Risou no himo seikatsu: Capítulo 2

From Baka-Tsuki
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Capítulo 02: Preparativos e Transferências


Depois de fazer horas extras até o último trem, Zenjirou consegue chegar a sua casa em segurança. Entrando em seu apartamento de um quarto, foi direto para o computador e sentou-se diante dele.

Ele deliberadamente ignorou a exaustão e a sonolência que havia em cada fibra de seu corpo, colocou a marmita e a garrafa de chá que comprou na loja de conveniência a caminho de casa no lado esquerdo da mesa do computador e checou sua caixa de entrada por novos e-mails.


“Uhh… Três anos. 1,5 milhão de ienes por apenas três anos. ”


Lendo o e-mail, Zenjirou encolhe a cabeça entre as mãos na frente do computador e solta um gemido de sua boca. Esse gemido era por causa da resposta da empresa que vendia geradores de energia hidrelétrica para uso doméstico.

Em resumo, Zenjirou perguntou sobre três coisas em seu e-mail ontem: "Posso instalar os geradores que vocês vendem sozinho?", "Posso fazer a manutenção sozinho?" e "E se eu puder fazer, por quanto tempo posso garantir a sua funcionalidade?"

A empresa respondeu dessa forma “Você não pode. Você precisa de uma licença de eletricista. O responsável pela instalação e manutenção é com o técnico, não com o comprador, por isso pedimos que você deixe a instalação com nossa empresa ”,“ É possível fazer manutenção rotineira como remover seixos dos tanques de água ou limpar musgo quando ao lê o manual, mas não podemos garantir nada. Se possível, pedimos que você também nos deixe com a manutenção”, e “O tempo de garantia mínima é de três anos ”, o que esmagou as esperanças de Zenjirou.

Zenjirou já tinha antecipado sobre as questões da instalação e manutenção, logo o choque foi bem menor, mas a duração da garantia de três anos ao final foi-lhe um choque imensurável.


"Três anos, apenas três anos ..."


Zenjirou murmurou com os olhos vazios.

Ele estava preparado para isso até certo ponto. Para começo, mesmo que existisse um gerador dos sonhos que funcionasse até sua morte sem qualquer manutenção, os importantes aparelhos elétricos, como o ar-condicionado ou o refrigerador tinham uma vida útil limitada. Sua vida útil era de cerca de dez anos na melhor das hipóteses.

De qualquer maneira, ele tentaria mergulhar no estilo de vida do outro mundo sem conveniências culturais depois de algum tempo.

Portanto, Zenjirou considerava os aparelhos elétricos que traria com ele como uma espécie de “rodinhas de apoio” para se acostumar com a nova cultura.


“Meu corpo certamente irá se aclimatar em dez anos e, se necessário, eu posso pedir a Aura-san reconstruir meu quarto para ter água escorrendo pelas paredes como no velho palácio do marajá!”


Zenjirou tirou a mão do mouse e esticou os braços para cima, em direção ao teto. Bem, esta informação tinha base da internet também. Nos velhos tempos, quando bens de luxo como ar-condicionado ainda não existiam, um dos marajás na Índia usou sua enorme fortuna para construir um sistema grande, mas primitivo, onde a água escorria pelas paredes e era drenada para o exterior através de calhas no chão, para esfriar o lugar.

Era o mesmo que o costume de "aspersão de água" no Japão antigo. A reação endotérmica da evaporação da água baixou a temperatura na sala. Tal projeto parecia possível no outro mundo também, mas mesmo que Zenjirou não saiba nada sobre arquitetura, ele poderia pelo menos imaginar que isso exigiria uma grande soma de dinheiro.

Aura havia lhe dito que o país acabara de passar por uma longa guerra e ainda estava se recuperando. Ela permitiria que ele, um mero garanhão que seria Príncipe Consorte, desperdiçasse uma fortuna e mão-de-obra tão grande em um tempo duvidoso? De qualquer forma, seria impossível em curo prazo. Mas daqui a dez anos, quando o país se estabilizar, certo grau de egoísmo poderia ser permitido, era o que ele pensava.


“Três anos não serão suficientes. O problema é a bateria."


Zenjirou encarou o computador e ponderou. As peças consumíveis do gerador de energia hidrelétrica eram as de rotação (a hélice giratória) e a bateria.

Pensando racionalmente, é óbvio que uma bateria fosse incluída em qualquer gerador para garantir uma saída estável. A bateria tem vida útil de três anos. Por sorte, mesmo um novato poderia trocar a bateria com a ajuda do manual, já que era uma peça consumível de inicio, mas isso não significa que ele poderia comprar várias sobressalentes.

Claro que o fabricante as venderia em separado.

Para começar, um gerador de energia hidrelétrica era difícil de usar nas cidades devido à necessidade de terrenos, de modo que a maioria dos clientes vive no interior do país, onde a troca não era tão fácil para ser feita pelo fabricante. Devido a isso, era bastante natural comprar uma bateria sobressalente junto com o gerador para acidentes imprevistos. Mas o problema era que só possível uma bateria sobressalente de comprar.

Uma bateria que não era usada certamente durava mais do que uma que ficava em uso 24 horas por dia durante todo o ano, mas mesmo assim, não seria melhor quanto uma nova depois de três anos em armazenamento profissional.

Talvez seja mais fácil entender se fizer uma analogia: você esperaria que uma bateria funcionasse exatamente como o fabricante garante mesmo depois de cinco ou dez anos?


“Bem, acho que posso passar ter certa margem se compro três baterias sobressalentes? De alguma forma quero ter o suficiente por dez anos. O de rotação consegue se mantiver por dez anos e é difícil de trocar, então não precisarei de reposição. Ah, mas como a maioria dos aparelhos elétricos só se garante dez anos de qualquer forma eu poderia tentar fazer alguns reparos por mim mesmo.”[1]


Zenjirou não queria abandonar seu plano de levar eletricidade com ele, mesmo que se torne inútil após alguns anos de conforto no inicio.

Como estudante, ele assistia muita TV e DVDs, mas depois de se tornar adulto trabalhador, acabou por gravar os shows que não tinha tempo de assistir. Lentamente juntou DVDs de gravações de seu disco rígido. Ele também só havia visto os resultados da Copa do Mundo na África, e não assistiu a nenhum jogo de sua equipe favorita da liga júnior ou até do Campeonato Europeu de Futebol dos últimos anos.[2]

Desde que Zenjirou estava no ensino médio, ele gravava e assistia de duas a três séries famosas de drama da internet por ano. Ele também nunca perdia um episódio dos shows do grupo ídol especial que exibia no domingo à noite.[3] No entanto, esses shows gravados também acabaram empilhados à sua pilha de DVDs não assistidos depois que começou a trabalhar.

Perder tempo sem trabalho, apenas satisfazendo as necessidades básicas e assistir shows gravados. Esse era um estilo de vida improdutivo, mas era a coisa mais atraente que qualquer coisa para Zenjirou, já que ele estava desgastado no trabalho.

Era tão atraente que até ignorava a voz vinda de sua cabeça que perguntava: “Você não vai se cansar dessa vida e não saber mais o que fazer com ela rápido?”.


“De qualquer maneira, só posso trazer comigo o quanto cabe no tapete e meu dinheiro seria inútil ali. Ok, vamos gastar tudo! ”


Com espírito renovado, Zenjirou começou a coletar informações sobre os aparelhos elétricos que levaria com ele.


“Mhm, eu deveria ser capaz de montar o ar condicionado sozinho, se me esforçar ... Espere, como eu coloco o tubo de ventilação de externo? As paredes do palácio eram de mármore grosso... Para começar, pode um ar-condicionado normal esfriar aquele maldito quarto amplo e alto? Um modelo projetado para 30m² será suficiente…?”


Pensando melhor, havia muitos obstáculos no caminho para uma vida com eletricidade em outro mundo. No entanto, Zenjirou mergulhou em sua pesquisa na Internet para prolongar seu futuro brilhante em um segundo enquanto comia o bolo de carne ligeiramente resfriado com o chá da garrafa.


* * *


Com os dias corridos, o tempo voa.

Anteriormente, quando ele ficava enterrado de trabalho, o tempo parecia passar num piscar de olhos e Zenjirou se sentia impaciente e perdido por causa disso. Mas depois de anunciar sua demissão ele agora aceita isso com gratidão.

Deixava sua casa no início da manhã e ia para a empresa enquanto lia mangá no trem lotado. Como não havia assembleias matinais em sua companhia, ele passava seu cartão de horas e se dirigia à sua mesa.

Seu trabalho agora consistia principalmente em coordenar seus projetos para aqueles que assumiriam o cargo depois que ele renunciasse. Reescrevendo documentos que ele entendia agora, mas de uma forma que os outros novatos pudessem entendê-los também. E, finalmente, informando os parceiros de negocio de quem ele estava encarregado, sobre a mudança bem como de seu sucessor e abaixava a cabeça, dizendo: “Devido a circunstâncias pessoais, vou me demitir da minha posição. O Sr. XY assumirá a partir de agora, então, por favor, trate-o bem como você tem-me… ”.

Entre essas tarefas, ele escrevia as diretrizes para os recém-chegados.

Mesmo quando ele trabalhava até pouco antes do último trem, simplesmente não achava tempo suficiente. Então Zenjirou fazia horas extras pela manhã, mas nunca passava a noite no escritório. Tudo para o fim de conseguir mais fundos para sua viagem ao outro mundo.

No caso de ele perder o último trem, ele dormiria em um hotel de negócios perto da empresa, porém ele tinha que desembolsar do bolso próprio à taxa do hotel. Se ele entregasse ao contador um recibo, no nome da empresa, ele receberia o dinheiro de volta em seu contra cheque do mês seguinte, normalmente não era um problema, mas a partir de agora, seria um grande problema.

Afinal, Zenjirou partiria para o outro mundo antes de receber seu último contra cheque. Mesmo que as despesas do hotel fossem adicionadas, teria sido tudo em vão. Para evitar isso, Zenjirou fazia horas extras até tarde da noite, saindo com o último trem e mais horas extras pela manhã chegando com o primeiro trem.

Por tudo isso, valeu a pena o esforço. Fazia três semanas, desde que ele entregara sua demissão ao superior. A partir de hoje, graças a ter caído de cabeça no trabalho extra com só, quatro horas de sono em média Yamai Zenjirou demitia-se pacificamente e sem problemas da empresa em que ele havia trabalhado por três anos.


“Bem, então, chefe, obrigado por tudo. Adeus. ”

“ Sim, tudo bem. ”


O chefe de seção de meia-idade só respondeu brevemente quando Zenjirou lhe fez uma última visita antes de sair. E ainda mais, depois de se levantar olhou para ele por apenas alguns segundos, depois se sentou e voltou a trabalhar como se nada tivesse acontecido.

Sua atitude foi além de indiferente e poderia ter feito alguém se sentir odiado, mas Zenjirou sabia o quão estressado era o chefe de seção, então ele simpatizou com ele em vez de ter uma má vontade.[4]

Assim como em qualquer pequena empresa, o chefe de seção nesta empresa também não era apenas uma posição de "gestão". Supervisionando o trabalho de seus subordinados e tendo que fazer sua própria parte do trabalho, ele era um membro da equipe de fato.

Além disso, ele recebe bônus por ser um chefe de seção, mas infelizmente não recebia pelas horas extras em troca. Normalmente, devido a isso um chefe de seção era suspeito de ser um chefe “apenas no nome”. Enquanto o chefe desta empresa lhe dava mais autoridade, ele tinha que fazer a mesma parte do trabalho que seus subordinados, já que era muito. Então ele ficava em uma zona cinzenta, onde em uma investigação rigorosa o arrebentava, mas era deixado como está.

Zenjirou, fugindo da carga de trabalho de um empregado médio neste exato momento, abaixava a cabeça para o chefe da seção. Que estava preso no pântano sem fundo de horas extras até o pescoço e encarava seu trabalho como nobre como se dissesse: “essa é minha vida!” E com o máximo de respeito abandonou o lugar.


* * *


Depois Zenjirou entrou em seu amado carro híbrido e poucas horas depois de carro chegou à vila onde ele nasceu.


“Kuh… Uhh…!”


Depois de sair do carro, Zenjirou movimentava os ombros rígidos para se livrar do rigidez sob o sol poente. O espaço para carros que ele alugava mensalmente ficava mais longe da loja de conveniência ou o supermercado em que costumava ir, então ele sempre usava sua bicicleta. Devido a isso, uma longa viagem ocasional como essa, era bem cansativa para ele. Banhado pela luz crepúsculo olhou para a familiar casa de dois andares e nisso estreitando os olhos um pouco.


" Mudou nada aqui. "


Desde que ele havia perdido seus pais no ensino médio, esta casa, onde agora a família de seu tio morava, era um "lar" para Zenjirou.


"Ok, aqui vou eu."


Ele se sentiu um pouco nervoso porque não estava em casa há anos, então ele de propósito falou em voz alta para se controlar, e se forçou tocar a campainha.


“Já faz um tempo, Zenjirou-kun. Você parece bem.”


O tio de Zenjirou - Yamai Tadashi deu as boas-vindas ao filho de seu falecido irmão. Ele ainda se parecia como Zenjirou se lembrava dele: um rosto magro de óculos e um sorriso gentil.

A família de seu tio consistia em quatro pessoas. Seu tio, sua tia, sua filha no último ano do ensino médio e seu filho no último ano do ensino fundamental.

A filha frequentava uma escola de ensino médio longe e morava em um dormitório, de modo que apenas seu tio, a tia e o filho estavam sentados à mesa naquela noite, mas havia cinco cadeiras, não quatro.

A quinta cadeira pertencia a Zenjirou.

Eles só cuidaram dele por um ano, a partir do verão de seu segundo ano do ensino médio que seus pais morreram até ter se mudado para o dormitório de sua escola. Mas aquele casal carinhoso sempre mantinha uma cadeira para Zenjirou. Mesmo depois de já ter se mudado.


"Ok, podemos matar a saudade mais tarde, primeiro nós comemos, não é querido."


A tia anuncia o início do jantar e trouxe uma panela fumegante da cozinha. Ela era uma típica “senhora trabalhadora do campo”, tanto em aparência quanto em caráter. Zenjirou tentava se levantar para ajudá-la, mas a tia o detinha com "está tudo bem, sente-se" e arrumava a mesa tão rapidamente que não houve tempo de ajuda. Tirando o avental, sentou-se em sua cadeira.


“Se você por favor começar, querido.”

“Sim. Obrigado pela comida."


Alertado por sua esposa, o tio assumiu a liderança.


“Obrigado pela comida.”

“Obrigado pela comida.”

“Obrigado pela comida.”


A tia, o filho e Zenjirou fizeram o mesmo e a família Yamai começou o jantar. Nem precisaria dizer que a conversa desta noite foi toda sobre Zenjirou.


"Entendo. Você vai para o exterior, Zenjirou-kun.

“Sim, pretendo partir daqui a dez dias. Desculpa que seja tão repentino.”


Seu tio disse isso com o seu copo embaçado pelo vapor da panela, e Zenjirou engolia o repolho chinês em conserva, feito à mão por sua tia e abaixou a cabeça segurando os palitinhos com a mão direita e a tigela de arroz. na mão esquerda.

O tio mostrava o seu familiar sorriso gentil diante resposta franca de Zenjirou.


"Não, está tudo bem. Se é o que você quer. Apenas nunca esqueça que esta é a sua casa também, e você é sempre bem-vindo. ”


Lhe dando um olhar caloroso.

No entanto, Zenjirou estava indo para outro mundo em vez de no exterior.


"Ah sim. Obrigado."


Zenjirou escondeu o fato de que ele não seria capaz de voltar por pelo menos trinta anos, uma vez partindo se sentiria culpado pela boa vontade de seu tio. Com isso meio que forçou uma mudança de assunto, já que ele queria se livrar dessa culpa e temia que revelasse a verdade se fosse questionado.


"Ah, certo. Eu não poderia dizer exatamente por quanto ficarei, mas eu com certeza não voltarei por um bom tempo. Portanto, quero passar o meu carro para você, tio, e deixá-lo contigo."


O tio franze a testa pela primeira vez esta noite com as palavras do sobrinho.


"Zenjirou-kun, você não precisa ser tão atencioso para conosco."


Zenjirou tinha antecipado essa resposta de seu tio carinhoso, então ele colocou seus pauzinhos de lado e balançou sua mão de forma exagerada na frente da cabeça.


"Não, não é isso. Estou muito preocupado com o que fazer com ele. Eu estarei fora por tanto tempo que não irei apenas perder a próxima inspeção, mas até perder minha licença. ”


Ele foi pressionando assim, no entanto, o atencioso tio hesitou ainda mais depois de ouvir essas palavras de seu sobrinho.


“Mhm, entendo. Mas por que você simplesmente não o vende? ”


Em resposta o tio sugere algo que fizesse com que o sobrinho se beneficiasse pelo menos um pouco. Seu lado carinhoso não mudou em nada. Zenjirou inconscientemente faz uma expressão sorridente ao testemunhar a boa vontade inalterada de seu tio e explica melhor.


“Não, isso não vai funcionar. Vou sair daqui a dez dias, então vou embora antes de encontrar um comprador.”

“Então eu posso lidar com a venda para você e colocar o dinheiro em sua conta. Hoje em dia você pode até mesmo retirar dinheiro do exterior, certo? E se isso não for possível, você pode usá-lo quando voltar.”


A boa vontade de seu tio excedeu as expectativas de Zenjirou quando ele se absteve completamente de aceitar o carro.

Percebendo os cuidados de seu tio, Zenjirou se sentia um desalmado por escolher abandonar tudo aqui e se casar em um mundo diferente.


“Não, não vai ser um bom preço, já que é um carro muito antigo. É mais razoável você usá-lo.”


Colocando sua culpa de lado, Zenjirou forçou seu amado carro para seu tio rebelde, que então falou com um tom diferente do anterior, ao perceber o zelo do sobrinho.


"Mhm, mas você sabe, eu já tenho um carro e uma caminhonete."


Um carro próprio era indispensável para viver no campo. Além disso, para um fazendeiro em tempo integral como seu tio, era normal ter também uma caminhonete, que poderia ser conduzida através de uma licença padrão, para transportar coisas além do carro normal. Logo, ter outro carro não era lá uma bênção.

No entanto, Zenjirou havia antecipado essa resposta também, então continuou sua persuasão sem demora.


“Sim, então o que você diz coloca-lo em seu nome, mas dar a Sanae-chan? Ela começará a universidade no próximo ano, certo? Se ela tiver um carro, ela vai visitá-lo com mais frequência. ”


Sim, ele mencionou o nome da filha de seu tio. O tio deu um sorriso irónico em seu rosto esbelto pela primeira vez com essas palavras.


"Você tem um ponto agora. É bastante convincente vindo de você. ”


Seu tom quando disse tinha uma certa malícia para fazê-lo se sentir culpado. Zenjirou só havia respondido indiferente aos telefonemas de seu tio pedindo-lhe para visitar de vez em quando, na universidade. E não retornou nem uma vez em quatro anos, então ele se sentia envergonhado no momento.


“Eu sinto muito. Mas lembro que a primeira escolha de Sanae-chan é uma universidade aqui na prefeitura, certo? Então eu acho que um carro fará diferença.[5]

“ Entendo. Mas dirigir pode ser perigoso. ”


O tio ainda não foi convencido por Zenjirou. Enquanto isso, alguém que estava em silencio até então falou, enquanto raspava o prato. Era o filho do tio.


“Ei, você está dizendo que a mana vai usar o carro do Zen-nii? Eu me pergunto se ela vai me levar até Iida quando eu perguntar a ela.[6]


O tio sorriu gentilmente para seu filho, que já estava com os olhos brilhando da conversa até então, e repreendeu-o com um olhar não muito assustador.


“Ei, Yuusaku. Ainda não está decidido, fique fora disso. De qualquer forma, falta um ano antes de Sanae conseguir sua licença e você estará no dormitório da escola então. ”


O enérgico aluno do 9º ano não se esquivou as palavras de seu pai.


“Mas, mas, durante as férias de verão, a mana e eu vamos voltar para casa, certo? Posso questionar ela então? ”


Ele já expôs o seu desejo, já assumindo que o amado carro de Zenjirou pertencia a Sanae, sua irmã. A maioria dos caras odiaria ter sua irmã mais velha levando-o para a cidade para sair quando chegassem da escola, mas a julgar pelas palavras de Yuusaku, os irmãos se davam muito bem até agora.

O vislumbre dessa situação familiar harmónica, Zenjirou deu um sorriso honesto e tomou um gole do chá que a tia lhe servira depois do jantar e chamou o primo mais novo de dez anos.


“Bem, contanto que Sanae-chan esteja de acordo, não vejo nenhum problema. Tente perguntar quando ela voltar. ”

“ Sim, vou tentar por mensagem. Obrigado pela comida! ”

“ Ah, ei, espere! ”


Sem tempo para o tio pará-lo, Yuusaku rapidamente juntou sua louça, levou-a para a cozinha e subiu para o segundo andar com passos de rápidos.

Ele provavelmente iria mandar uma mensagem pelo celular para sua irmã.


"Yuusaku!"


O tio não conseguiu detê-lo e se levantou no meio do jantar. Então Zenjirou, sentando-se à frente dele, gritou para ele.


“Veja, tio, Yuusaku-kun parece satisfeito também, então o que você diz? Você vai aceitar? ”

“… ”


Mesmo nesse ponto, o tio ainda hesitava sobre a boa vontade de seu sobrinho e ficou em silêncio com uma expressão preocupada. O último empurrão foi dado pela tia, que até então havia observado silenciosamente a conversa.


"Por que não querido? Zenjirou-kun já é um ótimo homem. Se você continuar rejeitando seus favores, parece que você ainda está tratando-o como criança e isso é rude. ”

“ Compreendo. Sim, tudo bem."


Seguindo o conselho de sua esposa, o tio finalmente se decidiu e encarou Zenjirou novamente com uma expressão clara.


“Zenjirou-kun.”

“Sim?”

“Permita-me aceitar sua oferta. Obrigado. Vou dizer a Sanae para cuidar bem dele. ”

“ Sim, desculpe se é um carro velho, considere como gratidão por cuidar de mim até agora. Por favor, use-o sem pestanejar.


Zenjirou concorda com o tio, que se inclina um pouco do outro lado da mesa, com um sorriso aliviado, em resposta lhe da uma reverência. À noite, no mesmo dia.

Depois do jantar, Zenjirou foi direto para a cama. O quarto de 10m² em estilo japonês não mudou em nada desde aquele verão do segundo ano do ensino médio até o final de seu terceiro ano.

Uma escrivaninha no canto da sala. Um antigo rádio cassete em cima da cómoda que só tocava CDs. O colchão que colocou depois de tirá-lo do armário mais cedo, ainda era o mesmo também.


"Eu acho que este será sempre o meu quarto ..."


Zenjirou sentou-se de pernas cruzadas no colchão em seu pijama azul claro com as luzes acesas e falou consigo enquanto mexia no celular. A família de seu tio cuidara dele desde o ensino médio até a universidade e ele os amava por isso, mas dentro de sua cabeça ainda eram "parentes" em vez de "família". “Parentes” tão próximos quanto uma família. No entanto, o tio poderia ver de forma diferente.


"Eu acho que tenho que pagá-los pelo menos um pouco ..."


Zenjirou abriu as pernas e deitou-se no colchão.

Eles haviam conservado o quarto de um adulto que já tinha saído de casa em ordem, para poder voltar a qualquer momento. O fato de morar no interior certamente permitia isso, mas era inegável que esse era um exemplo perfeito da boa vontade da família de seu tio em relação a ele.


"Fuh ..."


Olhando para a luz fluorescente redonda que iluminava a sala, ele suspirou. E com esse suspiro, um leve cheiro de repelente de insetos do colchão provocou seu nariz. Era inapropriado, mas Zenjirou se sentiu um pouco aliviado.

Já que seu próprio perfume desaparecera do colchão e dava a impressão de que aquilo não era mais seu lugar voltou com força.


"Bem, de qualquer forma, estou me despedindo deste mundo em dez dias ..."


Zenjirou deitou-se de pijama no seu colchão, abriu seu celular dobrável e confirmou a data de hoje. Quando ele deixou seu apartamento, ele fez o desligamento de sua linha telefônica, gás, eletricidade e água, mas seu contrato de telefonia celular acabaria no final deste mês. A fatura do celular dele foi cancelada de toda forma, e a conta receberia o pagamento desse mês depois que Zenjirou partir, para que não houvesse problemas com o pagamento.

Então ele decidiu manter esse conveniente celular, que poderia ser usado em qualquer lugar operável até o último minuto antes de ir para o outro mundo.


"É tarde demais para se arrepender de qualquer maneira agora ..."


Ele já tinha dado a Aura o direito de convocá-lo em dez dias. Mesmo que ele vacilasse agora, não havia como deixar Aura saber sobre sua mudança de opinião. Sua transferência para o outro mundo em dez dias já era um fato estabelecido.


“E Aura-san disse que na verdade era uma exceção poder me mandar de um lado para outro em tão pouco tempo.”


Quando Zenjirou for convocado para o outro mundo em dez dias, a próxima chance de retorná-lo a este mundo novamente só viria em trinta anos. Trinta anos era um longo período. De fato, ele precisava estar pronto para ser enterrado no outro mundo.


"Eu estou pronto para isso ... ou pelo menos eu acho que sim."


Zenjirou colocou o celular ao lado do travesseiro e pegou uma caixa retangular do tamanho da palma da mão coberta com pano de veludo azul que estava ao lado.

Dentro da caixa havia um par de anéis. O grande anel amarelo-dourado tinha três diamantes transparentes encaixados um ao lado do outro.

Os diamantes não se destacavam do anel, faltava-lhe uma aparência extravagante. Mas o padrão geométrico detalhado gravado na base e o brilho dos três diamantes davam-lhe um charme sutil.


“Aura-san…”


Olhando para o anel, Zenjirou recordou o rosto da Rainha que o espera no outro mundo. Depois disso, seus sentimentos insistentes por esse mundo, que já estavam no auge desde que ele reviu a família de seu tio, enfraqueceu gradualmente.


"Acho que eles chamam isso de amor à primeira vista."


Ele ainda tinha certas restrições, mas resolveu as coisas um pouco. Levantando apenas a parte superior do corpo em cima do colchão, ele puxou a corda da lâmpada fluorescente e desligou a luz.


* * *


No dia seguinte, Zenjirou acordou de manhã cedo e felizmente comeu o café da manhã que sua tia preparara para ele. Então foi até a cabana esfarrapada nas montanhas a cerca de trinta minutos da aldeia.

Ele parou seu carro na trilha acidentada da montanha que estava cheia de mato, exceto na rota. Olhando para a cabana esfarrapada, ele deixou escapar sua surpresa.


“Uwah! Eu não estive aqui desde o primário, mas em pensar que virou nisso ...! ”


A cabana, que mal resistia a chuva e o vento, e as terras ao redor pertencia a Zenjirou. Quando ele se formou na universidade e encontrou um emprego na capital, ele meio que empurrou a casa e os campos que herdara de seus pais para o tio, que os tinha administrado como seu guardião até agora. Mas seu tio não quis aceitar esta cabana e as terras ao redor dela.

Aparentemente, a velha cabana esfarrapada foi o ponto de partida da família Yamai. Dito isto, a cabana a sua frente agora tinha um telhado de zinco, então ela deve ter sido reconstruída depois dos anos 90. De qualquer forma, isso não muda o fato de que era uma cabana caindo aos pedaços.


“Quando eu ouvi sobre essa história, eu me perguntava se meus ancestrais talvez tivessem sido expulsos da vila, mas se Aura-san disse a verdade, então pode ser possível.”


Zenjirou olhou para a cabana esfarrapada iluminada pelo sol da manhã e murmurou profundamente comovido. Se a história de Aura era verdadeira, então os ancestrais de Zenjirou e da família Yamai eram um casal de amantes do outro mundo, que fugiu para cá há 150 anos.

Dois estrangeiros com aparência de latinos ou do sul da Ásia devem ter se destacado de forma negativa durante o final do período Edo. Era mais do que possível que eles percorreram um caminho espinhoso, mesmo depois de fugirem para este mundo, até encontrarem paz nesta cabana esfarrapada.


"Bem, vendo que a aldeia não tem uma história oficial sobre isso, eles também poderiam ter se misturado facilmente".


Zenjirou terminou sua divagação com um pensamento positivo. Se seus ancestrais foram evitados, ele teria pelo menos ouvido historias sobre, mesmo tendo acontecido num lugar tão rural há 150 anos. No entanto, Zenjirou nunca ouviu uma única palavra de algo relacionado. Como ele havia acabado de dizer, é perfeitamente imaginável que eles se adaptaram à aldeia de maneira bem fácil.

Enquanto tais pensamentos cruzavam sua mente, o som pesado de um motor a diesel podia ser ouvido da estrada acidentada coberta de mato.


"Oh, aqui vêm eles."


Zenjirou viu o caminhão do fabricante aparecendo entre as árvores, rapidamente entrou em seu carro e o moveu para dar espaço para o caminhão estacionar. Depois de alguns minutos, três homens de macacão cinza saíram do caminhão parado em frente à cabana.


“Por favor, desculpe nossa demora. Nós somos da Technotec. Eu suponho que você é 'Yamai-sama', que comprou a micro gerador hidrelétrica e pediu a sua montagem? ”


O aparentemente mais velho dos três, um homem de meia-idade, chamou Zenjirou que estava na frente da cabana.


“Sim, eu sou Yamai. Obrigado por vir hoje."


O homem de meia-idade devolveu um sorriso diante às palavras de Zenjirou.


"Sim. Da mesma forma, obrigado por nos escolher. Nós já terminamos de inspecionar o lugar há alguns dias, para que possamos começar com a instalação de uma vez. Apenas por precaução, gostaríamos de confirmar seu pedido novamente."

“Você quer que o gerador seja instalado nesse pequeno riacho para ter eletricidade no prédio atrás de você. Correto? ”

“ Sim, está correto. ”


Zenjirou respondeu afirmando com palavras breves. Verdade seja dita, ele queria usar essa energia hidrelétrica no palácio real de outro mundo, mas não havia como responder francamente.


“É só que eu também quero fazer uma manutenção mínima sozinho se algo acontecer, já que aqui é no meio do nada, como você pode ver. Então gostaria de perguntar se está tudo bem com você eu gravar a montagem? ”


Zenjirou colocou seu pedido da forma mais indiferente possível, e logo o homem de meia-idade mostrou um sorriso irônico.


“Mhm ~ Eu não me importo com a gravação, mas com a manutenção, huh. Bem, certamente é vantajoso se você souber limpar o filtro ou o tanque d’água, mas é melhor não interferir com o dispositivo. ”

“ Sim, claro. Só o que posso fazer como amador.


O técnico de meia-idade caiu no engodo de Zenjirou.


"OK. Se for esse o caso, você é livre para gravá-lo. "

" Muito obrigado. Por favor, diga-me se eu quando eu poderei começar. ”


Tendo seu desejo concedido, Zenjirou sorriu para o técnico de meia-idade, então ele retornou ao seu carro para buscar a “ câmera” que ele tinha pego emprestado de seu tio.


“Uaah… Isso parece mais complicado do que eu pensava. Para ser honesto, eu posso ter sido um pouco ingênuo... ”


Algumas horas depois, Zenjirou disse isso um pouco exausto depois que ele continuou gravando o trabalho dos técnicos com sua câmera o tempo todo. Começaram o trabalho às dez da manhã e não ainda não tinham terminado depois da hora do almoço. Se três técnicos profissionais demoraram tanto tempo, quantos problemas teria Zenjirou quando tentasse reconstruí-lo sozinho no outro mundo?


"Talvez eu tenha sido um pouco precipitado."


Era compreensível que ele inadvertidamente se arrependesse de sua escolha. O slogan “fácil de instalar apenas conectando a entrada de água e a drenagem” na página inicial aparentemente significa “fácil para profissionais”.

O pequeno gerador de energia hidrelétrica era composto de três partes grandes.

A primeira parte era o tanque de água, que regulava o volume constante de água e filtrava a areia. A parte seguinte era o gerador com a roda d'água e um grande imã, que produziria a eletricidade. A última parte era o sistema de controle que conseguiria uma saída estável com uma bateria trocável.

O tanque de água foi posicionado perto da parte de cima do riacho, em seguida, uma mangueira grossa de abastecimento foi colocada no rio para encher com água do rio o tanque. Posteriormente, a parte do gerador foi posicionada em um local um pouco abaixo ao tanque de água para permitir que a água vazasse.

O tanque de água e o gerador foram conectados através de uma mangueira pequena durável e flexível. Através dele a água, já livre de areia e seixos graças ao filtro dentro do tanque, fluiria para dentro da roda d'água dentro do gerador. Depois de girar a roda, a água fluiria através de uma mangueira de drenagem retornando rio abaixo.

O sistema de controle, por outro lado, estava dentro da cabana. Perfurando um buraco redondo na parede da cabana e instalando um cabo de energia através dele, o cabo foi conectado à parte do gerador no rio. Toda a eletricidade produzida pelo gerador alimentaria à parte do sistema de controle. Essa parte do sistema de controle tinha duas grandes baterias instaladas, o que cobria, até certo ponto, a típica flutuação na saída do gerador.

Em uma casa normal, o sistema de controle seria instalado para alimentar de eletricidade a caixa de fornecimento de energia interna da casa, mas a cabana esfarrapada não tinha uma coisa tão avançada. Portanto, ele ordenou que a parte do sistema de controle fosse equipada com várias tomadas, de modo que os aparelhos elétricos pudessem se abastecidos diretamente da peça, por uma taxa adicional.

Com essas tomadas, aparentemente seria possível ligar até mesmo uma TV, um computador e uma geladeira sem nenhum problema.


"Por favor, espere um momento."


Com estas palavras, o técnico de meia-idade foi até o caminhão por um momento e voltou com uma velha lâmpada elétrica. Provavelmente uma verificação final para ver se o gerador funcionava sem falhas.


"Ok, eu estou ligando!"


Então, o técnico de meia-idade espiou apenas o rosto pela porta aberta da cabana e gritou para os dois subordinados que trabalhavam do lado de fora.


“Sim, o tanque de água está bem!”

“Sem problemas com a unidade do gerador!”


Os outros dois jovens técnicos, que estavam respectivamente fazendo as verificações finais do tanque de água e no gerador, levantaram os braços, sinalizando que estava tudo certo em voz alta.

O gerador foi ligado.

A roda d'água girou produzindo eletricidade. Essa eletricidade era imediatamente levada para alimentar o sistema de controle dentro da cabana. O som de uma ventoinha girando na caixa retangular e a luz verde no topo à direita do sistema de controle brilhando, era prova de que o dispositivo estava funcionando normalmente.


"Ok, hora de testá-lo."


Confirmando a luz verde, o técnico de meia-idade colocou a lâmpada no piso de madeira e conectou o cabo ao sistema de controle. Então ele ligou a lâmpada. O interior escuro da cabana estava iluminado pela luz brilhante da lâmpada.


"Ohh!"

"Parece funcionar muito bem."


Zenjirou estava admirando e o técnico de meia-idade na sua frente mostrou um sorriso de satisfação por um bom trabalho, enxugando o suor da testa com a toalha em volta do pescoço.

Cerca de uma hora depois.


"Ok, agora será maior obstáculo."


Depois que o caminhão com os técnicos da Technotec foram embora, Zenjirou, ficou para trás na cabana sozinho. Murmurando a frente do novo gerador. O cabo para carregar a câmera com o vídeo da montagem do gerador estava conectado à saída do gerador.

Vendo como a lâmpada para a carga adequada estava brilhando, o gerador operava sem problemas até agora. Zenjirou pegou o manual que os técnicos deixaram para trás e foi olhar na categoria do sistema de controle.


“Vamos ver, a lâmpada vermelha aqui é para anormalidades e esse valor mostra a saída de energia atual. Com uma saída como essa, parece que posso usar todos os meus eletrodomésticos do meu apartamento simultaneamente. Mas quando os levar para o outro mundo, tenho que remontar tudo do zero e não haverá garantia de que ele produzirá a mesma saída de corrente elétrica.”


O manual também tinha uma lista de voltagem para eletrodomésticos comuns. Com isso, ficou evidente a quantidade de eletricidade que um eletrodoméstico precisava para funcionar.

A produção máxima do seu “micro-gerador de energia” é de 1 kW. Um único morador em um apartamento de um quarto poderia facilmente se contentar com essa quantia, mas uma família de quatro ou cinco pessoas morando em uma casa normalmente com isso daria. Mas isso só teoricamente na melhor das hipóteses.

O display atualmente indica uma saída de pouco mais de 600W no máximo. Mesmo que conseguisse de alguma forma levar esse gerador para o outro mundo e remontá-lo lá, era improvável que ele obtivesse a mesma saída que a atual, montada por profissionais.


"Isso limitará os aparelhos elétricos que eu posso usar regularmente ..."


Zenjirou olhou para o teto, refletindo por um tempo.


"Talvez eu deva trazer os aparelhos que armazenei para cá, e testá-los para ver quantos trabalham com ele."


Ele chegou a tal conclusão.

De qualquer maneira, já era praticamente certo que ele partisse para o outro mundo daqui, já que o gerador de energia hidrelétrica estava instalado aqui. No último dia, ele teria que desligar a energia e jogar a água fora, colocando tudo no carpete que recebeu da Aura. Porém, o gerador em si já pesava 75 kg. Com um carrinho de mão, Zenjirou podia colocar tudo dentro, de um jeito ou de outro. Mas em vez de todo esse problema, era muito mais eficiente colocar o tapete mágico dentro da cabana e usar esse lugar como local de partida para o outro mundo. Conseguir tirar o gerador do rio até a cabana exigiria um pouco de esforço, mas não era nada impossível com um carrinho de mão.


“Nesse caso, tenho que trazer tudo aqui no último dia de qualquer maneira. Então não terá danos se trazê-los agora. ”


Quando ele saiu de seu apartamento, ele alugou um depósito e colocou tudo o que queria levar para o outro mundo, dispensando todo o resto. As únicas coisas que ele trouxe consigo para a casa de seu tio em seu carro foram: um pouco de bagagem de mão, uma muda de roupa, os anéis de casamento e o tapete mágico. E quando ele entrar em contato com o serviço de mudança e ter suas coisas à mão antes de ser transferido, o salvará de uma correria de última hora.

Além disso, ele poderia testar quantos eletrodomésticos ele poderia usar simultaneamente com o gerador ou o que ele precisasse para uma vida diferente da cidade, o que era divertido por si só.


“Eu ainda tenho alguns dias livres de qualquer maneira. Se eu pensar em algo útil, posso comprá-lo em uma loja do tipo "faça você mesmo" na cidade próxima com meu carro. Mas eu preciso consultar meus fundos restantes sobre isso ...”


Embora fosse chamada de próxima, essa cidade ficava a duas horas de carro, mas isso ainda era tolerável. Parando para pensar, Zenjirou planejava ajudar seu tio nos campos até ele partir, mesmo sendo por meio dia, na parte da manhã ou pela tarde.

Mesmo que fosse apenas por alguns dias, não havia como ele, um homem adulto, ficar sentado sem fazer nada quando lhe davam comida e um lugar para repouso. Mas também tinha que considerar suas próprias circunstâncias.


“Ok, é melhor fazer a ligação então. Vamos ver ... Espere, não há antenas de telefonia? Uwah, então eu não serei capaz de usar meu celular a menos que eu me dirija até a rodovia. ”


Tendo decidido sobre suas ações futuras, Zenjirou entrou no seu carro híbrido, cuja tinta cinza estava suja de lama e poeira, fazer uma chamada para o serviço de entrega e o gerente do galpão de deposito.


* * *


O tempo para se preparar passou em um instante. Faz exatamente um mês desde o dia em que ele fez a promessa com Aura. A cabana surrada de telhado de zinco ficava isolada na montanha, coberta de orvalho pela manhã.

Dentro daquela cabana, Zenjirou sentou-se no meio do tapete mágico esperando a hora certa. Resumindo em uma palavra, ele parecia "ridículo".

Agora, ele vestia um terno cinza com uma mochila grande nas costas, do tipo usada apenas para alpinismo profissional. Isso por si só já o deixava bastante suspeito, mas também segurava uma navalha na mão direita como espada, apertando na ponta do dedo mínimo de sua mão esquerda.

Chamar isso de "suspeito", não era de forma algum equívoco.


“A qualquer momento agora? Não, ainda não. … Talvez tudo tenha sido apenas um sonho? Não, não, isso não pode ser. Eu tenho o anel e o tapete. … Mas eu acho que algo inesperado poderia ter acontecido e eles abandonaram a ideia de me convocar? ”


Ele continuou derramando sangue no carpete periodicamente bicando a ferida em seu dedinho esquerdo com a navalha na mão direita. e agora impulsionado por uma imensa ansiedade.

Todos os preparativos para atravessar para o outro mundo estavam prontos. Ele havia saído de sua empresa, cancelado todos os serviços essenciais, como gás, água, linha telefônica e eletricidade, e saído de seu apartamento. Apenas seu contrato para celular ainda estava ativo, mas ele havia tomado medidas para o cancelamento até o final do mês.

Para seus parentes de sangue, a família de seu tio, ele contou a mentira: "Vou ao exterior por causa de uma transferência de emprego".

O registro de sua certificação foi alterado de seu local de trabalho para sua cidade natal também. Suas contas bancárias e de correios permaneciam, então seu último cheque de pagamento seria creditado a ele no próximo dia 10, mas o próprio Zenjirou não seria capaz de usar esse dinheiro. Ele não deveria poder. Se pudesse, seria preocupante.

Se, no pior dos casos, a convocação não acontecesse, Zenjirou acabaria perambulando como um sem-teto sem nada além de um gerador de energia hidrelétrica. Que era quase inútil no Japão moderno, e um cabo de extensão longo e ridículo na mão depois de todos esses preparativos.

Para ser honesto, se ele não fosse convocado agora, sua vida estava praticamente arruinada.


“Merda, estou ficando tonto. Eu perdi muito sangue?"


Zenjirou murmurava isso, pois estava com a impressão de que sua visão ficava escura, mas isso não era possível. A quantidade de sangue que ele perdeu até agora não era nem um décimo de uma sacola de sangue de hospital. Sua tontura e visão estreita era de origem mental.

Enquanto era verão, a temperatura era baixa na montanha, já que ainda era de manhã.


"... Tão frio."


Zenjirou foi atingido por um arrepio, sem saber se era de frio ou do seu nervosismo.


“Eu empacotei tudo? O gerador… A parte do tanque d’água, a parte do sistema de controle. As mangueiras de abastecimento e drenagem. Tudo está aqui."


Em uma tentativa de se distrair do tremor, ele checava o importante “micro gerador de energia hidrelétrica” apontando para cada parte. Ontem, levou o dia todo e muito esforço para carregá-los no tapete.

Zenjirou queria ser elogiado por alguém pelo esforço de levar a todas as partes de um gerador de 75 kg para a cabana sozinho. Foi simplesmente por isso, ele havia comprado um carrinho de mão na loja "faça você mesmo", mas sem ele, nunca teria conseguido isso sozinho.

Os técnicos haviam estabilizado o gerador retangular com estacas no terreno montanhoso nivelado. No momento em que ele tirou essas estacas, uma a uma enquanto procurava não deixar a peça desmoronar, ele enfiou o carrinho de mão embaixo dela, ficando com a camiseta e a cueca boxer todas molhadas.

Mas, graças a esse esforço, o “micro gerador hidrelétrico” completo estava agora no topo do tapete mágico.

Excluindo a geladeira de cinco portas, era o maior item da bagagem.


“No final, eu só pude comprar para Aura-san um pouco de álcool além dos anéis, mas isso deveria ser suficiente, eu acho. Ela parecia gostar de álcool."


No canto do tapete havia garrafas de conhaque, uísque, vinho e saquê alinhadas. Falando de álcool, Zenjirou geralmente só bebia cerveja de baixo teor de malte ou em casos extremamente raros um uísque de 1500 ienes. Com isso ele considerou comprar uma garrafa pelo preço de dez a vinte mil ienes insanos, mas para um presente a rainha, ele precisava investir pelo menos nisso.

Isso o fez lembrar que o outro mundo só tinha um licor de ameixa com baixo percentual alcoólico. Então ele havia comprado um similar artesanal, mas ele ainda não tinha testado se poderia fazer licor destilado com ele.

Bem, seria um bom negócio se ele conseguisse.

De qualquer maneira, ele havia comprado cerveja de baixo teor de malte e um uísque local adequado em caixa.... O que deveria durar por um tempo.

Em seguida, Zenjirou verificou seu traje atual.


"Isso parece bom o bastante ... Bem, mesmo que não for, eu não tenho roupas melhores."


O terno cinza que ele usava no momento eram as roupas mais caras de seu guarda roupa, o seu melhor terno, por assim dizer. Afinal, ele estava indo para o seu casamento. Mesmo se as culturas fossem diferentes se seu parceiro fosse de um mundo diferente, ele teria que se vestir apropriadamente a seu modo.

A princípio, ele considerou pegar um terno branco como os noivos usam durante a recepção. mas seu preço insano pôs fim à sua ideia de uma vez. Ele claramente cruzou o limite de despesas justificáveis para roupas que seriam usadas apenas uma vez.

Como Zenjirou tinha poucos recursos, ele só pode preparar o traje mais decente do guarda roupa. E quando ele estava verificando seu traje, ele notou que a alça da mochila nas costas dele enrugava seu terno.


“Uwah, isso não é bom. Conseguirei consertar isso no outro mundo? Ainda assim, não tenho coragem de deixar para trás só por causa disso. Eu só tenho que conviver com ele."


Sua mochila estava cheia de roupas, botas robustas, várias baterias AA recarregáveis e um carregador solar para elas. Além disso, havia pão seco, biscoitos e barras de chocolate, garrafas pet de água, uma dúzia de isqueiros e facas bem como ferramentas, uma lanterna dínamo de LED e uma manta isolante de calor. Em suma, o conteúdo era uma espécie de “pacote de emergência”.

Quando ele pensou em incidentes imprevistos como se fosse convocado para o lugar ou horário errado ou se a magia do tapete falhar e apenas seus pertences em seu corpo fossem transferidos. Ele não tinha vontade de colocar a mochila no carpete, mesmo se enrugasse um pouco seu traje.

"Aura-san"

É claro que o item mais importante, o anel para Aura, estava guardado com segurança no bolso interno de sua roupa, junto com a caixa. De repente, Zenjirou ansiava por verificar o anel no bolso novamente. No entanto, sua mão direita ainda estava ocupada com a navalha e o dedinho de sua mão esquerda estava sangrando até agora.

Zenjirou pensou em largar o instrumento por enquanto e olhar dentro do bolso. Naquele exato momento.


“Guh… !?”


Uma sensação familiar de embriaguez se abateu sobre Zenjirou sentada em cima do tapete. Ele imediatamente largou a navalha e colocou as duas mãos no carpete. Então ele ouviu um barulho de “clank” a direita e no momento seguinte, a voz atraente de uma mulher, que ele não ouvia há um mês, vinda de cima de sua cabeça.


“Eu recebo você, meu futuro marido. Estou feliz que a segunda convocação tenha corrido bem. Agora posso finalmente dizer isso com toda sinceridade: Bem-vindo a este mundo e ao meu país. Estou feliz em vê-lo, meu parceiro pelo resto da vida."

"Aura-san..."


Zenjirou tinha se transferido perfeitamente junto com o tapete e esquecido de se levantar, olhou para a rainha, que abriu os braços lhe dando boas-vindas, enquanto ele ainda estava de joelhos como um tolo.



Referências[edit]

  1. O que uma pessoa não faz para ter um ar condicionado.
  2. Que tristeza cara... Nem conseguir ver a Copa da África ou a UEFA POR ANOS!!!! Aura libertou alguém dos grilhões da escravidão!!!
  3. Ora, ora parece que temos um prota que gosta de Love Live Sunshine!!
  4. Tu é um anjo cara, se meu chefe fizesse isso....
  5. No Japão as prefeituras seriam correspondentes aos nossos estados.
  6. Ni é de oni-san= irmão. Logo irmão zen na frase.


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