Toaru Majutsu no Index:Volume3 Capítulo1

From Baka-Tsuki
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Imagine Breaker. Nível 0 (E muito mais)[edit]

PARTE 1[edit]

20 de agosto, 6:10 PM.

Era o crepúsculo no solstício de verão, e Kamijou Touma estava andando sozinho para sua casa, cansado de suas aulas extras. Mesmo que houvesse uma razão para isso, ele ainda descobriu que voltar para escola para aulas extras durante as férias de verão estava ameaçando sua sanidade.

Desde que aquelas chamadas „aulas de verão? normalmente se iniciam no primeiro dia das férias de verão, era suposto que Kamijou tivesse ido dos dias 19 de Julho até 28 de Julho, também.

Ou, pelo menos, isso era o mais provável. Kamijou não tinha memórias de eventos anteriores a 28 de Julho, então ele sentiu que estava sendo punido pelas lições que deveria ter feito.

O que estava acontecendo?

Kamijou ficou paralisado e com uma expressão chocada na frente de uma máquina de venda automática de bebidas, que estava ao longo de um caminho.

— De jeito nenhum, vamos, por favor!

Ele não queria desistir tão cedo. Kamijou Touma tinha certeza que ele tinha inserido uma cédula de 2000 ienes na máquina de venda automática. No entanto, por que a máquina não respondia aos comandos? Bem, ele sabia muito bem que as cédulas de 2000 ienes eram raras hoje em dia, mas esse era os seus suados 2000 ienes. Para uma máquina tirar dele uma grande quantidade de dinheiro e não funcionar... O império das máquinas estava se rebelando no momento? Enquanto Kamijou freneticamente sacudia a alavanca de devolução de dinheiro em vão, seu coração gritou.

— Fukou-da!

Ele sabia, sem dúvidas que, se ele, em um acesso de raiva, sacudisse ou chutasse a máquina, o alarme tocaria.

Mesmo na Gakuen Toshi, uma cidade que abrigava o sobrenatural e que havia sido construída à oeste de Tokyo, um cético que visse Kamijou só poderia pensar 'Então existe realmente uma pessoa sobrenaturalmente azarada neste mundo, huh??' Kamijou era infeliz.

Cabisbaixo, Kamijou ouviu passos atrás dele.

“Hey... Não fique como um idiota na frente da máquina de vendas. Se você não está comprando nada, saia do caminho. Preciso me hidratar ou não vou poder funcionar mais.”

Assim que Kamijou ouviu a voz, olhou para trás. Ele foi gentilmente empurrado para o lado pelas mãos suaves de uma garota.

Viver em uma cidade cheia de alunos, isso provavelmente iria acontecer de vez em quando, mas mesmo assim, o contato improvável surpreendeu Kamijou.

— O quê? Quando Kamijou virou a cabeça, viu uma menina do colegial. Ela tinha o cabelo na altura dos ombros, castanhos-claro, boa aparência, de tal forma que não precisava de maquiagem, uma blusa branca de manga curta com um uniforme de verão, uma saia plissada cinza... Ele achou que era o famosos uniforme do Colégio Tokiwadai. Mas chamá-la de 'Ojou-sama'? na frente dela mesma poderia ser estranho. Queixando-se sobre o calor do verão, de alguma forma ela se assemelhava a um trabalhador em estado de choque por pegar um trem totalmente lotado, em vez de uma refinada dama.

— Quem é esta pessoa?

Ela era uma conhecida sua, ou uma estranha excessivamente familiar? Kamijou estava um pouco preocupado. Com a perda de memória, diferenciar conhecidos de estranhos era a coisa mais difícil de todas. Ele não sabia o quão longe entrar no território de alguém.

O instinto de Kamijou disse-lhe que ela era uma conhecida. Talvez, se ela não fosse uma estranha, ele poderia "pisar"[1] normalmente.

— Ehh... Então vamos acabar com isso... Kamijou desistiu.

— ...Então, quem é você?

— Eu sou a Misaka Mikoto! Tente ao menos se lembrar, seu completo imbecil!

No instante em que a menina gritou, ela soltou uma faísca pálida de sua franja marrom.

— Merda, ela não tem nenhum senso de humor? No instante em que Kamijou colocou-se instintivamente em guarda, um raio pálido saltou da testa da menina, e rapidamente veio até Kamijou. Embora ele não pudesse se mover rápido o suficiente se dependesse apenas da visão, o corpo de Kamijou instintivamente se moveu antes mesmo de ser atingido. Era como se o seu corpo tivesse sido atacado repetidas vezes por raios, e soubesse por experiência própria como responder.

Como se estivesse sacundindo um inseto diante de seus olhos, Kamijou balançou a mão direita horizontalmente.

Isso por si só dissipou o raio, que tinha quase um bilhão do volts, como se fosse uma simples coluna d'água.

Imagine Breaker.

Não importava se ele estava enfrentando espers, magos, alguém com poderes desconhecidos, ou mesmo milagres divinos, qualquer coisa sobrenatural seria negada quando tocada por sua mão direita. Esse era o poder especial do Imagine Breaker.

— ?

Kamijou olhou para a menina carrancuda do colegial, que ele achava que deveria ser presa por tentativa de homicídio. Seu corpo tinha se movido por instinto e evitou o ataque como se ele tivesse experiência prévia do fenômeno. Contra a espada de chamas criada pela pessoa chamada Styl Magnus, Kamijou também tinha sobrevivido por instinto. Mas então...

Kamijou perdeu a memória.

No entanto, apesar de perder suas lembranças, seu conhecimento permaneceu, e isso era estranho.

Algum tempo atrás, Styl deve ter tentado agredí-lo com a espada, mas ele não conseguia se lembrar mais. Foi provavelmente por isso que seu corpo era capaz de se mover sozinho.

— Se isso for verdade, então ela também é uma conhecida...? Isso mesmo, minha conhecida. Droga, são pessoas assim as minhas conhecidas?

— O que você está resmungando aí?

Perguntou Misaka, com a mão em seu quadril.

— Se você não vai usar a máquina, saia. Vou usá-la.

— Ah...

Kamijou olhou para trás e para a frente, entre a máquina e a menina chamada Misaka Mikoto.

Enquanto ele pensava que não advertir alguém de que a máquina engolia dinheiro seria imperdoável, a garota tinha lhe agredido. Espere, seria pior vê-la abaixar a cabeça e explodir em uma fúria assassina... Isso seria assustador.

— Essa máquina de vendas de alguma forma come o seu dinheiro.

— Eu já sabia.

Mikoto respondeu.

— Você sabe disso, mas ainda vai usá-la? Essa máquina é algum tipo de ofertório?

— Você é um idiota. Há um truque para esta máquina, um dissimulado que a fará cuspir sucos de graça.

— ...

Ele tinha um pressentimento, um pressentimento muito ruim. Esse 'truque'... Ele pensou se ela vinha usando este truque todos os dias. Ele também pensou em sua própria cédula de 2000 ienes na máquina.

Não poderia ser que esta máquina de vendas tivesse sido quebrada!

— Lendário entre as estudantes do Colégio Tokiwadai, um chute giratório em um ângulo de 45 graus irá reiniciar qualquer mal-funcionamento desta máquina!

— CHA-SER!

Com este grito, ela girou levantando a perna na altura da cintura e acertou a lateral da máquina.

BANG! Um barulho de algo caindo dolorosamente veio de dentro da máquina, e, em seguida, uma lata caiu fora.

— Sabe, uma vez que está desgastada, as molas que prendem os sucos afrouxam. Então você não pode escolher qual suco virá, embora ~ Ei, qual o problema?

— Nada.

Kamijou respondeu monotonamente.

Debaixo da saia estavam shorts de ginástica. Sentia-se que alguns de seus sonhos haviam acabado de ser destruídos.

— Este lenda de Tokiwadai, todas as jovens de lá o fazem?

— A maioria das meninas não podem fazer isso! Na verdade, a maioria nem sequer sonha em fazer isso...

— ...

Kamijou pensou.

— Não é isso que quero dizer! Estou perguntando se vocês crianças unem forças diariamente para destruir as máquinas de vendas com esta técnica!

— Está tudo bem, não é? Por que está zangado com isso? Nós não o prejudicamos, certo?

— ...

— Eh? Ah, falando nisso, parece que você perdeu dinheiro com esta máquina.

Quando estava na metade da frase, Mikoto fez uma pausa e ficou em silêncio.

— ... Por acaso, você já comprou alguma coisa?

— ...

— Ei, você comprou algo? Será que você realmente conseguiu algo? Hey, responda a verdade, ou eu vou mexer com você! Você está tão perplexo por ter sido roubado por esta máquina de vendas?

— ...E se eu responder a esta pergunta?

— Claro, eu mandarei uma foto do seu rosto estúpido pelo celular para todos. Estou brincando! Brincadeirinha! Não arraste os pés assim, você realmente parece assustado!

Kamijou suspirou, soltando toda a tensão de seu corpo.

Não importa o quão zangado ele ficasse, ele nunca conseguiria seus 2000 ienes de volta. Ele tinha a intenção de usar o dinheiro para comprar fogos de artifício para a freira parasita[2] vestida de branco que estava esperando em seu quarto do dormitório. Na verdade, ele deveria tê-lo guardado em vez de comprar qualquer coisa com ele, mas seria inútil se preocupar com isso agora.

— Eu acho que eu deveria agir como o perdedor que eu sou ~ Pensou Kamijou enquanto ele soltava seus ombros e se afastava de Mikoto.

Enquanto olhava para Kamijou, Mikoto exalou um suspiro determinado com as mãos nos quadris.

— Você, espere! Me diga, quanto dinheiro você colocou aqui?

— ... Não se poderá dizer, não posso dizer, não vou dizer.

Kamijou olhou para ela. Ele poderia ter apenas a conhecido, mas ele percebeu que se falasse 'Eu perdi 2000 ienes', não a faria dizer 'Bem, isso é ruim.'. Seria mais como um 'Gahahawahahah!' como um comandante dos tempos antigos.

Mikoto assumiu um olhar mais sério, como se sentisse um senso de responsabilidade pela perda do dinheiro.

— Eu não vou rir, prometo. Enquanto você está aqui, eu vou recuperar seu dinheiro perdido!

— O que ela está dizendo? Pensou Kamijou. Isto não teria acontecido desde o princípio se Mikoto não tivesse chutado a máquina de vendas; Kamijou não tinha pensado nisso em primeiro lugar.

Ele estava com um pouco de medo de ser rotulado como 'O idiota que perdeu 2000 ienes para uma máquina', mas as palavras de Mikoto de 'Eu não vou rir, eu realmente, realmente, realmente não vou rir' asseguraram-lhe que estava tudo bem em confessar.

— ... 2000 ienes.

— 2000 ienes!? Você colocou tanto assim!?

Perguntou Mikoto.

— Espere, 2000 ienes? Você quis dizer a cédula de 2000 ienes? Uau, eu quero ver, eu realmente quero ver! Uma cédula de 2000 ienes ainda não destruída! Heheheh... aahahahahahahahaha! Então, isso é um bug da máquina de vendas! Nem mesmo as lojas de conveniências aceitam mais cédulas de 2000 ienes, hahahahahahaha!

Assistindo Mikoto gargalhar a níveis ridículos, ele gritou.

— Mentirosa!

Ele não deveria ter contado sobre a cédula de 2000 ienes. Ele deveria ter trocado a cédula mais cedo. Quem sabe, ele até poderia ter, mesmo que por um momento, o belo sorriso da atendente da loja, embora o mais provável fosse apenas um 'Ooh!'.

— Hohoh. Bem, então vamos esperar ela cuspir seus 2000 ienes de volta. Eu não aceitarei se este pedaço de lixo cuspir duas cédulas de 1000 ienes de volta.

Enquanto estava em frente a máquina de vendas, Mikoto colocou lentamente a palma da mão direita sobre a fenda das cédulas.

De repente, Kamijou pensou em uma pergunta.

— Ei, você, como você conseguirá meu dinheiro de volta desta máquina?

— 'Como', você diz?

Mikoto deu-lhe um olhar vazio, e então...

— Assim...

Legenda


Uma faísca como um relâmpago pálido saltou de sua mão direita e imediatamente atingiu a máquina de vendas.

BAM! A pesada máquina de vendas começou a balançar de um lado para o outro como um lutador de sumô. Fumaça preta vinda do sistema interno da máquina saia através de seus orifícios, como nuvens de fumaças vistas em mangás.

Kamijou empalideceu.

— Huh? ... Isso é estranho, eu não queria nada tão grave. Ah, muitas latas de suco estão saindo de algum modo. Hey, a sua cédula de 2000 ienes não saiu, mas isso aqui vale os 2000 ienes em sucos, certo? Bem ~Hey! Por que você está fugindo!? Oi!?

Kamijou não se atreveu a virar. Ele corria a toda velocidade para chegar até mesmo um único milímetro mais longe daquela máquina de vendas. Kamijou normalmente poderia dizer quando a desgraça o atingiria; ele tinha uma sensação sobre isso no segundo antes de algo acontecer. Mas não desta vez.

— Me...Merda! De algum modo, eu não esperava isso, mas eu deveria pelo menos ter notado antes...!

Normalmente, mesmo chutando a máquina de vendas, isso só resultaria em um alarme silencioso, mas em vez disso, gritou com força total, como se estivesse soltando toda sua energia reprimida.


PARTE 2[edit]

Ele não conseguia se lembrar da razão de estar correndo. Tudo o que sabia era que com certeza ele tinha corrido por cerca de dez minutos.

Quando percebeu, Kamijou já estava sentado em um ponto de ônibus na área comercial. Enquanto estava sentado, morto de cansado, ele olhou para o céu de Agosto iluminado pelo pôr do sol em cores de chamas. Um dirigível flutuava no céu tingindo de laranja, o display X-Vision ligado a sua lateral mostrava as novidades da Gakuen Toshi. “A Organização Mizuho é retirada da Investigação sobre a Distrofia Muscular Patológica.”

— Não saia correndo como se estivesse indo à Terra dos Sonhos, e pegue uns sucos. Não foi originalmente para você?

Suspirou Mikoto quando ela se sentou ao lado dele, jogando lata por lata de suco em seu colo. Ela olhou pacificamente nas turbinas de vento girando e girando nas proximidades.

Ela provavelmente estava se sentindo um pouco para baixo por ter feito bagunça usando o controle de seu poder.

— ...Eu estou com medo de que no momento em que eu aceite estes sucos, eu me torne cúmplice. Quero dizer, não os jogue em mim ~ Ow! Quente! Porque é que tem um Shiruko[3] quente misturado?

— Quando acontece uma avaria, não se pode escolher os sucos que sairão!

— Então você não foi maliciosa escolhendo estas sopas de feijão preto e leites de soja?

— Huh? Isso não é nada. Você deveria ser grato. Temos sorte que os dois sucos do inferno, suco de guaraná verde e oden de morango[4], nem sequer vieram.

Dita de outra forma, a Gakuen Toshi também era a “Cidade dos Experimentos”.

Com inúmeras universidades e laboratórios de pesquisa enviando modelos de testes de seus produtos, as ruas transbordavam com itens experimentais como robôs coletores de lixo e robôs autônomos de segurança. Isso significava que a linha de produtos em ambas as lojas de conveniências e máquinas de vendas eram diferentes, mas...

— ... Apesar disso, é um fato que os estudantes ainda pagam com o mesmo dinheiro, então eu gostaria de saber se os figurões não sabem sobre isso.

— Tudo bem, tudo bem. Mesmo um pequeno passo em direção aos seus sonhos significa que você está cheio de ambições. Ah, eu quero uma sidra de ameixa.

Mikoto disse quando pegou uma lata do braço de Kamijou sem aviso prévio.

— Você sabe, mesmo que seja apenas uma lata, você não deve ficar sempre fugindo. Mesmo se acontecer de eu ser muito forte, você não pode apenas pensar em mim como uma pessoa fraca e olhar de baixo para mim? Tente vê-lo dessa forma e me chame de Mikoto-san, Certo?

— ... O que há com essa menina, dizendo tal absurdo enquanto age tão orgulhosa?

— O quê?

Misaka olhou para Kamijou, ostentando um mau olhar. — ... Hm, talvez eu não devesse dizer isso. Mas, enquanto o fraco geme, o arrogante forte vence... isso é o que eu acredito. Porque você é diferente? Há apenas sete Nível 5 na Gakuen Toshi, então por que você seria perseguido por toda cidade por bandidos de rua no nível de vira-latas?

— ?

Apesar de toda confiança de Mikoto em suas palavras, Kamijou não conseguia se lembrar de nada parecido.

Se fosse esse o caso, estariam as palavras de Mikoto erradas, ou ela sabia de algumas experiências do passdo de Kamijou? Incapaz de escolher entre uma das duas perguntas, Kamijou deixou-se relaxar.

— Você, você não deveria ter conseguido me derrotar, Misaka Mikoto, a Railgun. Mas uma vez que o fez, você deveria ter pedido desculpas publicamente na minha frente. Mas agora você faz isso, certo? A partir de então, todo mundo sempre vai se lembrar de mim assim: 'Ah, aquela é a Misaka Mikoto, a que foi derrotada por um garoto que é perseguido por perdedores'?

Disse Mikoto enquanto bebia a sidra de ameixa.

— Por ter me derrotado, você deve assumir a responsabilidade como o vencedor. Eu, uma dos únicos Nível 5 conhecidos na Gakuen Toshi, fui derrotada por tal pessoa... eu poderia anunciar isso publicamente, você sabe.

— Que diabos é isso? Este não é o Período Edo[5] com seu espírito Bushido[6]...

Mas uma vez que ele começou a falar, uma única frase ficou presa em sua mente e o deixou desconfortável.

— Por eu a ter derrotado? Embora eu não tenha nenhuma lembrança dela, o que eu fiz exatamente, que faria uma menina dizer ‘você deve tomar a responsabilidade’!!

— Uh, uhhhhhhhhhh...

— Por que você está gemendo com isso?

Mikoto perguntou, exaltada.

— Então, novamente, você deve estar irritado, também. Afinal, parecia que você teve seus mangás shounen confiscados.

Mikoto cruzou os braços com raiva e suspirou, embora Kamijou não tenha visto.

— Eu nunca quis realmente bater em você, mas você saia perfeitamente ileso contra todos os meus ataques como se esperasse por eles... com uma grande técnica. Deixando de lado o meu ser esnobe e irritado, o fato é que o que você fez é imperdoável.

— ...Uhhhh... é?

Novamente tomando conhecimento das palavras de Mikoto, Kamijou gemeu.

— Ela nunca esperava bater em mim? Isso quer dizer que nossa relação é como a de um pai rindo enquanto ele está acalmando seu filho enquanto bate as mãos imprudentemente?

Mesmo que ele estivesse enfrentando uma Electromaster, ele nunca se rendeu a ela?

...

...Que pena, Kamijou Touma.

— De alguma forma, você é o tipo de pessoa que perde a confiança sobre pressão.

Mikoto disse desinteressadamente.

— Ei, já é o suficiente, beba. Se você fosse um kouhai que recebeu um presente pessoal da Mikoto-sensei, você teria desmaiado de prazer.

— Como se alguém fosse aceitar como gratidão um suco mal-higiênico. Isso não é um mangá shoujo, não há nenhuma maneira de estarmos em algum tipo de romance escolar de garotas ~ Eu acho.

— Não. Seria lindo se fosse um mangá shoujo.

Por alguma razão, Mikoto desviou o olhar.

— Seria mais variado, sabe ~ pelo contrário, eu estaria furiosa?

— Onee-sama?

A voz de uma menina inesperadamente ressoou. O rosto de Mikoto olhou como se tivesse sido atingida por trás com gelo.

Onee-sama? Onee-sama!

— Guh

Kamijou foi silenciado pelo choque. — O que diabos? Virando-se o mais rápido que pôde, ele viu uma menina, provavelmente uma caloura escolar a uma curta distância, usando o mesmo uniforme que Mikoto. Usava chiquinhas, com as mãos juntas à sua frente e olhos brilhantes.

— Bem, Onee-sama! Bem, bem, bem, Onee-sama! Eu me perguntava por que você não está mais nas aulas de verão, e acabo de ver a razão, hein?

Enquanto Kamijou olhava para a garota ao seu lado, Mikoto tinha as mãos sobre a cabeça, muito perturbada. Mas para um Kamijou impotente, ele sentiu o coração de Mikoto dizer para misteriosamente esquecer a rotina diária.

Como Mikoto estava perfurando a cabeça com as mãos, para aliviar a dor, ela começou a conversar com a misteriosa menina.

— Beeem, eu quero ter certeza, mas eu queria saber se você está falando por causa 'daquilo' ou por causa 'dele'.

— Claro que estou me referindo a você estar num encontro secreto com aquele cavalheiro lá, certo?

Uma faísca surgiu do cabelo de Mikoto, mas a menina de chiquinahs não parecia se importar. Estupefato, Kamijou viu quando a menina, sorrindo docemente, se aproximou do banco a uma velocidade assustadora.

— Oh, merda, ela está vindo aqui! Mas antes que Kamijou pudesse se afastar, ela agarrou fortemente a mão de Kamijou com as próprias mãos.

— Prazer em conhece-lo, cavalheiro. Eu sou a companheira de quarto da Onee-sama, me chamo Shirai Kuroko.

— O quê?

Kamijou olhou para mão que estava sendo segurada, se preocupando com a própria reação.

— De todo modo, este grau de nervosismo é um sinal de alerta de traição?

— Pffft!

Kamijou caiu na garalhada. Mikoto, que estava sentada ao seu lado, levantou-se lentamente e...

— VO-CÊ! Este esquisito não é meu namorado!

Acompanhando as palavras de um coração ferido, um raio saltou da franja de Mikoto.

Shirai Kuroko soltou a mão de Kamijou e deu um passo para trás, batendo o raio no nada quando ela desapareceu no ar.

— Tch, e ela tinha que usar o Teleporte em um momento desses. Se este rumor se espalhar, eu não irei confirma-lo, caramba!

Mikoto furiosamente atacava o espaço vazio com seus ataques de raios explosivos, parecendo que queria eletrocutar alguém.

— Droga, como vou acalmá-la? Kamijou ponderou, quando de repente uma voz veio de trás do banco.

— Onee-sama?

— De novo!? Kamijou virou-se...

E viu em pé atrás do banco outra Misaka Mikoto.

Legenda

— O quê?

Pelo que ele podia dizer, a menina atrás dele não era diferente da 'Misaka Mikoto'. Cabelos castanhos até o ombro, boa aparência, uma blusa branca de manga curta, um uniforme de verão, e uma saia plissada. De características, a uniforme e acessórios, não havia nenhuma dúvida disso: 'Misaka Mikoto' estava ali.

Mas...

Kamijou voltou seus olhos para garota sentada ao seu lado. Cabelos castanhos até o ombro, boa aparência, uma blusa branca de manga curta, uniforme de verão, e uma saia plissada. Embora não fosse inesperado, ele estava vendo sentada a 'Misaka Mikoto'.

Havia diferenças, no entanto. A menina que estava atrás do banco tinha um par de óculos de visão noturna em sua tesa, do mesmo modo que se usava óculos de natação, e seus olhos pareciam sem emoção. Seu olhar desfocado fixava a parte de trás da cabeça da Mikoto sentada.

— ...Eh? Elas se multiplicaram? É uma segunda Misaka!

Kamijou se assustou e olhou para trás e para frente entre as duas 'Misaka Mikoto'. Comparando seus rostos, também se surpreendeu que diferente daquela sentada ao seu lado, a que esta atrás não possuia expressão.

— Então...

Kamijou murmurou enquanto olhava para trás.

— ... Quem é você?

— Imouto, diz Misaka num piscar de olhos.

— ...

Essa é uma estranha forma de falar. Kamijou pensou. Havia muitas pessoas ao redor de Kamijou que falavam estranho para que ele mesmo dissesse que eles eram ou não estranhos.

— Você, Misaka, refere-se a si mesma como 'Misaka' quando fala de si? Eu não me refiro a Misaka como 'Misaka', uma vez que não usamos formalmente nossos nomes. Não seria um caos, mesmo em casa, se você chamar a si mesma por 'Misaka'?

— Mas o nome de Misaka ainda é Misaka, Misaka responde imediatamente.

— ...

Não havia nenhuma maneira de Misaka chamar a si mesma por 'Misaka', devia existir uma regra para isso. Kamijou olhou para Mikoto sentada ao seu lado para conferir, mas ele foi surpreendido mais uma vez. Mikoto estava olhando silenciosamente para sua irmã.

— Eu, entendo, Imouto. Mas vocês duas certamente parecem idênticas, mesmo em altura e peso, certo?

Mikoto se manteve encarando a Imouto.

— A nossa constituição genética é a mesma, responde Misaka. Além disso, perguntando sobre o peso corporal de uma menina é ser rude, diz Misaka ao falar seus pensamentos.

Mikoto ainda se mantinha olhando para a Imouto.

— ...

— Essa é uma pessoa estranha. Kamijou pensou.

— Então eu acho que vocês devem ser gêmeas. Hmmm, é a primeira vez que vejo gêmeas idênticas, mas vocês realmente são idênticas. Bem, o que você vei fazer, Imouto-chan? Falar com a Nee-chan?

Mikoto tinha continuadamente, por um longo tempo, encarado a Imouto.

— Como é excessivamente igênuo esta pessoa, Misaka irá responder a sua pergunta de modo que você possa entender. Misaka veio para ver e confirmar a fonte da potência detecxtada dentro de um raio de 600 metros de Misaka...

Se elas eram gêmeas idênticas, então seus poderes serem semelhantes não seria difícil de se aceitar.

E embora ele pensasse nisso... Kamijou teve um medo especial do olhar de Mikoto.

— Oh, merda, ela é do tipo que odeia ter sua família ser vista pelos amigos. Kamijou pensou.

— ...E neste lugar, eu acho uma máquina de vendas destruída e vocês dois transportando grandes quantidades de suco. Eu nunca pensei que a Onee-sama iria participar de pequenos furtos,Misaka diz com um tut-tut.

Misaka-imouto continuou enquanto estava sendo a atenção.

— O quê exatamente fez a Onee-sama mudar seu caminho? Misaka diz enquanto finge uma entrevista policial.

Por causa da estranha acusação, Kamijou não tinha escolha se não continuar.

— Ei, ela é a culpada, eu sou meramente uma testemunha ocular, sabe.

— Mentiras apenas provam o crime, Misaka responde. Pelos resultados de medição feitos na parte da frente da máquina de vendas pelo choque elétrico, ficou estabelecido que as mais recentes impressões digitais pertencem a você, Misaka diz empurrando as provas em você.

— De jeito nenhum! Pode-se deduzir tanto sendo um Electromaster?

— É claro que isso não é possível, Misaka diz sendo franca ao responder.

— ...

— ...

Por favor, me ajude! Enquanto Kamijou olhava para Misaka-imouto, ele continuava a puxar o ombro de Mikoto que estava sentada ao seu lado.

Mas Mikoto não reagia a nada.

— Isso é estranho. Pensou Kamijou. Nós nos encontramos com a Imouto tem cerca de dez minutos, mas Mikoto é do tipo que continuaria falando automaticamente por conta própria. Será que Mikoto tem algo indizível sobre ela?

— ...?

Kamijou casualmente virou-se para a Mikoto sentada ao seu lado. Então...

— ...VOCÊ! Por que você está vadiando por aqui?

Sem aviso, a Mikoto, anteriormente silenciosa, levantou sua voz em uma raiva explosiva.

— Uwaaaah!.

Foi Kamijou, pego de surpresa pelo grito ensurdecedor ao lado.

Este grito estrindente está perfurando meus tímpanos! Parece até a dor que eu ficaria se comece rapidamente raspadinha!

Mikoto só gritou uma vez antes de retomar seu silêncio.

É como se ela estivesse esperando não ver a Misaka-imouto.

Assim como após os raios, o silêncio vazio os envolveu.

O dirigível flutuava pelo céu noturno. No X-vision anexado ao seu lado, a notícia de hoje era “Novo Vírus [HDC. Cerberus] é implementado através da rede.” Foi repetido, e o som do painel foi tornando-se estranhamente um ruído.

Dentro desse estado, enquanto Misaka-imouto prestava atenção e olhava distraidamente para os olhos de Mikoto.

— Essa é outra questão... Treinamento, Misaka responde brevemente.

— 'Treinamento?'

Mikoto cortou sua respiração, como se estivesse sido atingida por trás, e desviou o olhar. Ela murmurou alguma coisa, mas não alcançou os ouvidos de Kamijou.

— ? Se ela está treinando, a Imouto-san irá entrar para Judgment?

Se o status de um estudante era 'vago' ou em 'treinamento', a primeira coisa que se vinha à mente, provavelmente seria Judgment.

Com apenas um olhar, Mikoto entendia que, tal formação seria muito melhor que a morte por uma faca. Para os 2,3 milhões de estudantes da Gakuen Toshi, havia organizações especiais que lidavam com inevitáveis espers furiosos.

Havia duas posições que derrubavam espers furiosos: os usuários de armas de última geração, formado pelo corpo docente, chamado Anti-Skill, e os alunos escolhidos de todas as escolas, chamado Judgment.

Ambos, Anti-Skill e Judgment, foram originalmente classificados não superiores a professores e alunos, respectivamente. Assim, para suas fileiras profissionais, a pessoa teria que assinar nove contratos, passar por treze tipos diferentes de testes de aptidão, e completar quatro meses de treinamento.

Mikoto bateu palmas na frente dela e desviou o olhar de Kamijou.

— Ahh, aahhh, Judgment? Ah ~ Ah ~ Isso. Você tem feito isso por essa causa, bem problemático, não é, tudo isso ~ ou melhor dizendo, desgastante?

Ela disse em um tom de voz agradável, mas suspeito.

— Hey. De alguma forma, você está falando como se estivesse utilizando de repente as informações, como se fosse apenas um trote.

— Heh, eu não estou mentindo, eu só estou dizendo isso claramente, corretamente, objetivamente.

Mikoto então olhou para sua imouto.

— Nós temos um monte de coisas para fazer, muito mesmo. Hey, Imouto, você pode vir comigo um instante?

— Hã? Não, mesmo Misaka tendo um tempo na agenda para ficar com ~

— Já chega.

Mikoto olhou mortalmente para Imouto.

— Venha aqui.

Aquela estranha e plana voz... Kamijou de alguma forma a sentia.

Mikoto não tinha nenhuma razão para fazer algo especial. Ela só viu o rosto de sua imouto e disse apenas uma palavra, com uma risada.

Mas isso eram apenas palavras. Ele havia levado ao ponto que um turbilhão de sentimentos suspeitos passou por seu coração.

Mikoto olhou para Kamijou. Nesse momento, ela já estava de volta ao seu normal, a barulhenta menina do ensino médio.

— Bem, então, vamos desta forma. Você também tem que ter cuidado com o toque de recolher do seu dormitório, você sabe!

Mikoto deixou Kamijou sentado, e colocou os braços em volta dos ombros de sua imouto. As duas garotas de aparência comum, em seguida, começaram a andar pela pista da larga avenida.

Kamijou instintivamente começou a seguir Mikoto, mas se conteve.

Sentou-se no banco, ele murmurou sem pensar enquanto admirava o dirigível flutuando no céu noturno.

— Como é complicado...

Ele respirava suavemente.

— Que tipo de família será a delas, eu me pergunto...?


PARTE 3[edit]

Houve um problema, porém.

— Ah, sim, certo, certo, o que eu farei com tantos sucos?

Kamijou suspirou enquanto olhava para a grande pilha de dezenove latas de suco (Mikoto apenas consumiu uma lata de sidra de ameixa), mas no final, ele não tinha escolha, mas para leva-los todos de volta, isso seria uma estimativa de 350 gramas por lata, o que resultaria em 6,65 quilos de 'lixo' ou algo assim. Enquanto Kamijou fazia este cálculo inútil, sentiu-se entristecer ainda mais. O seu estado de espírito era o mesmo que o de alguém que tem medo de alturas olhando inadvertidamente para baixo em uma ponte alta.

Com isso, Kamijou Touma começou a voltar cambaleando através do crepúsculo carmesim com as mãos cheias de suco. A rua residencial que levava ao dormitório estudantil era estreita, muito estreita, mesmo para carros passarem; mas, justamente quando ele achava que 'os carros provavelmente não passarão por aqui', ele foi quase arremessado por um carro que recuou repentinamente, saindo de uma garagem.

Mas não importava o azar de Kamijou, ele ainda teve que experimentar a infelicidade de quase ser morto atropelado estando a apenas cinco minutos do dormitório.

— Voltar para casa é uma aventura por si só.

Kamijou disse enquanto ele juntava novamente as latas.

As latas de suco frio perderam consideravelmente sua frieza, enquanto estavam sendo transportadas nos braços de Kamijou. Mas nesta merda de verão quente japonês, como foi que ele esperaria leva-los ainda gelados? O caração de Kamijou entristeceu.

E, enquanto Kamijou estava pensando nisso, ele notou uma bola de tênis, de repente rolando em frente ao seu pé.

— Alguém jogando deve ter sido negligente. Kamijou pensou.

— Hey, hey.

Kamijou, consciente do perigo de pisar na bola de tênis, parou o pé levantado e mudou-o um pouco para o lado, a fim de evitar a bola.

— Ei, isso é perigoso, o que eu faria se pisasse nela e caísse?

Enquanto pensava nisso...

Uma súbita rajada de vento apareceu.

Como se a bola tivesse calculado isso, ela deslizou para entre o chão e o pé de Kamijou.

— Hiii! Hey, hey, espera~!

Com todo o peso do seu corpo já em seu pé, era tarde demais para parar. Kamijou, tendo pisado na bola com toda força, caiu de costas. Graças à grande pilha de latas de suco, ele não conseguiu se equilibrar bem. Kamijou, com as costas totalmente achatadas, cuspiu ar, se contorceu, e rolou. Azar, e até mesmo o ar não disse isso.

As latas de suco que deveriam estar em suas mãos, caíram rolando e se espalharam com um som ruidoso, enquanto Kamijou esparramado, respirava fundo.

— Bem, eu acho que ninguém vai se importar se as latas de suco estiverem um pouco amassadas. Ele pensou.

— Mer... Merda. Droga, o que diabos eu fiz...?

— Ze-ha.

Enquanto ele disse isso, ele finalmente levantou-se. Quando olhou para as dezenove latas de suco espalhadas, ele ficou desesperado.

— Eu ainda tenho que andar enquanto carregava mais de 6 quilos de bagagem extra. Um Kamijou cambaleante sentiu como se estivesse sido espetado; mesmo tendo dito isso, não havia ninguém por perto. No final, apenas uma pessoa solitária teria que buscá-las.

E enquanto Kamijou, com os ombros curvados, pegava as latas, uma sombra caiu sobre ele.

— ...Nuvens? — Oh. Kamijou instintivamente elevou seu olhar para cima.

Misaka Mikoto estava em pé frente a ele.

— Uoo!?

Sentindo a pressão de uma menina do ensino médio olhando para baixo e em silêncio, Kamijou instintivamente recuou.

— Vo-Você ~ Eh!? Eu pensei que você estava levando sua imouto em outro lugar? E agora? Se você quiser mais suco, você pode tomar três desta vez.

— ...

Mikoto não respondeu às palavras de Kamijou.

Algo estranho. Pensou Kamijou. Lembrou-se então, Mikoto disse algo junto de um raio não intencional. Se ele venceu, teria que tomar a responsabilidade, ela havia dito. Ela também disse que gostaria de se certificar de que ele tomaria a responsabilidade e anunciaria abertamente.

E como seria? Afinal, Kamijou Touma tinha pisado em uma bola de tênis, capotou na estrada, espalhando seu suco por todo o chão, e teve que recolhê-lo sozinho.

— Gah! Droga, ela se aproximou demais de mim. Falando nisso, ela estava de shorts há um tempo, por que agora está de calcinha!?

Ele pensou que alguém estaria brava com o seu olhar, mesmo quando o caos estava acontecendo.

Mikoto já estava olhando para Kamijou com seus olhos inexpressivos.

— Se não se importar, eu posso ajuda-lo, Misaka diz enquanto suspira.

— ...?

Longe de ser um suspiro, ainda respirando com desconfiante tranquilidade, Mikoto fez Kamijou olhar duvidosamente para ela; neste ponto, ele finalmente percebeu o par de óculos de visão noturna pendurados nas mãos de Mikoto.

— Ah, certo, é a Imouto. Você realmente se parece com a Mikoto.

— ...Mikoto, não é? Misaka fala de volta. Aah, você quer dizer a Onee-sama, não é?

— Quem mais?

— Como sempre, ela está estabelecendo seu próprio ritmo. Kamijou pensava.

— ...Ah, certo, é a Imouto. Na verdade, por não serem shorts; você parece ter uma classe diferente.

— Shorts...?

— Nah, apenas estou falando sozinho! O-O que quero dizer é isso! Para que são esses óculos militares?

— Misaka não tem a habilidade de seguir diferentes fluxos eletromagnéticos como a Onee-sama, por isso, este dispositivo é importante para visualizá-los, Misaka explica completamente.

— ...

— Não pense que usar honoríficos o fará parecer educado. O coração de Kamijou resmungou.

— A temperatura e a umidade estão altos, então tirei o equipamento, mas quando a necessidade for sentida, eu os colocarei de volta, Misaka sugere.

Enquanto Misaka-imouto resmungava sozinha, ela colocou de volta os óculos em sua testa.

— Hm, huh? Mas você, você não foi levada por sua irmã há um tempo?

— Misaka veio daquela direção, como indicado.

Misaka-imouto apontou para a direção da rua. De alguma forma, era uma direção totalmente diferente.

— ...?

Kamijou inclinou a cabeça.

— Mas, além disso, o que vai fazer com estes sucos espalhados? Misaka pergunta. Neste ritmo, você seria multado pelas regras de trânsito e teria que pagar um valor de 150000 ienes ou provavelmente mais.

— ...Isso seria ruim. Estou pegando-as o mais rápido que posso.

Mesmo Kamijou, ele sabia que esta outra Misaka-imouto não falou de uma maneira desagradável ou sarcástica, mas 'destruir rapidamente os problemas que cercam' foi, por algum motivo ou outro, tornando-se irritante.

E, enquanto Kamijou ia silenciosamente recolhendo as latas de suco, uma por uma.

— Se necessário, Misaka também irá ajudar, Misaka propõe.

— Huh? Está tudo bem, eu posso fazer isso. Geralmente, sua ajuda não é necessária a qualquer momento ~ Eu acho.

Mas, naquele momento, um caminhão veio através da área residencial. O caminhão parou bruscamente na frente de Kamijou, e buzinou para ele como se estivesse de mau humor.

— ...

Misaka-imouto começou a recolher, em silêncio, as latas espalhadas. Tendo uma moça desconhecida ajudando com a sua falta de jeito fez com que Kamijou sentisse vergonha, mas ele não podia dizer nada com o caminhão buzinando para que ele se apressasse. Ele estava sendo ajudado, de modo que cada um deles levaria uma metade da pilha.

No entanto, Kamijou sussurrou algo após a coleta.

— Desculpe, eu acho que vou te pagar alguma sobremesa da loja de conveniências, desculpe por isso!

Enquanto Kamijou dizia isso, no momento em que ele olhou novamente para figura da Misaka-imouto, sua respiração parou involuntariamente.

A indefesa Misaka-imouto, de cócoras, não estava preocupada com a sua saia curta. Ele espreitou secretamente o algo azul e branco que havia no meio de suas pernas.

Enquanto Misaka-imouto estava agachada, ela olhou para a expressão de Kamijou.

— ...O que foi? Misaka pede a confirmação.

— Oi...! Não, bem, não é nada, sabe!? Nada mesmo, sabe!?

— Em comparação, suas pupilas estão dilatadas, a inquieta ação respiratória, pulsação anormal, e similares são detectados, Misaka mostra sua avaliação objetiva. Em conclusão, você está sobre tensão mental? Misaka di~

— Não, não é nada! Nada mesmo! Eu sinto muito!

— ?

Do que ele estava se desculpando? Com essa impressão, Misaka-imouto vagamente acenou com a cabeça.

Como a buzina do caminhão soava deprimente, Kamijou, insistentemente, se apressou mais para pegar as latas de suco.

Com a recuperação concluída, o caminhão violentamente passou por eles, aparentemente zangado. Aliás, quando o caminhão passou rapidamente, a saia curta da Misaka-imouto vibrou, mas a menina não se preocupou em empurrar a saia para baixo.

— De alguma forma, eu sinto que posso diferenciar as irmãs. Kamijou suspirou. Mikoto, mesmo com shorts por baixo da saia, provavelmente não deixaria isso passar.

— Bem, então, para onde serão transportadas estas latas de suco? Misaka diz com as mãos cheias das latas.

— Ah? Está tudo bem, eu posso leva-las sozinho.

— Bem, então, para onde serão transportadas estas latas de suco? Misaka exige saber.

— Eu disse que está tudo bem,, está tudo bem mesmo, não há necessidade para que você as leve...

— Faça isso rápido.

Ela afiou sua voz. Kamijou desistiu e deixou a Misaka-imouto transportar a carga.

Felizmente, os dormitórios estudantis eram a apenas cinco minutos.

Os edifícios todos idênticos deixavam o local triste, mas desde que os edifícios acabavam, convergindo numa mesma direção, a direção que também ficava o parque eólico da Gakuen Toshi.

Os edifícios estavam um pouco mais longe que dois metros. Deslizando pelo portão, Kamijou e Misaka-imouto passaram pela entrada de emergência e dirigiram-se para os elevadores do dormitório.

E, à frente de Kamijou, um robô rotativo de limpeza veio ~ ele possuia 80 centímetro se altura e 40 centímetros de diâmetro.

Até agora na Gakuen Toshi, mesmo o misterioso era inofensivo, mas era um pouco diferente aqui. No topo do robô de limpeza, uma empregada doméstica de cerca de treze ou quatorze anos de idade estava sentada ao estilo seiza[7].

— Wheee, Kamijou Touma!

O nome dela era Tsuchimikado Maika, e era vizinha de Kamijou. Ela, por uma promessa feita pelo seu irmão, Tsuchimikado Motoharu, foi a uma Escola de Empregadas Domésticas e agora estava vestindo uma roupa de empregada como seu uniforme. Algo desagradável e de uma mudança de ritmo que a fez fugir do dormitório feminino e vir para o masculino, como uma garota fugitiva. Mas mesmo com sua memória perdida, como Kamijou encontrava com ela constantemente neste lugar, parecia que não havia nada que pudesse fazer para impedí-la de se esgueirar constantemente até o dormitório masculino.

— O ar condicionado está danificado hoje, então eu estou indo. Além disso, eu acho que meu irmão vai fazer barulho esta noite, por favor, perdoe-nos.


— ...Entendo, a Escola de Empregadas Domésticas deve ser terrível, pois eles nem sequer tem férias de verão.

— Sim. 'Uma verdadeira dama nunca descansa', são os meus preceitos escolares. Nem mesmo aos sábados ou domingos uma empregada aprendiz pode descansar, e se eu tivesse tomado uma licença semanal de dois dias, eu seria expulsa.

— Quando completam o curso, empregadas com estes hábitos recebem demanda??

— É claro que, empregadas domésticas que completam o curso recebem muita demanda, eles dizem. De todo modo, Kamijou Touma, estes despojos de guerra em suas mãos vieram de algum prêmio?

— Eu paguei por todos eles (talvez). As latas podem estar um pouco sujas, mas se você quiser, pode pegar um.

— Então se tiver, eu quero o chá verde.

— ...Então o leite com chá verde em pó deve estar bom para você.

— Obrigada.

Disse Tsuchimikado Maika enquanto estendia suas mãozinhas e pegava o chá com leite da mão de Kamijou. Em seguida, o robô de limpeza mudou o curso, deixando Kamijou e Misaka-imouto para trás. Maika acenou vigorosamente com a mão para se despedir.

— Finalmente, o truque para esconder uma garota fugitiva: nunca deixar a menina para trás em seu quarto durante o dia. Fazer isso pode acabar com a paz na cidade, e depois, à noite, é mais fácil de descobrir. Se os sons de alguém que vive em seu quarto escapar, os vizinhos podem notar. Quero dizer, não é que a Irmã está fazendo barulhos e palhaçada?

O robô de limpeza com a garota sentada foi para outro lugar.

— Você tem preferências para confinar outras pessoas? Misaka pergunta um pouco séria.

— Não é nada de grave, só estou escondendo uma parasita.

Kamijou disse claramente. Ele disse isso claramente... Mas não havia dúvidas sobre isso, sobre a droga da lei? Kamijou estava claramente esperando não ser um sequestrador menor de idade ~ ou pior.

Se ela ficar aqui, os seguranças a pegariam.

Kamijou, preocupado, entrou no elevador dilapidado com a Misaka-imouto, e subiu até o sétimo andar.

Kinkon Soou o elevador ao chegarem ao sétimo andar. Como o dormitório era de um formato retangular, não havia maneira de ir em frente, ao sair do elevador.

Pouco mais à frente, nas proximidades da porta do quarto de Kamijou, foram postos misteriosamente novos corrimãos de metal. Kamijou não conseguia lembrar, não importa o quanto tentasse, mas algum idiota aparentemente tinha usado fogo para explodí-las a força. Aqui e ali, se alguém olhasse de perto, as paredes e piso também foram misteriosamente consertadas.

E, na frente da porta do quarto de Kamijou, Index e Himegami Aisa estavam, ambas de cócoras, com as mãos esticadas, e brincando com um gato. Interposto entre as duas, o gato estava sendo tocado por quatro mãos e ficava agradavelmente rolando pelo chão.

— ...Ei, o que vocês estão fazendo, vocês duas? Hey! Qual o problema, você ficou presa, mesmo sem precisar de uma chave?

Enquanto Kamijou levantou a voz, as duas olharam para ele.

— Ah, Touma. Bem, Sphinx está com pulgas, por isso estamos tirando-as ~ Eh! O quê! Touma trouxe outra garota desconhecida com ele!

Foi Index, uma menina de quatorze ou quinze anos de idade, que gritou isso. Uma menina com um nome 100% falso, que estava envolta em uma vestimente de freira extravagantemente branca, bordada a fio de ouro. Em algum lugar, havia um certo mundo onde ninguém chamada 'Index' existia, mas para Kamijou, ela foi insensivelmente tratada como 'uma menina que se tornou um parasita, sem que me desse conta'.

— Talvez seja o destino: para levantar outras pessoas ao bom caminho, e trilhar a sua história.

Foi Himagami Aisa, uma menina de dezesseis ou dezessete anos de idade, que disse isso. Ela tinha um cabelo comprido, preto e aparência de uma sarcedotiza normal, mas pendurado em seu pescoço estava uma enorme cruz de prata. Não foi nenhuma surpresa, já que essa era a barreira criada que selava os poderes de Himegami, a Deepl Blood.

Kamijou se lembrou das palavras de Index há um tempo, acerca da cruz.

— Touma, Touma, eu não te disse que não pode tocar a cruz celta de Aisa? Esse é um item da Igreja Móvel que pode gerar e preservar uma barreira mínima. Bem, se fosse uma Igreja Móvel comum, eu me pergunto se isso seria o equivalente a uma cruz da altura de uma torre.”

— Hah. Então isso significa que se a minha mão direita a tocar, a barreira será desfeita?

— ...Sim. Assim como o que aconteceu com a minha Igreja Móvel...

— Hã? Eu não posso ouví-la, o que foi?

— Não é nada, eu não disse nada, então esqueça!

Depois disso, Kamijou foi mordido por uma Index furiosa. O ponto foi, aquela cruz não deveria ser tocada de forma alguma, provavelmente.

Aliás, para Himegami, por esta cruz ter selado seus poderes, ela havia sido julgada como um Nível 0 de uma escola de elite privada, e foi obrigada a abandoná-la. Mesmo Kamijou poderia se matricular nesta escola privada, mas o requisito mínimo era de ser pelo menos um Nível 2.

Um estudioso atlético com alguma lesão debilitante provavelmente teria entendido as circunstâncias de Himegami facilmente.

Agora, se a cruz fosse removida, Deep Blood provavelmente seria novamente manifestada, o que fez com que Himegami prometesse nunca a retirar.

Com essas circunstâncias, Himegami foi automaticamente expulsa do dormitório feminino. No entanto, se ela deixasse a Gakuen Toshi, ela poderia ser alvo de magos. Para uma Himegami sem rumo, era inacreditável que o conselheiro que Kamijou lhe apresentou, Komoe-sensei, lhe tivesse aceitado como uma parasita.

Para eles, encontrar facilmente fortuidade nesta grande cidade, havia razões, também; a verdade era que havia certos locais onde as meninas fugitivas entravam espontaneamente. Komoe-sensei, especialista em psicologia social, ambiental, comportamental e comunicacional, entre outras coisas, tinha um talento especial para achar estes locais, encontrar as meninas fugitivas, e leva-las a sua casa. Atuando com boa índole para ajudá-las a tomar o bom caminho, e, em seguida, provocar a transferência delas na abertura das férias de verão... Kamijou estava se sentindo mal com alguma coisa.

E nisso, Himegami olhou para a pilha de latas de suco de Kamijou.

— O que há com essa pilha de bebidas que você tem aí? Você é tão fraco que não pode nem beber água da torneira?

— Não é nada disso. Geralmente, sucos não o deixariam doente.

Kamijou suspirou.

— Aqui, Index, você pode ficar com esta.

— Uh-huh! Adoro sucos, mas odeio os lacres. Touma, abra a lata para mim, certo?

Desde que ela era pouco familiarizada com a civilização moderna, Index, provavelmente, não poderia abrir o lacre. Não era que ela não sabia como fazê-lo, era mais como: 'Se eu exagerar, eu poderia de algum modo quebrar minhas unhas, por isso é assustador'.

Enquanto Index entregava de volta sua bebida para Kamijou, seu olhar pousou na Misaka-imouto.

— Huh? Realmente, deve haver uma boa razão para que a taxa de encontros de Touma com garotas seja tão alto. De qualquer forma, acho que não quero ouví-lo. Bem, então, quem são os pais destra criança?

— Esta é apenas minha opinião pessoal: eu só vejo uma pobre garota azarada sendo perseguida por uma organização misteriosa.

— Você é barulhenta, pequena. Não se deve maltratar as outras pessoas, por quaisquer que sejam os motivos.

Kamijou disse, enquanto carregava o suco.

— ...Vamos esquecer isso por enquanto. Você disse algo? O que você quis dizer com 'Sphinx está com pulgas'?

— Sim.

Index assentiu cansada.

— Quando acordei hoje de manhã, eu achei Sphinx cheio de pulgas. Acho que estou certa que o futon de Touma está da mesma forma.

— 'Acho', um caramba! Eu não te disse 'Nada de gatos no futon', sua pirralha!? Mesmo pelos caídos são ruins! Espere um minuto, então é por isso que eu estava me coçando todo!? Aaaaagh!

Kamijou gritou.

— E é por isso que você saiu do quarto, ele se transformou em um foco de pulgas! É por isso que vocês duas estão aqui, caramba!

Os olhos de Kamijou desembarcaram na maçaneta da porta, mas hesitou em abrí-la.

Legenda

Ignorando o Kamijou hesitante, Index colocou as mãos em suas mangas e começou a remexer algo.

— ...Eh, Index, por acaso você está tirando uma folha verde de suas roupas?

— É chamada de Planta Sábia[8]! Inesperadamente a achei lá fora, você não sabia?

— ...

Na Gakuen Toshi, o uso de drogas é a norma de desenvolvimento esper. Conhecimento medicianl tem sido registrado.

Planta Sábia: da família 'Labiatae', perenes, nativa do Mediterrâneo. Usada para a medicina, as folhas são chamadas de Folhas de Sálvia, e elas também são cultivadas como especiarias ou plantas ornamentais... onde são encontradas.

— Então o que você está puxando para fora é uma erva medicinal? Vai mastigá-la para recuperar HP?

— HP?

Index inclinou a cabeça.

— Eu realmente não entendo a língua estranha do Touma, mas as folhas de sálvia tem efeitos purificadores, você sabe. Vou usá-las para afastar as pulgas.

— ...Eu tenho um sentimento ruim sobre isso. Essa erva, você vai usá-la para alimentar o gato, ou as pulgas?

— Uh, nah. Tem que queimar a folha, e, em seguida, colocar Sphinx perto da fumaça para afastar as pulgas.

— ...

— Como sempre, acender fogo dentro do quarto seria suicídio.

— ...

Kamijou estava procurando entender a simplicidade da seriedade de Index.

— Bem, eu sei que pulgas odeiam fumaça, eu sei disso, mas...

E, enquanto Himegami inesperadamente batia as mãos.

— Não permaneça em silêncio, você tem que se interpor. Nesse ritmo, o gato acabará sendo assado.

As palavras de Himegami trouxeram Kamijou de volta de seus pensamentos.

— ...Ah! Sim, é isso mesmo, isso é certo. Você não sabe, Index, mas fogo é uma das coisas que os gatos mais temem. Se você usar fumaça para livras o gato das pulgas, o gato acabaria morto, também!

Estou tão feliz que pelo menos a Himegami seja normal. Kamijou pensou, sentindo-se completamente aliviado.

De repente, ela enfiou as mãos nas mangas de sua roupa de sarcedotisa, remexendo-as.

— ...Es-Espere, Himegami. O que você vai tirar daí?

— Hm? Se você me perguntar, eu digo que é um 'spray mágico'.

Não importava como se olhasse, era apenas um pesticida.

— Errr. O que você fará com isso?

— Apenas pulverizarei um pouco do spray mágico nestas pragas.

— ...Eu te disse, as pulgas são animais vivos, e os gatos também, por isso, não traga este tipo de produto para Gakuen Toshi!! Vocês duas pulverizariam em vocês mesma um pesticida se estivessem cobertas de mosquitos?

— ...?

Observando as duas com olhares de confusão, Kamijou teria agarrado suas cabeças se seus braços não estivessem ocupados. O que realmente o incomodava era o curso da ação dos pensamentos das duas, só pelo fato de estarem preocupadas com o gato.

Só então, a antes silenciosa Misaka-imouto, de repente abriu a boca.

— Se a discussão está acabada, onde eu devo colocar os sucos? Misaka sugere, sobrecarregada.

— Hm? Ah, certo, apenas os coloque aí no chão. Desculpe, e você pode ficar com alguns como gratidão.

— Não é importante, Misaka responde. Bem, então, não importa se eu coloca-los aqui no chão, mas por favor, certifique-se de que eles não caiam sete andares abaixo, Misaka alerta sobre o perigo iminente desta tarefa.

Index e Himegami repentinamente pararam em resposta a bem educada atuação de Misaka-imouto; elas deveriam estar chocadas por a terem comparado com uma encrenqueira.

— ...Uwaaah. Touma, Touma. Parece que ela é a senhora Royal Guard do Castelo de Windsor[9].

— ...E mais dos tempos medievais. Possivelmente feito para competir com o projeto da empregada robô.

Misaka-imouto nem sequer levantou as sobrancelhas por suas palavras.

— Bem, então, como lidar com este gato.

— Uwaah, bem lembrado... Esqueça, você sabe de algo?

— Mesmo se você já o conhecer, usar um medicamento anti-pulgas é o mais recomendado, Misaka sugere. Deve haver um pó anti-pulgas que pode ser polvilhado sobre o gato.

— ...Bem, é um remédio, tudo bem. Ele não será prejudicial, certo?

Para os alunos da Gakuen Toshi, incluem um currículo para a administração de medicamentos... O que diabos vocês estão pensando? Mesmo com esta opinião, se você pensar, o gatinho tinha menos de um ano de idade. A resistência contra esses medicamentos, sendo eles 'prejuciais' ou 'inócuos', variava muito com a idade.

Mas Misaka-imouto não parecia especialmente preocupada.

Bem ela tem sido inexpressiva desde o começo.

— Não existe tal coisa como um remédio inofensivo, Misaka responde prontamente. Ao comparar os danos feitos por pulgas e pela medicina, a primeira se mostra mais grave, Misaka acrescenta uma explicação suplementar.

— ...

— Danos causados por pulgas ou carrapatos não só seriam meramente dermatites, Misaka acrescenta. Na pior das hipóteses, há a possibilidade que este gatinho adquira uma diátese alérgica com risco grave de morte, Misaka se preocupa.

— Uh-huh. Kamijou ficou em silêncio.

Bem, certamente dizem que o abuso de antibióticos leva a diminuição da imunidade, mas quando atingem 40ºC, eles não tem escolha, se não os tomar. Isso, ele conseguiria entender bem... mas olhando o ronronar do gato ao rolar, ele não aceitaria de forma razoável. Bem, é claro, algo tem que ser feito rapidamente para que o gato se livre das pulgas.

— Há algo que pode ser feito sem recorrermos ao uso de drogas?

Kamijou murmurou baixinho enquanto cruzava os braços, imerso em seus pensamentos e, com isso, Misaka-imouto de repente começou a falar.

— Em suma, tirar as pulgas do corpo do gato, sem recorrer as drogas é o melhor, Misaka confirma e acrescenta, claro que sem usar pesticidas ou fumaça também.

— ...Bem, só porque as duas não tem más intenções, não acredito que estivessem falando sério sobre isso, eu acho.

— Verdade, que não havia nenhuma maldade? Misaka responde com espanto.

Como sempre, Misaka-imouto respondera sem nenhuma expressão.

— De qualquer modo, você deve supervisionar as duas, Misaka aconselha. Se você não separar o gato delas o mais rápido possível, acho que a destruição do recipiente deve ser aplicada neste momento, Misaka acrescenta a advertência.

— ...Você está tratando a vida do animal como um recipiente? Vamos.

Como se não houvesse problemas em legislar novas leis. Kamijou pensava.

— E então, estamos de volta a estaca zero. Bem, então, fumaça e pesticidas... são duas opções rejeitadas como coisa natural, então como Misaka-imouto afastaria as pulgas?

Piku Ambos os ombros da Irmã e da sarcedotiza foram movidos ao mesmo tempo.

— Hooo. Touma apenas conheceu essa garota depois de mim, e a opinião dela vale mais que a minha, hohoho.

— Exato. Este é o plano para fazer personagens antigos desaparecerem rapidamente. Fufufu. Nós não estamos indo para um resgate.

— ...

Kamijou ignorou-as.

Olhando para Kamijou, Misaka-imouto inexpressivamente murmurou.

— Repetindo a pergunta, pesticidas e fumaça estão proibidos, mas qualquer método que não recorra ao uso de drogas será válido, certo? Misaka pede com determinação a confirmação.

— Exatamente, mas como?

— Com isso, Misaka responde imediatamente.

Misaka-imouto foi até o gato e colocou a palma de sua mão sobre ele.

Em um instante, um Pachin, como som de eletricidade estática sendo desencadeada veio da mão da Misaka-imouto. Pulgas mortas caiam dos pelos do gato como se fosse poeira sendo sacudida. Sphinx, com seus pelos eriçados, lutou ruidosamente; Himegami agarrou-o pela nuca antes que ele pulasse sete andares abaixo.

— Pulgas morrem sob uma frequência específica, Misaka informa. Este tipo de equipamento repelente de insetos é comumente vendido em grandes casas de vendas, por isso, não deve ter problemas com a segurança.

Misaka olhou para a porta por um instante.

— Enquanto que dentro do quarto, usar um pesticida do tipo 'nuvem' seria mais fácil para exterminar a praga, Misaka aconselha com antecedência.

Em todo caso, o trabalho acabou. Misaka-imouto pensou enquanto se virava e partia sem esperar ouvir nenhuma palavra de gratidão.

Os olhos de Index seguiram a figura que recuava e, lentamente murmurou.

— Touma, Touma, ela com certeza é perfeitamente legal, eu acho.

Aproveitando a oportunidade, Touma também murmurou.

— Eu concordo, é de algum modo irracional, mas te peço, por favor, tente seguir o exemplo dela, mesmo que só um pouco.


Referências[edit]

  1. Refere-se a interagir
  2. No Japão, é comum se referir como 'parasita' àqueles que recebem gratuitamente favores como alimentação e moradia.
  3. Sopa de feijões vermelhos
  4. Oden é um tipo de sopa, onde vegetais e tofu são mergulhados em um caldo a base de molho de soja e peixe. No caso do Oden de Morango, seriam pedaços de morango mergulhados em um caldo de Soja e Morango.
  5. É o período da história do Japão que foi governado pelos xoguns da família Tokugawa, desde 24 de março de 1603 até 3 de maio de 1868.
  6. Literalmente ‘Caminho do Guerreiro’, semelhante aos padrões dos samurias de viverem ou morrerem por sua honra.
  7. Forma tradicional dos japoneses sentarem, por sobre suas pernas.
  8. Um tipo de erva que repele insetos.
  9. Referência a Queen of Honor.
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