Risou no himo seikatsu:Volume 3: Prólogo

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Prologo: O Alvorecer do Segundo Ano[edit]

Certa noite exatamente um mês depois que a Rainha Aura do Reino de Carpa deu à luz seu primeiro filho. A Capital estava transbordando de luzes, dissipando a noite e alegre alegria. Grandes fogueiras eram acesas nos cruzamentos da via principal ou dos parques, enquanto aqui e ali soldados patrulhavam a cidade à noite, acompanhados por criados carregando tochas.

No distrito comercial, a maioria das tavernas tinha acendido um par de vasilhas a óleo dentro da loja e os negócios estavam no auge especialmente a noite. No normal, as lojas não abrem no meio da noite, já que a iluminar não era barato e havia um bom risco de os incêndios se espalharem, mas hoje era uma exceção.

Porque esta noite era uma noite para ser lembrada, onde eles celebram as notícias que a maioria dos cidadãos do Reino de Carpa aguardavam ansiosamente: O nascimento de um primeiro príncipe saudável.


“Para a saúde da Rainha Aura!”

“Para o nascimento do Príncipe Carlos!”

“Para o futuro do Reino de Carpa!”

"Vivas!"


Gritos de alegria e sons de canecas de madeira cheias de álcool, colidindo umas contra as outras ecoavam pelo bar à noite. O lugar só era iluminado por lamparinas a óleo em cada canto, mas a atmosfera ali fazia essa luz fraca parecer "brilhante".

Esta noite era o festival para celebrar o nascimento do príncipe. Na verdade, ele nasceu há um mês, mas o tratamento médico não sendo desenvolvido neste mundo, não havia garantia de que a criança viveria sem problemas, mesmo que fosse da realeza. Portanto, era costume celebrar o nascimento um mês após o aniversário real.

E esse mês foi alcançado hoje. A Capital queimava velas nos dois extremos. Ainda assim, embora fosse verdade que os clientes ali celebravam o nascimento do príncipe, era igualmente verdade que a maioria deles estava simplesmente entusiasmado em “comer e beber de graça”.[1]

Sim, a família real financiou principalmente os custos de iluminação, bebidas e comida, que surgiriam durante a noite. Eles prepararam o óleo ou a madeira para as fogueiras, pagaram as tabernas adiantado e organizaram a patrulha dos soldados, para que não ocorressem incêndios ou brigas.

O encargo financeiro não era nada desprezível, já que a família real ainda estava se reconstruindo os danos de guerra. mas também não podiam ignorar uma celebração como essa. Além disso, um resultado secundário também poderia ser esperado: um boom temporário na economia da capital.

Embora a família real estivesse servindo “bebidas e comidas de graça”, limitava-se a vinho barato de frutas e uma sopa barata, que era feita num caldeirão direto.

Pode-se ficar bêbado com o vinho e encher o estômago com sopa, mas o álcool deixa algumas pessoas bem generosas em pedir o melhor vinho ou comida contra o bom senso, pagando de seu próprio dinheiro. No final, as tavernas estavam operando completamente no escuro[2], mesmo que o patrocínio da família real não fosse contado.


“Cara, eu tenho que dizer, ultimamente é uma coisa boa atrás da outra. Primeiro vencemos a guerra, depois a rainha Aura se casou. E agora, um ano depois, nasce um príncipe. É muito bom para ser verdade."


Um homem corpulento, sentado em uma cadeira dentro do bar com as pernas abertas, declarou isso em voz alta e bateu com força sua caneca vazia na mesa. A caneca de madeira fez um som melódico quando bateu na mesa de madeira.


"Absurdo! Tivemos um tempo difícil durante a longa guerra, então as 'coisas boas' se acumularam e agora surgiram todas juntas.”


Aquele que respondeu assim, era um homem sentado à sua frente. Aquele homem era relativamente magro em comparação com o homem à sua frente, mas, em um olhar mais atento, podia-se dizer que seu corpo era firme e treinado pelo trabalho manual. Muito provavelmente, os dois estavam fazendo algum trabalho físico na capital.

O homem esguio pegou a sopa quente com uma grande colher de pau e levou-a à boca.

A sopa consistia apenas de pedaços de banana-da-terra, vegetais folhosos baratos e uma quantidade simbólica de carne de dragão em desuso (ou seja, carne de dragões raptores ou pesados que já não eram utilizáveis devido à idade), mas era fortemente temperada com sal e especiarias. ficando muito delicioso quando comido quente.

Sal, especiarias e açúcar mascavo. Todos estes produtos não eram caros no Reino Carpa, logo toda a culinária daqui tinha um sabor forte, mesmo na cozinha plebeia. Uma maneira comum de superar o calor brutal no Reino de Carpa era suar, sorvendo uma sopa picante e se reabastecer do suor, bebendo durante o calor.


"Bem, sim. Aquela guerra foi uma luta infernal. Não podemos nos culpar quando coisas boas seguem acontecendo agora.”


O homem robusto concordou com o homem esguio. Eles tinham cerca de trinta e poucos anos e um olhar mais atento revelaria que seus braços ou peitos, através de suas roupas, estavam cobertos de cicatrizes que pareciam se originar de espada ou flecha. Considerando sua idade, eles provavelmente tinham sido soldados na guerra anterior e experimentaram o seu horror.

Por essa lógica, era natural que esses dois homens parecessem tão emotivos.


"Certo. Ainda assim, se eles vão servir vinho e comida grátis, eu gostaria que eles tivessem feito isso lá pelo meio-dia. Metade do dia perdido. Porém, a noite também tem seu encanto.”


Dizendo isso, o homem esbelto colocou a colher de volta no prato de madeira com sopa e o homem robusto respondeu com uma gargalhada.


“Hah! 'Seu charme'? Agora é um poeta, hein?[3] Bem, não que eu não possa me entender. As crianças são um golpe de sorte. Não pode controlar quando eles nascem.”


Normalmente, o nascimento de um príncipe seria comemorado por um dia inteiro, mas infelizmente era a época mais quente do ano. O calor brutal com temperaturas máximas de mais de quarenta graus ameaçava o vigor de um corpo.

As pessoas morrem ou desmaiam uma após a outra quando se levantam e tentam tirar seu sustento no país em meio a temperaturas que superam e muito a temperatura do corpo. Nesta temporada de calor constante, as pessoas ficavam dentro de casa e evitavam esforços o máximo possível. E quando precisavam sair, precisavam se cobrir com um manto com capuz, expondo o mínimo de seus corpos diretamente à luz do sol.

O manto era principalmente feito de algodão grosso. O pano é permeável ao ar, como o cânhamo, só ficando fresco quando a temperatura do ar fosse menor que a temperatura do corpo. Quando a temperatura do ar estava acima da temperatura corporal, o vento soprava pelas roupas o quanto quisesse, mas o usuário só se sentiria com mais calor novamente.

Por essa definição, a noite era realmente “agradável”, já que todos os homens, divertindo-se no bar, podiam vestir camisas sem mangas e calças finas. No entanto, essa estimativa é relativa ao calor assassino de dia, pois a noite também estava quente.

Depois de terminar a sopa quente, o homem esguio levantou o colarinho, essa noite quente não podia se relaxar e assim acabar com o clima agradável.


“O calor está me matando. Ei, vou borrifar um pouco de água, ok?"


Já perto de seu limite, o homem esguio virou na cadeira e estendeu a mão para a concha de madeira encostada na parede atrás dele enquanto dizia aquilo em voz alta. o suficiente para ressoar por todo o bar.


"Claro, vá em frente!"

"Sim, está muito quente!"

"Ninguém vai te impedir!"


Todos os clientes na taverna expressaram sua aprovação de uma só vez


"Bom, aqui vai."


Tendo obtido o consentimento dos outros, o homem levantou-se da cadeira e dirigiu-se ao comprido e estreito balde de água, que ficava no canto da sala, com a grande concha na mão.

Todas as lojas por aqui que estavam lidando diretamente com os clientes faziam um serviço ao cliente ao colocar um balde de água dentro da loja. A temperatura da sala baixava um pouco só de ter o balde ali e quando alguém joga a água dela no chão, como o homem estava prestes a fazer agora, então sua vaporização esfriaria o quarto de forma considerável.

É claro que a água se acumulava um pouco nos buracos do piso de pedra e, às vezes, batia nos calçados ou na bainha das calças dos clientes, mas ninguém ali era tão mesquinho a ponto de se incomodar com isso.

Um pouco de água assim se secava em pouco tempo nessa temperatura, que estava acima dos trinta e cinco graus no meio da noite.

Pelo contrário, um cliente masculino disse.


“Oh, espirre o quanto quiser. Ou também envie-o voando!”


Envie-o voando.

Em outras palavras, ele estava dizendo que deveria borrifar a água sobre a cabeça, em vez de esparramar um pouco pelos pés.

Salpicos de água no chão para um resfriamento era uma coisa, o ato de chapinhar a água diretamente sobre suas cabeças dentro de uma loja era um comportamento um tanto grosseiro, mesmo no Reino de Carpa. No entanto, esta era uma taberna de subúrbio. A sugestão grosseira foi bem recebida com um furacão de aplausos.


“Sim, faça isso!”

“Neste ritmo já vou estar seco!”

“Espere! Espere até cobrirmos nossa comida!”


O “chuveiro” da água parecia ser comum, já que todos sabiam que deviam cobrir seus pratos de sopa e pães levemente assados sobre a mesa.

E para assegurar, o lojista, de olho no caldeirão atrás do balcão, também não fez tentativas de detê-los e apenas deu um sorriso irônico em seu rosto moreno. E pelo contrário:


"Cuidado para não bater nas vasilhas de óleo".


Ele permitiu tudo com essas palavras.

Ouvindo isso, o homem sorriu largamente, dizendo "entendi", e mergulhou a ponta da concha no balde quadrado de água. Então...


“Ok, se preparem. Pronto, já!”


Ele balançou a concha cheia num arco largo com a mão direita e fez chover sobre o bar à noite. As gotas de água, voando pelo ar, brilhavam enquanto eram iluminadas pelo fogo nas vasilhas de óleo nos quatro cantos da sala.


"Oh, tão refrescante!"

"Hyah, estou de volta à vida!"

“Não seja tão mesquinho com isso. Vamos, mais!”


Os bebedores disseram arbitrariamente e por unanimidade.


“Aw, calem a boca. Me dê um segundo.”


O homem se refrescou derramando a água que ele tinha pego com a concha sobre a cabeça, então rapidamente espalhou água por toda a loja, balançando a concha novamente.


“Fuh, se sentem bem! Viva a rainha!”

“Sim, viva o príncipe Carlos!”

“Viva o reino de Carpa!”


Sentindo-se melhor do banho, os convidados explodiram de alegria mais uma vez.


“E já que estamos nisso, ehm, huh? Qual é o nome dele mesmo? … Enfim, viva o marido da rainha Aura! ”


Aparentemente, o reconhecimento de “Zenjirou” como marido da Rainha Aura era tão pífio, que os plebeus não conseguiam lembrar seu nome quando sua capacidade de raciocínio era entorpecida pelo álcool.


* * *


Uma nova manhã estava nascendo.

O festival de álcool e chamas terminou depois de uma só noite. Assim que o sol escaldante apareceu no horizonte, os negócios começaram como de costume.

Especialmente agora, durante a estação mais quente do ano. O período onde o sol da manhã se eleva e a luz aparece sem aumentar a temperatura era bastante valioso.

Nas ruas da capital ao amanhecer, as pessoas já vinham cheias de energia e assumindo o trabalho.

Para evitar uma insolação nesta temporada, era costume preservar a energia de uma pessoa tirando um cochilo do meio-dia dentro de casa durante a hora em que a temperatura estava no auge. Portanto, eles tinham que fazer o máximo possível durante a manhã e à tarde ou ficariam sem tempo.

Uma manhã movimentada, mas animada na Capital. Embora o palácio interior estivesse no centro dessa mesma Capital, seu quarto era o único lugar onde não tinha nada a ver com aquela agitação, e Zenjirou saudava uma manhã calma como qualquer outro dia.

Zenjirou se esticava bastante na sala, que parecia caótica de relance, contendo mobília clássica num estilo exótico combinada com aparelhos eletrônicos produzidos em massa do Japão.

A única fonte de luz eram os raios de sol que atravessavam a fresta das persianas de madeira fechadas, de modo que uma escuridão além dele se espalhava pelo interior.


“Fuh… Kuh…!”


Vestindo uma roupa casual consistindo de uma camisa branca de prega dupla, calças de cânhamo pretas, ele esticava os braços para cima e abria a janela da sala enquanto estirava o pescoço.

Assim que a janela, ornamentada com entalhes detalhados, foi aberta, o ar sufocante e a luz do sol tão fortes que parecia improvável que fosse de um sol da manhã, encontraram seu caminho para o interior.


"Uwah !?"


Diante dessa luz poderosa e do calor agressivo invadindo ao abrir a janela, Zenjirou inconscientemente virou o rosto. Como seus olhos estavam acostumados com a escuridão, a luz do sol o incomodava, mas o calor era mais intenso ainda.


"Uau. Sinto que minha vida está mais em perigo do que com calor ou suado.”


Ele de rompante disse isso com uma cara séria.

Respirar esse ar quente demais, parece ser tão sufocante quanto ar com baixa concentração de oxigênio, mesmo respirando profundamente.

Essa sala de estar, onde normalmente ele passava seu tempo, e o quarto ao lado eram resfriados pelo ventilador e pelos baldes de água ao redor do relógio. Desde que o pequeno príncipe, dormia em um quarto diferente, obtém precedência sobre o gelo recentemente. Com isso a temperatura na sala de estar tende a ser um pouco maior do que antes, mas comparada a lá fora, havia uma diferença gritante, como o céu e terra e, com isso, ainda era confortável.

Zenjirou franze a testa em relação ao ar quente impiedoso entrando pela janela aberta, e rapidamente pegou as ferramentas, para que pudesse termina a tarefa e fechar a janela novamente o mais rápido possível. Ele pegou três coisas no canto da sala: um relógio de mesa digital, uma lapiseira e uma câmera digital.


"Bom, estou na hora certa."


Colocando o relógio retangular na moldura da janela, ele olhou para a tela da câmera e acenou com a cabeça brevemente. Um pequeno prego em forma de agulha estava na vertical no centro da moldura.

Mantendo um relógio em ambos: a minúscula sombra projetada pelo prego e o relógio digital, silenciosamente esperou pelo momento certo.


"…Agora!"


7:00

Assim que os cristais líquidos do relógio de mesa mostraram o tempo, Zenjirou desenhou uma linha com a lapiseira traçando a linha da sombra na moldura da janela.

Então ele tirou uma foto assim com a câmera digital logo depois. O som da maquina soou após um curto intervalo de tempo usual para uma câmera digital, e depois o relógio integrado da câmera foi exibido. 7:00:09.

Isso se tornara sua rotina matinal diária nesses dias de então.


“Hmm, há uma pequena discrepância depois de tudo. O problema é que não posso julgar se a discrepância se deve ao fato de que "um dia não tem exatamente vinte e quatro horas" ou que "o horário para pôr-do-sol e nascer do sol muda todos os dias".


Ele assim murmurou enquanto olhava a tela da câmera digital. Essa rotina tinha só alguns dias de vida, mas em todos os dias, ele media e desenhava a linha de sombra ao mesmo tempo, mas a linha mudava ligeiramente todos os dias.

Era seu segundo ano neste mundo diferente após sua transferência para cá. Agora que ele tinha cumprido seu maior dever, fazer um filho com Aura, Zenjirou começou a se assentar o suficiente e mostrar um pouco de interesse no mundo diferente.[4]

E este assunto também era algo que ele decidira investigar finalmente agora.

A questão: "Como funciona o calendário neste mundo?"


"Bem, os relógios da Terra ainda são aplicáveis mesmo agora, após um ano sem acertá-lo, então é certo que um dia tem 24 horas de qualquer forma.". Murmurou para si mesmo assim.


Se não fosse esse o caso, os relógios que ele trouxera não seriam mais úteis agora. Por exemplo, mesmo que um dia fosse mais longo em um único minuto, seria uma diferença de trezentos e sessenta e cinco minutos dentro de trezentos e sessenta e cinco dias. Para facilitar o ponto: Esses trezentos e sessenta e cinco minutos seriam cerca de seis horas.

Se o tempo fosse desviado em seis horas inteiras, ele teria notado com certeza, mesmo que tivesse apenas uma básica referência como o nascer e o pôr do sol. Em outras palavras, pode-se concluir que a discrepância no período de um dia entre seu mundo e este mundo era algo tão ínfimo que ele é incapaz de percebê-lo mesmo durante de um ano, se houvesse algum. Contudo...


“Ignorando a discrepância de datas, eu poderia medir a discrepância de um dia, se eu registrar a posição da sombra exatamente um ano depois, mas ... o problema é que eu nem tenho a garantia de que um ano tem trezentos e sessenta e cinco dias aqui.”


Zenjirou suspirou mais uma vez.

O calendário deste mundo tinha um total de doze meses, dos quais seis meses tinham vinte e nove dias e os outros seis tinham trinta dias. Em suma, um ano tinha trezentos e cinquenta e quatro dias. No entanto, isso aparentemente causa uma discrepância óbvia, então eles regulamentaram adicionar um mês intercalar a cada dois anos, tornando-o um ano com treze meses.

Portanto, parece que um ano neste mundo tinha mais ou menos trezentos e sessenta e cinco dias em média, também, de acordo com um cálculo rápido que ele fizera neste calendário mencionado.


"Se eu pudesse de alguma forma ter certeza de que este mundo tem a mesma datação 24/365 que a Terra, eu seria capaz de levantar algumas sugestões úteis."


Zenjirou fechou as persianas de madeira enquanto ele resmungava daquele jeito.

É claro que ele não tinha intenção de mudar o calendário atual, ao qual o cidadão estava acostumado, para um de sua própria conveniência.

Mas se ele conseguisse fazer um calendário solar mais ou menos preciso, com certeza seria útil de várias maneiras.

O calendário atual dava uma discrepância de cerca de trinta dias, uma vez que adicionou um mês intercalar a cada alguns anos. Considerando que o primeiro dia do quarto mês do ano passado poderia se tornar o primeiro dia do quinto mês deste ano, era óbvio o quão inútil era esperar que este calendário anunciasse as “estações”. Pelo menos era extremamente inadequado marcar o tempo que tinham que semear ou fazer o trabalho de terraplanagem.

Devido a isso, os períodos de semeadura e colheita eram todos baseados na experiência e intuição dos agricultores do Reino de Carpa.


“Hmm, precisaria de dezenas de anos para coletar dados suficientes para fazer uma estimativa que pudesse superar a experiência de um fazendeiro veterano. E este mundo também não possui termômetros.”


No entanto, a criação de um calendário preciso e a coleta de dados meteorológicos ao longo do ano, juntamente com ele, devem ser úteis de alguma forma no futuro.

Falando consigo mesmo, Zenjirou acendeu as seis lâmpadas LED e iluminou o interior da sala em uma luz branca artificial e naquele exato momento.

O som da batida na porta de entrada ressoou pela ampla sala de estar.

Uma empregada de espera declararia suas intenções logo depois de bater. Como isso não aconteceu, a lista de possíveis pessoas se limitou a uma.

Zenjirou olhou para o relógio por reflexo.


“Mh? Agora, ela já estaria em uma reunião no palácio a essa hora. Ah bem, entre.”


Enquanto inclinava a cabeça, ele levantou a voz, e então a porta se abriu. Além dela, estava exatamente a pessoa que ele esperava.


“Bom dia, Zenjirou.”


A bela alta, segurando firmemente um bebê pequeno contra o peito voluptuoso como um tesouro, era acompanhada por duas empregadas de espera e sorriu para ele.


“Bom dia, Aura.” Zenjirou devolveu-lhe sorriso gentil e chamou a esposa com o filho para o quarto.

"Desculpe-me, mas esta posição é adequada?"


A empregada de espera tinha um grande bloco de gelo na bacia de metal na geladeira, como ela já tinha se acostumado perfeitamente com isso no ano passado, e o posicionou ao lado dos sofás, onde Zenjirou e Aura estavam sentados. Por trás dele, o ventilador envia uma brisa refrescante em Zenjirou de um ângulo perfeito.

Como Aura estava sentada no sofá em frente a ele, o efeito não a alcançava, mas estava tudo bem por hora. Ela estava segurando o bebê de um mês em seus braços de qualquer forma. Não é uma boa ideia jogar ar frio direto sobre a pele sensível de um bebê.

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"Bom trabalho. Você pode sair.”

“Sim, desculpe-me.”


Mantendo o olhar fixo sobre a criança em seus braços, a rainha Aura disse isso, e então as duas empregadas que haviam colocado o gelo e o ventilador abaixaram a cabeça respeitosamente, e depois recuaram.

Depois que a porta se fechou com um estrépito, apenas o casal e o filho permaneceram na sala de estar. A mãe brinca com a criança e o pai a olhava. Tal cena era comum em todo o mundo, mas não era assim tão usual para Zenjirou e Aura.


“Normalmente você já estaria na reunião da manhã agora, então o que está acontecendo hoje?”


Zenjirou perguntou a sua esposa, que estava sentada a sua frente, na sala de estar depois que as empregadas saíram.

Durante o período, que o calor era deveras severo no Reino de Carpa, até mesmo o Palácio Real fazia longas pausas ao meio-dia por motivos de saúde. Para compensar esse atraso um pouco, as reuniões matinais nessa época começavam mais cedo.

Assim como Zenjirou dissera, Aura normalmente não teria tempo de relaxar assim. Mas enquanto acariciava a criança em seus braços, respondeu:


“Sim. A reunião de hoje é com o Marquês Guzzle. E como a parte crucial está chegando atrasada, o início da reunião teve de ser adiado”.


E felizmente respondeu assim.


"Ah eu entendo. Isso é ótimo. Espere, posso colocar assim?”

“Não é nada bom. A questão foi apenas atrasada, não resolvida, por isso é bastante preocupante. Mas é um tempo livre raro e seria um desperdício não o usar efetivamente. Certo, Carlos?”


Aura dava um sorriso irônico um instante, mas logo em seguida, ela retoma seu largo sorriso, espiando o rosto da criança em seus braços.


"Ah, Ahh!"


O bebê de um mês de idade – Carlos, olha para o rosto de sua mãe e riua alegremente.

A imagem de “parecer um macaco calvo”, que Zenjirou tinha quando ele nasceu, tinha desaparecido por completo, e o jovem príncipe estava crescendo constantemente sugando leite de sua mãe ou da ama de leite. Suas bochechas e braços, fugindo para fora das mangas de suas roupas de bebê, também ficaram bonitos e gordinhos. Ao todo, ele estava transbordando com uma fofura que, involuntariamente, dava a você vontade de abraçá-lo.

Cabelo encaracolado em um tom castanho azeitonado brilhante. Um grande par de olhos pretos e largos. Pele de uma mistura de marrom e amarelo. "Botando meus genes de lado, será que ele é o ser mais adorável neste mundo?" Zenjirou estava a sério pensando isso de verdade, mas ele era o único, que não percebia que sua opinião não podia ser mais tendenciosa, já que ele especialmente acrescentou “botando meus genes de lado”.


“Carlos ~? Olha, lululu… Bleeh!”

“Ahh? Kyakya!”


Olhando para o rosto do pai, que estava bancando o bobo esticando a língua do sofá oposto, a criança ficou sem expressão por um instante, depois alçou uma voz estridente de alegria.

Como ele gostou da reação de seu filho, Zenjirou então repetiu várias e várias vezes.


“Oh, ele riu. Eu sou engraçado? Olha, lululu ... Bleeh! Lulululu, Bleeh!”

“Kyakya, Kyakya!”


O bebê continuou a rir alegremente, mas a mãe, que o segurava, fez uma queixa com um sorriso irônico.


“Zenjirou, posso ver que você quer fazer Carlos rir, mas, por favor, pare de fazer essas 'caras estranhas' uma após a outra. Como sua esposa, não posso deixar de me sentir triste com isso, mesmo que eu seja sua mãe.”

“U ... Ugh. ”


Por um momento, Zenjirou quis se opor a “qual é o problema?”, mas quando ele olhou para o outro lado, ele pode entender o ponto de vista de Aura um pouco também.

Mesmo que fosse para fazer a forma de vida mais adorável dos dois – Carlos, ri Zenjirou com certeza exigiria que ela parasse também, se sua amada esposa permitisse que seus lábios vibrarem, bufando ou estirasse a língua para fora. até onde podia alcançar a ponta do nariz ou do queixo.

A polidez não era só entre estranhos.

Um provérbio que ele não deveria esquecer, mesmo que seu relacionamento como um “casal” permanecessem perfeitamente harmônicos já um longo tempo, depois que dois estranhos se tornaram uma família agora.

A rainha deu ao seu marido, que relutante deixou de fazer “caras estranhas”, um olhar afetuoso, que diferia daquele que ela estava dando ao filho, e disse de maneira levemente provocadora.


“Além disso, por que você está chamando nosso filho assim? 'Carlos' não é seu único nome. Você é o único, que pode fazer pronunciar corretamente o seu 'outro nome', então você não deveria chamá-lo por esse nome?”


Zenjirou ficou um pouco surpreso com as palavras de sua esposa e demonstrou no seu rosto, mas acenou com a cabeça.


"Ah, sim, certo."


Seu filho tinha outro nome. Um nome japonês que Zenjirou deu a ele. Era muito menos conhecido neste mundo do que o nome "Carlos", mas ele escolheu o nome por essa mesma razão. Afinal de contas, esse nome é certo, fazia parte do filho deles também.


"... Zenkichi."


Depois de respirar fundo, Zenjirou falou o nome em um sussurro, como se deixasse apenas um pouquinho do ar que enchia seus pulmões sair.

Zenkichi.

O segundo nome do filho que ele deu depois de muita consideração.

Devido à simples ideia de manter o primeiro caractere chinês de seu próprio nome, ele havia pensado em nomes relativamente comuns como Yoshihiko ou Yoshito de início, mas o povo do reino de Carpa, incluindo Aura, não conhecia a cultura dos “ideogramas”; Então era extremamente difícil explicar que um mesmo símbolo poderia ser lido como Zen ou Yoshi.

No final, ele deu a seu filho o nome Zenkichi.


“Carlos Zenkichi Carpa”


Esse era o nome oficial desse bebê, o primeiro príncipe do reino de Carpa.

Carlos era um nome relativamente comum no Reino Carpa. Pelo menos dois ex-reis e dez ou mais pessoas, dentro da realeza que não se tornou rei ao olhar o registro familiar, tiveram o mesmo nome. Então algumas pessoas já chamavam o novo príncipe de “Sua Alteza Carlo-Zen”, encurtando. seus dois nomes.

Também era possível que ele ser chamado "Sua Majestade o Rei Carlo-Zen" no futuro. Mas agora, “príncipe Carlos” era usado principalmente entre os habitantes comuns, então era bem provável que ele simplesmente fosse chamado de “Carlos III”.

Enquanto isso, o principezinho de repente contorceu seu rosto sorridente e chorou tristemente.


“Fuah… Fuah… Fueeeh…”

“Oh, o que há de errado? Zenkichi? Carlos? Carlo? Estás bem?"


Meio levantado do sofá, Zenjirou chamou-o preocupado, mas sua esposa o interrompeu


“Não, está tudo bem, Zenjirou. Esse choro significa que ele está com fome.”


Respondeu sem qualquer agitação.


"Ah, eu percebo."


Ele deu um suspiro de alívio pela garantia de sua esposa, em seguida, perguntou algo que ele percebeu de repente.


“Mh? Mas estou surpreso que você possa perceber, Aura. Não me diga que você pode diferenciar se ele está com fome ou sujou a fralda pelo seu choro?"


A rainha assentiu a pergunta do marido.


"De fato. Cassandra me ensinou no outro dia. Embora eu não possa fazê-lo tão bem quanto ela, já que ela pode dizer se é o número um ou o número dois pelo choro.”


Ela mencionou o nome da ama de leite, que geralmente cuidava do filho.

Cuidar de uma criança era uma tarefa tão exigente que era incompatível com o trabalho exaustivo de uma rainha. Afinal, um bebê era um pequeno tirano: quer leite, se alivia e chora quando esses dois desejos não estão realizados, e o dia todo sem se preocupar com os outros. Mesmo Aura, com toda a sua resistência, sem dúvida entraria em colapso depois de cinco dias se ela criasse a criança por si enquanto ainda cumpria suas obrigações como rainha.

No entanto, do ponto de vista de Cassandra, era surpreendentemente fácil cuidar de Carlos, já que ela mesma tinha três filhos.[5]

Isso não significava que Carlos era um bom menino, que não precisava de atenção especial. Pelo contrário, é graças a todos os itens como mamadeiras ou embalagem Tupperware para leite materno, que Zenjirou trouxe com ele de seu mundo.

O leite materno, tirado dos seios durante o dia, era seguro de usar para o outro dia também, quando mantido frio. Então a ama de leite ficara aliviada da tarefa de ter que acordar e amamentar o bebê quando chorava no meio da noite, já que podia ser alimentado com leite materno guardado, e aquecido à temperatura ambiente, na mamadeira.

Quando a ama-de-leite estava cansada ou com muito sono, uma das empregadas podia alimentar o bebê com a mamadeira em seu lugar. Por sorte, Carlos era um bom de boca, já que ele podia beber o leite dos seios da ama-de-leite, dos seios de Aura ou mesmo da mamadeira sem problemas.[6]


“Bem, então é hora de amamentar. Zenjirou, como você pode ver, minhas mãos estão ocupadas, você poderia por favor ficar atrás de mim e desatar a alça do meu vestido? ”

“Sim, claro.”


A pedido dela, Zenjirou rapidamente deu a volta no sofá em que estava sentada. O ar morno vinha queimando sua pele, já que ele saiu do raio de ação do ventilador, mas essa não era hora de se preocupar com isso.

Para satisfazer a fome de seu filho o mais rápido possível, ele ficou atrás da esposa, com os cabelos ruivos amarrados, no sofá e estendeu a mão aos seus ombros.

Hoje Aura usava um vestido vermelho sem mangas, onde a frente e as costas ficavam amarradas sobre os ombros.


"Aura, incline a cabeça um pouco para o lado."

"Hum, assim?"


Aura obediente inclinou a cabeça para a direita, e então Zenjirou estendeu a mão para o ombro esquerdo atrás e desamarrou a alça ali. Normalmente estava amarrado firme, mas agora era apenas um simples nó borboleta. Ela provavelmente havia previsto amamentar aqui do começo.

Um lado de seu vestido deslizou suavemente e expôs um dos grandes seios de Aura.


"Obrigado. Aqui, Carlos, leitinho.”


Com um dos seios à mostra, a rainha prontamente levou seu peito volumoso para perto do rosto de seu filho.


“Fueeeh… Fuaah? Ada ...”


A reação do bebê foi instantânea.

Com o peito de sua mãe bem à sua frente, a criança começou a deleitar-se como queria, chupando o mamilo de imediato.


“Mm… Mmm… Mm…”

“Fufu, olhe para ele mamando. Ele é bem enérgico.”


Aura baixou os olhos para o filho, que estava mamando, que ficara ainda maior do que antes dá gravidez, com um olhar muito afetuoso enquanto o segurava com firmeza.


"Bom. Ele deveria ter ficado realmente com fome.”


Uma vez que confirmou que Carlos havia parado de chorar, Zenjirou retornou para o outro sofá.


“Mm, Mh, Mm, Mmm…”

“… ..”

“… ..”


O bebê estava bebendo leite com toda a força enquanto a mãe segurava. E o pai estava observando-os um pouco à parte. Em algum momento, os pais ficaram em silêncio e apenas olharam com carinho para o filho.


“Coma até se satisfazer. Essa é a única vez que posso lhe dar leite hoje."


Aura deixou escapar essas palavras de sua boca. Como Aura era rainha antes de ser mãe, ela tinha poucas chances de amamentar seu filho sozinha.


“… BURP.”


A cena pacífica e comovente durou até o bebê tirar a boca dos seios de Aura.


“Mh? Qual é o problema? Já mamou tudo?”


Só para ter certeza, Aura trouxe seu seio mais perto de sua boca outra vez, mas ele desviou o rosto para o lado. Parecia que ele tinha ficado satisfeito. Zenjirou também não pôde deixar de dar um sorriso gentil ao ver seu filho com baba e leite ao redor da boca. No entanto, essa expressão gentil da desabou com as próximas palavras de Aura.


“Você bebeu tudinho? Eu percebi, você está cheio. Então o resto é "para o papai".

“Papai não vai beber! Mamãe, pare de fazer piadas sem graça na frente de Zenkichi!"


Zenjirou se opôs com veemência e uma expressão frenética de frente a mãe, acariciando o bebê sonolento.



Referências[edit]

  1. Porque é isso que tem de melhor na vida!!
  2. Aqui para mim deu a entender que mesmo que a festança não tivesse sido patrocinada pela Família Real, as tavernas ficariam abertas até tarde pela celebração e torcer pelos lucros da comemoração.
  3. Infelizmente tive que adaptar essa frase, porque tanto na versão em inglês como espanhol ficaram meio estranho.
  4. Sinceramente eu desgosto um pouco dessa atitude de se autoconter do Zenjirou. Sério, existem seres que parecem velociraptor, porque não aprender a montar num!!
  5. Eita jornada dupla de trabalho. Ou seria quadrupla??
  6. Esse guri não tem chilique para comer, vai aceitar qualquer coisa quando crescer!!


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