Risou no himo seikatsu: Capítulo 2

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Capítulo 02: Preparativos e Transferências


Depois de fazer horas extras até o último trem, Zenjirou consegue chegar a sua casa em segurança. Entrando em seu apartamento de um quarto, foi direto para o computador e sentou-se diante dele.

Ele deliberadamente ignorou a exaustão e a sonolência que havia em cada fibra de seu corpo, colocou a marmita e a garrafa de chá que comprou na loja de conveniência a caminho de casa no lado esquerdo da mesa do computador e checou sua caixa de entrada por novos e-mails.


“Uhh… Três anos. 1,5 milhão de ienes por apenas três anos. ”


Lendo o e-mail, Zenjirou encolhe a cabeça entre as mãos na frente do computador e solta um gemido de sua boca. Esse gemido era por causa da resposta da empresa que vendia geradores de energia hidrelétrica para uso doméstico.

Em resumo, Zenjirou perguntou sobre três coisas em seu e-mail ontem: "Posso instalar os geradores que vocês vendem sozinho?", "Posso fazer a manutenção sozinho?" e "E se eu puder fazer, por quanto tempo posso garantir a sua funcionalidade?"

A empresa respondeu dessa forma “Você não pode. Você precisa de uma licença de eletricista. O responsável pela instalação e manutenção é com o técnico, não com o comprador, por isso pedimos que você deixe a instalação com nossa empresa ”,“ É possível fazer manutenção rotineira como remover seixos dos tanques de água ou limpar musgo quando ao lê o manual, mas não podemos garantir nada. Se possível, pedimos que você também nos deixe com a manutenção”, e “O tempo de garantia mínima é de três anos ”, o que esmagou as esperanças de Zenjirou.

Zenjirou já tinha antecipado sobre as questões da instalação e manutenção, logo o choque foi bem menor, mas a duração da garantia de três anos ao final foi-lhe um choque imensurável.


"Três anos, apenas três anos ..."


Zenjirou murmurou com os olhos vazios.

Ele estava preparado para isso até certo ponto. Para começo, mesmo que existisse um gerador dos sonhos que funcionasse até sua morte sem qualquer manutenção, os importantes aparelhos elétricos, como o ar-condicionado ou o refrigerador tinham uma vida útil limitada. Sua vida útil era de cerca de dez anos na melhor das hipóteses.

De qualquer maneira, ele tentaria mergulhar no estilo de vida do outro mundo sem conveniências culturais depois de algum tempo.

Portanto, Zenjirou considerava os aparelhos elétricos que traria com ele como uma espécie de “rodinhas de apoio” para se acostumar com a nova cultura.


“Meu corpo certamente irá se aclimatar em dez anos e, se necessário, eu posso pedir a Aura-san reconstruir meu quarto para ter água escorrendo pelas paredes como no velho palácio do marajá!”


Zenjirou tirou a mão do mouse e esticou os braços para cima, em direção ao teto. Bem, esta informação tinha base da internet também. Nos velhos tempos, quando bens de luxo como ar-condicionado ainda não existiam, um dos marajás na Índia usou sua enorme fortuna para construir um sistema grande, mas primitivo, onde a água escorria pelas paredes e era drenada para o exterior através de calhas no chão, para esfriar o lugar.

Era o mesmo que o costume de "aspersão de água" no Japão antigo. A reação endotérmica da evaporação da água baixou a temperatura na sala. Tal projeto parecia possível no outro mundo também, mas mesmo que Zenjirou não saiba nada sobre arquitetura, ele poderia pelo menos imaginar que isso exigiria uma grande soma de dinheiro.

Aura havia lhe dito que o país acabara de passar por uma longa guerra e ainda estava se recuperando. Ela permitiria que ele, um mero garanhão que seria Príncipe Consorte, desperdiçasse uma fortuna e mão-de-obra tão grande em um tempo duvidoso? De qualquer forma, seria impossível em curo prazo. Mas daqui a dez anos, quando o país se estabilizar, certo grau de egoísmo poderia ser permitido, era o que ele pensava.


“Três anos não serão suficientes. O problema é a bateria."


Zenjirou encarou o computador e ponderou. As peças consumíveis do gerador de energia hidrelétrica eram as de rotação (a hélice giratória) e a bateria.

Pensando racionalmente, é óbvio que uma bateria fosse incluída em qualquer gerador para garantir uma saída estável. A bateria tem vida útil de três anos. Por sorte, mesmo um novato poderia trocar a bateria com a ajuda do manual, já que era uma peça consumível de inicio, mas isso não significa que ele poderia comprar várias sobressalentes.

Claro que o fabricante as venderia em separado.

Para começar, um gerador de energia hidrelétrica era difícil de usar nas cidades devido à necessidade de terrenos, de modo que a maioria dos clientes vive no interior do país, onde a troca não era tão fácil para ser feita pelo fabricante. Devido a isso, era bastante natural comprar uma bateria sobressalente junto com o gerador para acidentes imprevistos. Mas o problema era que só possível uma bateria sobressalente de comprar.

Uma bateria que não era usada certamente durava mais do que uma que ficava em uso 24 horas por dia durante todo o ano, mas mesmo assim, não seria melhor quanto uma nova depois de três anos em armazenamento profissional.

Talvez seja mais fácil entender se fizer uma analogia: você esperaria que uma bateria funcionasse exatamente como o fabricante garante mesmo depois de cinco ou dez anos?


“Bem, acho que posso passar ter certa margem se compro três baterias sobressalentes? De alguma forma quero ter o suficiente por dez anos. O de rotação consegue se mantiver por dez anos e é difícil de trocar, então não precisarei de reposição. Ah, mas como a maioria dos aparelhos elétricos só se garante dez anos de qualquer forma eu poderia tentar fazer alguns reparos por mim mesmo.”


Zenjirou não queria abandonar seu plano de levar eletricidade com ele, mesmo que se torne inútil após alguns anos de conforto no inicio.

Como estudante, ele assistia muita TV e DVDs, mas depois de se tornar adulto trabalhador, acabou por gravar os shows que não tinha tempo de assistir. Lentamente juntou DVDs de gravações de seu disco rígido. Ele também só havia visto os resultados da Copa do Mundo na África, e não assistiu a nenhum jogo de sua equipe favorita da liga júnior ou até do Campeonato Europeu de Futebol dos últimos anos.

Desde que Zenjirou estava no ensino médio, ele gravava e assistia de duas a três séries famosas de drama da internet por ano. Ele também nunca perdia um episódio dos shows do grupo ídol especial que exibia no domingo à noite. No entanto, esses shows gravados também acabaram empilhados à sua pilha de DVDs não assistidos depois que começou a trabalhar.

Perder tempo sem trabalho, apenas satisfazendo as necessidades básicas e assistir shows gravados. Esse era um estilo de vida improdutivo, mas era a coisa mais atraente que qualquer coisa para Zenjirou, já que ele estava desgastado no trabalho.

Era tão atraente que até ignorava a voz vinda de sua cabeça que perguntava: “Você não vai se cansar dessa vida e não saber mais o que fazer com ela rápido?”.


“De qualquer maneira, só posso trazer comigo o quanto cabe no tapete e meu dinheiro seria inútil ali. Ok, vamos gastar tudo! ”


Com espírito renovado, Zenjirou começou a coletar informações sobre os aparelhos elétricos que levaria com ele.


“Mhm, eu deveria ser capaz de montar o ar condicionado sozinho, se me esforçar ... Espere, como eu coloco o tubo de ventilação de externo? As paredes do palácio eram de mármore grosso... Para começar, pode um ar-condicionado normal esfriar aquele maldito quarto amplo e alto? Um modelo projetado para 30m² será suficiente…?”


Pensando melhor, havia muitos obstáculos no caminho para uma vida com eletricidade em outro mundo. No entanto, Zenjirou mergulhou em sua pesquisa na Internet para prolongar seu futuro brilhante em um segundo enquanto comia o bolo de carne ligeiramente resfriado com o chá da garrafa.


  • * *


Com os dias corridos, o tempo voa.

Anteriormente, quando ele ficava enterrado de trabalho, o tempo parecia passar num piscar de olhos e Zenjirou se sentia impaciente e perdido por causa disso. Mas depois de anunciar sua demissão ele agora aceita isso com gratidão.

Deixava sua casa no início da manhã e ia para a empresa enquanto lia mangá no trem lotado. Como não havia assembleias matinais em sua companhia, ele passava seu cartão de horas e se dirigia à sua mesa.

Seu trabalho agora consistia principalmente em coordenar seus projetos para aqueles que assumiriam o cargo depois que ele renunciasse. Reescrevendo documentos que ele entendia agora, mas de uma forma que os outros novatos pudessem entendê-los também. E, finalmente, informando os parceiros de negocio de quem ele estava encarregado, sobre a mudança bem como de seu sucessor e abaixava a cabeça, dizendo: “Devido a circunstâncias pessoais, vou me demitir da minha posição. O Sr. XY assumirá a partir de agora, então, por favor, trate-o bem como você tem-me… ”.

Entre essas tarefas, ele escrevia as diretrizes para os recém-chegados.

Mesmo quando ele trabalhava até pouco antes do último trem, simplesmente não achava tempo suficiente. Então Zenjirou fazia horas extras pela manhã, mas nunca passava a noite no escritório. Tudo para o fim de conseguir mais fundos para sua viagem ao outro mundo.

No caso de ele perder o último trem, ele dormiria em um hotel de negócios perto da empresa, porém ele tinha que desembolsar do bolso próprio à taxa do hotel. Se ele entregasse ao contador um recibo, no nome da empresa, ele receberia o dinheiro de volta em seu contra cheque do mês seguinte, normalmente não era um problema, mas a partir de agora, seria um grande problema.

Afinal, Zenjirou partiria para o outro mundo antes de receber seu último contra cheque. Mesmo que as despesas do hotel fossem adicionadas, teria sido tudo em vão. Para evitar isso, Zenjirou fazia horas extras até tarde da noite, saindo com o último trem e mais horas extras pela manhã chegando com o primeiro trem.

Por tudo isso, valeu a pena o esforço. Fazia três semanas, desde que ele entregara sua demissão ao superior. A partir de hoje, graças a ter caído de cabeça no trabalho extra com só, quatro horas de sono em média Yamai Zenjirou demitia-se pacificamente e sem problemas da empresa em que ele havia trabalhado por três anos.


“Bem, então, chefe, obrigado por tudo. Adeus. ”

“ Sim, tudo bem. ”


O chefe de seção de meia-idade só respondeu brevemente quando Zenjirou lhe fez uma última visita antes de sair. E ainda mais, depois de se levantar olhou para ele por apenas alguns segundos, depois se sentou e voltou a trabalhar como se nada tivesse acontecido.

Sua atitude foi além de indiferente e poderia ter feito alguém se sentir odiado, mas Zenjirou sabia o quão estressado era o chefe de seção, então ele simpatizou com ele em vez de ter uma má vontade.

Assim como em qualquer pequena empresa, o chefe de seção nesta empresa também não era apenas uma posição de "gestão". Supervisionando o trabalho de seus subordinados e tendo que fazer sua própria parte do trabalho, ele era um membro da equipe de fato.

Além disso, ele recebe bônus por ser um chefe de seção, mas infelizmente não recebia pelas horas extras em troca. Normalmente, devido a isso um chefe de seção era suspeito de ser um chefe “apenas no nome”. Enquanto o chefe desta empresa lhe dava mais autoridade, ele tinha que fazer a mesma parte do trabalho que seus subordinados, já que era muito. Então ele ficava em uma zona cinzenta, onde em uma investigação rigorosa o arrebentava, mas era deixado como está.

Zenjirou, fugindo da carga de trabalho de um empregado médio neste exato momento, abaixava a cabeça para o chefe da seção. Que estava preso no pântano sem fundo de horas extras até o pescoço e encarava seu trabalho como nobre como se dissesse: “essa é minha vida!” E com o máximo de respeito abandonou o lugar.


  • * *


Depois Zenjirou entrou em seu amado carro híbrido e poucas horas depois de carro chegou à vila onde ele nasceu.


“Kuh… Uhh…!”


Depois de sair do carro, Zenjirou movimentava os ombros rígidos para se livrar do rigidez sob o sol poente. O espaço para carros que ele alugava mensalmente ficava mais longe da loja de conveniência ou o supermercado em que costumava ir, então ele sempre usava sua bicicleta. Devido a isso, uma longa viagem ocasional como essa, era bem cansativa para ele. Banhado pela luz crepúsculo olhou para a familiar casa de dois andares e nisso estreitando os olhos um pouco.


" Mudou nada aqui. "


Desde que ele havia perdido seus pais no ensino médio, esta casa, onde agora a família de seu tio morava, era um "lar" para Zenjirou.


"Ok, aqui vou eu."


Ele se sentiu um pouco nervoso porque não estava em casa há anos, então ele de propósito falou em voz alta para se controlar, e se forçou tocar a campainha.


“Já faz um tempo, Zenjirou-kun. Você parece bem.”


O tio de Zenjirou - Yamai Tadashi deu as boas-vindas ao filho de seu falecido irmão. Ele ainda se parecia como Zenjirou se lembrava dele: um rosto magro de óculos e um sorriso gentil.

A família de seu tio consistia em quatro pessoas. Seu tio, sua tia, sua filha no último ano do ensino médio e seu filho no último ano do ensino fundamental.

A filha frequentava uma escola de ensino médio longe e morava em um dormitório, de modo que apenas seu tio, a tia e o filho estavam sentados à mesa naquela noite, mas havia cinco cadeiras, não quatro.

A quinta cadeira pertencia a Zenjirou.

Eles só cuidaram dele por um ano, a partir do verão de seu segundo ano do ensino médio que seus pais morreram até ter se mudado para o dormitório de sua escola. Mas aquele casal carinhoso sempre mantinha uma cadeira para Zenjirou. Mesmo depois de já ter se mudado.


"Ok, podemos matar a saudade mais tarde, primeiro nós comemos, não é querido."


A tia anuncia o início do jantar e trouxe uma panela fumegante da cozinha. Ela era uma típica “senhora trabalhadora do campo”, tanto em aparência quanto em caráter. Zenjirou tentava se levantar para ajudá-la, mas a tia o detinha com "está tudo bem, sente-se" e arrumava a mesa tão rapidamente que não houve tempo de ajuda. Tirando o avental, sentou-se em sua cadeira.


“Se você por favor começar, querido.”

“Sim. Obrigado pela comida.


Alertado por sua esposa, o tio assumiu a liderança.


“Obrigado pela comida.”

“Obrigado pela comida.”

“Obrigado pela comida.”


A tia, o filho e Zenjirou fizeram o mesmo e a família Yamai começou o jantar. Nem precisaria dizer que a conversa desta noite foi toda sobre Zenjirou.


"Entendo. Você vai para o exterior, Zenjirou-kun.

“Sim, pretendo partir daqui a dez dias. Desculpa que seja tão repentino.”


Seu tio disse isso com o seu copo embaçado pelo vapor da panela, e Zenjirou engolia o repolho chinês em conserva, feito à mão por sua tia e abaixou a cabeça segurando os palitinhos com a mão direita e a tigela de arroz. na mão esquerda.

O tio mostrava o seu familiar sorriso gentil diante resposta franca de Zenjirou.


"Não, está tudo bem. Se é o que você quer. Apenas nunca esqueça que esta é a sua casa também, e você é sempre bem-vindo. ”


Lhe dando um olhar caloroso.

No entanto, Zenjirou estava indo para outro mundo em vez de no exterior.


"Ah sim. Obrigado."


Zenjirou escondeu o fato de que ele não seria capaz de voltar por pelo menos trinta anos, uma vez partindo se sentiria culpado pela boa vontade de seu tio. Com isso meio que forçou uma mudança de assunto, já que ele queria se livrar dessa culpa e temia que revelasse a verdade se fosse questionado.


"Ah, certo. Eu não poderia dizer exatamente por quanto ficarei, mas eu com certeza não voltarei por um bom tempo. Portanto, quero passar o meu carro para você, tio, e deixá-lo contigo."


O tio franze a testa pela primeira vez esta noite com as palavras do sobrinho.


"Zenjirou-kun, você não precisa ser tão atencioso para conosco."


Zenjirou tinha antecipado essa resposta de seu tio carinhoso, então ele colocou seus pauzinhos de lado e balançou sua mão de forma exagerada na frente da cabeça.


"Não, não é isso. Estou muito preocupado com o que fazer com ele. Eu estarei fora por tanto tempo que não irei apenas perder a próxima inspeção, mas até perder minha licença. ”


Ele foi pressionando assim, no entanto, o atencioso tio hesitou ainda mais depois de ouvir essas palavras de seu sobrinho.


“Mhm, entendo. Mas por que você simplesmente não o vende? ”


Em resposta o tio sugere algo que fizesse com que o sobrinho se beneficiasse pelo menos um pouco. Seu lado carinhoso não mudou em nada. Zenjirou inconscientemente faz uma expressão sorridente ao testemunhar a boa vontade inalterada de seu tio e explica melhor.


“Não, isso não vai funcionar. Vou sair daqui a dez dias, então vou embora antes de encontrar um comprador.”

“Então eu posso lidar com a venda para você e colocar o dinheiro em sua conta. Hoje em dia você pode até mesmo retirar dinheiro do exterior, certo? E se isso não for possível, você pode usá-lo quando voltar.”


A boa vontade de seu tio excedeu as expectativas de Zenjirou quando ele se absteve completamente de aceitar o carro.

Percebendo os cuidados de seu tio, Zenjirou se sentia um desalmado por escolher abandonar tudo aqui e se casar em um mundo diferente.


“Não, não vai ser um bom preço, já que é um carro muito antigo. É mais razoável você usá-lo.”


Colocando sua culpa de lado, Zenjirou forçou seu amado carro para seu tio rebelde, que então falou com um tom diferente do anterior, ao perceber o zelo do sobrinho.


"Mhm, mas você sabe, eu já tenho um carro e uma caminhonete."


Um carro próprio era indispensável para viver no campo. Além disso, para um fazendeiro em tempo integral como seu tio, era normal ter também uma caminhonete, que poderia ser conduzida através de uma licença padrão, para transportar coisas além do carro normal. Logo, ter outro carro não era lá uma bênção.

No entanto, Zenjirou havia antecipado essa resposta também, então continuou sua persuasão sem demora.


“Sim, então o que você diz coloca-lo em seu nome, mas dar a Sanae-chan? Ela começará a universidade no próximo ano, certo? Se ela tiver um carro, ela vai visitá-lo com mais frequência. ”


Sim, ele mencionou o nome da filha de seu tio. O tio deu um sorriso irónico em seu rosto esbelto pela primeira vez com essas palavras.


"Você tem um ponto agora. É bastante convincente vindo de você. ”


Seu tom quando disse tinha uma certa malícia para fazê-lo se sentir culpado. Zenjirou só havia respondido indiferente aos telefonemas de seu tio pedindo-lhe para visitar de vez em quando, na universidade. E não retornou nem uma vez em quatro anos, então ele se sentia envergonhado no momento.


“Eu sinto muito. Mas lembro que a primeira escolha de Sanae-chan é uma universidade aqui na prefeitura, certo? Então eu acho que um carro fará diferença. ”

“ Entendo. Mas dirigir pode ser perigoso. ”


O tio ainda não foi convencido por Zenjirou. Enquanto isso, alguém que estava em silencio até então falou, enquanto raspava o prato. Era o filho do tio.


“Ei, você está dizendo que a mana vai usar o carro do Zen-nii? Eu me pergunto se ela vai me levar até Iida quando eu perguntar a ela. ”


O tio sorriu gentilmente para seu filho, que já estava com os olhos brilhando da conversa até então, e repreendeu-o com um olhar não muito assustador.


“Ei, Yuusaku. Ainda não está decidido, fique fora disso. De qualquer forma, falta um ano antes de Sanae conseguir sua licença e você estará no dormitório da escola então. ”


O enérgico aluno do 9º ano não se esquivou as palavras de seu pai.


“Mas, mas, durante as férias de verão, a mana e eu vamos voltar para casa, certo? Posso questionar ela então? ”


Ele já expôs o seu desejo, já assumindo que o amado carro de Zenjirou pertencia a Sanae, sua irmã. A maioria dos caras odiaria ter sua irmã mais velha levando-o para a cidade para sair quando chegassem da escola, mas a julgar pelas palavras de Yuusaku, os irmãos se davam muito bem até agora.

O vislumbre dessa situação familiar harmónica, Zenjirou deu um sorriso honesto e tomou um gole do chá que a tia lhe servira depois do jantar e chamou o primo mais novo de dez anos.


“Bem, contanto que Sanae-chan esteja de acordo, não vejo nenhum problema. Tente perguntar quando ela voltar. ”

“ Sim, vou tentar por mensagem. Obrigado pela comida! ”

“ Ah, ei, espere! ”


Sem tempo para o tio pará-lo, Yuusaku rapidamente juntou sua louça, levou-a para a cozinha e subiu para o segundo andar com passos de rápidos.

Ele provavelmente iria mandar uma mensagem pelo celular para sua irmã.


"Yuusaku!"


O tio não conseguiu detê-lo e se levantou no meio do jantar. Então Zenjirou, sentando-se à frente dele, gritou para ele.


“Veja, tio, Yuusaku-kun parece satisfeito também, então o que você diz? Você vai aceitar? ”

“… ”


Mesmo nesse ponto, o tio ainda hesitava sobre a boa vontade de seu sobrinho e ficou em silêncio com uma expressão preocupada. O último empurrão foi dado pela tia, que até então havia observado silenciosamente a conversa.


"Por que não querido? Zenjirou-kun já é um ótimo homem. Se você continuar rejeitando seus favores, parece que você ainda está tratando-o como criança e isso é rude. ”

“ Compreendo. Sim, tudo bem."


Seguindo o conselho de sua esposa, o tio finalmente se decidiu e encarou Zenjirou novamente com uma expressão clara.


“Zenjirou-kun.”

“Sim?”

“Permita-me aceitar sua oferta. Obrigado. Vou dizer a Sanae para cuidar bem dele. ”

“ Sim, desculpe se é um carro velho, considere como gratidão por cuidar de mim até agora. Por favor, use-o sem pestanejar.


Zenjirou concorda com o tio, que se inclina um pouco do outro lado da mesa, com um sorriso aliviado, em resposta lhe da uma reverência. À noite, no mesmo dia.

Depois do jantar, Zenjirou foi direto para a cama. O quarto de 10m² em estilo japonês não mudou em nada desde aquele verão do segundo ano do ensino médio até o final de seu terceiro ano.

Uma escrivaninha no canto da sala. Um antigo rádio cassete em cima da cómoda que só tocava CDs. O colchão que colocou depois de tirá-lo do armário mais cedo, ainda era o mesmo também.


"Eu acho que este será sempre o meu quarto ..."


Zenjirou sentou-se de pernas cruzadas no colchão em seu pijama azul claro com as luzes acesas e falou consigo enquanto mexia no celular. A família de seu tio cuidara dele desde o ensino médio até a universidade e ele os amava por isso, mas dentro de sua cabeça ainda eram "parentes" em vez de "família". “Parentes” tão próximos quanto uma família. No entanto, o tio poderia ver de forma diferente.


"Eu acho que tenho que pagá-los pelo menos um pouco ..."


Zenjirou abriu as pernas e deitou-se no colchão.

Eles haviam conservado o quarto de um adulto que já tinha saído de casa em ordem, para poder voltar a qualquer momento. O fato de morar no interior certamente permitia isso, mas era inegável que esse era um exemplo perfeito da boa vontade da família de seu tio em relação a ele.


"Fuh ..."


Olhando para a luz fluorescente redonda que iluminava a sala, ele suspirou. E com esse suspiro, um leve cheiro de repelente de insetos do colchão provocou seu nariz. Era inapropriado, mas Zenjirou se sentiu um pouco aliviado.

Já que seu próprio perfume desaparecera do colchão e dava a impressão de que aquilo não era mais seu lugar voltou com força.


"Bem, de qualquer forma, estou me despedindo deste mundo em dez dias ..."


Zenjirou deitou-se de pijama no seu colchão, abriu seu celular dobrável e confirmou a data de hoje. Quando ele deixou seu apartamento, ele fez o desligamento de sua linha telefônica, gás, eletricidade e água, mas seu contrato de telefonia celular acabaria no final deste mês. A fatura do celular dele foi cancelada de toda forma, e a conta receberia o pagamento desse mês depois que Zenjirou partir, para que não houvesse problemas com o pagamento.

Então ele decidiu manter esse conveniente celular, que poderia ser usado em qualquer lugar operável até o último minuto antes de ir para o outro mundo.


"É tarde demais para se arrepender de qualquer maneira agora ..."


Ele já tinha dado a Aura o direito de convocá-lo em dez dias. Mesmo que ele vacilasse agora, não havia como deixar Aura saber sobre sua mudança de opinião. Sua transferência para o outro mundo em dez dias já era um fato estabelecido.


“E Aura-san disse que na verdade era uma exceção poder me mandar de um lado para outro em tão pouco tempo.”


Quando Zenjirou for convocado para o outro mundo em dez dias, a próxima chance de retorná-lo a este mundo novamente só viria em trinta anos. Trinta anos era um longo período. De fato, ele precisava estar pronto para ser enterrado no outro mundo.


"Eu estou pronto para isso ... ou pelo menos eu acho que sim."


Zenjirou colocou o celular ao lado do travesseiro e pegou uma caixa retangular do tamanho da palma da mão coberta com pano de veludo azul que estava ao lado.

Dentro da caixa havia um par de anéis. O grande anel amarelo-dourado tinha três diamantes transparentes encaixados um ao lado do outro.

Os diamantes não se destacavam do anel, faltava-lhe uma aparência extravagante. Mas o padrão geométrico detalhado gravado na base e o brilho dos três diamantes davam-lhe um charme sutil.


“Aura-san…”


Olhando para o anel, Zenjirou recordou o rosto da Rainha que o espera no outro mundo. Depois disso, seus sentimentos insistentes por esse mundo, que já estavam no auge desde que ele reviu a família de seu tio, enfraqueceu gradualmente.


"Acho que eles chamam isso de amor à primeira vista."


Ele ainda tinha certas restrições, mas resolveu as coisas um pouco. Levantando apenas a parte superior do corpo em cima do colchão, ele puxou a corda da lâmpada fluorescente e desligou a luz.


Referências


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