Owarimonogatari: Volume 3 ~Brazilian Portuguese~/Escuridão Ougi/012

From Baka-Tsuki
Jump to navigation Jump to search

Você sou eu.

Oshino Ougi... é Araragi Koyomi.

No momento em que eu disse isso...

No momento em que eu proclamei isso... 'aquilo' apareceu.

"Aquilo" que eu lembro de ter visto antes - embora na verdade seja difícil de dizer se eu realmente posso ver. Tudo que há é uma pura escuridão, um vazio que suga tudo ao redor, completa falta de luz, e escuridão - nada além de escuridão.

Escuridão.

"Nada" está diante de nós agora.

Vazio e malicioso.

E ainda assim, uma escuridão tão intensa que dificilmente poderia ser descrita com "espaço vazio".

A mais escura escuridão - o bastante para apagar todos os erros do mundo.

Escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro, escuro.

Um escuro... que devora o anormal.

"Nossa, essa foi rápida. A estrela já faz a sua aparição, hum? É por causa da magnitude da mentira que eu contei, ou dos pecados que cometi, eu me pergunto?"

Lembrou-me de minhas aventuras há um tempo atrás, e fiquei sem palavras, pego por flashbacks; em contraste a mim, Ougi-chan está calma e quieta.

Há até mesmo um leve sorriso em seu rosto.

É claro, eu sabia que isso aconteceria.

Disseram-me.

É tudo parte do plano de Gaen-san que eu revelasse a verdadeira forma de Oshino Ougi - ou colocando de outra forma, se eu revelasse meu próprio engano, a Escuridão apareceria para engoli-la.

E então, eu pensei que estivesse pronto para isso - mas a Escuridão com a qual eu me encontrei cara-a-cara pela segunda vez pareceu com mais imediatismo que o necessário para me deixar atônito.

"E pensar que eu tentei fazer parte de algo tão formidável... sério, deve haver algo de errado comigo. Eu pensei que eu estivesse operando com mais critério que a coisa real... mas eu percebo que não cheguei nem perto. Eu nem sequer era uma imitação fraca. Eu suponho, que desde o começo, era bem irrealista almejar ser mais autoritária que as regras do mundo - não importa se eu disse ser as leis do universo ou o que for. Ainda assim, eu esperava alcançar o nível de matéria escura, pelo menos..."

Eu estou no meu limite, incapaz de tirar os olhos da Escuridão tão esmagadora que distorce o senso de perspectiva da sala, mas Ougi-chan facilmente afasta o olhar para me encarar e começa uma conversa.

Através da compostura dela, implícita...

Que dureza, mesmo num momento assim, ela está criticando minha própria fraqueza.

"Não se preocupe, Araragi-senpai. Eu não vou correr nem me esconder; afinal, eu sou uma leitora ávida de histórias de mistério. Eu acredito que não há nada mais feio que um covarde e desgraçado culpado. E se eu puder adicionar isso, eu sou uma leitora antiquada que acredita que um mistério deva acabar com o suicídio do culpado."

"..."

"Oh, mas isso não quer dizer que eu não estou preocupada, se quer saber. Se o culpado continuar complacente mesmo depois de ter a verdade jogada na sua cara, isso seria um pouco sem graça, ou melhor dizendo, é simplesmente irritante. Sabendo que estou prestes a ser aniquilada, eustou tremendo por dentro. Mmm, eu serei destruída pela colisão de matéria e antimatéria - pura aniquilação, com for. Eu estou apenas me fingindo de durona e tentando parecer maneira porque você está aqui, Araragi-senpai. Oh, pobre de mim, imagino como é, a aniquilação? É algo melhor que o Inferno, pelo menos?"

Haha, ri Ougi-chan.

Em contraste comigo, que estou quase de pé, ela não tenta se levantar da cadeira.

"Suicídio..."

Eu perguntei a Ougi-chan, com uma voz que, de fato, está tremendo.

"Mas você sabia que isso aconteceria, não é? Se você é mesmo eu... você deveria saber que eu estaria aqui esperando por você, e que eu vi através de quem você realmente é. Então por que veio até aqui apesar de tudo? Você não poderia ter abandonado o 'criticismo' sobre a Tsukihi e apenas fugir para algum lugar?"

Fugir? Pra onde eu iria? Mesmo sabendo que é inútil, eu faço o que tiver que fazer. Eu disse antes, não é? Eu posso ter deixado algumas coisas inacabadas, mas eu não tenho nada do que me arrepender. Nesse sentido, isso realmente é um suicídio." Ougi-chan disse com um sorriso. "Há momentos em que alguém deve lutar, mesmo que seja uma batalha perdida. Nós dois não vamos concordar nisso, é claro... mas se eu puder dizer quais são, para todos os efeitos, minhas últimas palavras, eu acredito que eu fiz um bom trabalho retificando a sua vida. De uma maneira boa, eu quero dizer. Oh, mas foram apenas seis meses, e apenas uma revisão nesses seis meses, então talvez seja exagero chamar de sua vida. Nesse caso, deixe-me mudar isso para sua 'juventude'. Mesmo se eu não tiver feito sua juventude melhor, eu acredito que a fiz mais justa."

"Se é isso que você chama de justiça... eu não preciso de justiça. Quantas pessoas você acha que colocou em problemas?"

Eu tinha a resolução de não repreendê-la por nada - afinal, que a fez provocar tudo isso não foi ninguém menos que eu.

No entanto, as palavras saíram da minha boca.

Eu critiquei meu próprio criticismo.

Deixando de lado que a Escuridão, pronta para engolfar tudo, está diante de nós. Deixando de lado o fato de que a não-existência existe agora ao nosso alcance.

Deixando de lado o fato que apenas dez segundos restam da minha conversa com Ougi-chan.

"Sejougahara, Kanbaru, Sengoku, Hanekawa, Shinobu, Oshino, Ksgenui-san, Ononoki-chan... até mesmo Kaiki - quantos problemas você acha que causou a todos eles? O quanto você acha que machucou cada um deles, sem exceções?"

"Se eu machuquei qualquer um deles, foi porque mereciam. Não é sobre o que eu fiz ou não. Você sabe no fundo, não é? Coisas como problemas, dor e infortúnios não são sempre preto-no-branco. E quanto mais complicadas forem as coisas, mais difícil é de fazer a distinção."

"... A justiça é preto-no-branco, então? Está dizendo que você pode pode fazer a distinção entre o que é certo e errado?"

"Claro que não; isso é impossível. É por isso que eu me juntei a você para lidar com tudo que entrasse em nosso caminho. Mesmo se não pudermos determinar o que é certo, nós podemos determinar qual de nós está certo, não podemos?"

"..."

"Quando se tratou de Oikura Sodachi, eu estava errada. Quando se tratou de Sengoku Nadeko, eu estava certa. Quando se tratou de Teori Tadatsuru, eu suponho que podemos considerar um empate. Eu sabia que Teori Tadatsuru e Gaen Izuko estavam conectados, mas eu pensei que poderia ao menos vencer a batalha, se não a guerra... eu não causei um grande rompimento entre você e Ononoki Yotsugi como esperava também."

Batalha.

Essa é a palavra que Ougi-chan utilizou.

Entendo... então meu confronto com ela começou no momento que nos encontramos. Tenho certeza que isso não se limita as batalhas que ela citou, também; toda conversa que tivemos foi como um duelo.

Não para determinar o que é certo.

Mas para testar quem estava certo.

Essa era a versão dela de 'justiça'... pra ser honesto, é mais próximo da justiça verdadeira que da justiça alcançada corrigindo erros - no entanto.

"Então como ficou a pontuação final? No fim das contas, quem estava certo? Eu ou você?"

"Eu estou prestes a ser extinta, então suponho que isso significa que você estava certo. Parabéns, Araragi-senpai."

E então.

Finalmente Ougi-chan se levantou da cadeira.

"Tudo que você fez até agora não foi um erro."

Você estava certo.

Ouvir isso... no entanto, não me faz sentir melhor.

Pelo contrário, foi como colocar sal na ferida.

É como se você estivesse tentando escapar se recusando a ser feliz - quem me disse isso tão duramente foi Ononoki-chan. É como se você estivesse implorando por simpatia para evitar ser criticado - se foi essa atitude minha que criou a garota que saiu por aí criando essa confusão, então eu ainda cometi um grande erro.

Talvez, no entanto, não seja justo dizer que ela causou uma 'confusão' - talvez não esteja correto. Ela estava trabalhando para subjugar essa cidade da própria maneira.

No sentido que ela queria colocar um novo deus no templo Kita-Shirahebi, ela não é diferente de Gaen-san. Consistente com o modo como ela me repreendeu por ver apenas o que estava na minha frente, Ougi-chan olhou para as coisas de uma perspectiva mais ampla.

Se ela estiva sempre lá para corrigir meus erros, eu realmente deveria agradecê-la, pelo menos - no entanto, eu não posso fazer isso.

Mesmo se isso for um adeus.

Mesmo se nós nunca nos virmos novamente.

Eu nunca devo agradecê-la. Araragi Koyomi e Oshino Ougi só podem existir opostamente um ao outro, só podem existir criticando um ao outro.

É apenas nos negando que podemos afirmar nossa existência.

E essa existência... está prestes a se extinguir.

Vais desaparecer - com redenção.

A pseudo-Escuridão... será engolida pela Escuridão.

"Mmm, esse é o fim da sua juventude. Ou o fim dessa história, talvez. Qual é, não é grande coisa. Não é o fim da sua vida, e certamente não é o fim do mundo. Uma pequena parte da sua história chegou ao fim. É só isso - não é nem o capítulo final. Estou feliz que pude desaparecer antes da sua graduação."

No fim, ela disse algo que eu não entendi completamente - e então abaixou sua cabeça em uma rápida reverência.

"Você fez bem. Adeus, Araragi-senpai."

"Adeus, Ougi-chan."

E então. Oshino Ougi...

Oshino Ougi, que se apresentou como caloura de Kanbaru Suruga; que sacudiu a a segunda metade do meu ano de veterano tanto quanto pôde; quem rondou a cidade manipulando tudo, quem colocou todo aquele presságio nas entrelinhas; quem arratou assuntos que estavam acabados; quem demandou cuidado e redenção, auto-punição e silêncio; quem não temia a oposição e não tinha medo do conflito; quem, como se para zombar dos assuntos mal-resolvidos, nunca deixava nada escapar; quem não deixava ninguém escapar.

Oshino Ougi, quem sempre aparecia onde quer que eu estivesse, quase como uma sombra - que estava em todo lugar.

A garota que eu poderia ver sempre que quisesse, Oshino Ougi, tendo sua verdadeira natureza revelada, pelo crime de falsificar sua identidade, da mesma forma que vários tipos de enganação que ela julgou e condenou, ainda assim como se nunca tivesse existido, será engolida por aquilo que é como a não-existência, a verdadeira Escuridão - e será aniquilada sem deixar rastros.

Sua justiça e meus erros...

Meus erros e sua justiça... aniquilarão um ao outro. Aniquilação dupla.

Eles desaparecerão... deixando de existir.

Tudo que ela fez acaba aqui.

Então me permita dizer mais uma vez. Eu nunca a agradeceria sob quaisquer circunstâncias, mas pelo menos, me permita me despedir e dizer tchau para 'mim'.

Adeus, Oshino Ougi.

Adeus, minha juventude -

"... Esquece, eu não posso fazer isso!"

E pulei para frente.

Embora estivesse incapaz de me mover momentos atrás, eu forcei meu corpo humano a agir, pulando da cadeira com minha pernas humanas, colocando meu peso para funcionar como um humano, correndo como um humano - basicamente, como um humano, assim como eu sou...

Eu pulei em cima de Oshino Ougi e a empurrei para o chão.

Tentando desviar da Escuridão, que se moveu a apenas alguns centímetros dela, eu derrubei uma colegial no chão de um prédio abandonado. A Escuridão, embora seja difícil de dizer se está realmente se movendo ou não, passou sobre minha cabeça.

Eu... salvei Oshin Ougi.

"A... Araragi-senpai?! O-o que você...?"

Pela primeira vez...

Pela primeira vez nessa conversa... Ougi-chan deixou sair uma voz assustada. Não, pensando bem, essa pode ser a primeira vez que eu a vi ralmente desconcertada.

"No que você está pensando...?!"

Não.

Talvez ela esteja brava.

No entanto, eu não posso responder essa raiva dela - esse criticismo dela. Não porque eu não posso colocar meus sentimentos em palavras, nem nada do tipo.

A dor é tão intensa que eu perdi minha voz.

"... Ugh!"

Embora eu tenha tentado desviar da Escuridão agora a pouco, eu não consegui totalmente - meu braço direito foi atingido por pouco.

Nesse ínfimo contato, foi totalmente arrancado. Tudo, desde a parte de cima do meu braço foi aniquilado, como se nunca tivesse existido.

O sangue não parava de jorrar.

E é claro, não regenerou.

Agora, eu sou humano. De verdade.

Uma dor desse nível não é muito pior do que qualquer coisa que eu tenha experienciado como vampiro, então não é nada que eu não devesse ter força para tolerar - no entanto, a sensação de perda não é nada como eu já tenha sentido.

Parece que parte do meu corpo foi tirada de mim - embora seja exatamente isso que aconteceu, então eu suponho que não sirva como metáfora.

"Você se atreveria a tentar salvar alguém como eu, mesmo não sendo mais imortal...?"

A indignação de Ougi-chan não tinha limites.

Da posição dela debaixo de mim, ela me encara com aquele olhos negros.

"É... é quem você é, então? Se for pelo bem de alguém, você simplesmente jogaria sua vida fora como se não fosse nada? Você salva até mesmo alguém como eu, que sempre criticou você, que apenas condenou você? Qual o sentido de morrer aqui? O que vai acontecer se você morrer aqui? Qual o sentido em me salvar...? É como eu pensava. Você está errado. Tudo sobre você está errado. Você é o pior tipo de..."

"Eu não..."

Minha consciência está indo e voltando por causa da perda de sangue, mas mal conseguindo suportar sua lição de moral, eu a interrompi e falei.

"Eu não salvei alguém. Agora, eu 'me' salvei."

Gaen-chan calculou errado a situação.

Ela que sabe de tudo cometeu um grande erro.

Duro com os outros e comigo mesmo?

Esse não sou eu.

Eu estive me sacrificando, me criticando e me punindo.

Eu sempre joguei minha vida fora pelos outros - e agora, pela primeira vez, por mim...

Egoisticamente...

Eu me salvei.

Sem consideração pelas circunstâncias alheias, sem me importar com as aparências, de acordo com meus desejos, de acordo com meus instintos, me ajudando... eu me salvei.

Eu revelei meu eu verdadeiro.

Lembrando do passado, eu bem espalhafatoso.

Mas é só.

Eu não sou ninguém admirável, e eu não sou tão impressionante. Ainda assim, por se tão fraco...

Se eu não me salvar... eu morrerei.

"Hitagi... e" eu murmurei delirando "Hanekawa... Shinobu... e Ononoki-chan... todas salvaram a minha vida... tantas pessoas salvaram minha vida... se eu não protegê-la... não seria justo..."

"..."

Ougi-chan ficou em silêncio.

Aquela garota eloquente se silenciou, então tocou no meu ferimento - e com isso, o processo de coagulação estava completo. Eu não faço ideia de qual dos poderes herdados de Shishirui Seishirou, ou talvez de Gaen Tooe, ela usou... mas de qualquer forma, o sangramento parou.

Talvez esse fosse outro ato sem sentido.

Talvez fosse apenas tão inútil quanto minha tentativa de protegê-la. Afinal, nós podemos ter desviado do primeiro ataque, mas agora que eu estou incapaz de me mover, não há nada que eu possa fazer além de ser engolido pela Escuridão com Ougi-chan.

Toda força foi drenada do meu corpo.

Mesmo se eu mudasse de ideia subitamente, e desse ouvidos ao meu espírito descompromissado, e decidisse abandonar Ougi-chan e correr, seria tarde demais - e ainda bem.

Olhando por outro lado, depois de ver o quão duro ela trabalho por mim, o mínimo que posso fazer é desaparecer com ela.

"Minha nossa. Eu planejava ir sozinha, mas agora se tornou um suicídio duplo... Araragi-senpai. Só pra lembrar, eu não sou uma garotinha."

"Eu não me importo... você ainda é... basicamente... uma criança de seis meses... não é?"

Gaen-san disse isso para mim, exterminar Ougi-chan seria fácil como tirar doce de criança.

Mas supostamente você não deve roubar de crianças.

Elas devem ser protegidas, assim como eu estou fazendo agora.

"Se tudo que eu fiz até agora não foi um erro... então o que eu estou fazendo agora não pode ser um erro, também." eu declarei "Eu não estou errado."

Sim.

Assim como você também não está errada.

Ela dever ter feito um bom trabalho fechando o ferimento, já que sou capaz de articular com milagrosa clareza, e ouvindo essa palavras, um sorriso finalmente retornou ao rosto de Ougi-chan

Não, espere.

Essa é outra primeira vez.

É um tipo de sorriso que nunca vi no rosto dela até agora - um sorriso estranha, um que parece de certa forma envergonhado.



"Honestamente... você é um idiota."



"Isso não é verdade."

Então surgiu uma voz que me fez duvidar de meus ouvidos.

Pertencia a uma terceira pessoa, nem minha nem de Ougi-chan. Quando eu olhei na direção da voz - isso é, em direção da porta pela qual Ougi-chan entrou - eu tive que duvidar dos meus olhos, também.

No começo eu pensei que Tsukihi tivesse voltado, mas a pessoa de pé ali não parecia nenhum pouco com a minha irmã, uma adorável garota do fundamental até onde as aparências mostram - uma camisa havaiana.

É um cara de meia-idade vestindo uma camisa havaiana

"Você não é ninguém para se zombar. Então finalmente lutou consigo mesmo, huh? Eu tiro meu chapéu para você, Araragi-kun."

Brinca o homem enquanto morde um cigarro apagado.

Brinca Oshino Meme.

"...!"

Eu tenho que me perguntar se é uma alucinação - eu tenho que perguntar se, à beira da morte, eu estou apenas vendo uma ilusão de um homem que não poderia estar aqui. No entanto, debaixo do meu corpo, Ougi-chan também olha nessa direção em total surpresa, provando que essa não é uma conveniente ilusão minha.

Ou, não...

Se Ougi-chan e eu somos a mesma pessoa, então é possível que nós alucinemos a mesma coisa numa situação perigosa - certamente é possível para nós vermos a mesma conveniente miragem, como se desesperadamente procurássemos um oásis no deserto.