Toaru Majutsu no Index ~Brazilian Portuguese~:Volume GT12 Capitulo1

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Capítulo 1: Uma Cena de Preto e Branco – the_DEATH.

1

Esta era uma escola de ensino médio perfeitamente normal no Distrito 7.

Ou deveria ser.

Todas as outras escolas já haviam feito suas cerimônias de abertura, mas não esta.

Um monte de pessoas estava entrando e saindo.

Os adultos eram mais chamativos, pois esta era uma escola.


"O florista acabou de chegar."

"Eu sei, mas e o sal!? Que idiota se esqueceu de pedir o sal!?"

"A loja de descontos que vende quase tudo não abre até as 10."

"Se pedir online não vai chegar a tempo pra a cerimônia. Corre até a loja de conveniência!"


Funcionários de todos os tipos de negócios corriam de um lado pro outro: aluguel de roupas, grandes equipamentos de iluminação e som para o palco, e um bufê fornecendo lanches e bebidas para alimentação e descanso. O lugar tinha a atmosfera dos bastidores de algum tipo de evento. Ao invés de um locutor, o apresentador era um comediante bastante malsucedido segurando um microfone. Ele poderia ter usado um microfone pequeno de curto alcance na orelha, mas insistiu em um grande com um pedestal. Provavelmente preferência pessoal dele, e não algo que tivesse a ver com a cerimônia.

Azulão suspirou suavemente numa sala de aula nova.

"Por que essas pessoas parecem que montam shows no distrito comercial?"

"Provavelmente porque eles montam. Eles são animadores em primeiro lugar, mas estudaram umas coisas de templos budistas na faculdade. Então talvez isso conte como prática pra eles?"

Fukiyose Seiri tinha todas as informações.

Parando pra pensar, não era ela que normalmente se voluntariava nos comitês que faziam eventos escolares?

Azulão deu uma olhada na sala de aula depressiva.

"Vocês viram aquelas pessoas esquisitas lá no portão principal? Eles tavam todos com celulares, então os repórteres de hoje em dia não carregam mais aquelas câmeras pesadas?"

"É por isso que a escola abriu a porta dos fundos pros professores. O carro funerário, que é resfriado com gelo seco, deve chegar em breve."

Era por isso que as cortinas ainda estavam fechadas? Movimentos descuidados nas janelas provavelmente acabariam com drones se aproximando pra conseguir algumas imagens.

As estações de TV também tinham repórteres em cena.

Eles não podiam simplesmente ignorar isso. Como membros da turma em questão, isso os deixou nervosos.

Eles não sabiam exatamente o que havia acontecido, mas eles sabiam que havia sido algo grande.

Alguma coisa grande havia acontecido nas férias de inverno.

"Se pelo menos eles tivessem mandado aquela repórter sexy com uma minissaia."

"Sinceramente. Esse não é o tipo de trabalho pra ela. A gente não tá falando de uma reportagem culinária sobre soul food de regiões que você nunca nem ouviu falar sobre. Mas eu vi algo como o fantasma do Dia dos Pais andando por aí."

"Você tá falando daquela Senhora do Creme Bávaro do Mundo Educacional? Nossa, o Kami-yan tá recebendo o tratamento de histórias de interesses humanos matinais."

"É melhor do que um espiritualista autointitulado aparecendo pra cantar encantações budistas na cara dele, né? Aí quando você se dá conta, eles começam a dizer que o aluno que morreu na nossa escola era um guerreiro caído e que havia um túmulo aqui nos tempos antigos ou algo do tipo. Ainda bem que estamos na Cidade Acadêmica."

Não importa o quão depressivo o clima, as pessoas não conseguiam evitar as conversas com tanta gente reunida. Talvez essa fosse só a natureza humana.

Não.

Talvez a pressão do silêncio os assustasse mais.

Então eles estavam evitando-o subconscientemente.

Alguém estava morto, mas os professores não haviam explicado nada.

E tinha uma tonelada de repórteres lá fora.

Era tudo muito preocupante pra passar batido. Isso, naturalmente, criava rumores. Baseados em absolutamente nada, é claro.

"Sinais de crime e circunstâncias misteriosas, né?"

"Parece a Cidade Acadêmica pra mim," foi tudo que Fukiyose disse.

Por mais que fosse plausível, eles não tinham nenhuma evidência.

Era uma conversa vazia. Se eles soubessem a verdade, eles provavelmente não teriam conseguido dizer nada.

Azulão suspirou mais uma vez.

"Eu ouvi que vamos ser liberados lá pra meio-dia."

"As outras turmas também vão. A gente vai de ônibus até o crematório, então é um dia completo pra a gente."

"E o almoço? Eu tô um pouco preocupado com isso. Tava tão ocupado de manhã que perdi o café da manhã."

"Você tava ocupado demais pra ver a mensagem enviada pra a sala toda? Ela dizia pra trazer seu próprio almoço hoje."

A programação do dia havia sido alterada de última hora pra isso, mas hoje deveria ser apenas a cerimônia de abertura. Os professores, aparentemente, não achavam que isso fosse afetar as aulas deles. O que fez os alunos se perguntarem qual era a razão por trás das cerimônias de abertura: isso não significava que eles estariam desperdiçando um dia de suas férias de inverno?

Um olhar de compreensão tardia atingiu Azulão.

"Hm? Peraí. Quer dizer que eu não posso usar o refeitório ou a loja da escola?"

"Eu acho que você só encontraria salas vazias e solitárias. A cerimônia de abertura devia terminar de meio-dia e não tinham atividades de clubes marcadas. Eles não teriam os ingredientes pra o almoço disponíveis."

"E-E-E-Eu- espera aí, eu tenho que ir até a loja de conveniência!!"

"Você pode tentar se quiser, mas a mais próxima deve estar cheia com os repórteres menos motivados batendo um papo na lanchonete. Tem certeza de que quer ir lá? Sua cara vai tá nas capas dos tabloides como o colega de classe de luto."

"Ei, pera, ah!! A sensei chegou. O evento já vai começar!"

O horário livre deles havia acabado.

Enquanto a classe conversava, a porta ao lado do quadro negro deslizou e Tsukuyomi Komoe, a professora da sala, entrou. Com 135cm, ela era uma professora muito compacta e ela havia escolhido roupas de feltro grossas pra se manter aquecida no frio. Se não fosse o véu cobrindo sua cabeça, ele podia parecer um uniforme de uma escola privada do ensino fundamental.

Ela falou com apenas a cabeça passando por cima do púlpito.

E ainda assim, ela devia estar nas pontas dos pés.

"Himegami-chan, Fukiyose-chan, e o resto de vocês. Antes das turmas irem pro auditório uma por vez, eu quero fazer a chamada, então vão para seus lugares. Os primeiros anos vão primeiro, então não temos muito tempo."

"Pra que mandar a gente de um a um?"

"Alguém designou o auditório errado, então a entrada é muito estreita. Se todos tentassem entrar de uma vez, acho que ficaríamos presos," Fukiyose explicou soando irritada.

Uma professora de educação física chamou por eles do lado de fora. A peituda que sempre tava com roupa de treino.

Os alunos preencheram o corredor.

Este era o primeiro dia de seu terceiro trimestre, mas não haveria uma cerimônia de abertura.


Hoje era um dia especial.

Era o funeral de Kamijou Touma.

2

Dentro de um dormitório estudantil no Distrito 7.

Especificamente, dentro de um quarto no sétimo andar.

Othinus, a deusa de 15cm, estava de pé na mesa de vidro. O kotatsu havia sido guardado por consumir energia.

Elas tinham que arrumar suas coisas.

"Deixa a chave do lado do telefone."

"Eu sei. Eu tenho memorização perfeita."

Essa era a verdade de Index, uma garota vestindo um hábito de freira branco com bordados dourados que a fazia parecer uma xícara de porcelana, mas Othinus não podia confiar na precisão da garota por um motivo muito diferente. Lembrar-se de tudo que ela via e ouvia era muito bom, mas como ela explicava o cenário onde a disseram claramente que o pacote de tamanho industrial de bolachas de arroz era para todos comerem de pouquinho em pouquinho ao longo do mês de Janeiro e então ela não deixou nada além de um pacote vazio na primeira oportunidade que teve?

Um gato miou.

"Ah, claro. Ele."

"Não podemos deixar o Sphinx aqui, né?"

Index pegou o gato malhado.

Como ela sempre fazia.

O gato não parecia entender as circunstâncias humanas.

Othinus não queria ficar presa com ele, então ela olhou pra longe da besta feroz apenas para se deparar com o olhar de um pombo se abrigando da chuva no estreito corrimão da varanda.

O símbolo da paz a encarou no olho e inclinou a cabeça. A coisa emplumada não parecia se importar com o frio de Janeiro.

"Tá tudo bem?"

"Deve estar."

Index estava carregando o gato em suas mãos. Ela não havia dito nada, mas Othinus já estava subindo em seu ombro.

Othinus cruzou as pernas de forma arrogante e sussurrou com um baixo tom.

"Então você está pronta?"

"...Sim."

"O gato é realmente a única coisa que você vai levar do quarto?"

"É porque esse é o quarto do Touma."

"Isso ele é."

Suas circunstâncias eram diferentes, mas ambas moravam aqui de favor.

O quarto pertencia a outra pessoa.

E olhando para ele agora, elas conseguiam enxergar o quanto aquele garoto havia compartilhado com elas. Mesmo que ele não tivesse a menor obrigação de fazer isso. Ele não estava exatamente bem na vida e constantemente reclamava por ser um aluno pobre, mas quando as aceitou, ele não havia pensado duas vezes.

Index calçou seus sapatos na porta da frente.

Ela nunca faria esta simples ação de novo?

Ela não disse nada por um tempo.

Após bater as pontas dos pés no chão para ajustar os sapatos, a freira branca abriu a porta da frente. Index olhou para o quarto mais uma vez, mas apenas viu um espaço vazio.


"..."


A fina porta do quarto de dormitório estudantil fechou e o estalo de sua fechadura soou alto.

3

A excitação do início do terceiro trimestre não estava em lugar algum.

"Isso tá certo?" perguntou Misaka Mikoto.

Eram 8 da manhã.

Apenas lojas de conveniência e restaurantes casuais estariam abertos a essa hora, mas Mikoto estava dentro de uma loja de quimono num shopping gigante. Ela havia amarrado seu cabelo curto e não estava vestindo seu blazer habitual da Escola Tokiwadai. Ela estava vestindo um quimono preto, que ficava estranho numa garota de 14 anos. Os padrões de pente em forma de meia lua era o brasão da família Misaka.

Estas eram roupas de luto.

É claro que ela não iria à cerimônia de abertura de sua escola vestida desse jeito.

(Isso não é nada parecido com um furisode do Ano Novo. É mais pesado.)

"Misaka-saaan, você tá pronta?"

Um rosto familiar apareceu.

Shokuhou Misaki parecia ter escolhido roupas de luto ocidentais.

Mas por que elas eram tão transparentes e reveladoras?

Aquilo parecia mais com um vestido preto de festa.

Especificamente, era um belíssimo vestido preto com um véu, mas ele tinha fendas por todos os lados com acessórios de pérola brilhando aqui e ali. Aquela garota nunca parava de se exibir?

Por algum motivo, a garota estranha olhou Mikoto de forma estranha.

"Roupas japonesas é uma escolha terrível pra quem não sabe como vesti-las. Minha escolha definitivamente vai ser mais fácil."

"Eu não teria tanta certeza. Isso aí não é uma fantasia – aposto que isso é mais complicado do que fechar o zíper nas costas."

"Parando pra pensar, você nunca usa meias longas, usa?"

"Eu digo não pra qualquer coisa que fique parecida com queijo derretido quando exposta à correntes de alta voltagem."

E assim ela havia escolhido vestir roupas japonesas.

Misaka Mikoto não queria chegar nem perto de cintas-ligas ou meias-calças.

...Ainda assim, ela estava feliz por ter a ajuda da rainha ardilosa já que ela sabia como alugar um quimono numa loja antes que ela abrisse. A qualidade dessa loja era fenomenal mesmo com um trabalho tão urgente. Mas talvez essa fosse sempre a demanda para roupas de luto. Sozinha, Mikoto não tinha certeza se teria considerado conseguir roupas de luto. Dito isso, o uniforme de Tokiwadai era muito vibrante para uma cerimônia tão triste quanto esta então ela queria vestir outra coisa.

Ela não tinha o costume de carregar bolsas pequenas consigo. Apesar de toda a burocracia irritante relacionada ao seguro, ela havia concordado com todas as recomendações do funcionário e então pago com cartão.

As duas saíram da loja juntas.

Shokuhou Misaki imediatamente segurou seus ombros e tremeu. Ela estava tentando acentuar seus peitos?

"Brr!! É Janeiro mesmo, né? Eu pensei que todas as fendas e rendas transparentes seriam sexy, mas o frio do inverno tá passando direto por elas."

"Huh, quem podia imaginar?"

"Pera, por que você não me entende? Misaka-san, a sua roupa de luto é habilidosamente estufada com algodão fofinho ou algo do tipo!?"

"Aí, para com isso, não vai se agarrando em mim, você tomou suas próprias escolhas, sua exibicionista idiota, agora lide com as consequências sozinha."

Sério, era pra ser uma roupa de luto de inverno, então por que a pele dela estava tão visível?

E normalmente você não devia, pelo menos, amarrar um xale ou uma estola por cima dos ombros pra se manter aquecida quando estivesse do lado de fora?

Mikoto olhou para longe e murmurou para si.

"Eles dizem que crianças não sentem frio. Ou o ditado que eu tô procurando é que idiotas não pegam nem resfriado?"

"Eu não quero ouvir isso da garota que usa shorts independente do clima."

Shokuhou tinha sorte de não estar usando um xale. Porque Mikoto teria estrangulado ela com ele.

Quando o Ás e a Rainha de Tokiwadai estavam prestes a brigar numa passagem externa do segundo andar, algo piscou no canto da visão de Mikoto.

Veio de um terminal aberto no interior do grande shopping em formato de C.

Era o farol de um táxi.

O táxi leve de teto alto foi inspirado nos de Londres. Era bem redondo e bonitinho.

Shokuhou Misaki estava usando seu telefone enquanto andava.

Ela parecia ter usado um aplicativo de chamada de táxi.

"A gente não pode andar pela cidade toda vestidas assim, né?"

"Não, não podemos," Mikoto admitiu sinceramente.

Sim...

"Você está vestida de maneira tão provocativa que parece uma criadora de conteúdo desesperada por inscritos. Se você estivesse andando assim por aí, a Anti-Skill apareceria num piscar de olhos mesmo estando cedo."

"Ah. Eu não quero ouvir isso de uma garota marchando por aí numa combinação muito mais bizarra de uma garota de 14 anos e uma roupa de lu- gbhbhbhbhbhbhbbh!?"

Ah, pelo visto a corrente na bolsa dela também podia ser usada em estrangulamentos.

O shopping ainda não tinha aberto oficialmente, então a escada rolante não estava funcionando. Após descerem por ela manualmente para chegar ao térreo, Mikoto e Shokuhou entraram no banco de trás do táxi.

A motorista era uma mulher. Talvez isso fosse algo que o aplicativo deixasse pedir.

"Pra onde?"

"Pra a escola do ensino médio do Distrito 7 que foi reconstruída recentemente. Aquela que hoje precisa de roupas pretas como essa pra entrar."

"Certo."

Foi tudo que a motorista disse.

O táxi entrou na rua suavemente.

A motorista desligou o anúncio excessivamente brilhante no LCD.

A roupa japonesa quente de Mikoto era fofa o suficiente para transformar o simples ato de colocar o cinto em um desafio. Após garantir que o ouviu prender, ela suspirou.

"E aí, a gente vai dividir a passagem meio a meio?"

"Sinto muito, mas esse é um carro alugado com um contrato que atualiza a cada seis meses, então a distância de uma corrida assim quase não tem um preço. Ou você tá oferecendo pagar pelo semestre inteiro?"

"Vai pro inferno."

O contexto rico delas tinha seus prós e contras. Ostentar com veículos assim costumava causar em qualquer lugar, mas em Tokiwadai algumas garotas contratavam até helicópteros. E diferente de filmes, eles não podiam pousar em qualquer lugar telhado de prédio, o que os tornava muito inconvenientes para navegar a cidade.

O táxi...ou era um carro de aluguel, tecnicamente? O que quer que fosse, o carro viajava suavemente.

A cidade tinha uma sensação única de manhã cedo.

Alguns dos restaurantes estavam servindo seu cardápio matinal, mas a maioria dos outros estabelecimentos do setor de serviços mantinham as portas de metal fechadas. A cidade ainda não tinha acordado de seu sono. Em alguns lugares, ambos os lados da rua principal rejeitavam seus clientes.

Não.

Era algo além disso?

"..."

Já que ela não tinha nada para discutir com a rainha ardilosa, Mikoto olhou pela janela.

A Cidade Acadêmica estava destruída.

Prédios aqui e ali estavam cobertos por placas de isolamento acústico, e equipamentos de construção, como escavadeiras e caminhões betoneira, circulavam por todas as direções nas ruas da manhã. Em alguns cruzamentos, os semáforos estavam apagados e adultos direcionavam o trânsito. Eles deviam estar usando uma tecnologia de cancelamento de ruído, mas uma inspeção mais detalhada revelou o brilho da solda sendo feita tão cedo pela manhã.

Anna Sprengel, Christian Rosenkreutz e Alice Anotherbible. Os reparos da cidade haviam sido atrasados por um incidente atrás do outro.

(E eu nem estive envolvida em tudo.)

O resultado seria diferente se ela estivesse?

Mikoto não tinha certeza de que poderia sobreviver a um incidente que nem mesmo aquele idiota conseguiu superar.

Ela não sentia como se ela tivesse sobrevivido.

Ela havia sido deixada para trás.

Aquilo resumia seus sentimentos com precisão.

Aqueles que perderam suas vidas podiam ter ficado furiosos ao a ouvir dizer isso.

Ela viu uma cidade de preto, branco e cinza.

O exterior bonito havia sido arrancado.

Só de olhar pra aquilo, uma tristeza a abateu como cinzas vulcânicas.

Ela murmurou algumas palavras com seus olhos ainda direcionados à janela.

"...Falta muito?"

"Estamos quase lá."

4

No aeroporto internacional em Haneda.

Kanzaki Kaori era japonesa, então ela sabia se misturar com a multidão facilmente (a katana de 2m que ela escondeu em sua bagagem também). Ela sabia que tinha sido escolhido para este papel por causa disso.

Os Amakusa estavam sendo protegidos pela Igreja Anglicana atualmente.

Isso naturalmente afetava suas ações.

(Mas...)

Ela estava chamando muita atenção.

E não era porque ela estava vestindo uma blusa que exibia sua barriga e jeans com uma perna cortada na base da coxa.

"Por quanto tempo você vai continuar chorando?"

"Mas...mas..."

Ela estava com Itsuwa.

Eles haviam recebido a notícia da morte do garoto há algum tempo. Ainda assim, Itsuwa esteve desse jeito o voo inteiro. A comissária de bordo olhava preocupada pra ela e a criança num assento próximo havia rido, provavelmente porque achou que ela estava sendo dramática por causa de um filme.

No entanto, ela deveria ser um membro da Igreja Amakusa e permanecer fiel à sua fé, mesmo que isso significasse se esconder.

Quando Itsuwa finalmente respondeu, seus olhos estavam vermelhos de tanto ela esfregá-los.

Tatemiya, Tsushima e os outros conseguiram se conter, mas Itsuwa não.

"Isso não te incomoda, Alta Sacerdotisa? Quero dizer...podemos nunca...nunca mais vê-lo outra vez."

"..."

Kanzaki havia falhado em salvar alguém.

Ela sempre insistiu que iria salvar a todos, ainda assim este era um sentimento familiar para a Santa Kanzaki Kaori. Ela sempre era a única a sobreviver e o mundo nunca mudou.

Ele estava morto, mas o tempo não para.

Impiedosamente.

Não, ela não podia apenas deixar a morte acontecer e seguir em frente. Havia muito a ser feito porque alguém morreu.

Kanzaki suspirou levemente.

O cheiro do curry matutino flutuava no ar, possivelmente vindo do saguão. Era só um dia como todos os outros.

O Distrito 23 da Cidade Acadêmica era um aeroporto internacional. Havia voos diretos para lá da Inglaterra. Então por que a Amakusa havia entrado no Japão através de Haneda, que era fora da cidade?

Kanzaki Kaori silenciosamente pediu por confirmação.

"Você sabe o que temos que fazer, não sabe?"

"Shim..."

5

A Cidade Acadêmica cinzenta estava caindo aos pedaços após tantas batalhas consecutivas.

Um carro longo e polido dirigiu lentamente pela cidade, destacado demais entre todo o dano que havia ocorrido rápido demais para ser reparado.

Ele era preto e dourado.

Era um carro fúnebre.

Devia haver algum entendimento tácito por que os trabalhadores direcionando o trânsito giravam seus bastões vermelhos pra manter o carro em movimento.

A Cidade Acadêmica tinha o diferencial de uma população onde 80% das pessoas eram estudantes. Os alojamentos eram majoritariamente dormitórios estudantis. Isso mudou bastante os métodos de velórios e funerais quando comparados à cidades comuns. Por exemplo, a maioria das pessoas não tinham parentes consanguíneos na cidade, então o corpo não era levado pra casa para o velório após a confirmação da morte num hospital. O velório ocorria num salão de cerimônias ou o corpo era mantido no necrotério por mais um tempo.

Aliás, os funerais normalmente ocorriam na escola do estudante.

Isso tinha vários motivos: ajudava a reduzir o impacto da morte nos professores e estudantes, quaisquer instalações especializadas para esse propósito seriam muito poucas para cobrir todos os mortos da cidade, e acima de tudo, fazia uma declaração clara de quem tinha jurisdição sobre um corpo que passava pelo programa de desenvolvimento de habilidades.

Como um todo, isso significava que não tinha como esconder a data de um funeral.

Por este motivo, se você soubesse o ponto de partida e a destinação final – o hospital do doutor com cara de sapo e uma escola do ensino médio comum, neste caso – você poderia prever qual rota o carro fúnebre tomaria. Ajudava que o comprimento incomum de um carro funerário limitava quais ruas ele podia usar.

Um prédio estava inclinado após sua reconstrução ser adiada.

No seu teto, o Humano Aleister agarrou o corrimão retorcido e encarou intensamente o chão.

O carro fúnebre não podia estar mais vulnerável.

Ele podia imaginar que eles não estavam cientes do valor do que carregavam.

O golden retriever do seu lado falou azedamente.

"Não faça isso."

"Mas essa é a última chance."

"Despeça-se dele. Como um verdadeiro amigo faria."

"Eu sei!! Mas essa é a única chance para roubar o corpo intacto!" ele rugiu.

Qualquer um podia escolher fazer a coisa certa. Mas havia caminhos que não podiam ser alcançados desse jeito. Ao longo da história deste humano, ele havia sido desprezado por trilhar estes caminhos.

Ele não pediu pela compreensão dos outros.

Ele havia aprendido muito bem ao longo de sua vida que alguém que fingia intelectualismo fazendo críticas de uma posição de segurança nunca poderia direcionar a história para um rumo positivo.

Se ele ia mudar as coisas, tinha que ser agora.

Chances eram escorregadias. Elas se reduziam em tempo real.

E elas nunca aumentavam.

"Ela vai estar no crematório em algumas horas!! Quando seus ossos forem queimados e não sobrar nem um fio de cabelo pra recuperar o mapa do DNA, estará tudo acabado. Aí eu realmente ficarei impotente. ...Fazer a coisa certa? Besteira. De que adianta isso além de um bálsamo para aliviar as dores do fracasso??? É assim que sempre funciona na minha vida! É tarde demais para se arrepender das suas ações quando tudo acaba!!"

A morte do garoto já havia sido confirmada.

Ele já não podia mais ser revivido com choques elétricos ou uma massagem cardíaca.

Por quê?

Por que ficar obcecado com a presença do corpo a essa altura?

Por que ele deve roubá-lo intacto?

A opinião de Aleister era simples.

Ele simplesmente não podia aceitar isso.

Ele havia visto o momento da morte mais vezes do que ele podia contar.

Mas isso não significava que ele havia se acostumado.

"A Cidade Acadêmica possui tecnologia de clonagem."

Qualquer um se sentiria desse jeito.

Se havia um meio de anular a morte, qual era o problema de confiar nele?

Essa realmente podia ser a última chance. Então lute. Ele não tinha a obrigação de desistir honradamente e proteger a ordem natural.

Ele gritou.

Com todas as suas forças.

"E os trajes motorizados com dispositivos de suporte de vida, tecnologia cibernética, fantasmas artificiais ou até mesmo dar ao cadáver preservado dele movimento autônomo!? É, ele está morto, mas e daí? A morte não é motivo para desistir!! Se eu cometer todos os erros eu mesmo, então ele pode sorrir de novo neste mundo!!!"

O golden retriever não disse nada.

Aleister tinha que saber que ele estava errado.

Mas Kihara Noukan entendia o quão tolo era rejeitar as emoções de alguém baseado naquilo que era logicamente correto. Além disso, a família Kihara não via importância no que o público considerava ser "correto".

Aleister era um humano de ponta a ponta.

Pro melhor ou pro pior.

Kihara Noukan, na verdade, gostava desse lado mais bagunçado dele. Isso era um fato.

"Mas."

O golden retriever usou um fino braço mecânico para colocar um charuto em sua boca.

E ele preparou um isqueiro especial para acendê-lo.

"Nem todos vão entender sua ideia de romance."

Sem aviso e de maneira tão barata quanto o drama de uma TV, uma chuva fria começou a cair.

Kihara Noukan encarou o seu charuto cubano de maior qualidade de maneira desapontada.

Os tetos eram propriedade privada, então o regulamento sobre não fumar da Cidade Acadêmica não deviam se aplicar neles.

"..."

Não haviam sinais de sua chegada.

Aquela chuva era simplesmente anormal.

Mas também, talvez fosse errado procurar por alguma coisa normal dentro da Cidade Acadêmica pra começo de conversa.

Uma voz falou de dentro da chuva torrencial.


"Fica frio aí."


Ele não estava lá de verdade, é claro.

A voz familiar não estava sendo reproduzida por um alto-falante. Até mesmo um pesquisador com o nome Kihara estava levemente impressionado.

"Esse é o som da chuva caindo. Então você está sobrepondo sua voz nas vibrações das gotas em si?"

Enquanto isso, o humano falou em baixo tom.

Como se estivesse murmurando uma poderosa maldição.

"O novo Presidente do Conselho, é?"

"E se liga. Você não tem uma escolha aqui. Aquele merda esgotou todas as suas opções naquele dia. É só isso. Nenhum de nós pode aparecer depois do fato e começar a bagunçar as coisas."

Aquela chuva não apenas parecia ser artificial.

Ela verdadeiramente era uma chuva artificial criada pela tecnologia da Cidade Acadêmica.

Ele podia controlar livremente o clima e ambiente do mundo inteiro, mas a vida de uma única pessoa estava além de seu alcance. Controlar tanto conhecimento grandioso não era o suficiente para fazer alguém feliz.

Mas isso não foi o suficiente para extinguir a obsessão de Aleister, que queimava tanto quanto lava ardente.

Como vapor, uma emoção incrível subiu de seus ombros.

"Você não pode deixar isso acontecer, né? Você deve entender. Ele não precisava morrer. Anna Sprengel, Christian Rosenkreutz e Alice Anotherbible – esses são os problemas que deveríamos ter resolvido! Mas ele carregou isso tudo em seus ombros quando ele não precisava!! E agora você vai desistir? Certamente você entenderia! Se nós seguirmos a moralidade ordinária que todos entendem, nós vamos o perder para sempre!!"

"Sim," admitiu Accelerator.

Ele aceitou a possibilidade de que algo que deveria ter acabado podia ser forçado a continuar usando um método cruel e grotesco.

Se tudo que você quisesse era fazer com que a carne e ossos chamados de Kamijou Touma continuassem a operar, isso podia ser feito.

Você podia remontar o cérebro parado e mandar sinais elétricos por ele outra vez. Mas era só isso.

Entretanto.

Mesmo assim...

"Mas essa não é mais a sua cidade."

"Kh."

"Eu não a roubei de você. Você me deu as chaves pois estava satisfeito. Voltar agora e tentar pegar ela de volta é só triste."

Ele não estava com a cabeça no lugar.

Ele sabia o que isso significava.

Ele tinha suas próprias opiniões no assunto. Mas Accelerator parecia estar lutando contra suas próprias emoções. E o Nº 1 sabia o que acontecia quando suas emoções e sua razão lutavam e as emoções venciam. Após rastejar pela escuridão daquela cidade, ele sabia muito bem.

E ele sabia aquele caminho sangrento não levava a lugar algum.

Então ele mostraria que seu desejo de não voltar atrás e de manter seu caminho como uma via de mão única era mais do que um mero jogo de palavras.

"Eu sei," disse o novo Presidente do Conselho. Sua voz estava firme. "Após participar daquele experimento para matar 20 mil clones, eu sei o que significa morrer. Os vivos estão livres para resistir à morte. E eu acho que eles deveriam. Mas alguém mexendo com outra pessoa que já morreu é algo totalmente diferente. É semelhante mas tão diferente, Aleister."

A quantidade de 20 mil clones havia sido reduzida para menos de 10 mil.

Ele podia pagar por seus pecados usando as mesmas células para produzir outras 10 mil garotas com o mesmo rosto?

Nem fodendo.

...Aquelas palavras não dias deixaram Aleister atordoado.

Mesmo um idiota podia compreender isso.

Accelerator estava indiscutivelmente correto aqui.

O charuto molhado e apagado de Kihara Noukan se mexeu inutilmente em sua boca.

(Os clones militares, é? Aquele experimento devia evoluir o Nº 1. Ou pelo menos essa era a história oficial. Ele o levou a um crescimento numa direção inesperada, mas você ainda é aquele que deu o empurrão, Aleister.)

"As pessoas não devem profanar a morte dos outros. A questão não é se isso é possível. O fato de que é tecnologicamente possível é a razão pela qual devemos mostrar moderação."

6

"..."

Aleister ouviu tudo aquilo.

Ele ouviu a voz na chuva.

Ela não o alcançou.

Não que ele não houvesse entendido.

Não era isso que ele queria agora.

Como alguém poderia encontrar paz seguindo aquele tipo de caminho?

O Humano Aleister cerrou os dentes e sussurrou numa voz assustadoramente baixa.

"Agora que eu já te ouvi."

"Hein?"

"E se eu ainda recusar?"

"Obviamente eu terei que te parar, forasteiro. Eu não vou deixar você transformar a Cidade Acadêmica no que ela era antes. Como eu já te disse: esta cidade não é sua."

A voz carregada pelas gotas de chuva batendo contra o telhado transmitia uma gélida intenção assassina.

A Cidade Acadêmica começou a se mover.

Os rotores cortavam o ar de forma barulhenta.

"..."

Estes eram os Seis Asas, helicópteros de ataque não tripulados.

Eles já estavam sendo usados em combate há algum tempo, mas a grande mídia só havia descoberto sobre eles durante a Terceira Guerra Mundial, que havia sido orquestrada em segredo por Fiamma da Direita. O mundo foi chocado pelos helicópteros que podiam localizar com precisão um batalhão de tanques inimigos no meio de uma nevasca violenta e então destruir apenas suas armas enquanto evitavam o fogo antiaéreo.

Eles já eram armas velhas a essa altura do campeonato.

O progresso diário era comum no mundo todo, mas o valor de todo e qualquer minuto e segundo era muito maior na Cidade Acadêmica.

Armas de diversas gerações à frente do padrão atual estavam escondidas nas profundezas de laboratórios ao redor da cidade.

Este era um ataque com números avassaladores de uma tecnologia conhecida. Ele era efetivo, mas não trazia riscos para aquele dando as ordens. Era uma estratégia entediante: "zero riscos, altas recompensas". O líder cercado de paredes grossas e seguras apenas tinha que ver o futuro distante e cuspir argumentos lógicos.

Este era o método do Presidente do Conselho da Cidade Acadêmica.

Aleister sentiu como se estivesse olhado para o seu eu do passado.

(Ele está lidando comigo, que, pro melhor ou pro pior, conheço a Cidade Acadêmica de cabo a rabo. Eu pensei que ele ao menos iria espalhar nanodispositivos silenciosos moldados a partir de um vírus mortal, mas será que ele não tem nem isso pra usar?)

"É só isso?"

Aleister não sentiu medo.

Ele apenas sentiu raiva.

Leve isso a sério.

Esse é literalmente o momento final para determinar o destino dele.

"Você realmente pensou que isso era o suficiente para fazer alguém tão teimoso quanto eu recuar de cabeça baixa!?"

Uma escuridão gigante apareceu com tanta força que ela parecia estar prestes a engolir o mundo antes de se concentrar de maneira poderosa num único ponto acima da palma de Aleister.

Negra.

Aquela era uma chama negra não encontrada no mundo natural.

Ela era a destruição derradeira controlada pelo "homem mais perverso do mundo" que havia profetizado o início da Primeira Guerra Mundial e, já que ele não poderia impedir a morte que ela traria, considerou criar um feitiço gigante usando todo aquele derramamento de sangue.

"Protetor do abismo – a barreira que ninguém pode cruzar – e o monstro que corta os laços entre as pessoas para prevenir sua evolução. Seu valor é 333, seu significado é dispersão. Demônio que eu nomeei, reúna-se em minha mão, Choronzon!!!"

Ele sentiu seu próprio coração rastejar desconcertantemente.

Algo invisível havia sido esculpido.

Ele sabia.

Mas era isso que significava manter-se firme.

Ele havia pensado que podia fazer isso sem nenhum risco para si mesmo?

Contanto que não causasse azar e tragédia à um desconhecido sem relação com isso, Aleister usaria qualquer mágica proibida.

Isso espalharia "faíscas" por causa da colisão entre fases, mas ele iria direcionar os efeitos colaterais em si mesmo.

Um suor frio bem diferente da chuva fria se formou em seu rosto, mas ele mostrou os dentes e falou.

"Você não é um monstro. Você é tão humano quanto eu."

"..."

"E como você reuniu todas as partes mais feias dessa humanidade, permita-me presenteá-lo com a maior das tolices. ...Isto é morte. Se você descartaria a morte humana como algo que 'acontece', então erga sua cabeça de sua papelada e me olhe nos olhos. Eu testarei a crueza da morte para você!!!"

A voz nem ao menos respondeu.

Aquilo era uma rejeição completa. Uma tremenda falta de compreensão. O que talvez tenha sido o motivo do novo Presidente do Conselho estar tão desapontado.

Não acabava com a queda dos Seis Asas.

Bem abaixo, na superfície, um monstro surgiu parecendo um caminhão blindado de oito rodas com a arma de um tanque presa ao teto. Aquele era o Predator Octopus. Ao quebrar os pilares com cálculos cuidadosos, mesmo um prédio como aqueles podia ser derrubado.

Uma mera arma de 120mm?

Patético.

Quem eles pensavam que podiam destruir com aquilo?

Tudo isso parecia uma tentativa desesperada de encobrir a falta de forças. Após os ataques consecutivos de Anna Sprengel, Christian Rosenkreutz e Alice Anotherbible, a Cidade Acadêmica estava acabada. Ela não tinha muitas forças restantes.

Se um indivíduo quisesse fazer o que bem entendesse dentro da cidade, agora era a única chance.

O veículo de oito rodas virou sua arma para Aleister.

Ele não pensou em procurar cobertura ou uma rota de fuga.

Isso sugeria que ele era não tripulado.

Um som explosivo se espalhou.

Era um rugido.

Produzido por um corpo humano. A parede de ar comprimido rebateu o projétil, esmagou a arma não tripulada e fez com que um círculo do asfalto afundasse. Profundamente.

(Eu não vou deixar que o levem para o crematório.)

Assim, Aleister estava inclinado para frente naquele momento.

(Contanto que eu consiga recuperar todo o corpo de Kamijou Touma, ainda existem opções. Muitas opções!! Eu nem mesmo preciso da ajuda da Cidade Aca-)


Boom!!!

Sem aviso, um poderoso raio caiu do céu, atravessando o corpo de Aleister em sua descida.

7

Accelerator não havia deixado a prisão do Distrito 10.

Nem um único passo.

Aquela foi a restrição que ele havia imposto a si.

E ele nem mesmo precisava.

"Hmph."

Gasodutos, aquedutos e cabos de fibra óptica.

Todos os tipos de encanações e fiações estavam espalhados como uma teia de aranha abaixo da Cidade Acadêmica. O comprimento total deles podia amarrar a Terra duas vezes e meia e ainda sobraria material.

Então.

Com o poder supremo de controle vetorial, não havia necessidade para ele sair daquela prisão rigorosamente vigiada. Contanto que ele conhecesse um caminho eficiente, ele poderia usar os objetos criados artificialmente no subterrâneo para manipular a atmosfera, criar diferenças na pressão e desferir um ataque elétrico como uma lança para atravessar o humano que estava localizado a diversas estações de trem de distância.

Ele nunca havia dito que estava indefeso só porque não pretendia sair.

Não importava o motivo, ele não usaria uma crise como uma desculpa para encurtar sua punição. Mas com tanto poder à sua disposição, ele não podia deixar que as pessoas morressem quando ele podia as salvar. Essas duas coisas eram absolutas em sua mente.

Ele as faria trabalhar juntas.

Então o novo Presidente do Concelho havia aperfeiçoado o poder do Level 5 Nº 1 à este nível.

Será que ele podia vencer aquele bastardo agora?

(Que pergunta idiota.)

Accelerator balançou sua cabeça.

Qual era o ponto em vencer?

Pra começo de conversa, ele precisava mesmo de inimigos?

Criar um mundo sem a necessidade para uma divisão entre amigo e inimigo seria um desafio muito grande. Mas houve um rapaz que havia conseguido algo próximo a isso. Ele não havia ligado muito pro sistema dos Levels, ele havia compreendido tanto adultos quanto crianças e ele não havia ligado se alguém era de dentro ou de fora da Cidade Acadêmica. Era algo pequeno, mas alguém havia criado um mundo assim.

Ele não havia temido a falha.

Mesmo que significasse passar vergonha, se ferir ou agir em vão, ele não havia hesitado em estender a mão.

Foi o mesmo para Accelerator. Em sua vida relativamente curta, os momentos em que ele sentiu um crescimento óbvio dentro de si foram, normalmente, quando ele estava rastejando pela lama. O Nº 1 podia contar suas experiências assim em uma mão, mas aquele rapaz havia feito isso todos os dias como se isso fosse normal.

Ele havia crescido tanto.

O que explicava o motivo de Accelerator nunca ter sido capaz de alcança-lo.

Presidente do Conselho da Cidade Acadêmica?

Talvez todas as formas de informações se reunissem aqui.

Mas o campo de visão daquele rapaz havia sido muito mais amplo.

(Foco no problema atual.)

Accelerator olhou para uma parede de sua cela.

O monitor LCD nela mostrava todos os tipos de informações de uma só vez e atualmente estava produzindo uma voz.

Esta não era uma voz de fúria ardente.

A emoção era mais semelhante a ressentimento com a consistência pegajosa da lama.

Era a voz de uma fera encurralada.

"Isso foi mais ou menos um bilhão de volts. Isso te acordou, humano?"

"Hm, então a chuva artificial era apenas um ensaio. Para testar o quanto o seu controle vetorial poderia influenciar as condições atmosféricas e meteorológicas!!"

Ele não havia usado gelo seco ou iodeto de prata.

Esse controle do clima havia usado um princípio completamente diferente para alterar a pressão atmosférica.

Deveria ele criar um pouco de plasma escaldante a seguir?

"Esse nível de enganação é padrão no lado sombrio. As pessoas tem um péssimo hábito de aceitar as mentiras que elas acham convenientes. É ridículo. Como se eu fosse mudar o clima só pra te ajudar a esfriar a cabeça. Empresas civis têm aplicativos de previsão do tempo hoje em dia. E tem milhares de pessoas que os avaliariam negativamente após uma pegadinha como essa."

8

'Queimando' não era exatamente a palavra certa.

Todas as moléculas de oxigênio no ar foram partidas em átomos individuais antes de se unirem novamente e liberarem o odor característico de ozônio.

Aleister cerrou os dentes enquanto se curva no telhado quando um segundo golpe punitivo o atingiu. Um clarão ofuscante e uma explosão ensurdecedora o seguiram.

"“Gahhhhhhhhhhhhhh!?"

"Eu não preciso de um ataque grandioso que acabe com tudo em um movimento."

Aquelas palavras rejeitaram tudo que Accelerator costumava ser.

E ele as falava sem uma sombra de hesitação.

As logísticas de batalhas ofensivas e batalhas defensivas eram totalmente diferentes?

"Se eu tenho uma maneira de diminuir sua resistência pouco a pouco, é só continuar fazendo isso o tempo que for necessário. Eu posso enfraquecer suas defesas lentamente e vou continuar a lutar com os recursos que tenho. Você pode me matar agora? Se não puder, você está ferrado. Não importa o quão entediante e tola essa vitória será."

"Gh, khh!!"

Um terceiro raio. Um quarto.

Mas ele não quebrou.

Aleister Crowley não caiu.

Todos os outros estavam aceitando a morte daquele garoto.

Ele tinha que considerar o que seria perdido se ele quebrasse agora.

Mais uma vez!!

"Ainda...não!! Eu vou conseguir dessa vez... Eu vou usar todo o conhecimento ao meu dispor!! Mas não por mim. É para que ele possa se erguer mais uma vez e estender aquela mão direita para salvar muitas outras pessoas! Eu vou quebrar qualquer tabu que fique no meu caminho. Se isso vai impedir que eles desistam da vida humana, eu vou me erguer até mesmo contra o inimigo mais poderoso!"

"E de que importa derrotar o inimigo? Por que você precisa fazer inimigos?"

Ele não tinha uma resposta.

Ele não conseguia encontrar palavras.

Ele era o humano que pertenceu à maior cabalá mágica do mundo e fez pleno uso de sua notoriedade naquele mundo, mas também fizera inúmeros inimigos e, por fim, desapareceu nas sombras da história. O próprio Aleister sabia o que aconteceria se ele se gabasse de ser o mago mais infame do mundo.

Uma vida fazendo e derrotando inimigos não levava à felicidade.

O esforço gasto em reunir poder para matar e acabar com problemas daquela forma podia ter sido mais bem gasto no trabalho para se explicar. Para evitar oposição e mal-entendidos em primeiro lugar. Esforço naquilo era muito mais saudável e correto.

A cabalá Dourada havia sido a maior do mundo.

Aleister Crowley era o mago que havia vencido e sobrevivido à Batalha de Blythe Road.

Mas.

No fim.

Teria ele encontrado felicidade apenas buscando o poder para dominar magia e lutar?


De que importava ser o mais forte?


Alguém havia trilhado este caminho antes.

O velho Presidente do Conselho havia ficado lá, mas o novo Presidente do Conselho havia começado a procurar através da escuridão por uma saída diferente.

Sua voz falou.

O som conjunto de gotas de chuva carregava emoção humana.

Não importa quantos desvios ele tivesse tomado ao longo do caminho, seu esforço contínuo para pagar por seus pecados havia permitido que esse monstro começasse a trilhar um caminho diferente de Aleister.

"Você poderia ter arriscado sua vida para estender uma mão e ajudar. Você estava na cidade, então você não era apenas um observador. Você tinha o que era preciso para participar da conclusão. Mas agora não é a hora para isso."

"!!"

"Já acabou."

Uma a uma, as palavras em baixo tom do novo Presidente do Conselho esfaquearam o coração dele.

"Você estava na cidade, não é? Então a localização não era o problema. Como eu disse, foi um problema de tempo. Você escolheu a hora errada para jogar seu trunfo."

A boca de Aleister abriu e fechou, mas palavras não saíram.

E não foi por causa dos raios.

Os dois eram gênios incomuns, então ele entendia o que o Nº 1 estava tentando dizer.

Simplesmente...


"Aceite a verdade. Pare de culpar os outros. ...Isso é tudo resultado de suas próprias escolhas. Tentar esconder suas próprias falhas apenas vai distorcer o mundo ao seu redor."


"Oh, oh."

Ele caiu.

Ele não conseguia nem respirar.

Sua voz finalmente se elevou a um grito – o grito de lamentação humana.


...Pra começo de conversa, não era como se ele se importasse particularmente com o garoto.

Não importa o quão incomum eles fossem, seu plano sempre fez com que ele observasse todos os moradores da Cidade Acadêmica igualmente.


"Vamos lá."

"Palavras não são necessárias. Nós nos conhecemos melhor do que isso."


Mas, na verdade, aquele garoto havia mergulhado nas profundezas do Prédio Sem Janelas e, com a ajuda de Mina Mathers, esmagado o plano de Aleister com seu punho direito.


"Então prove que podemos derrotar Choronzon sem usar Lilith!! Que outra maneira existe de proteger seu precioso bebê!!!???"


Ele havia salvado a bebê Lilith e batalhado contra o Grande Demônio Choronzon.

Durante uma batalha de larga escala cobrindo o Reino Unido, se não o mundo, inteiro Aleister havia, de alguma forma, acabado lutando lado-a-lado com aquele garoto.

O quanto aquilo havia o salvo por dentro mesmo que ele mantivesse a atitude cínica por fora?

Sem ver o estilo de vida daquele garoto de perto, Aleister nunca poderia ter encarado seu próprio complexo de inferioridade e teria sido morto por Mathers ali.


"Ahhhh!! Ahhhhhhh!! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!"


Quando Alice Anotherbible apareceu e deu um golpe devastador ao lado sombrio, Aleister mais uma vez entrou na Cidade Acadêmica.

O próprio monstro havia esquecido o quanto aquele garoto havia chorado ao descobrir a sobrevivência do Humano Aleister Crowley.


"Fuja comigo, Anna Sprengel!!!"


Ele e o garoto tinham ficado de lados opostos na hora de decidir o que fazer sobre Anna Sprengel.

De um ponto de vista de eficiência e segurança, Aleister não estava errado.

Ele tinha certeza disso.

Mas Kamijou Touma estava certo.

Aquele garoto claramente estava correto.

Aleister sabia que a mulher perversa tinha sorrido alegremente ao lado de Kamijou Touma após seu veneno ser removido e a ameaça negada. Aquela tinha sido uma vitória para a crença do garoto na possibilidade humana.


Aleister não podia abandoná-lo.

Mesmo que eles tivessem seguido caminhos distintos após não conseguirem chegar a um acordo.

Mas.

Este era o desejo egoísta daquele humano.

Não era isso que aquele garoto queria, e aquilo não o faria feliz?

Esse desejo não levaria a lugar algum.

As memórias dele que Aleister havia trabalhado tanto para reunir estavam se dissipando.

Já era a hora.

Desista.

Se você realmente quer focar numa vida mais preciosa que a sua própria.


"Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!"


Sim.

A última pessoa finalmente aceitou.

Aceitou sua morte.

9

Dentro de um hospital do Distrito 7, ainda era cedo.

Não tinha mais ninguém na área de espera do corredor onde algumas máquinas de venda automática estavam alinhadas. O doutor com cara de sapo sentava sozinho num sofá de couro artificial ali, encarando a janela que era castigada pela chuva.

O copo de papel em sua mão não se mexia a algum tempo. O café já tinha ficado frio.

"...Nossa."

Ele deixou escapar uma respiração pesada.

Ele viu o carro fúnebre partir.

Era necessário, mas era o trabalho mais difícil como médico.

O funeral estaria começando agora?

Ele traçou uma linha ali.

Como o médico que havia falhado em salvá-lo, ele se sentiria mal em ir para o funeral. Ele gostaria que a família do garoto pudesse ao menos direcionar sua raiva contra ele, mas os pais dele nem ao menos estariam na cidade.

Havia vidas que ele não podia salvar.

Não importa por qual nome alternativo estranho ele fosse conhecido, não havia nada que ele pudesse fazer quando o coração e as atividades cerebrais do paciente já haviam parado quando ele chegasse ao hospital. O doutor com cara de sapo podia salvar apenas os vivos.

Mesmo assim, ele não podia deixar de imaginar.

E se?

Se ele tivesse quebrado mais regras, algo teria mudado?

(Eu poder dizer calmamente que não devo fazer isso, especificamente porque é tecnicamente possível, me torna insensível?)

"..."

Passos apressados tiraram o doutor com cara de sapo de seus devaneios.

Alguém botou a cabeça na quina do corredor.

Era um rosto familiar.

Pertencia a um jovem médico estagiário.

"Doutor, temos uma emergência! Uma ambulância do Distrito 7 está vindo pra cá. Teve um acidente numa obra e um trabalhador ficou com a mão presa na máquina."

"Entendido. Prepare-se para recebê-lo imediatamente."

Ele engoliu o resto do líquido no copo de papel, amassou-o com sua mão e o jogou numa lixeira próxima.

Ele se levantou do sofá.

O doutor com cara de sapo se virou.

Seu jaleco branco balançando atrás dele.

Ele deu as costas.

Ele cortou todos os sentimentos relacionados à Kamijou Touma, que já havia partido.

Era uma escolha consciente.

Nada que ele pudesse fazer iria trazer os mortos de volta à vida.

Mas havia outro paciente em estado de emergência que ele ainda podia salvar.

10

Era uma escola do ensino médio completamente nova no Distrito 7, Komoe-sensei falou com os alunos de sua sala.

"Fukiyose-chan, Azulão-chan...e o resto de vocês também. A cerimônia já vai começar, então por favor, dirijam-se para o auditório."

Eles saíram.

Agora tudo estava em movimento.


O último obstáculo – Aleister Crowley – havia sido removido.

O mundo havia aceitado.

O funeral de Kamijou Touma finalmente estava começando.


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