamos — proclamou Tsukimori e parou em frente à entrada. |
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− | Era uma grande construção branca. O termo “mansão” seria mais apropriado. |
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− | Já que seu pai fora o cabeça em uma companhia de design de construção, a casa tinha um estilo |
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− | meio extravagante, construída com tetraedros sistematicamente agrupados, passando uma |
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− | sensação geométrica geral. Eu balançaria a cabeça concordando se alguém tivesse me dito que |
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− | aquela era a casa de um físico. |
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− | Não havia luz alguma acesa lá dentro, então sua mãe, ao que tudo indica, não estava. |
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− | Em quanto eu estava olhado curioso para a casa, Tsukimori puxou a minha manga. |
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− | — Agora que está aqui, não quer entrar? |
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− | Sua proposta era suspeita e notória demais para se duvidar. |
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− | Eu sabia que seria um tragédia se alguém ficasse sabendo dessa visita. Se, no pior dos casos, |
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− | algum dos rapazes da escola soubesse que, ninguém, senão eu, esteve naquela casa a essa hora, |
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− | os rumores que certamente iriam surgir excederiam minha imaginação. Especialmente se |
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− | tratando do Kamogawa... Não queria nem ao menos pensar nisso. |
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− | Até agora eu estava certo de que tudo que ela tinha feito fora para me fazer entrar em sua casa. |
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− | Isso com certeza me traria problemas se seu plano fosse bem-sucedido. |
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− | — Boa ideia. Estou com muita sede; posso entrar para beber algo? |
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− | Apesar de tudo, aceitei sua oferta pois aquela era uma raríssima oportunidade. |
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− | Apesar de ter, de fato, suspenso minhas dúvidas a seu respeito por falta de progresso, não havia |
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− | de forma alguma as abandonado. A suspeita, devido a receita de assassinato, ainda ardia em |
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− | minha mente. |
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− | No começo, achei que poderia progredir ao conviver com ela e aprender mais a seu respeito, |
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− | mas todas minhas tentativas foram infrutíferas. Quanto mais estava em contato com ela, menos |
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− | entendia sua verdadeira natureza. Não fazia ideia de como distinguir entre suas brincadeiras e |
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− | frases sérias. Em outras palavras, ela era escorregadia como uma enguia. |
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− | Daí, cheguei à conclusão que provavelmente seria me aproximar da sua mãe. Pelo que eu vi no |
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− | funeral, ela não era uma pessoa tão complicada como a filha. Assim não seria necessário sondar |
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− | Tsukimori para saber sobre o relacionamento dela com o pai. |
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− | Segui Tsukimori para dentro da casa. Som nenhum era ouvido em seu interior. |
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− | Ao tirar meus sapatos na entrada2 |
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− | , perguntei: |
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− | — A que horas sua mãe volta? |
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− | — Você tem uma queda por mulheres mais velhas? — Brincou Tsukimori com uma risada. |
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− | — Pelo menos mais do que por você — respondi; com uma cara séria para testá-la. |
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− | — Agora isso foi um choque, mesmo se for só uma piada. |
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− | Tsukimori balançou sua cabeça enquanto pegava alguns chinelos para |
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− | Tsukimori desapareceu pelo cômodo vizinho, acendendo as luzes daqui. Metade da bem |
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− | equipada cozinha entrou em minha vista. |
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− | Deixei meu olhar vasculhar a sala. |
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− | Que nem do lado de fora, a residência dos Tsukimoris mostrava-se bem respeitável por dentro: |
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− | Aqui haviam um sofá de couro de um brilho âmbar e uma mesa de vidro com um formato |
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− | estranho que até mesmo um amador poderia perceber que era de marca. Além disso, encontrei |
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− | uma assustadoramente larga TV LCD e um luxuoso equipamento hi-fi. Os rumores eram |
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− | verdades: Eles eram uma família bem próspera. |
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− | Para minha decepção no entanto, não havia nada de especial ali, como um objeto que pudesse |
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− | me dar alguma dica sobre o relacionamento de Tsukimori com seu pai. |
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− | Bem, era natural que nada muito peculiar fosse colocado na sala de estar, onde várias pessoas |
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− | entram e saem. Desafortunadamente, eu também não tinha nenhum pretexto que me |
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− | permitiria dar uma olhada nos outros cômodos. Não pude deixar de pensar que estava |
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− | desperdiçando a rara oportunidade de entrar na casa dela. |
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− | Ainda estava fustigando minha decepção quando Tsukimori voltou com uma bandeja de |
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− | bebidas. |
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− | — Será que está tudo bem com chá preto para você? |
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− | — Perfeitamente. |
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− | Planejei ir embora depois de esvaziar minha xícara. Não adiantava ficar por muito tempo. |
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− | Contudo, Tsukimori aparentemente havia percebido minhas intenções: |
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− | — Sinta-se em casa! Amanhã é sábado, então não precisa ter pressa, certo? |
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− | — Você perdeu o juízo? Eu sou um homem, sabia? |
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− | Como se para descontar nela a minha decepção, minhas palavras saíram um pouco ásperas. |
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− | Percebi que estava sendo bastante egoísta, já que ela não tinha culpa alguma de eu ter criado |
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− | expectativas tão altas. |
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− | — Isso apenas reforça meu argumento! Um garoto nunca deve deixar uma garota angustiada |
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− | para trás sozinha. |
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− | — Mas você está em sua própria casa. |
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− | — Você acredita que maníacos se importam com esse tipo de obstáculo? |
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− | — Como eu deveria saber o que um maníaco pensa? Em primeiro lugar essa história parece um |
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− | pouco estranha. |
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− | — É uma pena. — Tsukimori suspirou levemente. — Você certamente não me deixa fazer as |
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− | coisas do meu jeito, Nonomiya-kun. |
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− | — Esse é o ponto. Você estava me levando na conversa esse tempo todo! — Prontamente |
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− | objetei. Eu era naturalmente incapaz de apenas aceitar que minha oponente, de forma |
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− | precipitada, falasse o que estava constante em minha mente. |
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− | Um segundo depois, ela sussurrou em uma voz alta demais para ser um monólogo: |
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− | — ...Me pergunto se eu deveria mesmo consultar a Mirai-san a respeito do Nonomiya-kun... |
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− | Quase cuspi meu chá preto. |
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− | — ...isso é ruim? |
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− | Eu fitei Tsukimori com olhos hostis. |
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− | — É inevitável. Eu simplesmente queria receber alguns bons conselhos de uma mulher mais |
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− | velha como a Mirai-san. Não há nada de estranho nisso, não é? |
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− | Tsukimori cobriu metade do seu rosto com uma almofada como se isso bloqueasse meu olhar. |
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− | — Consultar a Mirai-san sobre problemas amorosos é como perguntar ao diabo o caminho para |
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− | o céu. |
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− | — Essa foi boa. |
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− | Tsukimori enterrou seu nariz na almofada e riu. |
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− | — Não é nada para se rir. Isso é um assunto sério de vida ou morte! |
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− | Quase peguei uma dor de cabeça só de imaginar uma alegre Mirai-san me provocando. |
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− | Certamente teria que dizer adeus para a minha ocupada e ainda pacífica vida de trabalho, pois |
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− | ela ficaria me perguntando sobre Tsukimori o tempo todo. |
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− | — Eu não me importaria dos nossos colegas do café saberem sobre nós. Não gosto de ter |
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− | segredos. |
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− | — Você não se importaria. |
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− | Tsukimori talvez tivesse se acostumado a ser o centro das atenções, mas eu não. Só o |
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− | pensamento de capturar a atenção de todo mundo me dá arrepios. |
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− | A confortável posição de expectador era a mais apropriada para mim. Todo mundo tem suas |
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− | próprias qualidades. |
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− | — Para ser franca, adoraria tentar te conquistar abertamente. |
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− | — Apesar de tudo, você parece ser boa em por todos ao seu favor, não é? — Disse com uma |
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− | boa dose de sarcasmo. |
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− | — Uma virtude inata minha? — Rebateu Tsukimori sem problemas. |
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− | — Não diga. Você é uma estrategista, uma atriz e, se formos ao fundo disso, é simplesmente |
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− | perversa. É só que todo mundo está sendo enganado por sua bela aparência e não percebe seus |
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− | espinhos mortais." |
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− | — Você me acha bonita? Eu estou nas nuvens agora! |
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− | — Aonde os “espinhos mortais” foram parar? |
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− | — Dar atenção a coisas que não são verdade vai contra os meus princípios. |
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− | Julgando pelo seu aspecto sério, ela não parecia estar nem um pouco brincado. Muito |
||
− | provavelmente ela, na verdade, nem se ofendera. |
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− | Por mais incrível que pareça, eu percebi que uma garota “atraente” como ela pode realmente |
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− | precisar de tais nervos de aço. |
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− | — Você gostaria de outra xícara? — Sorriu Tsukimori, elegante e levemente inclinando sua |
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− | cabeça, com um bule de chá de porcelana em sua mão. |
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− | |||
− | — Por favor. |
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− | |||
− | Estendi a minha xícara de chá para ela, agitando a bandeira branca em minha mente. |
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− | Escolhi por assistir seu esquema maligno mais um pouco. |
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− | Trinta minutos depois. |
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− | — Sua mãe está bem atrasada — dirigi-me a Tsukimori, que estava sentada diante de mim. |
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− | — Sim, ela disse que se atrasaria. |
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− | |||
− | — Quando ela vai voltar então? |
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− | |||
− | — Hm... por volta das dez eu acho. |
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− | — São trinta minutos a partir de agora, hein. |
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− | |||
− | Eu comecei a me sentir desconfortável dividindo o tempo e a sala, só nós dois, mas estava |
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− | disposto a suportar mais meia hora e me recostei de novo no sofá. |
||
− | Tsukimori murmurou: |
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− | |||
− | — Bem, vinte e quarto horas a partir de agora, para ser exata. |
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− | |||
− | Eu travei de repente no sofá e a encarei. Ela estava calmamente folheando uma revista de moda. |
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− | |||
− | — O que isso quer dizer? |
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− | — Ela saiu em uma excursão da companhia e vai voltar amanhã. |
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− | — ...Você me enganou? |
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− | |||
− | Me surpreendi o quão profundo meu tom estava. |
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− | |||
− | — Eu honestamente lhe disse que ela iria se atrasar. |
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− | |||
− | — Como isso é honesto!? Estou indo embora — Declarei, levantando e seguindo em direção à |
||
− | entrada. A maior parte da irritação era comigo mesmo por prontamente morder sua isca. |
||
− | Repentinamente, algo macio envolveu meu braço. Tsukimori havia abraçado ele. |
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− | |||
− | — ...Por favor, não me deixe sozinha. Eu estou com medo! |
||
− | |||
− | Sua atitude suplicante e o macio toque contra meu braço me fizeram vacilar. |
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− | A incomum fragilidade que ela estava me mostrando era mais que o suficiente para ativar meu |
||
− | instinto protetor; mesmo se isso fosse uma ação deliberada dela para me seduzir. |
||
− | |||
− | Mas minha razão resfriou a impressionante realidade e me impediu de tomar a decisão errada. |
||
− | |||
− | — Seu charme não funciona comigo! Além do que, isso não é certo. Eu não aceitei sair com você. |
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− | |||
− | Dois adolescentes sozinhos embaixo do mesmo teto: Um cenário sedutor. Sendo um garoto em |
||
− | sua juventude, eu estava naturalmente interessado no que aconteceria em tal situação, ainda |
||
− | mais se a garota em questão fosse Youko Tsukimori. |
||
− | |||
− | — Eu não me importo se for você. |
||
− | |||
− | Conforme o esperado, ela tentou me cativar com olhos sedutores e palavras carinhosas. |
||
− | |||
− | Tendo conhecido Youko Tsukimori sob quaisquer outras circunstancias, eu não teria chance |
||
− | alguma contra sua sedução. |
||
− | |||
− | — Sinto-me honrado, mas não tenho tais intenções! |
||
− | |||
− | Contudo, diferente do Nonomiya naquele mundo hipotético, o real resistia contra ela. Pois, |
||
− | muito mais que esperando por um desenvolvimento sedutor, eu estava com medo. |
||
− | |||
− | Era a cautela que mantinha minha racionalidade. |
||
− | |||
− | O que Youko Tsukimori planejava? |
||
− | |||
− | Foi quando senti que vi de relance a real intenção por trás de seu pedido para sair com ela. |
||
− | Talvez, Tsukimori não estivesse querendo se livrar de mim, mas sim me manter sob seu |
||
− | controle? |
||
− | |||
− | Ela era bem consciente sobre sua própria atratividade e sabia como usar isso com eficiência. Eu |
||
− | tinha sido capaz de observar esse fato mais que o suficiente nesses últimos tempos. Então talvez |
||
− | ela estivesse tentando me tornar seu fiel fantoche sem valor? Nesse caso ela poderia ter certeza |
||
− | de que eu não vazaria seu segredo, não poderia? |
||
− | |||
− | É claro, supondo que ela já tivesse reparado que eu sabia sobre a receita de assassinato. |
||
− | |||
− | De todo modo, eu tinha que sair dali o mais rápido possível. Mesmo que minhas suposições |
||
− | fossem verdadeiras e confirmadas por Tsukimori lá, era só uma questão de tempo até eu me |
||
− | render a ela. |
||
− | |||
− | Pois suas palavras poderiam ser mentiras, mas sua sedução era real. |
||
− | |||
− | Como as coisas estavam, eu sucumbiria como uma vítima do seu veneno. Tinha certeza que |
||
− | assim que isso acontecesse, o veneno iria, de forma lenta, mas certa, se espalhar e paralisar |
||
− | minha vontade de resistir. |
||
− | |||
− | Eu a afastei e me apressei para a entrada, mas Tsukimori correu atrás de mim no mesmo fôlego. |
||
− | |||
− | Dessa vez ela me agarrou por trás, me refreando. |
||
− | |||
− | Seu calor, sua maciez e sua encantadora fragrância misturaram se em um feitiço que ilude os |
||
− | sentidos e me atacaram por trás. |
||
− | |||
− | — ...Não importa o que você sente por mim… |
||
− | |||
− | Sua suave respiração tocou minha nuca. Eu sabia que tinha que fugir, mas não conseguia mover |
||
− | um músculo. |
||
− | |||
− | — ...Me toque... faça o que quiser comigo... |
||
− | |||
− | Suas encantadoras palavras entraram em minha cabeça através de meus tímpanos e se |
||
− | tornaram paralisantes sinais elétricos por todo o meu corpo. Minhas pernas envenenadas já |
||
− | haviam perdido a força para resistir a uma simples garota do ensino médio. |
||
− | |||
− | <gallery> |
||
− | [[image:Gekkou-122.jpg|(01) primeira imagem do (06) sexto capitulo do (01) primeiro volume da (Gk) série Gekkou]] |
||
− | </gallery> |
||
− | |||
− | Ela gentilmente me empurrou até o sofá, inclinando-se contra mim. A lâmpada por trás de |
||
− | |||
− | Tsukimori criava um contraste místico com seu rosto. Ela repousou a cabeça em meu ombro e |
||
− | colocou as suas leves mãos sobre meu peito; como se fosse para sentir meus batimentos. Sua |
||
− | branca, esbelta nuca estava exposta para mim bem diante do meu queixo. |
||
− | |||
− | Enquanto eu ainda estava sem fala, ela sussurrou ao meu ouvido: |
||
− | |||
− | — Por favor. Eu quero você. |
||
− | |||
− | Isso soou para mim como uma enigmática absolvição de um santo. |
||
− | |||
− | Um segundo depois, ela mordiscou minha nuca indefesa. |
||
− | |||
− | A macia sensação dos seus ternos lábios vermelhos fizeram meu ombros saltarem. Eu nunca |
||
− | havia sentido aquele tipo de impulso antes, era similar a cócegas, mas, ainda assim, diferente. |
||
− | |||
− | Meu corpo estava prestes a perder o controle. Em uma tentativa de afastá-la, deslizei minhas |
||
− | mãos por entre nós e a empurrei em direção ao teto. Relutante em se separar, ela resistiu e |
||
− | torceu o corpo. Minhas mãos opositoras meramente roçaram seus macios seios, acariciando |
||
− | seus lados aveludados e perdendo-se no vazio. |
||
− | |||
− | Naquele momento, Tsukimori proferiu um gemido contido e se contorceu, ainda por cima de |
||
− | mim. |
||
− | |||
− | Foi sensacional. Minha racionalidade foi completamente pelos ares com a reação |
||
− | inesperadamente sensível dela. |
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− | |||
− | Deixando meus instintos assumirem, inverti as posições e fiquei montado sobre ela. Coloquei |
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− | uma mão na nuca branca de seu pescoço e tracei seus exuberantes lábios vermelhos com meus |
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− | dedos. Inalei seu intenso perfume floral, beijei sua clavícula e pus meu joelho entre suas coxas. |
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− | Ela reagiu primorosamente a cada uma de minhas ações. Eu estava ciente que o sangue |
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− | circulando em minhas veias estava extasiado de prazer. |
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− | Agora, Youko Tsukimori estava sob meu controle. |
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− | Aquele sentimento de euforia foi muito além do normal. Até eu, o frio pensador a princípio, teria |
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− | amado gritar como meus sentidos mandavam. |
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− | Enquanto freneticamente suprimia o desejo de correr, eu continuava acariciando Tsukimori. |
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− | Queria sentir aquele prazer o máximo possível. |
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− | Contudo, fui repentinamente golpeado por um choque que fez meu coração errar o passo. |
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− | Percebi uma reação incomum nela. |
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− | — ...Você está tremendo. |
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− | Tsukimori piscou algumas vezes com seus olhos, que no entusiasmo, haviam perdido o foco. |
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− | — ...Estou? — Ela perguntou com gentis movimentos labiais, sua voz cheia de paixão. |
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− | Ela não tinha percebido por si só, mas estava tremendo muito. |
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− | Sentimentos de culpa que eu havia posto de lado enquanto minha racionalidade havia ido pela |
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− | janela de repente caíram em mim como água. |
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− | — ...Nós realmente não deveríamos estar fazendo isso. Vamos parar. — Declarei enquanto |
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− | erguia me corpo. |
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− | O "tremor" de Tsukimori para mim parecia "rejeição". |
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− | Certamente não parei por que sou uma boa pessoa, mas, por outro lado, também não gosto de |
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− | subjugar garotas contra sua vontade para minha própria satisfação. |
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− | Eu estava assustado, simples assim. Assustado de assumir um pecado contra ela que não poderia |
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− | ser reparado. |
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− | Ela ainda estava deitada no sofá, olhando para mim com olhos confusos. Através de seu |
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− | amarrotado uniforme, pude ver sua saliente pele branca como a neve. Desviei o olhar |
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− | automaticamente. |
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− | — Por quê? Eu não disse que está tudo bem? |
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− | — Mas você está tremendo. |
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− | — É de excitação! |
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− | — Eu não acho que seja. |
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− | — É sim! |
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− | No momento seguinte, Tsukimori disse algo em que não pude acreditar. |
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− | — É minha primeira vez, afinal! |
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− | — Então não consigo evitar — adicionou. |
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− | Sem palavras. |
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− | Larguei-a e levantei como se recuasse. |
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− | — Que?! — gritei, canalizando toda minha perplexidade em uma palavra. Essa era a única coisa |
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− | que eu podia fazer. |
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− | — Todo mundo tem uma primeira vez — replicou Tsukimori com femininos olhos puros. |
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− | — Mas você não age como se fosse! |
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− | — É diferente para cada um. |
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− | — ...faça do jeito que quiser, isso é problema seu. Mas dessa vez seria eu que teria sido o seu |
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− | parceiro, entendeu? |
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− | — Sim, você está certo, não sei se serei capaz de satisfazê-lo, já que é minha primeira vez... — |
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− | preocupou-se. |
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− | Ela tinha que estar brincando. |
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− | — Ah, mas eu estou confiante de que desenvolverei excelentes habilidades o quanto mais vezes |
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− | fizermos. Você sabe que eu aprendo rápido, né? Seja na escola ou no trabalho. |
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− | Porem, Tsukimori parecia completamente séria. |
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− | — Esse não é o problema! |
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− | Quando foi a última vez que fiquei tão agitado? Não conseguia lembrar. Muito obrigado por essa |
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− | valiosa experiência, Tsukimori. |
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− | — Porque você é sempre tão... tão imprudente?! |
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− | — Eu mesma me surpreendo. |
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− | — Não aja tão indiferente! |
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− | — Alguém uma vez disse que garotas apaixonadas eram invencíveis; isso pode ser mais verdade |
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− | do que pensei. Afinal de contas, eu me sinto capaz de fazer qualquer coisa agora. — Balançou |
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− | sua cabeça em acordo. |
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− | — Por favor, não pense só em si mesma... — suspirei profundamente — Em primeiro lugar, o |
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− | que aconteceu com os rumores sobre você? Você não saiu com vários garotos até agora? |
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− | Não era como se eu acreditasse nela cegamente. |
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− | Uma garota como Tsukimori devia ter tido incontáveis oportunidades de perder “aquilo” em sua |
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− | vida. Ela não estaria apenas brincando comigo? |
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− | — ...Eu não quero te contar. — Ela desviou o olhar para o lado. |
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− | — Você não pode me dizer isso depois de ter me arrastado para cá desse jeito, pode? Eu tenho |
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− | o direito de saber. |
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− | — Não me importo. |
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− | — Não haja como uma criancinha. |
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− | — Aposto que você me vê como uma espécie de vadia! |
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− | Tsukimori franziu os lábios. |
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− | Ela agora soava estranha, como uma menininha precoce. Aonde foi parar a encantadora garota |
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− | que me seduzira? |
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− | — Tudo bem! Eu não vou perguntar mais nada se você não quer me contar. |
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− | Pensei que era inútil interrogá-la nesse estado tão cabeça-dura. |
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− | — ...Você realmente quer que eu te conte? |
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− | — ...Mas o que é isso agora?! |
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− | Deus do céu. Como sempre ela era difícil de se entender. |
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− | Tsukimori respirou bem fundo e levantou seu espírito. |
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− | — Vou ser franca. Eu já sai com vários garotos antes. |
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− | — Como eu pensava. |
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− | — Ei, isso não é legal, você sabe. Deixe-me lhe assegurar: Eu posso ter saído com vários garotos, |
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− | mas nenhuma vez eu me entreguei a algum deles. Não deixei nem ao menos me tocarem como |
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− | você tocou. Sinceramente. |
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− | — Você quer que eu acredite nisso? |
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− | — Todos eram pessoas boas e gentis e realmente me amavam. |
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− | — ...Bom pra você... |
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− | — Mas sempre faltava algo. De alguma forma eu sabia que nenhum deles era minha alma |
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− | gêmea. — Ela me contava com olhar levemente cabisbaixo, afundado em lembranças. |
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− | — Então por que eu? |
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− | — Porque você parecia diferente dos outros! No começo era apenas uma intuição infundada, é |
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− | claro. De início queria sair com você sem pensar muito nisso, como eu costumava fazer com os |
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− | outros garotos, pois conseguir alguém para sair comigo é simples. |
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− | — Isto certamente não parece com algo que uma pessoa da minha idade diria. Vamos lá, qual é |
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− | a sua idade mesmo? |
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− | Tsukimori pareceu achar minha apática atitude engraçada. Ela riu com grande divertimento. |
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− | — Mas eu nunca teria sonhado que você me rejeitaria. |
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− | — Desculpe por não corresponder a suas expectativas. |
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− | — Não, pelo contrário! Graças a isso, ganhei uma repentina explosão de entusiasmo. Então o |
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− | resultado foi sem dúvidas, bom! |
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− | — ...É assim que a vida continua, eu acho. Nunca do jeito que você quer que seja. |
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− | A triunfante empolgação de Tsukimori havia tido o efeito oposto no meu humor. Ela me fez |
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− | lembrar de que tudo que eu fiz com ela sempre acabava me frustrando. |
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− | — De fato... Me pergunto porque as coisas na vida nunca funcionam do jeito que se quer. |
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− | Dessa vez era eu que não podia deixar de rir, vendo ela dizer aquilo com uma expressão solene. |
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− | — Se você de todas as pessoas não consegue fazer do seu jeito, nós, gente comum, estamos |
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− | ferrados. |
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− | As preocupações de alguém que tinha tudo pareciam incrivelmente ridículas para mim. |
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− | — Você está só me superestimando completamente, na verdade. |
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− | — Mas você merece ser superestimada, olhando de um ponto de vista neutro. |
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− | — Por que eu não consigo fazê-lo meu, então? |
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− | Ela olhou em meus olhos como se fosse para espiar dentro do meu coração. |
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− | — ...Quem sabe? É um mistério até para mim — respondi vagamente, olhando para longe. Por |
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− | motivos óbvios eu não poderia jamais dizer que era por causa da receita de assassinato que |
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− | estava em minha mente. |
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− | — Malvado. |
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− | — Me chame do que quiser. |
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− | — Mas eu gosto de você de qualquer jeito, Nonomiya-kun, mesmo se você for cruel e mau |
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− | comigo. — Riu Tsukimori enquanto roçava seus cabelos. Foi uma atitude linda. — Como posso |
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− | explicar…? É simplesmente tão agradável conversar com você. |
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− | Ela escolheu cuidadosamente suas palavras, o que me fez perceber que estava tentando seu |
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− | máximo para descrever seus sentimentos com precisão. |
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− | — Você pode dizer que nós estamos… tentando superar um ao outro? Nossas conversas são tão |
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− | excitantes e divertidas para mim por que são imprevisíveis. Eu apenas não consigo falar o |
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− | suficiente com você. |
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− | Suas palavras me calaram e me fizeram olhar pra ela. Eu estava impressionado pela surpresa de |
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− | que pensava o mesmo que eu. |
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− | Simpatia forte pode transformar-se ridiculamente fácil em um sentimento de proximidade. |
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− | Na verdade, naquele exato instante, Youko Tsukimori tornou-se uma garota especial para mim. |
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− | — Quando imaginei quão estimulante todos os dias seriam se eu saísse com você, percebi que |
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− | você devia ser minha alma gêmea. Então eu realmente não preciso hesitar. Você é o único que |
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− | considero destinado para mim; Eu queria ter minha primeira vez com você. |
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− | |||
− | Para piorar as coisas, parecia ainda mais atraente agora que eu estava ciente sobre ela. Eu já |
||
− | tinha ouvido que o subconsciente incorpora uma função que aplica um filtro ao cérebro que te |
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− | faz interpretar as coisas ao seu favor. |
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− | — Não sabia que eu era tão marcante. |
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− | |||
− | — E tomara que eu não descubra que você fale demais. |
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− | |||
− | Dei os ombros intensivamente para isso. É claro, eu não estava nada calmo. Era totalmente o |
||
− | contrário: estava perturbado. Poder-se-ia dizer que era difícil lidar com aquela mudança radical |
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− | nos meus sentimentos. |
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− | |||
− | Até agora, eu tinha me contido diante de qualquer situação obstinadamente, com todos os |
||
− | esforços, para conseguir resistir a Tsukimori e sua atordoante presença. De outro modo teria |
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− | caído vítima do seu charme como qualquer outro. |
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− | |||
− | Porém, agora que meu subconsciente havia se misturado com a razão, eu não conseguia mais |
||
− | ficar calmo. Meus instintos despertos diziam-me para saborear aquela indefesa fruta diante dos |
||
− | meus olhos. |
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− | |||
− | — Vou embora. |
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− | |||
− | Dessa vez eu realmente tinha que ir ou acabaria me odiando depois. |
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− | — Não quer checar? |
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− | Ouvi a voz de Tsukimori atrás de mim quando me dirigi à porta da sala de estar |
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− | — Checar o que? |
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− | — …Se essa realmente será minha primeira vez ou não. |
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− | |||
− | Senti o desejo de me virar, mas escolhi permanecer na rota. |
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− | |||
− | Ela certamente iria me mostrar um sorriso diabólico que muito se adequaria aos meus gostos e |
||
− | destruiria minha recém obtida determinação. |
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− | |||
− | — Por favor, esqueça o que aconteceu hoje. Eu não estava em mim. |
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− | |||
− | — Não quero — declarou. |
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− | — É de interesse de nós dois. |
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− | |||
− | — É uma valiosa memória da “alma gêmea” que finalmente encontrei. |
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− | |||
− | — Estou surpreso de que você consiga usar essa frase de forma tão descuidada. Diga isso de |
||
− | novo daqui a dez anos. |
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− | |||
− | — Eu não estou a usando à toa. Você não sabe que toda garota procura por sua “alma gêmea” |
||
− | desde o momento em que nasceu? |
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− | — Bem, minhas considerações por todo esse problema. |
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− | |||
− | Com essa jogada de despedida, abri a porta. Naquele instante ouvi passos correndo em minha |
||
− | direção ressoarem pelo carpete. |
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− | |||
− | — Você vai mesmo me deixar? |
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− | |||
− | ...Não adianta usar palavras tão solitárias. |
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− | — |
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− | É claro. |
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− | — Mesmo eu querendo tanto que fique? |
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− | |||
− | ...Não adianta usar palavras tão suplicantes. |
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− | |||
− | — Bem, eu quero ir pra casa o mais rápido possível. |
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− | |||
− | — Você realmente é difícil de lidar, Nonomiya-kun — disse, suspirando. |
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− | |||
− | Espontaneamente me virei e encarei ela. |
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− | |||
− | — Você é a última pessoa de quem eu quero ouvir isso! |
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− | Tsukimori riu cordialmente ao ver minha atitude relutante. |
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− | |||
− | ...Por favor, me deixe ir agora. |
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− | |||
− | — Adeus. |
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− | |||
− | — A gente se vê. |
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− | |||
− | Mesmo intencionalmente andando pesado para expressar meu mau humor, por acaso acabei |
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− | vislumbrando sua triste e frágil despedida. Seria uma mentira dizer que eu não senti nada |
||
− | enquanto fechava a porta da frente. |
Latest revision as of 17:19, 5 September 2020
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