Difference between revisions of "Kikou Shoujo wa Kizutsukanai:Volume1 Prólogo"
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− | ==Prólogo - O |
+ | ==Prólogo - O Marionetista do Extremo Oriente== |
− | + | “Yaya é fofa, Yaya é superfofa, Yaya é a mais fofa no mundo.” |
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− | A |
+ | A garota estava apertando suas mãos juntas, murmurando suavemente como se ela |
+ | estivesse em profunda oração. |
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− | A |
+ | A gentil luz solar caía, com o rítmico som de vapor sibilando no fundo. O trem havia |
+ | partido de Londres, e agora estava em direção a Liverpool. Em um dos vagões de |
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+ | passageiros da segunda classe, uma cena estava se desdobrando entre um excêntrico |
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+ | par. |
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− | Os dois eram |
+ | Os dois eram Orientais, um jovem e uma garota. |
− | + | Suas excentricidades não se estendiam a apenas suas aparências. Inexplicavelmente, a |
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+ | garota estava inclinada sobre o assento oposto a ela, como se tentando cobrir o jovem |
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+ | com seu corpo, enquanto sussurrava estranhas palavras para ele. |
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+ | [[File:KSwK v1 013.jpg|thumb]] |
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− | + | “Yaya é tão fofa, eu amo Yaya, Yaya é tão encantadora, Yaya é minha esposa-” |
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− | + | Abruptamente, o sussurro parou. |
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− | |||
− | Com um olho aberto, o jovem olhou direto na sua direção. |
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− | [[File:KSwK v1 013.jpg|thumb]] |
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+ | Com um olho aberto, o jovem estava disparando um olhar afiado na direção dela. |
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− | — ...Estava acordado, Raishin? |
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+ | “… Você está acordado, Raishin?” |
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− | — O que está fazendo perto do meu ouvido? |
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+ | “O que você está fazendo tão perto da minha orelha?” |
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− | — Yaya estava recitando um encanto para fazer Raishin se apaixonar por mim. |
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+ | “Yaya estava recitando um encanto para fazer Raishin se apaixonar por mim.” |
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− | — Era mesmo algo fofo e inocente? Porque certamente parecia que você queria me corromper, sabe? |
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+ | “Era realmente algo tão fofo e inocente? Porque parecia, com certeza, como se você |
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− | Totalmente ignorando sua resposta, a menina calmamente apontou para a janela. |
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+ | estivesse tentando me corromper de alguma forma, sabia?” |
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+ | Ignorando completamente sua réplica, a garota calmamente apontou para fora da janela. |
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− | — Olhe Raishin. Já chegamos na Cidade Maquinária. |
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+ | “Veja, Raishin. Nós já estamos dentro da Cidade Maquinaria.” |
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− | — Ahh, já era hora. Viajar meio dia de Londres não é brincadeira. Minha bunda dói de tanto ficar sentado. |
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+ | “Ahh, já era hora de nós chegarmos. Viajando metade de um dia de Londres não é |
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− | — Isso significa que a melhor escola de toda a Europa Ocidental deve estar próxima. |
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+ | brincadeira. Minha bunda está dolorida de todo este tempo sentado.” |
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+ | “Isto significa que a maior escola em toda a Europa Ocidental deverá aparecer à vista |
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− | Sorrindo alegremente, a menina pressionava a si mesma contra o jovem. |
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+ | logo.” |
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+ | Sorrindo feliz, a garota pressionou-se contra o jovem. |
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− | — Essas casas escolares são os estudantes nos dormitórios, não é? |
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+ | “Esta escola abriga seus alunos em dormitórios, certo?” |
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− | — Sim. |
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+ | “É.” |
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− | — Então quando a noite chegar, ficaremos a sós, não é? |
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+ | “Então quando a noite chegar, será apenas nós dois para nós mesmos, certo?” |
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− | — Acho que sim... |
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+ | “Eu acho que sim…” |
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− | — Estou ansiosa por muitas noites agitadas então <3 |
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+ | “Eu estou ansiosa por muitas noites sem dormir então <3” |
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− | — Na verdade, eu estarei dormindo. Se você tentar alguma gracinha, vou te botar pra fora do quarto. |
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+ | “Na realidade, eu dormirei. Se você tentar qualquer coisa engraçada, chutarei a para fora |
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− | — ...—?! |
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+ | do quarto.” |
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+ | “…-?!” |
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− | — Qual é a desse rosto de traição? Direi novamente, não estamos aqui de férias. |
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+ | “Qual é a desse olhar de traição no seu rosto? Eu vou falar de novo, nós não estamos |
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− | O rosto da menina anuviou, desgosto estava escrito sobre suas trêmulas pupilas negras. |
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+ | aqui em umas férias.” |
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+ | O olhar da garota nevoou-se, coração quebrado escrito sobre todas as suas tremulantes |
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− | — ...Afinal, essa cidade é onde a Festa Noturna do Wiseman<ref>Literalmente significaria "Homen Sábio".</ref> irá começar. |
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+ | pupilas negras. |
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+ | “… Esta cidade é, apesar de tudo, onde a Festa Noturna do Sábio começará.” |
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− | A expressão no rosto da menina imediatamente ficou tensa. |
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+ | A expressão no olhar da garota imediatamente cerrou-se. |
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− | — Magos competindo um contra o outro pela supremacia, o vencedor é decidido por uma série de batalhas sangrentas... |
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+ | “Magos competindo uns contra os outros por supremacia, o vencedor decidido através de |
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− | — Sim. Estou contando com você, Yaya. |
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+ | uma série de banquetes banhados em sangue de batalhas…” |
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+ | “É. Eu contarei com você, então, Yaya.” |
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− | — Claro. Se é por Raishin, eu passarei por qualquer coisa; seja fogo, e seu futon, |
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+ | “É claro. Se for pelo Raishin, eu estarei disposta a ir através de qualquer coisa; através do |
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− | — Não esgueire no meu futon. |
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+ | fogo, para o seu futon<ref>Colchão ao estilo japonês. [https://pt.wikipedia.org/wiki/Futon Wikipédia]</ref>-” |
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+ | “Não esgueire-se para o meu futon.” |
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− | — Ah, é isso oque eles chamam de interesse ao ar livre...? |
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+ | “Ah, isto que eles chamam de um interesse em, ao ar livre, fud…” |
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− | — O que foi isso? Algo vulgar acabou de sair de um rosto inocente? |
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+ | “O que foi isso? Algo tão vulgar assim acabou de sair deste olhar tão inocente?” |
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− | — Se é oque Raishin deseja, então Yaya vai servir com todo seu coração. Seja no mato, ou mesmo na frente de todos. |
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+ | “Se for o que Raishin desejar, então Yaya irá servi-lo com todo o seu coração. Mesmo que |
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− | — Embora queira lhe agradecer por essa devoção, não posso, porque você mal-interpretou algo. Eu não quero AQUELE tipo de serviço; em vez disso, oque espero de você é algo completamente diferente. |
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+ | seja nos arbustos, ou mesmo se for na frente de todos.” |
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+ | “Mesmo que eu queira muito agradecê-la por sua devoção, eu não posso porque você |
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− | Naquela nervura, os dois foram levados pelas suas brincadeiras lúdicas enquanto a paisagem da cidade moderna passava do lado de fora da janela. |
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+ | entendeu algo completamente errado. Eu não desejo ESTE tipo de serviço, |
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+ | preferencialmente, o que eu estou esperando de você é algo completamente diferente.” |
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+ | Nesse sentido, os dois continuaram em seus gracejos lúdicos conforme o cenário da |
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− | Edifícios de concreto revestidos na rua principal, enquanto os T-Fords importados da América passavam ao longo das estradas pavimentadas. As esquinas das ruas estavam cheias de estandes de venda de café, feitos por bonecas autômatas. O corpo das bonecas eram feitos de estanho, e seus movimentos duros e estranhos, eram de algum modo, divertidos de ver. |
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+ | cidade moderna passou por eles do lado de fora da janela. |
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+ | Construções de concreto alinhavam a rua principal, enquanto T-Fordes<ref>Modelo de carro antigo da Ford. [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Model_T Wikipédia]</ref> importados da |
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+ | América rolavam ao longo das estradas pavimentadas. As esquinas da rua estavam bagunçadas com tendas vendendo café, dirigidas por bonecos mecânicos. Os corpos dos |
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+ | bonecos eram feitos de lata, e seus rígidos, desajeitados movimentos eram de alguma |
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+ | forma divertidos de se ver. |
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+ | Cidade Maquinaria de Liverpool. |
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− | Liverpool, Cidade Maquinária. |
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+ | O ponto base de onde a vasta quantidade de algodão produzida pela cidade de |
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+ | Manchester é exportado ao resto do mundo. O Império Britânico orgulhosamente |
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+ | ostentava essa como uma das, se não a melhor, cidade portuária no mundo. Entretanto |
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+ | recentemente, têm se tornado também a próxima cidade de acadêmicos, depois de |
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+ | Cambridge. |
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+ | Finalmente, o trem chegou à estação, a qual tem uma bela doma de ferro como seu ponto |
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− | O ponto base cujo a vasta quantidade de algodão produzido pela Cidade de Manchester era exportado ao resto do mundo. O Império Britânico orgulhosamente ostentava oque era uma das, se não a melhor, cidade portuária do mundo. Recentemente porém, estava tornando-se famosa por ser a próxima cidade de acadêmicos, depois de Cambridge. |
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+ | de destaque de seu design moderno. |
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+ | E então passou através, sem o menor sinal de desacelerar. |
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− | Finalmente, o trem chegou na estação, que tinha uma bela cúpula de ferro como o destaque de seu design moderno. |
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+ | “Por que não parou?” “Supostamente esta era para ser a estação final!” |
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− | E então, em seguida, continuou sem uma única pista de desaceleramento. |
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+ | Os passageiros estavam inquietos, dúvidas e dessatisfações alinhavam suas vozes. |
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− | — Por que não para? Essa deveria ser a estação final! |
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+ | O condutor do trem irrompeu pela porta, uma expressão lúgubre no seu rosto. |
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− | Os passageiros estavam se agitando, dúvida e insatisfação revestia suas vozes. |
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+ | “Todos, por favor, por favor acalmem-se e escutem-me com atenção.” |
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− | O condutor do trem explodiu atrás da porta, havia um olhar terrível no rosto. |
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+ | Tendo dito isso contudo, ficou óbvio que ele próprio estava qualquer coisa exceto calmo. |
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− | — Todos, por favor, por favor se acalmem e me ouçam bem. |
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+ | Em uma voz tremulante, ele continuou. |
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− | Tendo dito isso porém, era óbvio que ele mesmo não estava calmo. Com uma voz trêmula, continuou. |
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− | + | “Os freios não estão funcionando!” |
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− | + | Houve um silêncio tão quieto que você poderia ouvir uma gota de água. |
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− | E então |
+ | E então imediatamente, o vagão inteiro decaiu em um frenesi em pânico. |
− | + | “Todos acalmem-se! Irá ficar tudo bem, o trem irá eventualmente parar por si próprio!” |
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− | Entretanto, a voz do condutor não |
+ | Entretanto, a voz do condutor não registrou-se com ninguém. Ela foi perdida no meio dos |
+ | gritos e bramidos dos passageiros. |
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− | Em primeiro lugar, o trem não |
+ | Em primeiro lugar, o trem não parece remotamente perto de desacelerar absolutamente. |
+ | Isto era provavelmente porque estava em uma ladeira. |
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− | Era física simples. Tudo em um declive nunca viria naturalmente a uma parada. |
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+ | Era física simples. Qualquer coisa em uma ladeira nunca chegaria a uma parada natural. |
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− | Como um presságio da catástrofe, o trem literalmente começou a tremer. Naquele momento, |
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+ | Como uma profecia de uma catástrofe a vir, o trem literalmente começou a tremer. Neste |
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− | — Todos, voltem para seus lugares! |
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+ | momento- |
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+ | “Todos, retornem aos seus assentos!” |
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− | Todos os passageiros, simultaneamente, viraram o olhar para o alto-falante. |
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+ | Todos os passageiros simultaneamente viraram para olhar ao orador. |
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− | A voz pertencia a pessoa que havia sido gracejada pela menina mais cedo, o jovem Oriental. |
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+ | A voz pertencia a pessoa que estava a pouco brincando com a garota, o jovem Oriental. |
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− | Ele era pequeno, e tinha uma figura magra. Seus olhos eram afiados como os de uma águia. |
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+ | Ele era de um físico pequeno e havia uma figura magra. Seus olhos eram afiados como |
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− | A jovem que estava logo ao seu lado vestia um quimono. O quimono era pequeno, e a agitação do pano às vezes permitia ter um vislumbre de suas coxas. Seus ombros nus exibiam sua pele brilhante, cujo era branca como a neve. Seu rosto não tinha partes salientes, então a primeira vista ela parecia simples e pura, mas na verdade, suas características muito bem ordenadas eram como uma delicada obra de arte pertencente a um museu. Seu cabelo que batia na cintura brilhava com um brilho que parecia que estava sempre molhado. Sua pele era macia e suave, como um pêssego branco. Ela era menor do que o jovem por uma cabeça, literalmente fazendo-a parecer uma boneca. |
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+ | os de uma águia. |
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+ | A jovem garota parada próxima a ele estava vestida em um quimono. O quimono era |
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− | Eles não eram pessoas normais. Esmagados pelas suas presenças, os passageiros voltaram tranquilos aos seus lugares. |
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+ | curto, e o rodopiar da roupa permitia a alguém capturar um ocasional vislumbre de suas |
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+ | coxas. Seus ombros nus mostravam sua lustrosa pele, a qual era branca como a neve. |
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+ | Seu rosto não havia nenhuma parte excedente, então a um primeiro olhar ela parecia |
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− | — Condutor, por favor, informe ao resto das carruagens também. Aqueles que não desejam morrer devem retornar aos seus lugares. |
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+ | singela e simples, mas na realidade, suas excedentes características bem estruturadas |
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+ | eram como um delicado trabalho de arte pertencente a um museu. Seu cabelo no |
||
+ | comprimento da cintura com um brilho que parecia que estava perpetuamente molhado. |
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+ | Sua pele era macia e suave como um pêssego branco. Ela era menor que o jovem por |
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− | Não era um pedido, era uma ordem. O condutor deu acenos breves, antes de ir para a carruagem próxima. |
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+ | uma cabeça, fazendo-a parecer como uma boneca literalmente. |
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+ | Eles não eram pessoas ordinárias. Esmagados por suas presenças, os passageiros |
||
− | O jovem o viu desaparecer, antes de fazer seu caminho até a carruagem. Enquanto olhava, seus olhos descansaram num assento próximo a ele. |
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+ | quietamente retornaram para seus assentos. |
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+ | “Condutor, por favor informe o resto dos vagões também. Aqueles que não desejam |
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− | Uma jovem abraçava sua irmã mais nova, esta enrolada como uma bola. |
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+ | morrer deverão segurarem-se firmemente em seus assentos.” |
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+ | Isso não era um pedido, isso era uma ordem. O condutor deu o menor dos acenos, antes |
||
− | Havia medo refletido em seus olhos. Seu tamanho pequeno fazia lembrar um esquilinho assustado. |
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+ | de apressar-se para o próximo vagão. |
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+ | O jovem assistiu-o desaparecer, antes de fazer seu caminho através do vagão. Enquanto ele fazia, seus olhos vieram a pousar em um banco próximo a ele. |
||
− | O jovem deu um sorriso desajeitado para ela, antes de botar sua mão em sua cabeça. |
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+ | Uma jovem garota estava abraçando sua irmã menor, a última enrolada em uma bola. |
||
− | — Não se preocupe. Eu vou cuidar de tudo. |
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+ | Havia medo refletido em seus olhos. Sua pequena moldura lembrava um pequeno esquilo |
||
+ | assustado. |
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+ | O jovem cintilou um atrapalhado sorriso a ela, antes de colocar sua mão em sua cabeça. |
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− | O jovem pegou seu casaco e agilmente saiu pela janela, indo direto ao topo da carruagem. A garota do quimono o seguiu logo atrás. |
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+ | “Não se preocupe. Eu cuidarei de tudo.” |
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− | Movendo-se em forma de acrobacias, a dupla rapidamente correu para a frente do trem. |
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+ | O jovem tirou seu casaco, e agilmente saiu através de uma janela, abrindo seu caminho |
||
− | — Raishin, olha aquilo! |
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+ | para o topo do vagão. A garota vestida em um quimono em breve seguiu atrás dele. |
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+ | Movendo-se com a forma de acrobatas, o par rapidamente correu até a frente do trem. |
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− | — Isso é... uma curva bem acentuada. |
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+ | “Raishin, veja isto!” |
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− | O caminho pelo centro da cidade tinha uma curva particularmente áspera. Se o trem fosse passar ali, certamente descarrilharia. |
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+ | “Isto é… uma curva bastante acentuada.” |
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− | — Temos que pará-lo antes que chegue na curva. Nesse caso... Yaya, Shinkan Shijuuhachishou<ref>Floresta Silenciosa: 48° Ponto</ref>. |
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+ | A linha correndo cidade abaixo têm uma curva particularmente áspera. Se o trem |
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− | — Entendi! |
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+ | estivesse para montá-la, ele certamente descarrilharia! |
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+ | “Nós devemos pará-lo antes que ele alcance a curva. Neste caso… Yaya, Shinkan |
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− | Usando o nariz do trem como base, a menina deu um ponta-pé, impulsionando-a para frente. A reação foi tremenda, fazendo com que o trem desacelerasse bruscamente. |
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+ | Shijuuhachishou (Floresta silenciosa, 48 perfurações).” |
||
+ | “Entendi!” |
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− | A menina correu pelo ar como uma bala, caindo a uma distância considerável na frente do trem. Entretanto, o trem não parou. O trem estava rapidamente indo em sua direção, prestes a atropelá-la! |
||
+ | Usando o nariz do trem como um apoio, a garota chutou-se, propulsionando-se adiante. O |
||
− | As pessoas abaixo nas ruas, notaram a cena anormal que se desdobrava e começaram a gritar. |
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+ | recuo foi tremendo, causando o trem a desacelerar acentuadamente. |
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+ | A garota acelerou-se pelo ar como uma bala, pousando a uma distância considerável em |
||
− | O jovem porém, permaneceu imperturbável. Apoiando-se contra o bico do motor do locomotivo, ele preparou algum tipo de ataque. |
||
+ | frente ao trem. Entretanto, o trem não havia parado. O trem estava rapidamente |
||
+ | carregando-se diretamente em direção a ela, prestes a atropelá-la! |
||
+ | As pessoas na rua abaixo notaram a cena anormal se desenrolando e começaram a |
||
− | Ao fazê-lo, a menina abriu a palma da mão para ele. Em um instante, algo semelhante a uma chama azul esbranquiçada jorrou, formando algo parecido com uma corrente que ligava a menina e o jovem juntos. |
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+ | gritar. |
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+ | O jovem entretanto, permaneceu destemido. Segurando-se contra o bico do motor da |
||
− | E então, um estrondo. |
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+ | locomotiva, ele preparou algum tipo de ataque. |
||
+ | Ao fazer isto, a garota abriu suas palmas em direção a ele. Em um lampejo, (algo |
||
− | Foi um ataque tão forte que o trem foi amassado. A inércia das carruagens atrás do carro da frente, levou-as para frente, fazendo uma colidir com a outra em sequência. Algumas das carruagens foram até forçadas para cima. A menina levou seu geta<ref>Sandalhas japonesas.</ref> com firmeza ao chão, quebrando a ferrovia e fazendo-a cair nas profundezas da terra. Uma grande quantidade de lastro do trem explodiu no ar, e a menina em si foi empurrada mais ou menos cinquenta metros para trás. |
||
+ | semelhante a) uma chama azul esbranquiçada jorrou, formando algo parecido com uma |
||
+ | corrente que ligava a garota e o jovem juntos. |
||
+ | A garota estava agora diretamente em frente ao trem. Algumas centenas de toneladas de |
||
− | Porém, a menina estava ilesa. |
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+ | trem estavam agora caindo sobre ela- |
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+ | E então, uma colisão. |
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− | Demonstrando a extrema robustez de seu corpo, ela parou por completo o trem desgovernado. Para o restante das carruagens, havia algumas que foram inclinadas para direções opostas, umas quebraram seus eixos, outras haviam descarrilhado... apesar de que, dito tudo isso, nenhuma das carruagens virou completamente. Embora fosse impossível que a taxa de feridos fosse zero, no mínimo o número de casualidades foi diminuído. |
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+ | Foi um ataque tão forte que a frente do trem fora prejudicada. A inércia dos vagões atrás |
||
− | Após confirmar que o trem parou por completo, o jovem saltou nos trilhos. |
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+ | do carro frontal carregou-os para frente, causando-os a colidirem-se uns com os outros |
||
+ | em sucessão. Alguns dos vagões foram até forçados para cima. A garota dirigiu seu geta<ref>Sandálias japonesas de madeira. [https://pt.wikipedia.org/wiki/Geta_(cal%C3%A7ado) Wikipédia]</ref> |
||
+ | firmemente ao chão, quebrando a gravata da ferrovia e causando-a a se alojar |
||
+ | profundamente na terra. Uma grande quantidade de balastro de trem voou ao ar, e a |
||
+ | própria garota foi empurrada cinquenta ou mais metros para trás. |
||
+ | Entretanto, a garota estava ilesa. |
||
− | — Bom trabalho, Yaya. Você com certeza não hesitou, certo? |
||
+ | Demonstrando a extrema robustez de seu corpo, ela havia parado completamente o |
||
− | A menina estava encantada pelo elogio. Pôs a cabeça pra fora em expectativa, remexendo enquanto o esperava acaraciá-la na cabeça. |
||
+ | morto trem desgovernado em seus trilhos. E quanto ao resto das carruagens, havia |
||
+ | algumas as quais haviam sido inclinadas em diferentes direções, algumas haviam tido |
||
+ | seus eixos quebrados, outras haviam descarrilhado… embora, tendo dito tudo isso, |
||
+ | nenhum dos vagões virou completamente. Enquanto é impossível dizer que a taxa de |
||
+ | feridos seria zero, ao menos o número de casualidades fora minimizada. |
||
+ | Depois de confirmar que o trem havia chegado a uma parada completa, o jovem pulou |
||
− | Contudo, o jovem virou-se repentinamente em seu calcanhar. |
||
+ | aos trilhos. |
||
+ | “Bem feito Yaya. Certo como o inferno que você não segurou-se nada, não é?” |
||
− | Assim, ele começou a voltar. Sem escolha, a menina foi atrás dele. |
||
+ | A garota estava encantada do elogio. Ela colocou sua cabeça na expectativa, inquieta |
||
− | Quando voltaram a carruagem, uma cena de carnificina apareceu diante deles. Bagagens estavam espalhadas por todo o lugar, e os gemidos e suspiros dos feridos podiam ser ouvidos. Mesmo assim, não houve vítimas graves. Dando-lhes uma rápida e antipática visita, ele começou a procurar sua própria mala. |
||
+ | enquanto esperava-o para acariciá-la. Contudo, o jovem abruptamente virou-se. |
||
+ | E assim, ele começou a caminhar de volta. Não tendo escolha, a garota correu atrás dele. |
||
− | ——Com licença! |
||
+ | Quando eles retornaram ao vagão deles, uma cena de massacre colocou-se diante deles. |
||
− | Assim que encontrou sua mala, uma voz o chamou por trás. |
||
+ | Bagagens estavam espalhadas por todo o lugar, e os gemidos e suspiros dos feridos |
||
+ | podia ser ouvido. Todavia, não havia casualidades sérias. Dando-os um rápido, olhar |
||
+ | antipático, ele começou a procurar por sua própria mala. |
||
+ | “-Desculpe-me!” |
||
− | Eram as irmãs de antes. A irmã mais velha estava olhando o jovem com uma expressão tímida no rosto. A mais nova, timidamente aproximou-se do jovem com um leve sorriso no rosto, segurando em seu casaco. |
||
+ | Assim que ele encontrou sua mala, uma voz chamou-o por detrás. |
||
− | O jovem tomou-a, e virando para a mais velha, secamente perguntou. |
||
+ | Eram as irmãs de antes. A irmã mais velha estava olhando para o jovem com uma |
||
− | — Está machucada? |
||
+ | expressão tímida no rosto. A irmã mais jovem aproximou-se timidamente do jovem com |
||
+ | um leve sorriso no rosto, segurando seu casaco. |
||
+ | O jovem pegou-o, e virou-se à irmã mais velha, perguntou-a curtamente. |
||
− | — Não. Hum, você é... um mago? |
||
+ | “Você está machucada?” |
||
− | — Não. Eu sou um marionetista. |
||
+ | “Não. Hum, Você é… um mago?” |
||
− | — Então, aquela garota ali, ela é uma autômata...? |
||
+ | “Não. Eu sou um Marionetista.” |
||
− | Com os olhos arregalados, ela olhou a menina próxima a ela, um pouco nervosa. |
||
+ | “Então, essa garota aqui, ela é um autômato…?” |
||
− | Seu choque era compreensível. O sangue escorria sob a pele da menina, que tinha um leve toque vermelho nele. Ela tinha um batimento cardíaco, e respirava bem. Não importa como você olhasse, era completamente humana. |
||
+ | Seus olhos cerrando-se, ela olhou a garota próxima a ela (um pouco enervada) |
||
− | Esse alto nível de detalhes em um autômato, apesar de não ser novidade na Cidade Maquinária, era algo que dificilmente seria chamado de uma visão comum. Para maior parte dos residentes daqui, os autômatas que estavam acostumados eram principalmente de lata barata, e tinham engrenagens e cilindros expostos. |
||
+ | Seu choque era compreensível. Sangue corria debaixo da pele da garota, o qual havia um |
||
+ | leve tom de vermelho em si. Ela havia uma batida cardíaca, e ela havia uma respiração |
||
+ | também. Não importa o quanto você a olhasse, ela era totalmente humana. |
||
+ | Este alto nível de detalhe em um autômato, enquanto não era desconhecido neste local |
||
− | A forma feminina do autômato, assim como uma menina seria, deu um sorriso gentil. |
||
+ | conhecido como Cidade Maquinaria, era algo que dificilmente podia ser chamado de uma |
||
+ | visão comum. Para a maioria dos moradores aqui, os autômatos que eles estavam |
||
+ | familiares eram basicamente construções de lata barata os quais haviam cilindros e |
||
+ | engrenagens expostas. |
||
+ | A forma autômato feminina, muito próxima do que uma garota real seria, deu um gentil |
||
− | — Sim, Yaya é a "boneca pessoal" de Raishin. —Até na cama |
||
+ | sorriso. |
||
+ | “Sim, Yaya é a ‘boneca pessoal’ do Raishin. -Até na cama” |
||
− | Essa última parte foi um comentário desnecessário. |
||
+ | Esta última parte foi um comentário desnecessário. |
||
− | Os passageiros começaram a sussurrar entre si. A irmã mais velha corou profundamente enquanto os olhava. |
||
+ | Os passageiros começaram a cochichar entre si. A irmã mais velha começou a corar |
||
− | — Nãããããoo, seu pervertido! |
||
+ | profundamente enquanto olhava para eles. |
||
+ | “Nãããããããão seu pervertido!” |
||
− | Whoosh, sua palma aberta passou pelo ar, enquanto batia na bochecha do jovem. |
||
+ | Whoosh, passou sua palma aberta cortando o ar, conforme ela tapeou o jovem na |
||
− | Abraçando sua irmã mais nova, ela correu o mais rápido que pôde. |
||
+ | bochecha. |
||
+ | Abraçando sua irmã menor, ela correu o mais rápido que podia. |
||
− | — Yaya... |
||
+ | “Yaya…” |
||
− | — Sim? |
||
+ | “Sim, Raishin?” |
||
− | — Agora mesmo, há um sentimento ruim no meu coração. O que é? |
||
+ | “Justo agora, tem este sentimento negro turbilhoando no meu coração. Eu me pergunto o |
||
− | — ...Luxúria? |
||
+ | que ele é?” |
||
+ | “… Luxúria?” |
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− | — Obviamente é raiva! Por que você sempre diz coisas que faz as pessoas terem a ideia errada?! |
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+ | “Droga Yaya! Por que você tem que sempre dizer coisas que provocam mal entendidos |
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− | — Mas...! Aquela garota estava olhando Raishin com um olhar lúbrico nos olhos...! |
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+ | nas outras pessoas!” |
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+ | “Mas…! Essa garota estava olhando para o Raishin com um olhar lascivo em seus |
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− | — É você quem está olhando os outros do jeito errado! |
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+ | olhos…!” |
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+ | “Você é a única a qual olha para os outros da maneira errada!” |
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− | Após ser repreendida, a menina levantou a bainha de seu quimono e olhou para seus pés, desanimada. |
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+ | Depois de ser repreendida, a garota apertou a bainha de seu quimono e olhou para seus |
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− | As finas sobrancelhas apontaram para baixo, enquanto lágrimas começaram a se formar no canto de seus olhos. |
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+ | pés desanimada. |
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+ | Suas finas sobrancelhas apontaram para baixo, enquanto lágrimas começaram a |
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− | Sua figura triste era dolorosa de se ver. O jovem soltou um suspiro. |
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+ | formarem-se nos cantos de seus olhos. |
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+ | Sua triste figura era doloroso de se olhar. O jovem deixou escapar um suspiro. |
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− | — Esquece. Vamos. Se a polícia chegar aqui será uma trabalheira lidar com eles. |
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+ | “Esqueça. Vamos. Se a polícia chegar aqui será um aborrecimento ter de lidar com eles.” |
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− | — ...Tá! |
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+ | “… Ok!” |
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− | Jogando a mala por cima do ombro, começou a andar. O clip-clop<ref>É tipo som de cavalgar de cavalo. Enfim, é o som dela andando.</ref> do geta ecoava enquanto a menina o seguia de perto. |
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+ | Atirando sua mala por cima do ombro, ele começou a caminhar. O trote do geta<ref>Sandálias japonesas de madeira.</ref> ecoou |
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− | Saindo da carruagem, os passageiros só podiam assitir perplexos enquanto eles desapareciam na multidão de pessoas da cidade. |
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+ | conforme a garota seguia-o de perto atrás dele. |
||
+ | Saindo do vagão, os passageiros apenas podiam olhar estupefatos conforme eles |
||
− | A civilização maquinária só começou a florescer no início do século XX. Juntamente com o notável desenvolvimento em ciência e tecnologia, a humanidade foi capaz de estabelecer magia avançada como um sistema. |
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+ | desapareciam na multidão de pessoas na cidade. |
||
+ | Civilização Maquinaria apenas havia começado a florescer no início do 20º século. Junto |
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− | Maquinarte. Uma inovação que mudou por completo o mundo da magia de cabeça pra baixo. |
||
+ | com o remarcável desenvolvimento na ciência e tecnologia, a humanidade possibilitou |
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+ | estabelecer uma magia avançada como um sistema. |
||
+ | Machinart. Uma inovação a qual havia virado completamente o mundo da magia de ponta |
||
− | Tratava-se da execução de um circuito mágico por um autômato, e um marionetista controlando-o. Essa combinação permitia um lançamento de magia que era mais rápido, mais detalhado, e mais forte do que os métodos tradicionais. |
||
+ | cabeça. |
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+ | Envolvia rodar um circuito mágico através de um autômato, e ter um marionetista |
||
− | Com o advento da técnica, magos foram capazes de comprimir magia complexa e grandes encantações em autômatos, efetivamente, sendo capazes de lançar magia instantaneamente. |
||
+ | controlando-o. Essa combinação permitia a moldagem de magia que era mais rápida, |
||
+ | mais detalhada, e mais forte que métodos tradicionais. |
||
+ | Com o advento dessa técnica, magos tornaram-se capazes de comprimir círculos de |
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− | Entretanto, ao mesmo tempo, essa técnica também foi explorada para fins militares. |
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+ | magia complexos e longos encantamentos em autômatos, efetivamente tornando-se |
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+ | capazes de lançar magias instantaneamente. |
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+ | Ao mesmo tempo entretanto, esta técnica estava tornando-se explorada para uso militar. |
||
− | A vitória em Trafalgar, assim como o triunfo em Waterloo. Todas elas não seriam possíveis sem a existência do orgulho do exército britânico, a Divisão Maquinarte. |
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+ | A vitória em Trafalgar<ref>Uma batalha naval que ocorreu entre a França e Espanha contra o Reino Unido, em 21 de outubro de 1805. Mais informações na [https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Trafalgar Wikipédia]</ref>, tanto como o triunfo em Waterloo<ref>Um confronto militar ocorrido a 18 de Junho de 1815 perto de Waterloo, na atual Bélgica (então parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos). Mais informações na [https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Waterloo Wikipédia]</ref>. Todas essas não teriam sido |
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+ | possíveis se não fosse pela existência do orgulho do exército Britânico, a Divisão de |
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+ | Machinart. |
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+ | É claro, isso não é apenas restringido à Inglaterra. Nesta era, países estocaram |
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− | Claro, isso não era restrito apenas a Inglaterra. Nessa era, países estocavam autômatos em escala de braços de luta, assim como continuaram a desenvolver novos, e talentosos marionetistas para controlá-los. As maiores potências do mundo estavam em um estado frenético, uma tentando superar a outra. |
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+ | autômatos em uma frente de armas escalonadas, conforme também continuavam a |
||
+ | desenvolver novos marionetistas talentosos para controlá-los. Os poderes principais do |
||
+ | mundo estavam em um estado frenesiado tentando sobrepujar um ao outro. |
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− | + | Seria apenas uma questão de tempo então, antes que o campo de educação torne-se |
|
+ | algo de importância nacional. |
||
− | + | Algumas horas após o incidente com o trem, no coração da cidade de Liverpool. |
|
− | Um |
+ | Um curioso casal parou diante de um portão maciço. |
− | Um jovem |
+ | Um jovem Oriental e uma garota autômato. Era o par que havia parado o trem |
+ | desgovernado antes. |
||
− | + | “A Academia Real de Machinart, Walpurgis.” |
|
− | O jovem leu as palavras |
+ | O jovem leu as palavras gravadas na placa, com um sorriso cínico no rosto. |
− | + | “Famoso por ser o maior instituto de educação dentro do reino da magia. Parece mais |
|
+ | com um forte, não, talvez uma prisão se encaixe melhor.” |
||
− | O cenário |
+ | O cenário que ele estava descrevendo expandiu-se diante de seus olhos conforme ele |
+ | caminhava adentro. |
||
+ | Elevando-se sobre a frente tinha uma larga, majestosa sala de aula que levava o Palácio |
||
− | Logo a frente estava uma enorme sala de aula que lembrava o majestoso Palácio Buckingham quando olhada. As paredes de tijolos facilmente alcançavam 50 metros de altura, e a porta forjada em pedra tinha pequenos buracos de olho. Os buracos não pareciam ser para espantar os inimigos, parecia mais que eram para atirar nos alunos que tentassem fugir. Como provado mais a frente, o porteiro não monitorava a atividade da cidade, em vez disso, vigiava o local. |
||
+ | de Buckingham<ref>O Palácio de Buckingham é a residência oficial e principal local de trabalho do Monarca do Reino Unido em Londres. Localizado na Cidade de Westminster, o palácio é frequentemente o centro de ocasiões de estado e hospitalidade real. Ele já foi o foco do povo britânico em tempos de alegria nacional. Mais informações na [https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Buckingham Wikipédia]</ref> à mente quando se olhava para ele. Suas muralhas de tijolos eram |
||
+ | facilmente 50 metros de altura, e seu portão forjado em pedra havia pequenos buracos |
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+ | para olhos posicionados nele. Os buracos não pareciam terem sido feitos para repelir a |
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+ | entrada de inimigos, eles pareciam mais que eram feitos para disparar em estudantes |
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+ | fugitivos. Como prova adicional, o porteiro não estava monitorando a atividade da cidade, |
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+ | mas no lugar, mantendo um olho nas premissas. |
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− | Mesmo a |
+ | Mesmo a mais conservadora das pessoas tinha de admitir que a coisa toda era bastante |
+ | impiedosa. A escola era assustadora como uma base militar. |
||
− | + | Entretanto, despreocupada com tudo, a garota autômato apontou em direção aos |
|
+ | dormitórios. |
||
− | + | “Olhe para cá Raishin. Este é o nosso novo ninho de amor. <3” |
|
− | Ela estava |
+ | Ela estava de bom humor. |
− | Em contraste, o jovem estava anormalmente silencioso. |
+ | Em contraste, o jovem estava anormalmente silencioso. Notando isto, ela sacudiu sua |
+ | cabeça para ele. |
||
− | + | “O que há de errado, Raishin? Você parece depressivo.” |
|
− | + | “Uma vez que passemos através deste portão, você sabe que você não poderá retornar |
|
+ | para o mundo por um bom tempo, certo?” |
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− | Testando sua |
+ | Testando sua determinação, o jovem olhou diretamente nos olhos da garota. |
− | + | “Estas são as leis do país. Todos os autômatos pertencentes aos estudantes da Academia |
|
+ | não podem pisar na cidade até a graduação.” |
||
− | + | Suas mãos em seu peito, a garota falou sem hesitação, como se ela estivesse recitando |
|
+ | uma promessa. |
||
− | + | “O único lugar que Yaya deseja de estar é onde Raishin estiver. Não importa se for no |
|
+ | campo de batalha, ou em uma prisão, isto nunca mudará.” |
||
− | + | “Você pensa tão altamente de mim. Eu estou meramente usando você como uma |
|
+ | ferramenta para vingança.” |
||
− | + | “Não seja tão duro consigo Raishin. Yaya é meramente uma boneca criada pela Shouko, |
|
+ | do dia em que eu nasci eu não era mais nada que uma mera ferramenta. E então uma |
||
+ | vez que esta ferramenta foi dada um propósito, ela começou a viver pela primeira vez em |
||
+ | sua vida.” |
||
− | Seu |
+ | Seu gentil sorriso era belo como o desabrochar de uma flor. |
− | + | “Eu estarei sempre do seu lado Raishin. Mesmo quando você estiver em seu futon.” |
|
− | + | “Eu terei que recusar isso. Contudo, mantenha esta forte convicção sua.” |
|
− | O jovem relaxou |
+ | O jovem relaxou sua expressão, e transpôs adiante com passos firmes. |
− | + | Nesse dia, o solitário jovem, junto com sua autômato incomparável, passaram através dos |
|
+ | portões na academia. |
||
− | Com isso, |
+ | Com isso, o que o esperava era esse banquete de conflito- |
==Referências e Notas de tradução== |
==Referências e Notas de tradução== |
Latest revision as of 14:40, 4 August 2019
Prólogo - O Marionetista do Extremo Oriente[edit]
“Yaya é fofa, Yaya é superfofa, Yaya é a mais fofa no mundo.”
A garota estava apertando suas mãos juntas, murmurando suavemente como se ela estivesse em profunda oração.
A gentil luz solar caía, com o rítmico som de vapor sibilando no fundo. O trem havia partido de Londres, e agora estava em direção a Liverpool. Em um dos vagões de passageiros da segunda classe, uma cena estava se desdobrando entre um excêntrico par.
Os dois eram Orientais, um jovem e uma garota.
Suas excentricidades não se estendiam a apenas suas aparências. Inexplicavelmente, a garota estava inclinada sobre o assento oposto a ela, como se tentando cobrir o jovem com seu corpo, enquanto sussurrava estranhas palavras para ele.
“Yaya é tão fofa, eu amo Yaya, Yaya é tão encantadora, Yaya é minha esposa-”
Abruptamente, o sussurro parou.
Com um olho aberto, o jovem estava disparando um olhar afiado na direção dela.
“… Você está acordado, Raishin?”
“O que você está fazendo tão perto da minha orelha?”
“Yaya estava recitando um encanto para fazer Raishin se apaixonar por mim.”
“Era realmente algo tão fofo e inocente? Porque parecia, com certeza, como se você estivesse tentando me corromper de alguma forma, sabia?”
Ignorando completamente sua réplica, a garota calmamente apontou para fora da janela.
“Veja, Raishin. Nós já estamos dentro da Cidade Maquinaria.”
“Ahh, já era hora de nós chegarmos. Viajando metade de um dia de Londres não é brincadeira. Minha bunda está dolorida de todo este tempo sentado.”
“Isto significa que a maior escola em toda a Europa Ocidental deverá aparecer à vista logo.”
Sorrindo feliz, a garota pressionou-se contra o jovem.
“Esta escola abriga seus alunos em dormitórios, certo?”
“É.”
“Então quando a noite chegar, será apenas nós dois para nós mesmos, certo?”
“Eu acho que sim…”
“Eu estou ansiosa por muitas noites sem dormir então <3”
“Na realidade, eu dormirei. Se você tentar qualquer coisa engraçada, chutarei a para fora do quarto.”
“…-?!”
“Qual é a desse olhar de traição no seu rosto? Eu vou falar de novo, nós não estamos aqui em umas férias.”
O olhar da garota nevoou-se, coração quebrado escrito sobre todas as suas tremulantes pupilas negras.
“… Esta cidade é, apesar de tudo, onde a Festa Noturna do Sábio começará.”
A expressão no olhar da garota imediatamente cerrou-se.
“Magos competindo uns contra os outros por supremacia, o vencedor decidido através de uma série de banquetes banhados em sangue de batalhas…”
“É. Eu contarei com você, então, Yaya.”
“É claro. Se for pelo Raishin, eu estarei disposta a ir através de qualquer coisa; através do fogo, para o seu futon[1]-”
“Não esgueire-se para o meu futon.”
“Ah, isto que eles chamam de um interesse em, ao ar livre, fud…”
“O que foi isso? Algo tão vulgar assim acabou de sair deste olhar tão inocente?”
“Se for o que Raishin desejar, então Yaya irá servi-lo com todo o seu coração. Mesmo que seja nos arbustos, ou mesmo se for na frente de todos.”
“Mesmo que eu queira muito agradecê-la por sua devoção, eu não posso porque você entendeu algo completamente errado. Eu não desejo ESTE tipo de serviço, preferencialmente, o que eu estou esperando de você é algo completamente diferente.”
Nesse sentido, os dois continuaram em seus gracejos lúdicos conforme o cenário da cidade moderna passou por eles do lado de fora da janela.
Construções de concreto alinhavam a rua principal, enquanto T-Fordes[2] importados da América rolavam ao longo das estradas pavimentadas. As esquinas da rua estavam bagunçadas com tendas vendendo café, dirigidas por bonecos mecânicos. Os corpos dos bonecos eram feitos de lata, e seus rígidos, desajeitados movimentos eram de alguma forma divertidos de se ver.
Cidade Maquinaria de Liverpool.
O ponto base de onde a vasta quantidade de algodão produzida pela cidade de Manchester é exportado ao resto do mundo. O Império Britânico orgulhosamente ostentava essa como uma das, se não a melhor, cidade portuária no mundo. Entretanto recentemente, têm se tornado também a próxima cidade de acadêmicos, depois de Cambridge.
Finalmente, o trem chegou à estação, a qual tem uma bela doma de ferro como seu ponto de destaque de seu design moderno.
E então passou através, sem o menor sinal de desacelerar.
“Por que não parou?” “Supostamente esta era para ser a estação final!”
Os passageiros estavam inquietos, dúvidas e dessatisfações alinhavam suas vozes.
O condutor do trem irrompeu pela porta, uma expressão lúgubre no seu rosto.
“Todos, por favor, por favor acalmem-se e escutem-me com atenção.”
Tendo dito isso contudo, ficou óbvio que ele próprio estava qualquer coisa exceto calmo.
Em uma voz tremulante, ele continuou.
“Os freios não estão funcionando!”
Houve um silêncio tão quieto que você poderia ouvir uma gota de água.
E então imediatamente, o vagão inteiro decaiu em um frenesi em pânico.
“Todos acalmem-se! Irá ficar tudo bem, o trem irá eventualmente parar por si próprio!”
Entretanto, a voz do condutor não registrou-se com ninguém. Ela foi perdida no meio dos gritos e bramidos dos passageiros.
Em primeiro lugar, o trem não parece remotamente perto de desacelerar absolutamente.
Isto era provavelmente porque estava em uma ladeira.
Era física simples. Qualquer coisa em uma ladeira nunca chegaria a uma parada natural.
Como uma profecia de uma catástrofe a vir, o trem literalmente começou a tremer. Neste momento-
“Todos, retornem aos seus assentos!”
Todos os passageiros simultaneamente viraram para olhar ao orador.
A voz pertencia a pessoa que estava a pouco brincando com a garota, o jovem Oriental.
Ele era de um físico pequeno e havia uma figura magra. Seus olhos eram afiados como os de uma águia.
A jovem garota parada próxima a ele estava vestida em um quimono. O quimono era curto, e o rodopiar da roupa permitia a alguém capturar um ocasional vislumbre de suas coxas. Seus ombros nus mostravam sua lustrosa pele, a qual era branca como a neve.
Seu rosto não havia nenhuma parte excedente, então a um primeiro olhar ela parecia singela e simples, mas na realidade, suas excedentes características bem estruturadas eram como um delicado trabalho de arte pertencente a um museu. Seu cabelo no comprimento da cintura com um brilho que parecia que estava perpetuamente molhado.
Sua pele era macia e suave como um pêssego branco. Ela era menor que o jovem por uma cabeça, fazendo-a parecer como uma boneca literalmente.
Eles não eram pessoas ordinárias. Esmagados por suas presenças, os passageiros quietamente retornaram para seus assentos.
“Condutor, por favor informe o resto dos vagões também. Aqueles que não desejam morrer deverão segurarem-se firmemente em seus assentos.”
Isso não era um pedido, isso era uma ordem. O condutor deu o menor dos acenos, antes de apressar-se para o próximo vagão.
O jovem assistiu-o desaparecer, antes de fazer seu caminho através do vagão. Enquanto ele fazia, seus olhos vieram a pousar em um banco próximo a ele.
Uma jovem garota estava abraçando sua irmã menor, a última enrolada em uma bola. Havia medo refletido em seus olhos. Sua pequena moldura lembrava um pequeno esquilo assustado.
O jovem cintilou um atrapalhado sorriso a ela, antes de colocar sua mão em sua cabeça.
“Não se preocupe. Eu cuidarei de tudo.”
O jovem tirou seu casaco, e agilmente saiu através de uma janela, abrindo seu caminho para o topo do vagão. A garota vestida em um quimono em breve seguiu atrás dele.
Movendo-se com a forma de acrobatas, o par rapidamente correu até a frente do trem.
“Raishin, veja isto!”
“Isto é… uma curva bastante acentuada.”
A linha correndo cidade abaixo têm uma curva particularmente áspera. Se o trem estivesse para montá-la, ele certamente descarrilharia!
“Nós devemos pará-lo antes que ele alcance a curva. Neste caso… Yaya, Shinkan Shijuuhachishou (Floresta silenciosa, 48 perfurações).”
“Entendi!”
Usando o nariz do trem como um apoio, a garota chutou-se, propulsionando-se adiante. O recuo foi tremendo, causando o trem a desacelerar acentuadamente.
A garota acelerou-se pelo ar como uma bala, pousando a uma distância considerável em frente ao trem. Entretanto, o trem não havia parado. O trem estava rapidamente carregando-se diretamente em direção a ela, prestes a atropelá-la!
As pessoas na rua abaixo notaram a cena anormal se desenrolando e começaram a gritar.
O jovem entretanto, permaneceu destemido. Segurando-se contra o bico do motor da locomotiva, ele preparou algum tipo de ataque.
Ao fazer isto, a garota abriu suas palmas em direção a ele. Em um lampejo, (algo semelhante a) uma chama azul esbranquiçada jorrou, formando algo parecido com uma corrente que ligava a garota e o jovem juntos.
A garota estava agora diretamente em frente ao trem. Algumas centenas de toneladas de trem estavam agora caindo sobre ela-
E então, uma colisão.
Foi um ataque tão forte que a frente do trem fora prejudicada. A inércia dos vagões atrás do carro frontal carregou-os para frente, causando-os a colidirem-se uns com os outros em sucessão. Alguns dos vagões foram até forçados para cima. A garota dirigiu seu geta[3] firmemente ao chão, quebrando a gravata da ferrovia e causando-a a se alojar profundamente na terra. Uma grande quantidade de balastro de trem voou ao ar, e a própria garota foi empurrada cinquenta ou mais metros para trás.
Entretanto, a garota estava ilesa.
Demonstrando a extrema robustez de seu corpo, ela havia parado completamente o morto trem desgovernado em seus trilhos. E quanto ao resto das carruagens, havia algumas as quais haviam sido inclinadas em diferentes direções, algumas haviam tido seus eixos quebrados, outras haviam descarrilhado… embora, tendo dito tudo isso, nenhum dos vagões virou completamente. Enquanto é impossível dizer que a taxa de feridos seria zero, ao menos o número de casualidades fora minimizada.
Depois de confirmar que o trem havia chegado a uma parada completa, o jovem pulou aos trilhos.
“Bem feito Yaya. Certo como o inferno que você não segurou-se nada, não é?”
A garota estava encantada do elogio. Ela colocou sua cabeça na expectativa, inquieta enquanto esperava-o para acariciá-la. Contudo, o jovem abruptamente virou-se.
E assim, ele começou a caminhar de volta. Não tendo escolha, a garota correu atrás dele.
Quando eles retornaram ao vagão deles, uma cena de massacre colocou-se diante deles. Bagagens estavam espalhadas por todo o lugar, e os gemidos e suspiros dos feridos podia ser ouvido. Todavia, não havia casualidades sérias. Dando-os um rápido, olhar antipático, ele começou a procurar por sua própria mala.
“-Desculpe-me!”
Assim que ele encontrou sua mala, uma voz chamou-o por detrás.
Eram as irmãs de antes. A irmã mais velha estava olhando para o jovem com uma expressão tímida no rosto. A irmã mais jovem aproximou-se timidamente do jovem com um leve sorriso no rosto, segurando seu casaco.
O jovem pegou-o, e virou-se à irmã mais velha, perguntou-a curtamente.
“Você está machucada?”
“Não. Hum, Você é… um mago?”
“Não. Eu sou um Marionetista.”
“Então, essa garota aqui, ela é um autômato…?”
Seus olhos cerrando-se, ela olhou a garota próxima a ela (um pouco enervada) Seu choque era compreensível. Sangue corria debaixo da pele da garota, o qual havia um leve tom de vermelho em si. Ela havia uma batida cardíaca, e ela havia uma respiração também. Não importa o quanto você a olhasse, ela era totalmente humana.
Este alto nível de detalhe em um autômato, enquanto não era desconhecido neste local conhecido como Cidade Maquinaria, era algo que dificilmente podia ser chamado de uma visão comum. Para a maioria dos moradores aqui, os autômatos que eles estavam familiares eram basicamente construções de lata barata os quais haviam cilindros e engrenagens expostas.
A forma autômato feminina, muito próxima do que uma garota real seria, deu um gentil sorriso.
“Sim, Yaya é a ‘boneca pessoal’ do Raishin. -Até na cama”
Esta última parte foi um comentário desnecessário.
Os passageiros começaram a cochichar entre si. A irmã mais velha começou a corar profundamente enquanto olhava para eles.
“Nãããããããão seu pervertido!”
Whoosh, passou sua palma aberta cortando o ar, conforme ela tapeou o jovem na bochecha.
Abraçando sua irmã menor, ela correu o mais rápido que podia.
“Yaya…”
“Sim, Raishin?”
“Justo agora, tem este sentimento negro turbilhoando no meu coração. Eu me pergunto o que ele é?”
“… Luxúria?”
“Droga Yaya! Por que você tem que sempre dizer coisas que provocam mal entendidos nas outras pessoas!”
“Mas…! Essa garota estava olhando para o Raishin com um olhar lascivo em seus olhos…!”
“Você é a única a qual olha para os outros da maneira errada!”
Depois de ser repreendida, a garota apertou a bainha de seu quimono e olhou para seus pés desanimada.
Suas finas sobrancelhas apontaram para baixo, enquanto lágrimas começaram a formarem-se nos cantos de seus olhos.
Sua triste figura era doloroso de se olhar. O jovem deixou escapar um suspiro.
“Esqueça. Vamos. Se a polícia chegar aqui será um aborrecimento ter de lidar com eles.”
“… Ok!”
Atirando sua mala por cima do ombro, ele começou a caminhar. O trote do geta[4] ecoou conforme a garota seguia-o de perto atrás dele.
Saindo do vagão, os passageiros apenas podiam olhar estupefatos conforme eles desapareciam na multidão de pessoas na cidade.
Civilização Maquinaria apenas havia começado a florescer no início do 20º século. Junto com o remarcável desenvolvimento na ciência e tecnologia, a humanidade possibilitou estabelecer uma magia avançada como um sistema.
Machinart. Uma inovação a qual havia virado completamente o mundo da magia de ponta cabeça.
Envolvia rodar um circuito mágico através de um autômato, e ter um marionetista controlando-o. Essa combinação permitia a moldagem de magia que era mais rápida, mais detalhada, e mais forte que métodos tradicionais.
Com o advento dessa técnica, magos tornaram-se capazes de comprimir círculos de magia complexos e longos encantamentos em autômatos, efetivamente tornando-se capazes de lançar magias instantaneamente.
Ao mesmo tempo entretanto, esta técnica estava tornando-se explorada para uso militar. A vitória em Trafalgar[5], tanto como o triunfo em Waterloo[6]. Todas essas não teriam sido possíveis se não fosse pela existência do orgulho do exército Britânico, a Divisão de Machinart.
É claro, isso não é apenas restringido à Inglaterra. Nesta era, países estocaram autômatos em uma frente de armas escalonadas, conforme também continuavam a desenvolver novos marionetistas talentosos para controlá-los. Os poderes principais do mundo estavam em um estado frenesiado tentando sobrepujar um ao outro.
Seria apenas uma questão de tempo então, antes que o campo de educação torne-se algo de importância nacional.
Algumas horas após o incidente com o trem, no coração da cidade de Liverpool.
Um curioso casal parou diante de um portão maciço.
Um jovem Oriental e uma garota autômato. Era o par que havia parado o trem desgovernado antes.
“A Academia Real de Machinart, Walpurgis.”
O jovem leu as palavras gravadas na placa, com um sorriso cínico no rosto.
“Famoso por ser o maior instituto de educação dentro do reino da magia. Parece mais com um forte, não, talvez uma prisão se encaixe melhor.”
O cenário que ele estava descrevendo expandiu-se diante de seus olhos conforme ele caminhava adentro.
Elevando-se sobre a frente tinha uma larga, majestosa sala de aula que levava o Palácio de Buckingham[7] à mente quando se olhava para ele. Suas muralhas de tijolos eram facilmente 50 metros de altura, e seu portão forjado em pedra havia pequenos buracos para olhos posicionados nele. Os buracos não pareciam terem sido feitos para repelir a entrada de inimigos, eles pareciam mais que eram feitos para disparar em estudantes fugitivos. Como prova adicional, o porteiro não estava monitorando a atividade da cidade, mas no lugar, mantendo um olho nas premissas.
Mesmo a mais conservadora das pessoas tinha de admitir que a coisa toda era bastante impiedosa. A escola era assustadora como uma base militar.
Entretanto, despreocupada com tudo, a garota autômato apontou em direção aos dormitórios.
“Olhe para cá Raishin. Este é o nosso novo ninho de amor. <3”
Ela estava de bom humor.
Em contraste, o jovem estava anormalmente silencioso. Notando isto, ela sacudiu sua cabeça para ele.
“O que há de errado, Raishin? Você parece depressivo.”
“Uma vez que passemos através deste portão, você sabe que você não poderá retornar para o mundo por um bom tempo, certo?”
Testando sua determinação, o jovem olhou diretamente nos olhos da garota.
“Estas são as leis do país. Todos os autômatos pertencentes aos estudantes da Academia não podem pisar na cidade até a graduação.”
Suas mãos em seu peito, a garota falou sem hesitação, como se ela estivesse recitando uma promessa.
“O único lugar que Yaya deseja de estar é onde Raishin estiver. Não importa se for no campo de batalha, ou em uma prisão, isto nunca mudará.”
“Você pensa tão altamente de mim. Eu estou meramente usando você como uma ferramenta para vingança.”
“Não seja tão duro consigo Raishin. Yaya é meramente uma boneca criada pela Shouko, do dia em que eu nasci eu não era mais nada que uma mera ferramenta. E então uma vez que esta ferramenta foi dada um propósito, ela começou a viver pela primeira vez em sua vida.”
Seu gentil sorriso era belo como o desabrochar de uma flor.
“Eu estarei sempre do seu lado Raishin. Mesmo quando você estiver em seu futon.”
“Eu terei que recusar isso. Contudo, mantenha esta forte convicção sua.”
O jovem relaxou sua expressão, e transpôs adiante com passos firmes.
Nesse dia, o solitário jovem, junto com sua autômato incomparável, passaram através dos portões na academia.
Com isso, o que o esperava era esse banquete de conflito-
Referências e Notas de tradução[edit]
- ↑ Colchão ao estilo japonês. Wikipédia
- ↑ Modelo de carro antigo da Ford. Wikipédia
- ↑ Sandálias japonesas de madeira. Wikipédia
- ↑ Sandálias japonesas de madeira.
- ↑ Uma batalha naval que ocorreu entre a França e Espanha contra o Reino Unido, em 21 de outubro de 1805. Mais informações na Wikipédia
- ↑ Um confronto militar ocorrido a 18 de Junho de 1815 perto de Waterloo, na atual Bélgica (então parte integrante do Reino Unido dos Países Baixos). Mais informações na Wikipédia
- ↑ O Palácio de Buckingham é a residência oficial e principal local de trabalho do Monarca do Reino Unido em Londres. Localizado na Cidade de Westminster, o palácio é frequentemente o centro de ocasiões de estado e hospitalidade real. Ele já foi o foco do povo britânico em tempos de alegria nacional. Mais informações na Wikipédia
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