Gekkou:Volume 1 Viver

From Baka-Tsuki
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[Viver]

(40% completo)

A primeira aula era inglês, mas não lembrei de nada da aula. Eu estava pensando sobre o acidente do pai da Tsukimori.

Também pensei em entrar em sites de noticias pelo celular – escondido do professor, claro – mas decidi não fazer porque eu era conhecido como um aluno comportado. Fiquei dizendo pra mim mesmo que era melhor deixar o melhor pro final e ficaria horas sofrendo desse jeito.

No exato momento que a aula terminou, corri para fora da sala, empolgado por detalhes do acidente fui para a biblioteca.

Era para estar no jornal, pois era um acidente e devia ter um artigo sobre isso.

Como o esperado tinha um artigo sobre o acidente. Estava um pouco desapontado quando comecei a ler; tinha um artigo mas era curto e escrito no canto do jornal local.

Mas, quando comecei a ler, meu batimento acelerou. No texto achei algumas das palavras-chaves que estava procurando.

“...no caminho de casa na serra...” “...uma curva perigosa com pouca visibilidade...” “...houve acidentes antes...” “...velocidade alta devido a ladeira...”

Tem varias passagens no texto que lembram “A Receita de Assassinato, Simulado Acidente de Trafico” como notados na receita. Não podia fazer nada a não ser ficar excitado pensando “Youko Tsukimori executou seu plano de assassinato”.

... e também, não podia deixar de sentir calafrio ao considerar o acidente com esse pensamento na cabeça.

O importante era os fatos não escritos.

O artigo não seria pequeno se a policia considerasse a possibilidade de um assassinato. Similarmente, eu não chegaria ao colégio sem saber.

Será que eu interpretei algo fatal errado?

O plano parecia infantil, como um truque incerto que depende de múltiplos aspectos ocasionais.

Mas talvez ela executou esse plano por causa dessas falhas?

Quem pensaria a existência de um plano tão desajeitado?

Quem ia ver chances de um assassinato em algo que parecia um acidente de trafico?

E os fatos mostravam: a policia estava convencida de que era um acidente. O esmo aplicava para todos da sala; todos consideravam Tsukimori como uma pobre garota que perdeu seu pai num acidente.

Aposto que até a própria pessoa que foi morta não sonharia que ela foi assassinada.

E eu se não tivesse encontrado a receita.

Provavelmente não seria um problema se o plano falhasse. Era baseado em sorte mesmo; se olhar somente para as probabilidades, era muito improvável dar certo.

Mas exatamente esse era o aspecto da receita de assassinato.

Tinham vários planos escritos e todos dependiam de circunstâncias externas. Então ela estava pensando que os planos iam falhar desde o começo?

O alvo da Tsukimori era seu pai – alguém que sempre esteve perto dela e, deu a ela varias oportunidades para matar ele. Talvez até seja uma expressão grosseira, mas podia dizer que “até mesmo um mau tiro pode acertar o alvo se tiver tentativas suficientes”.

Tsukimori certamente não pretendia matar o mais rápido possível. Ela sim plesmente queria ele morto mais cedo ou tarde. Eu acho que ela se sentia desse jeito.

Mas, ela não queria ser presa.

Notei na primeira vez que li a receita, que o plano não era feito para matar, mas para viver normalmente depois de executar o plano.

Nesse caso o resultado se torna evidente. Tsukimori fez –

- o assassinato perfeito.

Não podia deixar de pensar sobre isso.

Claro, que isso era somente produção da minha mente e muito sem base para considerá-lo verdade.

Eu não sabia mais dela do que os meus colegas. Quando o assunto era ela, Kamogawa sabia muito mais que eu. Esses pensamentos era meramente uma extensão para o meu usual “imagine e resolva” passatempo e não algo como “resolver o caso”.

Mas, por alguma razão não podia chamar o meu pensamento de uma podre ilusão e faze-lo sair da minha mente.

O consultivo depois das aulas era sobre o falecimento do pai da Tsukimori.

“Eu acho que todos sabem sobre o falecimento do pai da Tsukimori. Um funeral era realizado amanhã, que eu vou comparecer. Então, a quinta aula, biologia, será auto-estudo.”

Quando a palavra “auto-estudo” saiu da boca do professor Ukai, uma onda de alegria atravessou os meus colegas.

“Ei, isso é chamado ‘insensibilidade’, vocês sabem? Enfatizem um pouco com Tsukimori que acabou de perder um de seus parentes!” Ukai nos repreendeu – não com um tom forte, mas a sala ficou em silencio. Era um silencio pesado.

Aparentemente suspeitou com a inesperada atitude dos alunos, ele encerrou a assunto.

“Alem disso, os oficias da sala são exigidos para ir no funeral como representantes da sala. Estou contando com vocês. Okay, a aula terminou.”

Quando Ukai ia terminar: “Professor!” Usami levantou a mão, “A oficial feminina é a própria Youko.”

“Ah, esta certa. Então, Usami, pode pedir para você?”

“Sim.”

“O outro era você, Nonomiya, certo? Espero você estar lá.”

“Sim.”

Acenei calmamente e secretamente sorri.

Era exatamente como eu queria. Eu nunca tinha sonhado que eu ia num funeral oficial como esse.

Atualmente, depois de ler o artigo na biblioteca, pensei em como eu podia ir no funeral, porque queria ganhar mais informações sobre Tsukimori. Enquanto eu percebi que as cerimônias seriam fora de alcance, pensei pelo menos ir ao funeral.

“Só vocês dois?! Isso não é justo.”

Depois de ter certeza que Ukai saiu, Kamogawa com uma careta e olhou alternadamente entre a Usami e eu.

“Quem foi o irresponsável que me propôs para ser um oficial da sala no começo do semestre?”

Só dessa vez eu estava agradecido pela irresponsável personalidade dele.

“Vai saber? Sou um homem que não olha para trás.”

“É uma honra!!”

Eu só podia sorrir ironicamente para a resposta arrogante do Kamogawa.

“Kamogawa, seu burro! Você não escutou o professor Ukai? Você esta sendo insensível...,” a Usami séria e aborrecida percebendo a atitude passiva dele.


“Isso é um mal-entendido, Usami. Eu simplesmente estou preocupado com uma colega que perdeu uma pessoa querida, sabe?” Kamogawa falou com uma expressão mansa.

“Isso é mentira. É obvio que você quer encontrar com ela por causa dos seus motivos ocultos!” Clamou Usami.

“Não, idiota! Eu nunca teria certas intenções! Eu só quero acalmar a Tsukimori nesses tempos difíceis,” ele opôs instantaneamente, “Bem, é claro que eu não seria contrario caso ela se apaixonasse por mim no processo, heh!”

“Você realmente é burro, Kamogawa!”

Usami parecia completamente perplexa. O mesmo aqui.

“Kamogawa, anime seus ouvidos: isso é o que chamamos motivos ocultos.”

“Ahaa, entendo! Você nunca para de aprender, certo?”

Kamogawa esquivou do meu comentário fingindo ser ignorante.

Não tem cura para o Kamogawa.

“...Eu espero que você não tenha um certo motivo, Nonomiya?”

Ela percebeu que o Kamogawa estava sem esperanças e me fez seu novo alvo.

“É claro que não. Eu estou na cerimônia do funeral porque seu oficial de sala e não porque eu queria ir,” fiz sorriso impotente. “Também, não gosto do clima triste no funeral. Para ser honesto, eu preferia não ir.”

“Certo? Eu sabia que você não era que nem o Kamogawa!”

Usami fez um sorriso brilhante como se ela mesma foi elogiada.

“Sua atitude para mim e o Nonomiya é muito diferente! Eu sinto discriminação! Se eu estivesse na América, ia levar você para o tribunal agora mesmo.”

“Mas você é japonês da cabeça aos pés. E é a diferença dos seus comportamentos diários que distinguem você do Nonomiya. Culpe você mesmo?”

Com uma natureza completamente diferente, eu também tinha certos motivos. Para falar a verdade, eu gostava de funerais. Especialmente porque podia observar todos os tipos de humanos.

Eu estava ansioso para o funeral com o mesmo sentimento de ir no show do meu artista favorito.