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Toaru Majutsu no Index:Volume14 Capítulo3
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===Parte 4=== Bem, Itsuwa era uma garota com uma personalidade pacífica e honesta. Mesmo após Kamijou apontar a “questão”, ela não demonstrou nenhum tipo de ação desmedida, como dar-lhe um tapa, mordê-lo, fritá-lo eletricamente com um bilhão de volts, ou qualquer outra coisa parecida. Apenas sua face tornou-se extremamente corada e ela deu uma risada nervosa. Ela apenas disse, “Ah. Ah ha ha. Desculpe-me por ter lhe mostrado isso. Ah ha ha ha ha.”, cruzou os braços para esconder seu peito e correu em direção da ponte aonde estava a bolsa com suas roupas extras. Ela estava sorrindo, mas seus olhos lacrimejaram um pouco. Parecia uma reação bem adulta e sensível. — Hmmm... Por alguma razão, Kamijou se sentiu bem desconfortável com toda a situação. Ele mirou o horizonte desejando que ela ao menos tivesse gritado. Dez minutos depois, Itsuwa estava de volta usando roupas diferentes, fazendo Kamijou pensar aonde exatamente ela havia se trocado. Ela já havia se secado, mas ela ainda devia ter sentido que exalava cheiro da água do rio, porque ele percebeu que ela havia colocado perfume. — D-desculpe fazê-lo esperar. Itsuwa tinha uma grande bolsa apoiada em seu ombro. Ela estava usando uma blusa verde clara e calças marrom escuras que iam até a altura da panturrilha. A blusa era feita de um material tão fino que você poderia imaginar que veria através dela se o sol brilhasse ali. A blusa não tinha botões; era apenas amarrada na altura do estômago. Aquela blusa era tudo o que ela estava vestindo na parte de cima de seu corpo. — ...Itsuwa-san? — E-eu não tive escolha! Eu só tinha isso para colocar por cima do top e parece ser uma roupa diferente! Então, por favor, não diga nada!! Ela parecia estar dizendo a verdade porque, olhando de perto, a blusa realmente não tinha botão algum. Amarrar a parte da frente era a única maneira de deixá-la fechada. Ela devia saber que estava levando ao limite com aquela roupa, porque ela se curvou um pouco para evitar o olhar silencioso de Kamijou. Mas ela estava nessa situação porque ela pulou no rio para salvá-lo. Kamijou usou os recursos limitados de seu cérebro para achar algo para dizer. — Bem, do jeito que Kanzaki se veste, isso não é nada, certo? — A Sacerdotisa não se veste de uma forma tão promíscua quanto isso!! Itsuwa negou que Kanzaki se vestisse inapropriadamente, mas então percebeu que ela mesma estava vestida de forma “promíscua” e sua face corou de vez. (Bem, como Kanzaki age como se fosse festejar a noite inteira, funciona. Mas como Itsuwa fica toda embaraçada, tenta se esconder e fica tímida, isso a faz aparecer ainda mais.) — Eu realmente não sei quem é o Tsuchimikado-san, mas, se você está aqui para recuperar o C-Document, talvez nós possamos trabalhar juntos até nos encontrarmos com ele. Itsuwa deve ter desejado mudar rapidamente o assunto e desviar a atenção da roupa dela, porque ela forçou um pouco o tópico relacionado ao trabalho. Como Kamijou não sabia nada de Francês e não tinha passaporte, ele não podia voltar para o Japão por conta própria, então ele esperava que as coisas funcionassem como Itsuwa havia dito. — B-bem, seria de grande ajuda se nós pudéssemos fazer dessa maneira. — Certo, primeiro vamos achar um lugar para sentarmos. Nós podemos discutir algumas coisas. Kamijou estava a ponto de concordar, mas então ele olhou para suas roupas e viu o estado em que estavam. — Eu estou ensopado... Gostaria de, pelo menos, tirar essa lama daqui. As costas de Itsuwa se enrijeceram depois de escutar o comentário casual de Kamijou. Ela apressadamente vasculhou sua bolsa. — B-b-bem... E-eu tenho uma toalha molhada, você poderia... Antes que ela pudesse terminar, uma toalha foi largada sobre a cabeça de Kamijou. Surpreso, ele se virou e viu um homem branco com um cachorro grande. O homem nem mesmo se virou e balançou a mão enquanto dizia algo de maneira aborrecida, que devia ser algo do tipo “Pode ficar com ela.” — …Ah. Existem algumas pessoas boas aqui. Por que os franceses tem esse jeito bacana de fazer qualquer coisa? ...Hm? Itsuwa, por que você ficou rígida desse jeito? — N-não é nada... Itsuwa abaixou os ombros. Kamijou inclinou sua cabeça de lado, confuso, enquanto tirava a lama de seu rosto e suas roupas com a toalha. — Ah, certo. Estão acontecendo manifestações e protestos nessa cidade, correto? Eles estão fazendo inspeções? Veja bem, eu não trouxe meu passaporte. — Eles estão fazendo várias inspeções, mas a maioria é feita somente para checar seus pertences. Eu não acho que eles vão pedir seu passaporte. E eu posso enganá-los usando magia. Itsuwa reajustou a alça de sua bolsa enquanto murmurava algo sobre como uma toalha quente funciona melhor que uma toalha comum. Avignon. A cidade antiga no sul da França estava cercada por quatro quilômetros de muros de castelo. Havia várias construções amontoadas em um espaço limitado. Na era de ouro da cidade, ela era uma enorme influência cultural na Europa. Parcialmente por causa disso, ela ainda era um dos principais pontos de turismo da França. — …Hmm. Então você estava investigando Avignon por causa do C-Document? Eu entendi até aí, mas... Kamijou pediu uma explicação para Itsuwa enquanto atravessavam o portão arqueado que os levou para dentro das grandes paredes rochosas e para a cercada cidade de Avignon. Eles entraram em uma área de praças e Kamijou avistou o que parecia ser um café. A placa ao lado da rua tinha algo escrito em francês (ao menos Kamijou pensou que era. Ele não tinha certeza.) e inglês. Devia ser um café para turistas, porque possuía vários aparatos para ajudar a acomodar pessoas que estivessem lá pela primeira vez. Itsuwa levou Kamijou para fora daquela área, em uma rua menor. Kamijou supôs que devia ser um lugar mais escondido que Itsuwa conhecia. — Eu sei que você disse que iríamos a algum lugar para sentar, mas...” — S-sim? — Por que o Drory Coffee? Digo, eu sei que é uma companhia estrangeira, então não é surpresa que exista filiais aqui na França, mas isso é exatamente como no Japão. Não podíamos ter escolhido um lugar como... você sabe, um lugar pouco conhecido que foi fundando por um casal de idosos ou algo do tipo? — B-bem, existem lugares assim, mas... Itsuwa parecia estar se desculpando. — Um... Lugares assim costumam ter mais pessoas locais, então japoneses como nós iriam se destacar mais. É bem mais seguro ficar em um lugar onde muitos turistas japoneses vão... — Nnn... Kamijou gemeu. Ele meio que concordou com ela, mas então ele percebeu outra coisa. — …Espere um pouco, Itsuwa. Eu ainda estou bem sujo. Ele havia recebido uma toalha lá no rio, mas ele não conseguiu tirar toda a sujeira com aquilo. Ele estava praticamente seco agora, mas ainda havia bastante lama. — Se eu entrar em uma loja do jeito que estou, não me botariam para fora assim que eu entrasse? — Vai dar tudo certo. Itsuwa respondeu casualmente. — Do jeito que as coisas estão, vai dar tudo certo. Kamijou descobriu o que ela quis dizer assim que entrou na loja. O ambiente da loja era exatamente o mesmo das lojas no Japão. As paredes viradas para a rua estavam cobertas com vidro e, na frente do vidro, havia uma longa mesa com assentos alinhados à sua frente. O centro do piso tinha assentos para quatro pessoas, e o balcão onde se fazia os pedidos se alongava até o fundo da loja. Kamijou não conseguia ler francês, mas pelas placas e sinais de “não fume” espalhados pela loja, a mesma devia ser considerada uma área inteira para não fumantes. As únicas diferenças do Japão eram as pessoas dentro do recinto. Obviamente, as pessoas lá dentro eram francesas ao invés de japonesas. Não havia ninguém por perto quando ele pousou de paraquedas, mas a loja estava lotada. Eles podiam estar com medo das manifestações e protestos, mas eles ainda tinham que trabalhar para sobreviver. As pessoas só estavam indo a lugares aos quais tinham de ir, então o fluxo de pessoas estava concentrado em áreas específicas. E havia outra diferença. A maioria dos clientes tinha cabelos despenteados e roupas desalinhadas, estavam cobertas de lama, e tinham bandagens envoltas de seus braços ou pernas. Todos, do adulto mais forte até a menor criança tinham, no mínimo, um machucado no rosto. Você tinha que procurar bastante para encontrar alguém sem nenhum ferimento. — Então, este é o resultado das manifestações e os protestos... Kamijou suspirou enquanto falava. Até agora, a Cidade Acadêmica e a Igreja Católica Romana haviam mostrado sua oposição uma contra a outra, mas nenhum ação considerada militar havia sido tomada. Mesmo assim, isso causou uma mudança que estava tendo um efeito real no mundo. Mesmo que ninguém desejasse essa terrível mudança. — Nós temos que fazer algo sobre isso o mais rápido possível, Itsuwa disse, em voz baixa. — …Eu sei. E nós estamos aqui para descobrir como faremos isso. Kamijou respondeu. Não era hora de comer aproveitando lentamente o tempo, mas Itsuwa salientou que eles iam se destacar se não pedissem nada. Kamijou concordou porque ele se sentiria incomodado de ter uma conversa enquanto os funcionários o encaravam, então ele se dirigiu ao balcão. Claro, a jovem atrás da caixa registradora era francesa. (E agora...) — I-Itsuwa san. Como eu estou na França, eu tenho que falar em francês? — O quê? — Eu estou pensando se há alguma chance de alguns franceses entenderem inglês. — Bem, eu acho que a maior parte das pessoas na Europa entenderia inglês. Ao contrário de uma nação em ilha como o Japão, o senso de nacionalidade aqui é um pouco mais fraco. Veja bem, aquele cliente alemão ali. Ah, e ali tem um italiano. Como eles têm que conversar com pessoas de muitos países diferentes, a maior parte dos empregados de loja em cadeia que lidam com clientes tem que saber mais do que só francês. — E-Entendo!! Kamijou de repente se encheu de motivação. Chegou a hora de mostrar os frutos de seus esforços com o aplicativo “Treino Fácil de Inglês” de seu telefone. Ele se sentiu um pouco desencorajado porque ele travou no nível 4 da prática, mas não era a hora de se preocupar com isso. Ele andou propositalmente em direção ao balcão e falou antes que a atendente pudesse lhe perguntar se ela poderia anotar seu pedido. “Coffee and Sandwich, please!!<ref>— Café e Sanduíche, por favor!!</ref> Sua pronúncia era bem ruim, mas a mulher acenou com a cabeça. (E-ela me entendeu!!) Mas justamente enquanto Kamijou celebrava suas habilidades em inglês, a mulher disse algo em uma língua estrangeira que deve ter significado, “O total é 7 euros”. Kamijou se desesperou. Eles não aceitavam iene. — O-o que eu faço…!! A expressão de Kamijou o fez parecer que havia sido atingido por um raio, mas Itsuwa deu a ele uma nota de euro. (Certo, eu tenho que pagar isso a ela depois... Espere, quantos ienes dão um Euro?) — U-um, eu vou querer um expresso, um sanduíche de presunto preto e alguns palitos vegetais saudáveis. A funcionária francesa acenou com a cabeça mostrando que ela havia entendido e Kamijou gritou, chocado. — Ehhh, japonês? Eu podia ter usado japonês? Quando ele olhou bem para os funcionários, ele notou que tinham pequenos broches em forma de bandeiras em seus ombros. Provavelmente, isso indicava quais idiomas eles entendiam. Isso fez com que Kamijou duvidasse profundamente de sua habilidade em inglês. É possível que ela só havia entendido sua pronúncia porque ela conhecia japonês. Kamijou se sentiu bem desanimado enquanto pegava sua bandeja e foi em busca de uma mesa. Itsuwa veio um pouco depois. Itsuwa primeiro colocou sua bandeja sobre a mesa, depois colocou sua bolsa perto de seus pés. Kamijou escutou um alto ruído metálico vindo da bolsa. — ... Ele olhou na direção da bolsa. Quando ele fez isso, o rosto de Itsuwa ficou vermelho e ela balançou suas mãos em frente ao seu rosto. — N-não se preocupe com isso. — Sim, mas... Ele estava a ponto de continuar quando Itsuwa falou, quase sem mexer seus lábios. — )...Um, Eu tenho uma arma ali.) — Hah? — (…A empunhadura é dividida em 5 partes. Quando eu preciso usá-la, eu posso conectar as partes montando um lança. Eu sei que adicionando encaixes faz com que a lança seja mais fraca mas, desse jeito, eu posso carregá-la comigo.) (Pensando bem, eu realmente a vi usando uma lança enorme em Chioggia.) — A propósito, você já conseguiu contatar aquela pessoa, o Tsuchimikado-san? — Não. Kamijou tirou o seu celular de seu bolso. — …Nós nos separamos durante a queda e eu não consigo entrar em contato com ele. Eu consigo fazer chamadas, mas parece que o telefone dele está fora do alcance de uma antena... Bem, conhecendo ele, ele dever ficar bem não importa o que aconteça. Ele tentou ligar novamente, mas não havia nenhum sinal de que conectaria ao telefone de Tsuchimikado. Esse telefone é resistente. Eu caí naquele rio e ele está perfeitamente normal. Kamijou colocou o celular de volta no bolso. Kamijou estava pensando em ter uma discussão estratégica com Itsuwa enquanto comia seu sanduíche, mas ele percebeu que não havia guardanapos em sua bandeja. — Ah, o que foi agora? Eu queria limpar minhas mãos antes de comer… Por alguma razão, os olhos de Itsuwa brilharam depois de ouvir sua reclamação. — N-n-n-n-nesse caso, eu posso… O rosto dela ficou realmente vermelho e ela começou a vasculhar a bolsa que estava à seus pés, mas então uma funcionária que estava passando disse algo em francês que parecia uma desculpa e colocou na mesa uma pilha de guardanapos. Itsuwa paralisou-se, chocada, enquanto segurava, por alguma razão, uma toalha pessoal molhada. Depois de limpar suas mãos com os guardanapos, Kamijou decidiu ir direto ao assunto. — Então, você disse antes que você estava aqui investigando Avignon... hein? O que aconteceu, Itsuwa? — N-nada... Ela parecia ter perdido toda sua energia como uma planta de interior que foi deixada perto da janela por muito tempo durante o verão. Kamijou começou novamente. — Então, você disse que estava procurando em Avignon, certo? Por que você está procurando na França e não no Vaticano? Você achou algo suspeito? — S-sim, Itsuwa acenou com a cabeça. — Eu estava planejando em conseguir mais informações e contatar o resto dos Amakusas que estão espalhados pela França. — Então você achou o que estava procurando? Kamijou pediu uma confirmação e Itsuwa não negou. — Você conhece o prédio chamada Palácio dos Papas? — ? — É a maior construção Católica Romana em Avignon. Ou melhor, a cidade de Avignon foi construída em volta dele. — Dos Papas... Kamijou murmurou. (Por “papa” significa “O Papa” papa?) — Hm? Mas o Palácio dos Papas não devia ficar no Vaticano? Esse nome o faz parecer realmente importante. — Bem… Itsuwa começou. Parecia que ela estava tendo dificuldades em saber o que dizer. — Há algumas circunstâncias complicadas em relação à cidade de Avignon. — Circunstâncias complicadas? — No fim do século XIII, houve uma disputa entre os Católicos Romanos e o Rei francês. E o vencedor dessa disputa foi o Rei. Ele ganhou o direito de ordenar o Papa naquela ocasião. Uma de suas ordens foi que o Papa deixasse sua sede e viesse morar na França.<ref>Para informações mais detalhadas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papado_de_Avinh%C3%A3o</ref> — Foi isso que começou o Papado de Avignon, Itsuwa completou. — E a sede do Papa era o Vaticano? — N-não. Naquela época, era conhecido como Estado Papal. — Aparentemente, os franceses queriam controlar o Papa para usar dos vários privilégios e benefícios que a Igreja Católica Romana tinha. Avignon foi o lugar escolhido para aprisionar o Papa. E o palácio no qual o Papa foi aprisionado foi chamado de O Palácio dos Papas. — Aprisionado, hã? — Nos 68 anos do Papado de Avignon, houve diversos Papas e todos tinham que agir como Papa nesta cidade. Itsuwa mastigou um palito vegetal. — Mas havia muitas coisas que o Papa só podia fazer no Estado Papal. Coisas como a investidura de Cardeais e várias reuniões do conselho ecumênico só podiam ser realizados por um representante. Mas coisas como essa deviam ser feitas no Estado Papal, em construções dentro do Estado Papal, ou com certos itens espirituais no Estado Papal não podiam ser feitos em Avignon da mesma maneira. — Fazendo isso, podia levar a parecer que estava se criando um novo Estado Papal, Itsuwa explicou. — Então a Igreja Católica Romana precisava usar um determinado truque. — Um truque? — Eles não podiam recriar os mesmos aparatos em Avignon que eles possuíam no Estado Papal, mas criando um túnel mágico para Avignon, eles podiam controlar os aparatos do Estado Papal a longa distância. — …Então, é como conectar um computador para que ele possa acessar o servidor principal? — Quando o Papa se mudou da França, no fim do Papado de Avignon, esse túnel foi supostamente cortado, mas pelos padrões de pulsação mágica no terreno dessa área, deve haver uma instalação que foi deixada conectada para que eles pudessem usar o C-Document ou talvez eles tenham reconectado o túnel que havia sido desfeito. — Hm… Kamijou acenou com a cabeça. Ele pensou sobre o que acabara de ouvir e falou. — …Você já checou dentro do Palácio dos Papas? — N-não. Itsuwa se encolheu em seu assento e balançou a cabeça. — Eu deveria apenas investigar… Quando tiver alguma informação, eu devo contatar o Papa Substituto para que uma equipe maior possa ser reunida e invadir de uma vez. Aparentemente, Tatemiya Saiji, o Papa Substituto, tem um “item espiritual especial” que foi passado de geração em geração entre os Amakusas, mas parecia que Itsuwa pensava que agir sozinha não era uma boa ideia quando lidando com um objeto que afetava o mundo inteiro. (…Pensando bem, isso faz com que as minhas ações e as de Tsuchimikado sejam bem irregulares, não é?) — Como Tsuchimikado veio aqui, ele deve ter decidido que Avignon parecia ser suspeita por alguma outra fonte de informação. O que significa que é altamente provável que a Igreja Católica Romana está usando o C-Document no Palácio dos Papas. Mas então surgiu outro pensamento na cabeça de Kamijou. — O C-Document é de propriedade da Igreja Católica Romana, certo? — S-sim. — Então, por que tem que ser usado no Estado Papal? …agora se chama Vaticano, eu acho. Eu não consigo pensar em uma razão que explique por que eles não podem retirá-lo de sua sede. E somente por que eles podem controlar os aparatos no Vaticano daqui de Avignon não significa que existe alguma magia que só pode ser ativada em Avignon, certo? — Bom, existem múltiplas teorias sobre isso... Itsuwa pensou por um momento e então voltou a falar. — Provavelmente, demora muito para se conseguir aprovação para o uso do C-Document. Os 141 Cardeais no topo da Igreja Católica Romana devem estar em concordância sobre ele. O Papa tem muito poder dentro da igreja, mas ele provavelmente não pode usar o C-Document baseado apenas na sua decisão. Eu acho que é por isso que ele não foi muito usado até agora. — Existem conflitos entre facções dentro da Igreja Católica Romana e essa regra previne o uso do C-Document durante esses conflitos. — De acordo com algo que ouvi, eles não precisam da aprovação de todos os Cardeais para controlar algo de Avignon porque esse método é muito irregular. Mas, ao mesmo tempo, como eles não estão ativando diretamente no Vaticano, alguns preparativos tem de ser feitos em Avignon fazendo com que a ativação não seja instantânea como de costume. E isso significa que se nós pararmos o C-Document agora, nós podemos ser capazes de acabar com o caos que se espalha no mundo completamente. — Mas, de um jeito ou de outro, você terá de investigar o Palácio dos Papas... — E-eu só preciso de um pouco mais de informação para ter o bastante e fazer o grupo se mover. Eu acho que estaremos prontos para infiltrar o Palácio em poucos dias. Essa era uma guerra entre ciência e magia, mas Itsuwa e os outros Amakusas pareciam estar lutando contra a Igreja Romana Católica. Os Anglicanos provavelmente não gostavam do fato da Igreja Católica Romana estarem segurando as rédeas do lado da magia. Por outro lado, eles não gostavam de criar problemas diretos para eles mesmos. Ela tinha dito que foram os “Amakusas”, não a “Igreja Anglicana”. Em outras palavras, a Igreja Anglicana estava usando os Amakusas para deter o C-Document e, se os Amakusas falhassem, eles iriam insistir que foi apenas uma pequena facção agindo fora de seu controle. — ... Kamijou havia se separado de Tsuchimikado. Ele sentia que trabalhar com Itsuwa no plano dela para infiltrar-se no Palácio dos Papas era um plano melhor que seguir para lá sozinho. Isso significava que ele precisava ajudar Itsuwa a conseguir a informação que ela precisava. — Itsuwa, eu posso ajudar em algo? — Eh? — Você disse que não infiltraria o Palácio por algum tempo, mas nós precisamos resolver isso o mais rápido possível. — I-isso é verdade. Nesse caso... Itsuwa parecia não saber como responderia à pergunta de Kamijou. Mas ela não teve a chance de responder. Houve um barulho violento, e todas as janelas viradas para a rua se quebraram simultaneamente. Não foi graças a pedras que foram arremessadas. Nem mesmo por terem sido acertadas por bastões ou canos de metal. Foram mãos humanas. Centenas de mãos empurraram o vidro de uma só vez e a pressão quebrou-o. Muitos gritos surgiram de dentro da loja e uma enorme horda de pessoas a invadiu. Era como se fosse uma cena de um filme de zumbi. Kamijou rapidamente percebeu de que se tratava de uma cena incomum. — Uma manifestação? — P-por aqui!! Itsuwa pegou sua bolsa no chão, pegou o braço de Kamijou com sua outra mão, e começou a correr. Ela não se dirigia para a saída principal; ela estava indo em direção da saída de emergência. Durante esse tempo, centenas de pessoas invadiram e a loja estava repentinamente cheia e impossível de se mover, como um trem lotado. — Eles são japoneses! — Eles são da Cidade Acadêmica?! — Destruam-nos. Não hesitem. Eles são inimigos!! Kamijou não entendia francês, mas ele captou a essência do que eles estavam dizendo pelas nuances nos tons emotivos de suas vozes. Uma multidão de mãos tentou alcançar suas costas, mas antes que eles pudessem alcançá-lo, ele conseguiu sair por entre a porta metálica de emergência que estava aberta quase que dando cambalhotas. Ele se virou para trás. Ele ouviu muitos gritos de algumas mulheres e crianças vindos de dentro da loja. Mas antes que ele pudesse voltar para ajudá-los, Itsuwa chutou a porta de emergência para fechá-la. — Itsuwa!! — As ações deles não são suficientes para matar alguém. Há muitos deles lá. O grande número de manifestantes não fez nada além de restringir seu próprio movimento. Enquanto eles não começarem a cair como dominós, não deverá haver nenhuma pessoa ferida gravemente. — Esse não é o problema aqui!! Nós temos, que pelo menos, ajudar as crianças para-!! — A mesma coisa...!! Itsuwa gritou, interrompendo a frase de Kamijou. — A mesma coisa está acontecendo no mundo inteiro. Se nós voltássemos para aquela onda de pessoas, o que nós poderíamos realmente fazer? Nós estamos aqui para destruir a fonte de tudo isso o mais rápido possível, certo? — ...Maldição. — Se nós pararmos o C-Document, esses tumultos irão terminar. Se nós formos pegos pela manifestação, não faremos nada além de restringir nossos próprios movimentos. E então não sobrará ninguém para pará-los. A Igreja Católica Romana está causando esses tumultos e a Cidade Acadêmica não está fazendo nada para detê-los. — …Droga!! Kamijou amaldiçoou e rangeu seus dentes. (E os únicos que estão sofrendo são as pessoas que ficam presas no meio disso tudo!! Eu não posso ignorar isso. Eu vou parar isso aqui. Eu preciso parar essa maldita confusão aqui o mais rápido que puder!!) Kamijou e Itsuwa correram pela rua de trás que possuía paredes altas de ambos os lados. Kamijou podia ouvir uma voz gutural de um homem gritando. O som de vidro quebrando ecoou em seus ouvidos. Ele ouviu choros altos e agudos. Ele podia até mesmo ouvir uma explosão de gás ou gasolina. Ele não tinha ideia do que era o alvo dessas manifestações. Eles podiam estar colocando como alvos a cadeia de companhias japonesas ou talvez eles estivessem atacando hotéis nos quais turistas japoneses geralmente ficavam. Qualquer que fosse o motivo, eles haviam perdido a visão de sua meta original e estavam agora inundando as ruas de pessoas e causando destruição. — Itsuwa, o quão mais iremos correr? — No momento, eu queria achar uma área onde não fossemos pisoteados por pessoas, mas… Ela parou no meio da sentença. Eles podiam ver outro grupo de manifestantes no fim da rua. Droga, eles tem boa afinação… Então Kamijou teve um pensamento preocupante. — Ei, Itsuwa. Você está investigando aqui há algum tempo, certo? Alguma vez você foi pega em manifestações como essa? — Eh? N-não. A Igreja Amakusa se especializa em se misturar no ambiente no final das contas. Normalmente, eu sairia assim que percebesse qualquer sinal de manifestação vindo em minha direção… — …Então eu estava certo. As palavras de Itsuwa confirmaram o que ele havia pensado. — A afinação deles é boa demais. — O que você quer dizer…? — Se o inimigo que controla o C-Document está aqui em Avignon conosco, eles devem ter me visto chegar de para-quedas. E mesmo que eles não tenham me visto diretamente, um avião de passageiros supersônico da Cidade Acadêmica deixando algo sobre a cidade. Essa reação faz sentido se aqueles que controlam o C-Document estiverem atentos. — Você não quer dizer que... — Essa manifestação é o modo que eles têm de nos interceptar!! Enquanto Kamijou gritava, a massa de pessoas que bloqueava o caminho dos dois se aproximava. O Palácio dos Papas se encontrava na velha cidade de Avignon, que era uma pequena cidade cercada de muros antigos de castelo. Por eles continuarem a construir mais e mais prédios em seu limitado espaço, as estradas eram tão estreitas que era difícil de até mesmo um carro passar por elas. E como esses caminhos estavam cercados por prédios de mais de 10 metros de altura, se criava uma incrível sensação de claustrofobia. E essas ruas estreitas estavam bloqueadas por grupos de pessoas em vários pontos. As pessoas que participavam na manifestação pareciam estar se machucando. Kamijou pensou por um segundo e se conformou com o que devia ser feito. A não ser que eles forçassem seu caminho por entre aquelas montanhas de pessoas à sua frente que marchavam na direção contrária, eles nunca chegariam ao Palácio dos Papas. E pegar uma rota diferente não iria resolver o problema. Quanto mais eles demorassem, mais pessoas se machucariam. — Vamos lá, Itsuwa. — Eh…? — Nós não temos tempo de esperar uma chance para poder contatar Tsuchimikado. E os Amakusas não chegariam aqui tão rápido, certo? Então nós não temos escolha a não ser forçar nosso caminho por entre aquelas pessoas e nos dirigir ao Palácio dos Papas. Se o inimigo descobrir que estamos aqui, eles podem não ficar aqui por muito tempo. Mesmo que eles fugissem para o Vaticano, eles podem continuar usando o C-Document. Deixar com que eles levem o C-Document de volta à sua sede só pode ser uma coisa ruim. Eu sou um completo amador nesse tipo de coisa e até mesmo eu consigo entender isso. Nós temos que destruí-lo aqui e agora!! Itsuwa hesitou um pouco, mas finalmente acenou positivamente na direção de Kamijou. Ela havia decidido que eles não tinham tempo de esperar que os Amakusas espalhados pela França se encontrassem aqui. [[File:Index v14 165.jpg|250px|thumbnail]] Enquanto eles conversavam, centenas de manifestantes se aproximavam da estreita rua. Era uma parede sólida feita de humanos como o interior de um trem lotado. — …Fique abaixado enquanto nós passamos, Itsuwa disse, com uma voz baixa, enquanto ela olhava para os manifestantes. — Se nossas cabeças aparecerem acima da multidão, nós podíamos facilmente nos tornar alvos. Nós teremos uma probabilidade menor de ser avistados se nos escondermos atrás das pessoas à nossa volta. Mesmo que essa manifestação seja um modo do inimigo nos deter, eles não têm controle preciso sobre ela. — Entendi, Kamijou disse, se sentindo estranhamente nervoso. — Aqui vamos nós. Depois de dizer isso, Kamijou e Itsuwa correram na direção dos manifestantes. Os manifestantes estavam amontoados e fortemente apertados como uma parede, mas eles conseguiam se amontoar ainda mais entre eles. Havia simplesmente muitas pessoas para correr. Eles mal conseguiam andar e, de imediato, eles só conseguiram se mover uns poucos metros. Alguém gritou e acertou a cabeça de Kamijou. Ele conseguiu andar mais à frente, mas dedos grossos seguram sua camisa. Ele continuou a seguir em frente descuidadamente. Ele mordeu o braço que o segurava, empurrou seus ombros contra a parede de pessoas, e caminhou para frente com pessoas ainda se pendurando nele. Ele sentiu unhas em suas costelas e sangue começou a sair. Ele podia sentir o odor vindo dos homens que haviam trabalhado como loucos. Os gritos explosivos ecoaram em seus ouvidos e a pressão das pessoas o empurrando por todas as direções gradualmente esvaiu sua consciência. Maldição… As pernas de Kamijou começaram a se enfraquecer. Ele estava perdendo o poder de andar em frente. Maldição…!! Justamente quando sentiu que ele seria engolido pela massa repugnante, a parede de pessoas diminuiu de repente. Agora que o ar não era feito do bafo de outros, ele respirou profundamente o fresco oxigênio. — V-você está bem? Itsuwa perguntou próximo a ele. Havia uma gota de sangue saindo de sua têmpora. Aparentemente, ela também não conseguiu sair ilesa da massa de pessoas. Ela tinha sua lança na bolsa, mas, provavelmente, ela não quis usá-la aqui. Kamijou começou a correr para fora da multidão enquanto ofegava bastante. Ele estava cambaleando e se sentia um pouco trêmulo. Ele tinha que prestar atenção para que não trombasse nas paredes rochosas nas laterais da estreita rua. — I-Itsuwa. Onde é o Palácio dos Papas? — É um pouco mais à frente. Aquele é o telhado dele que estamos vendo... Nós temos que passar por lá agora. Kamijou lentamente olhou para a direção que Itsuwa estava apontando. O que ele viu foi um grande tumulto que fez com que aquele tumulto no qual eles acabaram de passar parecesse nada em comparação.
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